sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Rashomon do Timão Campeão no Japão...

No metrô, internauta Chico Melancia não queria saber apenas qual trem pegar para chegar a Linha 4-Amarela...

























































A última postagem do seu Bloquinho Virtual antes dos nossos colegas de rede cantarem a depravação de Papai Noel traz três visões da ocupação do Japão pela torcida do Timão... Uma forma narrativa que os entendidos... Em séries de televisão dos Estados Unidos chamam de “Rashomon”... Devido ao filme realizado por Akira Kurosawa em 1950, no qual um relato de violência sexual e assassinato era apresentado em quatro versões diferentes... Vide o episódio “O Laquê Diabólico”, do “Sai de Beixo”, em que o Brigadeiro Salão saía de cena assassinado por Cassandra, segundo Caco Antibes... Eliminado por Caco, conforme relata Cassandra...  E intoxicado com o laquê que colocava na peruca que usava para se vestir de mulher, de acordo com Vavá... Alis, o internauta Pedro Henrique podia não ser tão esperto quanto o torcedor que pagou 100 dólares por um programa de quatro minutos, mas ficou 12 minutos com a garota, porém sabia muito bem que poderia contar com o calor humano dos amigos de seu continente preferido sempre que precisasse...  O internauta Chico Melancia nem se importou com o filme para “adúlteros” que passava no cinema em Ginza, pois todos aqueles ônibus de piso baixo passando eram muito mais aprazíveis de se ver... Os diários japoneses dos dois companheiros de web foram publicados no JBlog em dezembro de 2012... Alguns meses depois, em abril de 2013, André Luiz Pereira da Silvam Antônio Marcos Abraão Júnior, Celso Unzelte e Dante Grecco Neto lançaram o livro “Vai Timão (Que Nós Vamos Atrás)”, onde fazem seu testemunho da aventura da Fiel em busca do bicampeonato mundial de clubes... Unzelte, que conseguiu uma credencial de imprensa para cobrir a final do torneio para o “Diário do Comércio”, até conseguiu entrevistar o Adenor na coletiva após a vitória corinthiana sobre o Chelsea em Yokohama... Mas nem o jornalista, nem seus colegas torcedores e escritores fizeram como Melancia e Tufão e compareceram na Tokyo Tower e começaram a cantar o tema do programa "Em Nome do Amor"...  Muito menos garantiram o fornecimento de “whiskão" para o Velho Vamp, Pedrinho... 






O Diário do Internauta Chico Melancia no Japão: 10 de dezembro - Quando disseram que o voo para o Japão faria escala no México, não imaginei que o Chaves seria o piloto... E nem que a Dona Florinda e a Senhorita Clotilde seriam as aeromoças... Felizmente, os carros do Friendly Airport Limousine proporcionaram uma recepção de primeiro mundo na chegada ao aeroporto de Haneda, em Tóquio... Tive muita dificuldade para encontrar vaga em um flat na capital japonesa, pois a maioria dos estabelecimentos só tinha cerveja – e nunca Malzbier – e uísque no frigobar... Nada de destilado St.Remy... Na parte de alimentação, não tive problemas... Há muitos locais que fazem minha pizza afrodisíaca de calabresa... O prato de plástico é tão apetecível quanto as garçonetes... Os ônibus são mais baratos que o Metrô e não tem aquele papo de devolver o bilhete na saída... Só sinto falta de carregar o cartão na catraca, pois os veículos nem mesmo possuem catraca... 

11 de dezembro - Segui a orientação do honorável medidor de luz e fui pegar o Metrô na Estação de Shinjuku para ir até a casa de Kassamba Urinawa... Andei tanto pelas dependências da estação que quando percebi já estava na estação seguinte da linha Marunochi, Shinjuku-Sanchome... Seria muito mais fácil se o medidor tivesse me indicado qual linha de ônibus passa na casa de seu quase futuro sogro... Pelo menos tive um bom motivo para conversar longamente com minha amiga do balcão de informações do Metrô... Expliquei em detalhes o funcionamento do Metrô em São Paulo, mas quando ia mostrar a ela o Bilhete Único carregado que sempre levo na minha calça, era hora da troca de turno... O pessoal aqui é muito rigoroso com horários... Saí muito tarde do Metrô e não consegui nem embarcar no ônibus da Hello Kitty que faz city-tour na região de Tóquio... Nem por isso segui o exemplo de certos diretores corinthianos que tocaram pandeiro no Metrô justamente na área dos “courtesy seats”, os assentos reservados... 

