quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Diário de Los Angeles (II): Show do Snoopy tem, mas está em reforma...

Num encontro memorável em 1985, Snoopy mostrou ser melhor amigo dos Trapalhões - e dos bandidos também... 

 








































No quarto episódio da série "Os Trapalhões em Los Angeles", exibido no programa "Os Trapalhões" em 12 de maio de 1985, Didi, Dedé,  Mussum e Zacarias, vindos do show da baleia Orca, na busca de pistas que levem ao tesouro procurado por uma ruiva estadunidense, encontram-se com ninguém menos que o cachorro Snoopy, o próprio, criação de Charles M.Schulz,  assistem ao seu show, e como Didi observou de forma perspicaz, o cachorro é o melhor amigo do homem e Snoopy entregou ao quarteto mais uma pista, a questão é que o cãozinho também fez amizade  com os bandidos que estão atrás do tesouro e repassou a pista a eles... O local do encontro dos Trapalhões com Snoopy é o parque temático Knott's Berry Farm, na região de Anaheim, ao sul de Los Angeles,  nos Estados Unidos,  precisamente no Camp Snoopy,  um acampamento de férias com o nome do beagle dos quadrinhos e desenhos animados,  e o show que o grupo viu e aprovou é o Camp Revue, uma revista teatral em que Snoopy faz acrobacias, mágicas e toca "When The Saints Go March In" no trompete,  além de números musicais a cargo de um conjunto de lacraias, uma porquinha de cabaré, Miss Piggy, corre aqui, e um coral de aves que poderia ser tomado como os avós dos Angry Birds, o episódio quase todo é a exibição do show, entre entrecortada por uma voz em "off" que repetia com Insistência,  subindo o tom a cada pronunciamento,  "Cadê a cartola mágica,  Snoopy???"... A voz era do diretor de "Os Trapalhões", Paulo Araújo,  o primeiro Agostinho Carrara de "A Grande Família", que apesar das pretensões da produção, que teve cenas gravadas nos estúdios da Universal, em Hollywood, onde a trupe já havia estado nas filmagens de "Os Saltimbancos Trapalhões", 1981, a ideia era que a série de 14 episódios alavancasse a internacionalização do grupo, que não foi além dos países de língua portuguesa, mas como relata a biografia de Mussum escrita por Juliano Barreto, não houve interesse das produtoras estrangeiras, e a ambição inicial não impediu que fossem feitas algumas economias de isopor, como interpretar,  em outro episódio,  um coringa - o do baralho, vestido igual a carta - que tenta impedir os Trapalhões de encontrar o tesouro... Esses artifícios podem levar a pensar que a Globo gravou ali porque não conseguiu autorização do Valdisnei para filmar em seu parque,  mas há um detalhe importante nessa história,  o desenho animado do Snoopy então era exibido pelo SBT, com a dublagem da MAGA, aos domingos,  8 da noite, depois do "Programa Sílvio Santos", que terminava com o "Show de Calouros", junto com "Os Trapalhões" na Globo, antes do "Fantástico", em resumo,  o humorístico precisava trabalhar forte para entregar a audiência lá em cima ao "Show da Vida" nem que fosse preciso pegar carona nos êxitos da concorrência, embora alguns meses depois o final do programa de Silvio tenha sido mudado para às 22 horas (o motivo, a transmissão do Campeonato Paulista às 11  horas da madrugada, que jogou o começo do programa, com o "Domingo no Parque", para as 13 horas...), marcando o início do apogeu do "Show de Calouros" e um grande abalo na audiência do "Fantástico", enquanto o rival direto de "Os Trapalhões" passou a ser a "Porta da Esperança", que sempre tinha algum ídolo do público infantil para enfrentar o quarteto global... Apesar de “Os Trapalhões em Los Angeles” ter sido resgatada há alguns anos por três colecionadores fãs dos grupos, a série pode ser enquadrada no que hoje é chamado de “lost media”, porque os “streamings” globais só tem os programas dos Trapalhões de 1988 a 1993, e na internet, o único capítulo completo disponível é exatamente o quarto, o do show do Snoopy, postado por um dos colecionadores que encontraram a atração, Dih Munhoz, a quem agradecemos pelos “frames” usados neste post, além dele está disponível uma pequena parte do episódio seguinte, em que o quarteto é perseguido pelos bandidos em uma atração extinta do parque, o Kodak Sky Jump, um paraquedas que era suspenso até o alto de uma torre com elevador panorâmico giratório que tinha o “K” de Knott’s (e também de Kodak...) no topo, e o trecho do coringa, possivelmente do final da trama, porque na cena seguinte, os Trapalhões e sua amiga gringa chegam ao esconderijo do tesouro - junto com os bandidos, é claro... Esse era mais um motivo para visitarmos o Knott’s Berry Farm, além do principal, a sua inquestionável importância na história do entretenimento, pois serviu de inspiração para dois gigantes desse segmento, Valdisnei e Zé Vasconcelos... Em 1952, o criador do Me Queimou Zé acompanhou a inauguração da ferrovia do parque, Ghost Town and Calico Railway e também filmou todo o local, acompanhado do fundador, Walter Knott, buscando ideias para a construção da Valdisneilândia, aberta em 1955 com a presença de Walter, que era amigo pessoal de Valdisnei e recebeu um “ticket” dourado junto com a esposa, para comparecer ao parque, o intérprete do Rui Barbosa Sá Silva da “Escolinha do Professor Raimundo” planejou na década de 1960 a Vasconcelândia, um grande parque temático na região de Guarulhos, o nome remete imediatamente ao parque que Valdisnei montou em Anaheim, porém Jô Soares revelou em um documentário sobre o comediante, “Ele é o Espetáculo”, de 2009, que ao criar a Vasconcelândia, Zé tinha em mente o Knott’s Berry Farm, que não lembrou o nome, porém definiu como “uma cidade de caubóis, onde as coisas iam acontecendo”, o parque de Vasconcelos chegou a funcionar, porém com o tempo, e sem muitas das atrações pensadas inicialmente, se transformou numa espécie de clube de campo, sendo cenário do filme “O Menino Arco-Íris” em 1983, e por fim terminou abandonado, como constatou o “São Paulo Antiga”... Mesmo assim, estávamos mais do que animados para comparecer ao parque, depois de constatarmos que o ovo do lanchinho comprado no Walmart era embalado a vácuo, mas não tinha sal, a descoberta da minha mãe em seu quarto foi um filme da Hollywood clássica passando na televisão, um musical da Metro, certamente filmado mais ao norte do nosso hotel de Anaheim, em Hollywood, não reconhecemos os protagonistas, o herdeiro de um salão de beleza em Paris, um produtor da Broadway que traz dois colegas de teatro para obter a herança e conseguir o dinheiro do investimento em futuras montagens, tendo a companhia de uma amiga nova-iorquina, mas ao chegarem na capital francesa, descobrem que o salão está à beira da falência e trabalham forte com as outras duas herdeiras num desfile de modas para arrecadar fundos e saldar as dívidas deixadas pela tia que era proprietária do estabelecimento, com uma tarefa adicional para uma delas, formar um triângulo amoroso com dois dos produtores, um deles seu próprio primo, só fomos ter uma luz quando a herdeira cortejada começou a cantar “Smoke Gets in Your Eyes”, música que é mais conhecida na versão do grupo The Platters, de 1959, mas ajudou a identificar o filme, “O Amor Nasceu em Paris”, de 1952, versão do musical da Broadway, “Roberta”, de 1933, origem da canção, e sua intérprete, Kathryn Grayson, responsável por representar Stephanie, a herdeira cobiçada pelo primo produtor, Al, vivido pelo comediante Red Skelton, papel que deveria ser de Gene Kelly, com quem Red vagamente se parece, porém o filme só ganhou com a troca, porque sua comicidade é excelente, e pelo colega de trabalho de Al, Tony, vivido pelo ator e cantor Howard Keel, substituindo a escolha inicial do estúdio, Frank Sinatra, sendo que Keel é mais conhecido por seu papel naquele filme paradigmático do porre que era a “Sessão da Tarde” dos anos 1980, o musical “Sete Noivas Para Sete Irmãos”, de 1954, depois na série “Dallas”, “O Amor Nasce em Paris” é mais “assistível”, em boa parte pela trama romântica e pelas apresentações de Al, que hoje seriam chamadas de “stand-up”, alis, o terceiro produtor, Jerry, é feito por Gower Champion, a outra herdeira, Clarisse, foi interpretada por Marge Champion, que casou com Gower em 1947, uma década depois de ter sido modelo para os animadores de “Branca de Neve e os Sete Anões”, e a nova-iorquina, Bubbles, esteve a cargo de Ann-Miller, presença constante nos musicais da MGM nos anos 1940 e 1950, e então é por isso que, pesquisando sobre o filme na internet do celular, nos distraímos na via em frente ao hotel, que continuava recebendo obras de recapeamento e perdemos o primeiro Uber, Omar do Nissan Kicks, SUV que eventualmente aparece nas solicitações de viagem no Brasil, é mais fácil encontrar seu irmãozinho menor, o compacto Nissan March, ou então o trio que domina o Uber X no país, Fiat Mobi, Hyundai HB20 e Renault Kwid, e em Anaheim, no lugar do Nissan, veio o Toyota Yaris do Frikman, bem menor que o Camry que nos trouxe do aeroporto, que teve de ser laçado na unha, bem ao estilo "seguuuuuura, peão", conforme a descrição que Jô Soares fez do parque que vamos visitar,  e o preço da viagem ficou em 12,97 dólares...
















