segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Timão Conquista o Mundo com Gol de Guerrero...

Antes de receber a taça, jogadores deram a volta olímpica em sinal de agradecimento ao apoio da torcida...
































































Emerson “Mister Sheik” do Timão tenta o cruzamento pela direita, porém o lançamento é afastado com uma cabeçada de David Luiz, do Chelsea... Alessandro (OG) recupera a bola e na intermediária toca para Chicão fazer um passe longo, que encontra Paulinho próximo da linha da grande área... Com um toque de letra, ele afasta a marcação de David Luiz e manda a bola na direita para Jorge Henrique, que a devolve com um toque de cabeça... O camisa 8 corinthiano conduz até a esquerda dentro da área para deslocar o goleiro Peter Cech e rolar para Danilo, que chuta a gol, com o tcheco fechando o ângulo... A bola bateu no pé de um marcador do time inglês e ganhou altura suficiente para Paolo Guerrero superar Ramires e cabecear para dentro das redes... Nesse momento, aos 24 minutos do segundo tempo da decisão do Mundial de clubes da FIFA ™, no dia 16 de dezembro de 2012, o gol do atacante peruano derrubou muita gente que torcia pelo bicampeonato do Timão no Yokohama International Stadium... Em especial quem passou o jogo todo em pé, em cima da cadeira, empurrando a equipe do Adenor em mais uma invasão que entrou para a história do futebol...  Que teve o reconhecimento imediato dos jogadores, que logo depois do apito final do árbitro turco Cuneyt Cakir, iniciaram uma volta olímpica antes mesmo da cerimônia de premiação... Do assento, ficou na memória apenas o número – 216... Outro torcedor quis uma recordação mais palpável... Simplesmente arrancou a sua cadeira e a levou embora do estádio, depois do final do jogo, da entrega do troféu do Mundial, do técnico corinthiano mostrando a faixa “The Favela Is Here”... Para trazer a relíquia até o Brasil, ele precisou colocar o assento numa caixa e enviá-lo pelo correio, que demorou 17 dias para entregar o precioso pacote... Seria melhor um souvenir mais prosaico, como a forração de assentos distribuída antes da partida aos torcedores, ou o jornalzinho em japonês sobre o título do Timão distribuído na saída do estádio, mas, enfim...  Em meio a tantas bandeiras e bandeirões que se agitaram durante a partida toda, das bobinas de papel usadas em caixas registradoras estendidas pelos torcedores sem camisa e de rostos pintados, alguns do quais subiram nos tetos dos ônibus que retornaram a Tóquio para comemorar, dos sinalizadores navais acesos em toda a parte do estádio, dos celulares e tablets que registraram a conquista, dos peruanos embandeirados que se festejavam o feito de seu compatriota, quem lembra que Guerrero, o herói do jogo, foi substituído por Martinez, o argentino que chegou depois da Libertadores junto com o peruano, mas não se fixou na equipe aos 40 minutos do segundo tempo???... Ou que a diretoria estava mais interessada em anunciar a contratação do Patolino do que dar o devido valor ao atacante???... Também não é muito fácil de lembrar que o zagueiro Wallace substituiu Emerson “Mister Sheik” no último minuto do tempo regulamentar... Agora, o que não sai da memória é atuação do goleiro Cássio, cujas defesas essenciais para o triunfo corinthiano, em especial aos 10, 38 e 41 minutos do primeiro tempo,  lhe valeram o apelido de “Jairo Branco” dos torcedores mais experimentes, e “Monstro”, dos mais jovens... Haja espetinho da porta do estádio e “whiskão” para comemorar, para quem trabalha forte na sobriedade... Ops!!!...








O Todo Poderoso Timão venceu o Chelsea por 1 a 0, gol do peruano Paolo Guerrero (24/2º) e se tornou bicampeão mundial de clubes em Yokohama e região... Tudo aconteceu muito depressa desde que embarcamos no ônibus fretado que saiu do hotel Hilton Tokyo rumo ao estádio da finalíssima... Com o mesmo pessoal da primeira viagem, mas tendo como guia a Yoshi e seu agasalho da Copa do Mundo de 2002... Deu sorte... A viagem para Yokohama também é mais curta do que o itinerário rumo a Nagoya e logo estacionávamos próximo ao portão Norte do estádio... Sem deixar de mandar um “Vai Timão” para todo o pessoal da organização que orientava a entrada dos torcedores... E principalmente para os tantos japoneses vestidos com a camisa do Chelsea que compareceram para a final... Entramos no estádio com o jogo preliminar já em andamento... Antes de encontrarmos o nosso lugar, atrás do gol a direita das tribunas, porem mais afastado do campo, conferimos a torcida do Al Ahly, do Egito... Que não parou de cantar e bater bumbo, mesmo que seu adversário, o Monterrey do México, tenha aberto o placar logo no começo da partida, com Corona (3/1º)... “Ahly, Ahly, Ahly, Ahly, Ahly...”  E ampliado na etapa final por Delgado (21/2º), vencendo por 2 a 0 e conquistando o segundo lugar do Mundial... Uma torcida de machos, sem medo de usar capa de chuva da Minnie... Ops!!!... De se lamentar apenas o fato que o Egito não ser parte da Africa, internauta Pedro Henrique... 



