12 de dezembro - Viajei para Nagoya com um torcedor corinthiano que foi para o primeiro jogo do Mundial vestido de Chapolin Colorado... Eu preferia que ele se vestisse de Jaspion, mas como iria viajar de ônibus, segui junto até o Toyota Stadium... Numa parada pude matar a saudade da típica comidinha brasileira comprando um Mc Lanche Feliz com surpresa do Pokemon no Mc Donalds... Ah, como era grande o Pikachu... Ao chegar no estádio, consegui ingresso com umas amiguinhas colegiais que receberam entradas de cortesia da Fifa... Mas quem me apeteceu de verdade foi uma torcedora do Ulsan Hyundai... Eu faria aquilo tudo com aquela coreana e o cachecol arco-íris da Adidas que vendiam na loja de souvenirs do Mundial, localizada na entrada do estádio, perto da barraquinha que vendia churrasquinho grego... Paolo Guerrero fez o gol da vitória do Timão, no entanto não encontrei nenhuma amiga peruana para comemorar... Fui obrigado a chamar o Batman... Que deixou o Robin em casa e acompanhou o Chapolin na viagem a Nagoya... 

13 de dezembro - Fui em Ginza para fotografar alguns ônibus, sem medo dos “miguelitos”, e me deparei com um carro de som fazendo propaganda eleitoral... Com as minhas amigas acenando ao lado do candidato e distribuindo folhetos, ele com certeza terá o meu voto... Ou então votarei naquela moça muito a vontade em plena rua... No anúncio de um filme... Passei na loja da Adidas e levei uma camisa da seleção do Japão... Nem me importei que fosse da seleção feminina... Em seguida, peguei a linha Ginza do Metrô para chegar em Shibuya, onde marquei um encontro com o Tufão no terminal de ônibus da região... Mas tudo o que encontrei por lá foi um pequeno terremoto que me fez vibrar mais do que o meu celular com pauzinho... É impressionante como o Tufão consegue se perder em qualquer parte do mundo... Devia estar perambulando sem rumo pela praça de alimentação de algum shopping center... Quem sabe na loja Oioi, lembrando da dança do Kuduro... Por falar em lojas, desisti de comprar camisa polo em Omotesando, não tanto pelos preços, mas porque as lojas estavam cheias de corinthianos... E nem tem Fascynios por aqui...

14 de dezembro  - Marquei um encontro com o Doutor Kenji em Akihabara... Ele que já cumpriu um importante papel no controle da poluição do ar e dos monstros do Doutor Gori, hoje monitora o trânsito daquela região de Tóquio sentando em um banquinho, só dando cliques nos contadores... Perguntei ao Doutor se aquelas meninas de cosplay que distribuíam folhetos na rua eram suas amigas e ele disse que não as conhecia... Lembrou que elas fazem shows ali pela região, mas ele nunca foi e não tem a menor curiosidade de ir... Prefere gastar fichas nos fliperamas da Taito e da Sega... Também não soube me indicar onde eu poderia utilizar os serviços de alguma massagista... Agora, Kenji conhece bem e é muito amigo daqueles rapazes que ficam de microfone na mão na entrada das lojas, anunciando ofertas de celulares... É que ele sempre faz com eles um troca-troca... De mangás do Doraemon... Os bonequinhos do cabeção apetecem muito o Doutor... Umas amigas colegiais que usavam minissaia, mas não meia calça, me chamaram para ir na Tokyo Tower, mas não fui... Não sou o Godzilla para ficar trepando nesses lugares...

15 de dezembro  - Finalmente encontrei a casa de Kassamba Urinawa... Fica perto do Parque Meiji, que se parece muito com o Solo Sagrado, mas sem a Represa de Guarapiranga por perto... Ele mostrou os barris onde armazena o saquê que produz em sua residência e chamou o carateca Shimpato Yamazaki para uma luta amistosa numa pedreira nas proximidades, a mesma em que gravavam as cenas de luta do Jaspion e do Changeman... Tem até uma estátua do Daileon... Eu homenagearia a Change Mermaid – tem que ser muito corinthiano para chamar ela de “Marmeide” – ou Shiima, a Bolacha do Espaço... Saiporaí Taporaí não estava, tinha ido comprar papel higiênico numa dessas mercearias que expõem o produto na porta... Kassamba Urinawa até me arrumou 200 ienes para eu pegar um ônibus em Shibuya para voltar a Shinjuku... É que eu ia fazer um carnê numa loja de departamentos para comprar um sofá e trazer para o Brasil, pois o meu apartamento está precisando muito... Deitar no chão dá uma dor nas costas...