Quatro décadas depois, uma tirinha nos tapumes indica que a área do show do Camp Snoopy está em reforma...





































Chegamos na hora que era hasteada a bandeira e cantado o hino dos Estados Unidos junto das filas para a entrada, no caminhos viemos reparando nos restaurantes e lanchonetes pelo caminho, para irmos na saída do parque,  e ao lado da entrada encontramos, além da loja Peanuts Headquarters, uma filial do Friday's, restaurante de "casual dining" que chegou a ser referência no Brasil antes da vinda do atualmente onipresente Outback... Entramos na fila e vimos que o ingresso de um dia custa 99,99 dólares,  o passe anual mais barato é 114,99 dólares, minha mãe quer um cent de troco, o que não foi possível, porque eles só aceitam pagamento com cartão, no entanto a entrada foi animadora,  as montanhas-russas passando bem do lado dos grupos de excursões escolares, o moinho de fazenda com o símbolo do parque,  que começou como um local de plantio e venda de framboesas há um século atrás,  decorado com enfeites de Natal, a cachoeira com o barco do Snoopy conduzindo sua tropa de passarinhos escoteiros, os irmãos gêmeos do Woodstock, porque a área do cachorro do menino da cabeça grande,  o Camp Snoopy,  reproduz um acampamento de férias, inaugurado em 1983, fez o Knott's Berry Farm ficar conhecido como "Parque do Snoopy"... Neste ponto do parque acontece o show visto pelos Trapalhões em 1985, porém o palco do espetáculo estava cercado por tapumes, fechado para reforma, uma tirinha no muro de madeira mostra Snoopy caminhando (com duas patas!!!) e vendo uma placa "Zona de Construção", depois o Woodstock remexendo em seu ninho e por fim mais uma placa, "Desculpe pelo Incômodo", a maior evidência da passagem dos comediantes brasileiros pelo local é um relógio tipo carrilhão com o Snoopy escoteiro,  que na série sinaliza o início da "Revista do Acampamento" e está no alto de uma loja, concebido pelo designer Eddie Soto, no livro sobre a história do parque há um esboço em desenho,  chamado de "animated clock", com data de dezembro de 1982 - a área foi inaugurada em julho do ano seguinte... Quarenta anos depois, a opção que tínhamos,  eu e a minha mãe,  era explorar as atrações do "Camp Snoopy", compreensivelmente destinadas a crianças pequenas,  como o Flying Ace, aviõezinhos girando em torno da casinha voadora do Snoopy,  ou a Grand Sierra Railroad, uma belíssima  ferrovia a vapor em miniatura que não estava funcionando, só dava para fotografar a locomotiva e algumas cenas na beira dos trilhos, como os irmãos Linus e Lucy esperando pelo trem, falando nos irmãos,  a trilha sonora dos alto-falantes era da melhor qualidade, as faixas do disco "Charlie Brown Christmas", do Vince Guaraldi Trio, e uma das canções de chama exatamente "Linus and Lucy", eu gosto de "Christmas Is Coming", ou Snoopy se acabando de fisgar peixes e enquanto seu dono Charlie Brown  só conseguia pegar pedras... Perto dali, posava para fotos o pequeno Franklin, um personagem que todo mundo devia conhecer melhor,  o primeiro personagem negro na tirinha dos Peanuts, que aqui o "Jornal da Tarde", em 1966, batizou de "Minduim", e a dublagem MAGA do desenho deu a entender que era o apelido que Patty Pimentinha deu a Charlie Brown (na verdade,  era Chuck...), pior fez a editora de "O Cruzeiro", que no início dos anos 1960 o batizou de "João Barbosa" quando lançou o gibi "Xerêta,  O Cão Amigo", voltando a Franklin, ele foi a maneira com que Charles Schulz incorporou as transformações da sociedade estadunidense,  em especial as lutas por igualdade de direitos... É no caminhão do Franklin que embarcamos no Rocky Mountain Truck Co., um caminhão feito para bebês irem na cabine e os pais na boleia,  minha mãe foi no caminhão da Sally, irmã do Charlie Brown, Isaura nos desenhos do SBT, a Globo foi de Sally mesmo,  e na falta dos bebezinhos,  nós mesmos tocamos a buzina, o Kite Flyer reproduz a árvore engolidora de pipas que persegue Minduim, quer dizer, Chuck,  estava com apenas cinco minutos de espera,  eu não pude ir, por limitação de tamanho, mas minha mãe fui e lá fui eu fotografar seu voo bem do lado de uma avó que registrava em vídeo o passeio da neta... O Linus Launcher estava fechado, assim como o "Huff and Puff", simbolizado por uma placa com Snoopy emborrachado no chão... O ponto de venda de pelúcias Woodstock Birdbath estava aberto, assim como estava  funcionando a High Sierra Ferris Wheel, uma mini-roda gigante em que tivemos acesso liberado,  seguindo as especificações para adultos, uma pessoa por cabine, conforme explicou o operador,  Michael, um sósia do John Candy, que imaginávamos com a voz esganiçada do dublador Marco Ribeiro falando no filme "Férias Frustradas": "desculpe,  senhor, você não ouviu o Wally, o parque está fechado" (na versão exibida pela Globo nos anos 1980, o dublador era Orlando Drummond, o próprio...), o que não era o caso da roda gigante, e assim pudemos ver do alto o tráfego de ônibus na avenida em frente ao parque, na saída, passamos pelo Pig Pen Mud Buggies, atração que é simbolizada não por acaso pelo personagem Chiqueirinho e sua inseparável nuvem de poeira, mas que por estar fechada,  servia apenas para uma jovem mãe amamentar seu filho com tranquilidade,  e chegamos no Rapid River Run, uma mistura de barco Viking com La Bamba do Playcenter que agitou as famílias estadunidenses presentes na atração,  porém não empolgou nem um pouco a nossa mãe... Seguimos pelo caminho com uma estátua do Charlie Brown cuja cabeça lembrava a Mafalda careca,  sem contar outras celebridades cabeçudas como o dono do Snoopy, entre as quais Amanda Meirelles, Ísis Valverde e Rafa Kalimann, a campeã do BBB 23, então,  é o Charlie Brown de corpo inteiro (!!!), passamos por uma trilha na caverna embaixo de um restaurante, vimos mais uma tirinha nos tapumes do Camp Revue, Linus alertando Snoopy sobre a demolição de sua casinha, da qual ele pula em cima do irmão de Lucy quando ele grita que os tratores estão vindo,  completamos nosso "tour" pelo Camp Snoopy com a "Balloon Race", a mãe primeiro,  pra gente fotografar,  depois a gente, lembrando da perseguição aos Trapalhões na Sky Jump e do Mister Happy distribuindo dólares em "Estados Anysios de Chico City", é que num dos balões estava o Joe Biden, quer dizer, alguém muito parecido com ele... Ah, sim,  a loja do relógio serviu também para resolver um problema pendente desde a chegada a Los Angeles,  adquirimos um boné,  com Charlie Brown e a faixa de sua camiseta na frente e o nome do parque atrás,  e aproveitamos para garantir o presente dos amigos com um ônibus escolar em miniatura,  também com o detalhe da camiseta do Zeca Camargo,  quer dizer, do Chuck...