Estádio em Yokohama recebeu 68.275 torcedores e, em mais uma grande invasão, a Fiel dominou as arquibancadas...































































A torcida corinthiana, em mais uma invasão que os torcedores dos nossos rivais paulistas e até alguns coleguinhas insistem em não reconhecer, dividiu o estádio em Yokohama com os simpatizantes do Chelsea... Com uma diferença... Cantou e gritou o tempo todo enquanto a torcida dos ingleses, em sua maioria de moradores locais, ficou em silêncio... Inclusive mandamos inúmeras vezes um “Fuck You, Chelsea” especialmente destinado para a equipe de Rafa Benitez... Alis, a habilidade da vendedora de cerveja em manipular a mangueira com que servia a bebida para os torcedores causaria inveja até mesmo no Mestre... O tempo estava agradável... Em comparação com o frio e a fria de Nagoya, podia se dizer que fazia calor... Um show com a banda News, responsável pela musica oficial do Mundial, aquela que caminhões de som tocavam pelas ruas de Toquio e região, antecedeu a grande final... Nada contra a música, ate boa para dançar... Mas o grupo parecia a versão japonesa do Restart... Melhor deixar a Fiel cantar o hino do Timão e sentir a emoção da equipe entrando em campo ao som do tema oficial da Fifa... A escalação corinthiana traz uma novidade, a substituição de Douglas por Jorge Henrique... O Chelsea também promoveu a volta de Ramires... Permanecia a mesma a vibração da nossa torcida... “Vamos, vamos Timão... Esta noite, teremos que ganhar”... Nem as bandeiras da Gaviões dificultando a visão em nosso setor do estádio eram problema... Tudo era parte do grande espetáculo que nossa torcida deu... Do outro lado do mundo... E que repetiria em Marte, se for o caso, como dizia aquela faixa no gol oposto ao nosso... Alis, aquela faixa escrito “Itaquera” se referia ao local do Fielzão e nosso bairro, mas não era nossa... Apesar do orgulho que sentimos... Estamos juntos... 





































Não estava tão frio como na semifinal, mas isto não impediu que os torcedores encarassem a decisão de peito aberto...


































































O Timão teve dificuldades com a forte marcação do Chelsea na primeira etapa... Compareceu menos ao ataque e viu os ingleses tentarem bem mais vezes o gol... Nesse momento o goleiro Cassio, já tão grande de estatura, cresceu em campo como se fosse o nosso partido, o PINTO... Realizou não uma, nem duas, mas três grandes defesas... Nossa tensão aumentava com o passar do jogo... Nos dissemos tensão... Procuramos os rostos da torcida com nossa câmera Sony Cybershot identificando o mesmo sentimento... Para tentar aliviar um pouco, no bom sentido, começamos a filmar a torcida que ocupava o estádio de Yokohama no inicio do segundo tempo... Nada menos que quinze minutos de ”Vamos, vamos Timão, nesta noite, teremos que ganhar...” E começaram a serem acesos os sinalizadores navais, para o desespero da segurança japonesa, que ficava doida querendo segurar o rojão... Esse pessoal tem pezinho... Em seguida, mas cinco minutos de “Timao Ê Ô...” Dentro de campo, a equipe começava a se encontrar e criar boas chances de gol... Que aconteceu mais uma vez graças ao peru do Guerrero... Quer dizer, do peruano Paolo Guerrero... Que literalmente nos derrubou... Caimos de costas para a nossa cadeira, a 206... Num instante, ao percebemos que estávamos vivos e inteiros, levantamos ansiosos para saber quem foi o autor do gol... O sonho que vivíamos no Japão era real... Bandeiras peruanas tremulavam em festa pelo conterrâneo ilustre... “Festa, é festa na favela...” Assim cantava a torcida em uma versão muito particular da musica do “Topa Tudo por Dinheiro”... Durante os quatro minutos de acréscimos, não pararam os gritos de “E campeão”... E o bicampeonato mundial chegou com o apito final... Imediatamente os jogadores, antes de qualquer cerimonia oficial, partiram para a volta olímpica... Dividindo com a torcida o titulo que ela tanto contribuiu para conquistar... A invasão corinthiana alcançava seu grande objetivo... Bicampeão Mundial de Clubes pela Fifa... Para nunca mais chamarem nossa conquista internacional de “Torneio de Verão”...  Enquanto dávamos um “bye, bye” para o Chelsea, os abraços se multiplicavam... Encontrávamos vários japoneses convertidos para a fé corinthiana... O hino é tocado pelo sistema de som, com o devido acompanhamento da voz de nossos torcedores... Aquele “poropopó” na versão a capela não pode faltar... Celulares, filmadoras e iPads, ate mesmo um da Hello Kiity, se levantavam para registrar a premiação... Não a dos árbitros, é claro... O Monterrey foi premiado pelo segundo terceiro lugar... A vaia veio pesada quando o Chelsea recebeu suas medalhas de prata... O goleiro Cassio faturou o carro da Toyota como melhor jogador em campo e de quebra recebeu o troféu de melhor jogador do Mundial... Os japoneses tão assustados com nossos sinalizadores estouram fogos e soltam uma chuva de papeizinhos prateados... Uma emoção que quase nos levou às lagrimas... Maior até do que quando o Brasil conquistou o Penta, aqui mesmo em Yokohama... Saímos do estádio em busca dos rostos dos corinthianos e japoneses em festa... E até de alguns simpatizantes do Chelsea que finalmente descobriram tudo aquilo que o Timão e sua torcida representam... Quase erramos o lado onde estava nosso ônibus... O que não impediu de abraçarmos nossos companheiros e os guias... Teve gente que beijou a Yoshi... A gente se contentou em tirar uma foto com ela... Voltamos para o hotel satisfeitos com o final feliz desta longa jornada para o Japão... Um sonho que para alguns parecia inacreditável, em um país que parece o cenário de um sonho, mas que se tornou real... E pensar que a Peixaria deu aquele vexame com o Barcelona, Mestre... Que diferença do jogo de igual para igual da nossa equipe, que soube se impor diante da banca dos ingleses... Vai, Timão!!!... 








































Aqui só falta o inconsolável Fernando Torres do Chelsea olhando para a celebração da vitória corinthiana, digo...

Nenhum comentário:

Postar um comentário