Os quatro Trapalhões assistiram e aplaudiram o show do Snoopy, sem ficar perguntando sobre a cartola mágica...






























Depois de relaxarmos vendo as pessoas subirem e se esgoelarem na montanha-russa enquanto tomávamos uma Diet Coke, fomos em busca do passado do parque, que começou com o plantio e o comércio de framboesas e derivados, depois teve o restaurante de frango frito da Senhora Knott a partir de 1934, e em 1940 a Ghost Town, a cidade do Velho Oeste citada pelo Jô,  trabalhando forte na ambientação da "Corrida do Ouro" na Califórnia na metade do século com XIX, com bancos para fazer fotos ao lado de garimpeiros e cortesãs, a escola que parece a do desenho "Adeus às Aulas", do Pica-Pau, com sino e tudo, serralheria,  marcenaria, Pony Express (correio a cavalo...),loja de armas, funerária,  estábulo,  Birdcage Theatre (teatro "vaudeville", ou em bom português,  "cabaré"...), Steve Martin em pessoa esteve ali em 1965, o ferreiro oferecia "ferraduras personalizadas" e trabalhava forte à maneira de 1849, usando o malho e a bigorna, já o marceneiro não era o da cama do Jô Soares, porém esculpia um banco com uma mulher sentada usando para debastar a madeira  uma motosserra (!!!), John Carpenter, corre aqui, e o trabalho do artista é excelente,  como demonstra o banco com Renato Alexandre, o amigo do Bruno Aleixo, ou seria o Monstro da Lagoa Negra, de quebra encontramos  Whittles,  um simpático garimpeiro de barba e cabelos brancas, na linha do Stinky Pete do "Toy Story", sem o cheiro, que em 1973 se tornou o mascote do parque,  e uma década depois serviu como motivo para o produtor Ron Mizaker trazer  Snoopy e sua turma para o Knott's Berry Farm,um cheirinho de churrasco se espalhava pelo ar, porém o local do almoço foi decidido pela minha mãe quando atravessou a linha do trem e viu a pizzaria ao lado do Good Times Theatre,  uma evocação da época de ouro da Broadway e de Hollywood, Elvira, a Rainha das Trevas, apresentou-se aqui no Halloween de 1982, agora com um show natalino do Snoopy em cartaz... Comemos uma versão rústica das massas do Spoleto, um espaguete à bolonhesa servido em um prato de papelão,  com exatamente quatro almôndegas contadas pelo supervisor do estagiário que montava os pratos, porém a sobremesa era biscoito fino, ou melhor, um bolo napolitano que preencheu com sobras a lacuna do nosso aniversário com pizza do dia anterior,  o que não foi tão fino assim é o fato de que a mãe não pode pagar a refeição com dinheiro, sendo salva pelo nosso cartão... Em compensação,  encontrou na saída do restaurante um carrinho de batida, e ela não perde um apesar de nunca ter tirado carteira de motorista,  e o filho que lute para fazer fotos dela, que só percorria as bordas da pista, porque não ir para o meio,  como o clone da Fátima Bernardes,  bem em frente estava a loja onde compramos o livro com a história do parque, onde vocês acham que tiramos as informações históricas a respeito do Knott's Berry Farm, o que nos lembra que do outro lado estava um fliperama, uma loja que vendia doces e sucos de framboesa,  estes também disponíveis no quiosque que vendia copos de refil, e o sabor deliciosamente doce da framboesa fez a gente visitar o local várias vezes,  também para garantir a cota de Coca Zero, até a vendedora ir embora e fechar o ponto de venda no final da tarde - às 17 horas - na lojinha havia uma exposição de "soap box cars" - carrinhos de rolimã,  que evocava uma antiga atração do parque,  a Wacky Soap Box Racers, concebida pelo nosso conhecido Eddie Soto, e na porta do fliperama, junto a um furgão de entrega de produtos de framboesa onde estava posando para fotos com os visitantes o urso Boysen - de boysenberry, uma cruza de três espécies de fruta, entre elas a amora e a framboesa - personagem principal do Knott's Bear-y Tales, um passeio por uma feira do interior do início do século XX, em plena Belle Epoque estadunidense, concebido pelo designer Rolly Crump, egresso do Valdisnei,  e seu filho Chris Crump, em meados dos anos 1970, num esforço do parque para atrair o público do concorrente, sendo que Eddie Soto se inspirou num relógio construído por Crump para fazer o carrilhão do Snoopy Camp... Com a mãe determinando nossa rota pelo parque, chegamos a área praiana Boardwalk, uma referência às praias californianas, que não estão muito longe daqui, dá até para lembrar do Clark Grizwold reclamando com o dono do parque em "Férias Frustradas", "imagina ir para a Flórida e encontrar a praia fechada para reforma", aqui se destacam a tonitruante  montanha-russa Hang Time,  a torre do Sky Jump, montada em 1976 para celebrar os 200 anos da Independência dos Estados Unidos, hoje sem o elevador panorâmico e os paraquedas usados pelos Trapalhões e os bandidos na caça ao tesouro da ruiva que não era a garotinha do Charlie Brown,  uma lanchonete do Jonnhy Rockets e uma Kombi customizada como choperia,  ambos fora de serviço,  a mãe evitou as subidas e descidas da Hang Time, preferindo os giros do Pacific Scrambler, apesar de lamentar a ausência de vistas do Oceano Pacífico, a gente deixou pela queixa sobre o calor, ainda mais porque levamos nosso casaco de nailon para passear outra vez... Enquanto a nossa mãe descansava na grama sintética da plateia do show de Natal, cujo palco estava sendo montado, fomos atraídos pelo barulho de um trem, caminhamos até a linha que separa a Ghost Town do Good Times Theatre e vimos passar um trem prateado que misturava as características de uma locomotiva,  de um caminhão e de um vagão de passageiro,  fizemos uma foto e fomos atrás da estação para embarcar nesse trem, e a encontramos perto da montanha-russa Calico Mine Ride,  outra citação explícita da "Gold Rush" de 1849, um ano depois da Califórnia ser incorporada ao território dos Estados Unidos,  uma estaçãozinha de madeira denominada Ghost Town, com uma porteira do lado, e o movimento de pessoas na passagem de nível lembrava fortemente a região central de Mogi das Cruzes,  tudo isso controlado por uma versão de Buffallo Bill que lembrou de cara o time de foras-da lei escalado pelo Pica-Pau, "Buffallo Bill, Bat Masterson, Billy The Kid, Wyatt Burp, Wild Bill Hiccup", fomos para a fila do trem observando dois vagões verdes,  o da frente se chamava Edna, que pela cor poderiam ter sido da antiga Sorocabana,  a mãe usava mais a Paulista, e então chega o nosso objeto de desejo, o trem Galloping Goose ("Ganso Galopante" em inglês...), um "railroad motor car" movido a gasolina, adequado a linhas de bitola estreita, muito comuns nas décadas de 1930 e 1940 nos Estados Unidos, chamadas no Brasil de automotriz ou litorina, aqui movidas a diesel, adquirida pelo parque em 1954, que também chegou a ter locomotivas a vapor com vagões de madeira no trecho... Na parte dos passageiros é que acontece o assalto de que os Trapalhões também foram vítimas há quatro décadas atrás, na Internet tem a cena em que os pistoleiros devolvem ao quarteto os itens roubados, hoje o assalto de mentirinha ficou a cargo de um bandido que lembrava muito o Jovem Indiana Jones, que até se interessou pelo nosso copo de refil, mas saiu com as mãos abanando porque desconhece a existência do PIX, então é por isso que após o final da viagem, quando fazíamos mais algumas fotos do trem, ele trocava telefones com uma ruiva que não era a dos Trapalhões nem a garotinha do Charlie Brown... Eram quase 17 horas, fotografei o trem da Calico Mine Ride, a mãe evitou o passeio de diligência, sentiu dó dos cavalos, o quiosque do refil de suco de framboesa estava fechado,  porém consegui fazer uma foto do banco com personagens mais concorrido de todo o parque, ocupado o dia inteiro,  onde estava sentada uma mulher de cabelos brancos,  chapéu e vestido azul, que idêntica a Senhorita Clotilde, quase dava para ouvir, "pois fique sabendo que eu não sou nenhuma bruxa", vimos uma criança oriental desafiar a proibição de pisar no palco do Califórnia Market, fotografamos o Bird Gage Theatre às 17h11 e já tinha anoitecido,  a Fiesta Village fica para uma próxima vez, saímos e deparamos com o Friday's fechado,  e como não experimentamos o frango do restaurante da senhora Knott,  imergimos na loja Peanuts Headquarters,  a balconista trocando uma ideia com a velha a fiar da Ghost Town, um enorme Snoopy escoteiro trompetista - fala da cartola mágica agora, Paulo Araújo,  fala - o consultório psiquiátrico da Lucy, "a doutora está", chocolate natalino da Patty Pimentinha, pelúcias do Franklin, canequinhas personalizadas, uma delas com o nome Judy, lembrando da famosa frase dita por Tadeu quando a namorada sugeriu a venda de camisetas durante os shows que ele produzia, inspirada nos parques dos Estados Unidos, “Marimbá não é Orlando!!!”, o pinheirinho mirradinho de Natal do Charlie Brown, também representado por um enorme boneco de madeira de braços abertos que faria o Benito de Paula cantar para seu amigo, comprei uma camiseta preta do "Minduim" retratado no estilo da pop-art, fiz medalhinhas de recordação,  que também só funcionam con cartão de crédito,  e sai com a minha mãe,  o problema é que tomamos a direção  oposta aos restaurantes que tínhamos visto na viagem de ida e o melhor que encontramos foi um posto de gasolina, como eu não queria explicar que os Estados Unidos fazem guerra sempre que precisam de combustível mais em conta, cheguei no estacionamento do Walgreens e pedi um Uber, e assim fomos salvos, debitado o pagamento de 15,97 dólares, por Hwang Wei e seu Passat, carro que a Volkswagen importa da China, porque ela não monta um parafuso nos Estados Unidos,  traz tudo de suas fábricas na Alemanha,  Brasil, China e México, e vamos de "Don't Stop Till Get Enough" e "We Are The Champions"... Ainda tive fôlego para, depois de retornar ao hotel, sair de novo a fim de jantar,  pegando o Chevrolet Trax de Emilio a 11,90 dólares,   viagem em que descobri que aqui também tem "da ponte pra cá", a área do hotel é essencialmente residencial,  de moradores com e sem teto,  alguns de trailer, o próprio hotel não se converteu num condomínio residencial de baixo custo, como tem acontecido frequentemente com os "motor hotels" na região de Orlando, aqueles com estacionamento na frente e quartos no fundo do terreno, feitos a princípio para quem viaja de carro, atravessando o viaduto, perto do Valdisnei, na mesma Harbor Boulevard,  hotéis mais caros e incontáveis opções de "casual dining", entre o Joe's Crab Shack e o Red Robin, ficamos com a comidinha brasileira do Outback,  salmão com brócolis e molho de camarão mais refil de Coca Zero por 38 dólares,  preço compatível com os restaurantes da rede no Brasil, paguei "cash" com duas notas de 20 dólares,  "no change", que ficou mais em conta que a gorjeta de 10%, quando você acaba o pão australiano trazem outro sem precisar pedir e com uma quantidade de manteiga equivalente a uma bola de sorvete, "O Último Tango em Paris" perde, apreciamos os hoteis da Marriot atrás do Outback e voltamos a 10,91 dólares no Toyota Camry do chinês Peter, que deixou os óculos sob a testa para dirigir,  que coisa, não...

























Em nossa visita ao parque Knott's Berry Farm não havia sequer uma cartolinha para contar história no palco...


Lançadas Botam Aline no Paredão de Novo, Agora com Tati...

DIA 49:  Karla é mostrada como talarica, mas CHOLA MAIS e sai da mira de Jean, Grazi e Pink...







































DIA 49:  Renato Machado traz Oscar, Chris Brown não apanha, e após prova, Alan recebe o Anjo...






















Capa do Site – “Timão negocia com Marcelo Djian para comandar o departamento de futebol”. Avisem o Rodrigo Caetano e o Paulo Pelaípe, nessa ordem... “Zagueiro pode ser desfalque na partida contra o Chapolin Colorado”.  Bruno Méndez, vide julgamento da agressão a Besozzi que fez o zagueiro uruguaio ser expulso da partida contra o Grêmio...










Todo Mundo Odeia a Aline...

DIA 49: Oscar tem Hale Barry e Leo Di Caprio com Gisele, o BBB vai de Tati e Aline no paredão...

















 

DIA 50: Jean e Pink proseiam enquanto Grazi descasca abacaxi, Tati está quase e Aline isolada...

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Diário de Los Angeles (I): O bolo de aniversário é a pizza...

E a velha Busscar garantiu o nosso embarque para Los Angeles e a permanência do Timão na Série A, não, pera...






























A chegada ao aeroporto de Guarulhos não teve nenhum problema,  o código localizador do cartão de embarque da minha mãe estava no WhatsApp da agência de viagens, mesmo restando apenas dois lugares para marcação do assento dela, o “check-in” e  a passagem pelo raio-X da imigração não foi demorada, pois eu acompanhava uma passageira prioritária,  e no setor de embarque cantarolavamos no banheiro "Angels", de Robbie Williams,  o tema do casal Judy e Tadeu, esse dos avatares nas nossas redes sociais, da novela "Corpo Dourado"... A tranquilidade da noite de terça-feira, no entanto,  terminaria por três motivos, o primeiro,  o cartão de memória do nosso celular principal começou a dar defeito,  o segundo, devido às chuvas, o embarque no voo para Los Angeles deixou o portão 305 e seria feito na pista, pelo portão 317, o que descobrimos após localizar a escada rolante para descer até o piso inferior,  e o terceiro,  o Timão ia jogar com o Bacalhau, necessitando de uma vitória para confirmar a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro... O primeiro contratempo foi contornado com o cartão SD de outro celular da nossa “família” da Sony ©,  depois de percorrermos todas as lojas do setor de embarque e não acharmos o produto, o que levou a um certo alívio,  se uma garrafinha de água é vendida a 7 reais, imagina um dispositivo eletrônico, a argentina que precisava de um carregador de celular viveu um drama, o segundo nem chegou a ser necessariamente um problema,  pois os passageiros seriam levados até o lugar onde a avioneta estava na pistas por um ônibus da GRU Airport, a concessionária de Cumbica, e como todo mundo deve saber, não sou busólogo,  só tiro foto de ônibus,  e o terceiro... Ainda no piso superior da área de embarque,  o Vice abriu o placar em seu estádio,  São Januário, com um gol de “Puma” Rodríguez aos 3 minutos de jogo, num cruzamento do ex-corinthiano Lucas Piton... No caminho para o portão de embarque no piso superior,  o paraguaio Angel Romero fez 1 a 1 aos 13 minutos, jogada de Giuliano aproveitando uma bola de Maycon afastada por Gary Medel e Vegetti desempatou para os cariocas aos 25, após lançamento de “Puma Rodróguez”... Quando chegamos ao portão 317, com filas para o voo, o quiosque de bebidas, e até um biombo para revistas mais profundas e urgentes, Romero empatou o jogo de novo, 2 a 2, depois de Fagner cobrar escanteio e Lucas Veríssimo (OG) fazer o desvio... Quanto ao nosso embarque, a velha Busscar nos salvou com os Urbanuss Pluss do último lote adquirido na gestão da estatal Infraero, que administrava o aeroporto,  por volta de 2008, veículos que não estão mais presentes nas linhas urbanas de São Paulo,  e a maioria era de segunda mão,  e quando a marca Busscar foi arrematada pela Caio, após a decretação da falência da fábrica, sediada em Santa Catarina ela passou a ser usada apenas para modelos rodoviários... Sentindo um pouco de nostalgia  dentro do ônibus,  soubemos do terceiro gol  corinthiano,  marcado por Moscardo aos 16 minutos do segundo tempo... A chuva na pista prosseguia, e como cogitei com a minha mãe que talvez a escadinha para o avião não tivesse cobertura, ela logo sacou um pequeno guarda-chuva e abriu para a subida... Sentindo um pouco de nostalgia do sufoco do do transporte público paulistano dentro do ônibus, o veículo começou a movimentar-se durante o intervalo do jogo, a chuva na pista prosseguia, e como cogitei com a minha mãe que talvez a escadinha para o avião não tivesse cobertura,  ela logo sacou um pequeno guarda-chuva e abriu para a subida... Não nos perguntem como a sombrinha passou pelo raio-X,  mas o fato é que o acessório,  mais a prioridade garantida por lei para as pessoas com a idade da minha mãe garantiram uma chegada rápida ao nosso assento,  em um corredor quase vazio, onde o único obstáculo era uma pequena fã de Taylor Swift, cuja mãe colocava no compartimento de bagagens sua mala de mão decorada com fotos da cantora,  a garota talvez não faça ideia do ódio que Taylor recebeu nas redes sociais durante sua turnê pelo Brasil, mais ainda devido à morte da fã, o RBD tambem passou por isso em 2006, o que não levou a "julgamentos" sumários nem ao arrefecimento do "fandom", mas, enfim... A menina não deve sequer ter noção daquela "fic" que associa os discos e as turnês de Taylor aos êxitos e títulos da equipe corinthiana, e na verdade citamos isso porque quando já estávamos acomodados na poltrona 42L, soubemos que Gabriel Moscardo tinha feito o terceiro gol corintihano, aos 16 minutos do segundo tempo, dando um chute de fora da área... Continuamos a acompanhar o jogo pelo celular,  a bola ainda rolava às 23h05, quando o comandante do voo anunciou o final do embarque, no horário previsto para a decolagem, sobre a qual  informou, por volta de  23h30, enquanto as bagagens ainda eram colocadas na avioneta, que aconteceria,  assim como boa parte das 11 horas e meia de voo, sob forte turbulência... Coloquei o celular no modo avião me sentindo apreensivo, quando já eram decorridos três minutos dos acréscimos da prorrogação, depois soubemos que o Timão fez o quarto gol, um minuto depois, aos 49 do segundo tempo, Giovane com assistência de Matheus Araújo, porém sem acesso a internet o resultado do jogo era imprevisível, e apesar de terem sido feitos os avisos de segurança (seguidos da propaganda de uma consultoria de imigração estrelada por ninguém menos que Giovanna Antonelli, a Judy de Corpo Dourado, que hoje se divide entre o Rio de Janeiro e a Flórida...), o avião começou a taxiar pela pista meia-noite e decolou somente 0h19...

















No aeroporto de Los Angeles, todos os táxis e aplicativos saem exatamente do mesmo ponto, o chamado LAXIT...


































Agora a turbulência anunciada era real, e continuou durante o serviço de bordo, o nosso apostando na “pasta”, com nhoque, Bolacha SP, Polenguinho, pão e Twix... De todo o entretenimento à bordo, aproveitamos três filmes: “Medida Provisória”, “Os Minions 2: A Origem de Gru” e “Super Mario Bros, O Filme”... “Medida Provisória, dirigido por Lázaro Ramos e estrelado por sua esposa, Thais Araújo, é aquela distopia do futuro que alerta para os problemas do presente, no caso, um programa governamental para deportação de negros evidenciando o racismo estrutural que existe de fato no Brasil, a produção de Daniel Filho garante vilões, ou melhor, antagonistas, familiares ao público das novelas da Globo, caso das personagens de Adriana Esteves, a burocrata que supervisiona as deportações, muitas vezes executadas com abuso da força policial, e Renata Sorrah, a vizinha que dedura a presença de negros em seu condomínio, e um “happy-end” para Thais... “Os Minions 2: A Origem de Gru”, no qual aparece o nosso destino, o aeroporto de Los Angeles, segue a fórmula consagrada da produtora francesa Illumination, para as crianças, a graciosidade e a graça intermináveis dos Minions e para os adultos, toneladas de referências a cultura pop dos anos 1970 e até mais recentes, como a personagem que fala e gesticula igual a Rochelle de “Todo Mundo Odeia o Chris”, a Universal, distribuidora do filme, desde os tempos do Pica-Pau manja o gosto dos brasileiros, sabe que eles se identificam com os Minions e reinventaram o Gru no canal “Pobre Também Dubla” e sua recorrente questão, “os Minions dão o botico???”... “Super Mario Bros, O Filme”, co-produzido pela Illumination e pela Nintendo é muito fiel ao videogame, no visual e no roteiro, basicamente o resgate da Princesa Peaches, raptada pelo monstruoso Bowser e seu exército de tartarugas do mal, pelos irmãos encanadores Mario e Luigi, ajudados por Toad e demais cogumelos súditos da Princesa, até o Donkey Kong, primeiro rival de Mário nos games, tem seu espaço, o toque da produtora francesa vem na família de Mário e Luigi na região do Brooklin, em Nova Iorque, e para além dos games, além do interesse romântico do vilão Bowser pela Princesa Peaches garantir o alívio cômico, a própria Princesa trabalha forte na história sem dar muita bandeira ao público mais canônico, e aqui também entra um pouco de “Efeito Mandela”, porque assistimos o filme legendado, sem áudio porque estávamos voando na madrugada e a maioria dos passageiros estava dormindo, exceto os bebês das poltronas de trás, mas quando víamos Mario, Luigi e o cogumelo Toad falando, imediatamente pensávamos nas vozes dos dubladores do desenho com “live-action” do início dos anos 1990, na versão exibida pela Globo, Antônio Patiño, Jomeri Pozzoli e Oberdan Junior, embora essa função seja desempenhada por Raphael Rossato, o experiente Manolo Rey e Eduardo Drummond, sendo que no original a princesa Peaches, que no desenho é dublada por Guilhene Conte e no filme por Carina Eiras, tem a voz da atriz Anya Taylor-Joy... E a minha mãe? O lugar que lhe foi designado, 38 F, era no corredor,  no meio da fileira... Ali pelas seis horas de viagem, quando resolvi ir ao banheiro,  fui até seu assento e vi que estava na ponta,  assistindo o filme "ET", e assim fui satisfeito ver os dejetos serem sugados do vaso (!!!)... A temida turbulência na verdade ajudou a gente a pegar no sono e acordar pouco antes de ser oferecido o café da manhã... Que também foi a oportunidade de conhecer os passageiros do nosso lado, Lúcia, a paraibana de Campina Grande que não é a Juliette e vai ficar na Califórnia até janeiro com o filho, que é casado com uma ex-modelo de 1,85 metro de altura e já lhe deu três netinhos, o primeiro deles já é fluente em espanhol e inglês, ano passado, foi ao Havaí, deveria ter vindo em julho, no verão estadunidense, mas operou, ao lado dela, no corredor,  o paranaense de boné, que vai ficar seis meses em Los Angeles, a trabalho, ele informou que a luz da nossa janela estava desligada,  e sem isso não conseguiríamos ter feito as fotos aéreas que tanto apreciamos, nesse caso, as pistas expressas e uma garagem de ônibus em primeiro plano, e os arranha-céus da região central ao fundo,  nas poltronas de trás,  o filho pequeno de um brasileiro e de uma estadunidense que tagarelou o voo todo, e na frente o sósia do Luan Santana, que não era brasileiro e ficou assistindo o último filme do John Wick, e o mineiro de cabelos grisalhos e camiseta branca que ligou o desconfiômetro típico de seus conterrâneos quando o comandante anunciou que estávamos perto de pousar em Las Vegas... Felizmente, aterrissamos em Los Angeles às 7h04 da madrugada,  e colocamos o roaming internacional para funcionar 7h14, o que é um prova não só apenas da eficiência do Passaporte Mundo da Claro, que lhe dá os mesmos dados móveis do Brasil,  mas também da diferença no fuso horário entre o Sudeste do Brasil e a Costa Oeste dos Estados Unidos... Sem pressa, sabendo o tempo que íamos gastar na imigração,  fomos saindo por último, sendo surpreendidos no meio do caminho por uma comissária de bordo loira, vagamente parecida com a comediante Maíra Charken, nos desejando "feliz aniversário", parei e questionei como ela sabia,  sem perceber que ela ouviu minha conversa com a Lúcia enquanto servia o café da manhã,  e esse tempo foi o suficiente para não encontrar a minha mãe na saída da aeronave,  ponto em que não poderia retornar,  informou a brasileira Carolina, funcionária do aeroporto,  o mineiro e uma comissária imaginaram que tivesse sido a senhora que foi ajudada pelo sósia do Luan Santana a procurar seus óculos,  entretanto ele só falava espanhol e não entendeu a nossa pergunta,  resignado, fui a imigração,  um guarda bigodudo me indicou a fila, e estranhou quando retornamos para a entrada, como naquele setor é proibido usar celular,  voltei para mandar um WhatsApp a minha mãe e lá estava ela, dizendo que estava ali fazia algum tempo... Pelo menos pudemos encarar juntos a imensa fila, mais ou menos às 7h40, a impressão era de que apenas dois guichês atendiam a multidão,  cada vez que eu cruzava com o mineiro ele me fazia uma pergunta sobre o processo da imigração,   fazia calor no recinto fechado, sem janelas, e no que eu tirei meu casaco de nylon fiquei com a forte impressão de que trouxe a vestimenta apenas para passear nos Estados Unidos, voos procedentes da Ásia multiplicaram as filas com coreanos, chineses, japoneses e taiwaneses,  inclusive crianças sentadas no chão,  olha o sósia do Ibrahmovic aí,  ao menos o serviço de imigração colocou mais guichês para funcionar, e depois que o oficial Díaz,  calvo e de bigode, tirou nossa foto, 9h36 da madrugada, ficamos prontos para ir ao banheiro e repetir a frase de Homer Simpson no episódio de "Os Simpsons" ambientado na Austrália,  "doce terra da liberdade", e fotografar aquele cartaz com um cachorro beagle simpático,  mas responsável por farejar substâncias proibidas, até alimentos,  que tem ao seu lado um "slogan" taxativo, "don't pack a pest", ou como diria o Quico,  "quem mandou não tomar banho???"... Vimos alguns desses cães meio de longe, é proibido fazer carinho para que não se distraiam, quando fomos pegar as malas, as nossas eram as últimas na esteira 10, que seria usada em instantes por um voo da empresa japonesa ANA, miramos a saída e do lado de fora do aeroporto demoramos alguns minutos andando com o carrinho de bagagens  pela calçada para perceber que para pegar o Uber, teríamos que pegar um ônibus para o LAXIT, que não é "laxity", a palavra em inglês para "frouxidão", "sino" um terminal de onde saem todos os táxis e carros de aplicativos que levam os passageiros que desembarcam no aeroporto,  onde descobrimos que dá para chamar um motorista falante de espanhol ao mesmo preço do Uber X, nesse caso por 63 dólares,  para o endereço que decoramos ainda no Brasil,  South Harbor Boulevard 921, Califórnia,  hotel Solara Inn and Suites,  código postal 92.895, e alguns minutos depois estávamos no Toyota Camry de Rigoberto desfrutando da primeira amostragem das "highways" de Los Angeles, ouvindo um repertório musical variado que incluía "Don't Let Me Down", "Show Me The Way", "Have You Ever Seen The Rain" e "Losing My Religion"...














De repente, na saída do Walmart de Anaheim, uma grande surpresa, crepúsculo acontecendo às 5 horas da tarde...



































Chegamos ao hotel 11h10, sua fachada é idêntica a mostrada no Google Earth, com a diferença de que havia uma obra de recapeamento da pista bem em frente a entrada, entre o hotel e o restaurante Silk Road, de comida asiática,  e que está fechado, na recepção,  venda de alimentos,  bebidas - inclusive garrafa de 600 mililitros de Coca Light por 2,50, compramos uma para fazer troco dos dólares que trouxemos do Brasil - e produtos de higiene pessoal,  a estante com folhetos de atrações turísticas tão típica dos hotéis de Orlando - escolhemos um hotel em Anaheim pela proximidade com os parques do Valdisnei - e na recepção nos informam, em espanhol, que o meu quarto, o 226, no andar de cima, já está pronto, o da minha mãe, o 211, a um corredor de distância,  ainda não, somente as 15 horas, pago o depósito de 100 dólares e vamos para o 226, que tinha uma cama muito macia e confortável, além de saídas USB suficientes nas cabeceiras das camas para carregar os celulares com nosso "polvo" e usar o adaptador apenas para ligar o notebook... Depois de confirmar que o Timão marcou o quarto gol no Bacalhau e não corre mais risco de ser rebaixado para a Série B do Brasileirão,  enchi a garrafa de Diet Coke vazia com água da torneira do lavabo, deixei no frigobar e tirei uma soneca de duas horas, testando em seguida o wi-fi do hotel, que funcionava perfeitamente,  e indo ajudar a mãe com o registro do quarto 211 na recepção,  o que não foi nenhum terror,  apesar de estar tocando "Thriller" no rádio, a gente até comprou mais uma Diet Coke, uma nota de 5 dólares dos 400 que compramos no Banco do Brasil em São Paulo já foi, o quarto da minha mãe é maior, tem vista para um estacionamento de "motorhomes" e ela pediu a garrafinha de Coca Diet que eu ia jogando no cestinho de lixo, a lâmpada do banheiro estava queimada, e pedimos na recepção para "cambiar", só a lâmpada, não o quarto, “la bombilla, no la habitacíon”,  porque precisávamos sair para fazer o reconhecimento da região, e comprar itens para o café da manhã,  que não está incluso na diária,  nem vimos cafeteria no hotel, só uma piscina, menor do que nas fotos da Internet... Apesar dos parques temáticos e dos hotéis,  estamos numa região residencial,  do outro lado do South Harbor Boulevard há uma agência do Serviço Social e uma escola pública,  junto ao hotel, na direção do viaduto que dá acesso aos parques do Valdisnei,  temos o Frontier Motel, fortemente trabalhado em madeira,  no estilo do Velho Oeste, perfeito para a lua-de-mel de Chico e Selena em "Corpo Dourado" caso ela não estivesse presa na delegacia dele em Marimbá, o Anaheim Harbor RV Park, o estacionamento ao lado da janela do quarto 211, o Shakey's Pizza Parlor, o restaurante que descobrimos no Google Earth para celebrar nosso aniversário,  pois tem buffet de pizza,  o hotel Days Inn and Suites at Disneyland Park e no ponto de ônibus,  um senhor de barbas brancas que lembrava Papai Noel, mas que era um "homeless" que repetia "have a nice day" na expectativa de um auxílio... No cruzamento com a Ball Road, em frente a um posto da Shell, nem reparei no preço da gasolina,  um "Press The Button For" faz aparecer o homenzinho da contagem regressiva no semáforo de pedestres e logo chegamos a via transversal,  onde fica o estacionamento para "Cast Members" dos parques do Valdisnei,  do outro lado do viaduto, razão pela qual um ônibus estava de partida para levar os funcionários , logo depois conferimos pessoalmente o que já tínhamos visto no Google Earth, estamos numa região residencial de Anaheim,  com casas de madeira, muros baixos e flores nos jardins,  também há a típica comidinha brasileira do Subway, KFC, Mc Donald's, este com a promoção de dois sanduíches de queijo e ovo por 5,50 dólares,  o posto de gasolina do 7Eleven, rede de lojas de conveniência que tentou fazer a Oxxo no Brasil em certa época, sem sucesso, e, por fim, o Walmart Anaheim Market,  que há pouco tempo atrás se chamava Walmart Neighbourhood Market, sendo recepcionados pelos moradores de rua na calçada,  um deles, ao se apresentar, recebeu uma contribuição de 4 dólares... Nosso problema do café da manhã foi resolvido na seção de comida pronta congelada,  com sanduíches New York Deli e Turkey Breast and Cheddar, além de lanchinhos feitos para as crianças levarem na escola, tem até com manteiga de amendoim e ovo cozido,  fizemos uma provisão de seis dias, a minha mãe se decidiu depois de pegar um carrinho do lado se fora do mercado, pegou um lanchinho do Minecraft,  sanduíches e um achocolatado em lata Milo da Nestlé, perto do leite condensado La Lechera,  o nosso Leite Moça, e outros produtos destinados aos consumidores latinos... Em seguida fomos atrás dos "itens críticos", as "commodities", não por acaso trouxemos uma sacola reutilizável comprada no Lopes da Rua São Jorge, na região do Tatuapé, até porque o preço da Coca Zero de dois litros é parecido,  9,60 reais, ou melhor,  1,96 dólares,  o outro item é um desodorante em "spray" Rexona,  aquele anunciado pela Anitta, que aqui se chama  Degree ("Grau", em inglês...), e que fica numa vitrina que você abre apertando o botão para chamar um funcionário, e como minha mãe queria um batom da vitrine, vieram logo dois, o efetivo e seu "trainee", alguns minutos depois, fomos ao caixa, o  homem parecido com o "juiz falecido" Carl Robertson, derrotado poelo Tio Phil numa eleição para a Suprema Corte em “Um Maluco no Pedaço” não tinha dinheiro suficiente no cartão e deixou as compras ali mesmo,  fizemos graça com a caixa, ela achou que fossemos da Itália, paguei 61 dólares "cash" e tudo coube na sacola que veio com a gente do Brasil... Na saída do mercado, fizemos a descoberta mais surpreendente de toda a viagem,  o por do sol às 17 horas, embora tenhamos optado por um caminho diferente da ida, e as mesmas casas de madeiras com cerca baixa ou até sem elas figurassem lado a lado com um parque público,  o Walnut Groove Park, perto de uma residência em estilo colonial com uma fonte que lhe dava um ar de casa de bonecas, apertamos o passo porque qualquer cidade do mundo a noite exige cuidados para se andar na rua, descobrindo perto do hotel um "liquor", um mercadinho para compras mais emergenciais... Banho tomado, lamentando a perda do boné que só percebemos quando chegamos ao hotel, fomos comemorar nosso aniversário no restaurante "Shakey's Pizza Parlor", cujo fundador, o músico de jazz Sherwood "Shakey" Johnson, aparece em vários retratos na parede, usando terno listrado, gravata-borboleta, chapéu-coco e vastas costeletas,  um visual que nos lembrou o comediante Harvey Korman, que fez, filmes com Mel Brooks e era um dos preferidos de Chespirito, e o senso de humor de Shakey era notado nas placas que ofereciam generosamente pizzas grátis a pessoas maiores de 90 anos acompanhadas dos pais ou que pediam para as pizzas serem comidas com as mãos porque eles detestam lavar pratos... O ambiente,  apesar das mesas e cadeiras que lembravam outros restaurantes de "casual dining", aqui muito comuns, ao contrário do quase monopólio do Outback no Brasil, tinha tudo o que faz o Cici's Pizza de Orlando ser considerado "o retrato verdadeiro dos Estados Unidos": salão de jogos com fliperamas,  pratos de plástico rígido, guardanapos rústicos,  famílias enormes e multiétnicas,  com muitas crianças,  dava até para fazer um "remake" de "Carrossel" com Cirilo e Maria Joaquina, televisão sintonizada no canal de esportes, aqui o play-off da Liga MX de futebol, Monterrey X San Luis, respeito profundo a filas, e por aí vai... A frustração de não ter "buffet" de pizza a noite logo se esvaiu quando a atendente que lembrava um pouco Lady Gaga, impressão reforçada quando perguntou se a massa da pizza "thin or thick", olha que não sou fã da cantora e atriz,  disse que eu comeria de graça por ter informado que era meu aniversário... Pedimos uma pizza de pepperoni, batata-fritas ("mo-jos"), um prato para nos servirmos no "buffet" de saladas e um copo de "large drink", ou seja, refil de refrigerante,  sendo que a máquina daqui só tinha as bebidas do portfólio da Pepsi, para cometer heresias com a pizza, além do catchup Heinz, havia um vidro do molho de pimenta Tapatio,  contendo no rótulo um mariachi com a cara do Diogo Vilela, forte como costumam ser as pimentas estadunidenses,  dessa forma, nosso primeiro dia em Los Angeles terminou com a pizza fazendo as vezes de bolo de aniversário...































































Na falta de um bolo para o nosso aniversário, os seguidores de Shakey Johnson ofereceram pizza de pepperoni...


Lançadas da Grazi Ficando com Alan e a Liderança no BBB5...

DIA 45: Enquanto Natália saía, Grazi teoriza sobre o amor com Pink e tem aula prática com Alan...

 










































DIA 46: Karla noiva na Festa Junina, Alan segue com Grazi, elas se enfrentam na prova do Líder...














Capa do Site – “Timão vence o Bacalhau de virada e se afasta do risco de rebaixamento no Brasileirão”. 4 a 2 em São Januário, gols de Puma Rodríguez (3/1º) – vide cruzamento do ex-corinthiano Lucas Piton – Romero (13/1º) – 1 a 1 Timão, vide Giuliano aproveitando a bola de Maycon afastada por Gary Medel – Vegetti (25/1º) – vide bola lançada por Puma Rodríguez – Romero de novo (45/2º) – vide Lucas Veríssimo (OG) desviando o escanteio que Fagner cobrou – Moscardo (16/2º) – 3 a 2 Timão, vide chute de fora da área – e Giovane (49/2º) – vide passe de Matheus Araújo, garantindo de vez a permanência da equipe corinthiana na Série A, pois a vitória trouxe os dois pontos que faltam para o Timão fugir do Z4...
















Abacaxis do Big Boss...

DIA 47:  Karla resiste só 61 minutos, Grazi é Líder e Prova Cofrinho Gordo vale Anjo para Aline...

























DIA 48: Palhaçada total com Karla talarica, Samy tilápia e a Festa Uma Noite no Circo... Ops!!!...


terça-feira, 28 de novembro de 2023

Lançadas do Tadeu Preso por Roubar Coração de Judy...

Ezequiel exige que Azevedo solte TadeuJudy chegaDóris atira, o pai morre nos braços do filho...



















 
























Apesar do papo bem tenso, Judy não solta mão de Tadeu, Liana o traz a razão e Aderbal defende...



















Capa do Site – “Bacalhau X Timão: onde assistir ao vivo, horário e prováveis escalações do jogo pelo Brasileirão”. Nesta terça, em São Januário, possivelmente com Cássio, Fagner, Bruno Méndez, Lucas Veríssimo (OG) e Matheus Bidu (Fábio Santos) (OG); Gabriel Moscardo, Maycon, Giuliano e Renato Augusto; Romero e Yuri Alberto (OG)...  “Timão inicia processo de transição presidencial”. Demorou, Duílio... Alis... “Entre sonho e realidade, Augusto Melo inicia montagem do departamento de futebol do Corinthians”. Meta é ter um executivo, um diretor “estatutário”, um diretor-adjunto e um coordenador ligando a base ao profissional... Aí sobraria para Rodrigo Caetano como executivo, Rubens Gomes, o Rubão, como diretor, e Chicão como coordenador... Alis... “Ex-dirigente do Menguinho ganha força no Corinthians como plano B à Rodrigo Caetano”. Sobrou para Paulo Pelaípe e até para Alexandre Mattos... Ops!!!... “PSG entra na briga por Moscardo, volante do Timão”. Ninguém tá moscando, digo... 


















A Cena é Repetida 44 Vezes...

Aderbal tenta soltar Tadeu e Judy luta por amor falando de Renato, flanando na praia e beijando...



























































Silveira recontrata Tadeu, Judy dorme na cela, Azevedo manjou, zoou Tadeu, e Isabel não curtiu...