16 de dezembro - Para ir até Yokohama, decidi fazer trenzinho... Quer dizer, pegar o trem-bala, o popular Shinkansen... Quase não sobra dinheiro para a passagem, pois comprei várias fotos de ônibus e miniaturas na loja de lembrancinhas da estação Tokyu... Quando chegamos ao estádio, uma amiga minha que trabalhava na produção do evento ofereceu um ingresso de graça, o qual delicadamente recusamos... É que fiz amizade com os torcedores do Al-Ahly e comprei uma entrada que estava sobrando com eles... Na verdade, isso foi apenas um pretexto para ficar ao lado de uma torcedora egípcia muito aprazível de guarda-chuva... Com ela eu faria uma Primavera Árabe... Mas a mulher foi embora depois da decisão do terceiro lugar e eu fiquei cercado de corinthianos, bem longe das minhas amiguinhas torcedoras do Chelsea... Tite soube que eu prestigiei o Alessandro e decidiu escalar o Jorge Henrique para cobrir o lateral pela direita... O técnico corinthiano me deve uma, pois sua equipe foi campeã mundial... É só pagar uma carga do Pasmo que está tudo resolvido... A única dificuldade é que ele está em Yokohama e o cartão só vale em Tóquio... 

17 de dezembro  - Antes de voltar para o Brasil, queria ir até Nagasaki para visitar a depreciável Cho-Cho San e conhecer seu filho com o oficial Pinkerton... Ta da da da da da Ta da da da... No entanto, nosso dinheiro acabou depois que compramos uma placa de estação e um passa-mão original de trem... Afora as pilhas para a câmera que usei fotografando os ônibus no terminal em frente a estação de Marunochi... Aquela lojinha da Estação Tokyu não aceita cartão de crédito, o que é um problema, mesmo porque não tenho um... Tivemos que adiar nossa ida a cidade em que explodiu a segunda bomba atômica para uma próxima viagem... Que não sei quando vai acontecer, pois não faço a menor ideia de quando o Bambi vai ganhar a Libertadores de novo...





























Sem sucesso na negociação, restou a Chico a companhia de Tufão na Tokyo Tower, em nome do amor... Ops!!!...



































































É Vamp!!! O diário do internauta Pedro Henrique no Japão:  9 de dezembro - Cheguei a Tóquio e pensei que esta seria uma jornada solitária... Felizmente encontrei alguns amigos que me proporcionaram uma acolhida muito calorosa... Até ajudei a eles com uma pequena contribuição, que por acaso era quase o mesmo valor em dinheiro que trouxe para esta viagem... Sobrou só uma pequena quantia porque não poderia deixar de ir cortar o cabelo no Black Biz em Shinjuku... 

10 de dezembro - Com as moedas que consegui fazendo uma demonstração de embaixadinhas em Shibuya, entrei na internet em um computador público, pagando 150 ienes por quinze minutos de acesso... O César Tralli da TV Globo viu minha apresentação... Perguntei se o Abel Neto veio para o Japão e ele disse que não... Lamentei que o time da Vila Belmiro não tenha ganho a Libertadores novamente, pois com certeza o meu amigão Abel estaria aqui... A gente almoçaria junto, sem ter problemas com os caríssimos pratos de plástico... Comigo ele ficaria muito bem servido... 

11 de dezembro - Soube por um amigo corinthiano que o Vampeta tinha vindo ao Japão... Descobri o hotel em que estava hospedado e fui encontrar com meu ídolo, cujo apelido batiza um time de futsal que formei no Brasil... Ao encontrar com Vampeta, pedi um autógrafo e insisti que assinasse com sua própria caneta, a qual tive o privilégio de segurar e conferir se tinha tinta... Também me ofereci gentilmente para ajudá-lo no que fosse necessário durante a estadia... Inclusive para segurar sua mala... Nem me importo com o peso... É uma homenagem que faço ao grande craque... Que inveja do Celso Unzelte, que escreveu a biografia dele... Mas agora posso aproveitar para ficar juntinho dele e ouvir todas as suas histórias... Bem melhor do que comprar o livro... 


12 de dezembro  - Consegui uma carona para o estádio em Nagoya... A viagem no bagageiro do ônibus foi muito aborrecida... Mas em uma parada na estrada, encontrei com Marcelinho Carioca... Outro ídolo para quem fiz uma comovente homenagem ali mesmo no posto atrás do estacionamento... Assistimos ao jogo juntos... Dizem que fez muito frio, mas estava tão encantado em ficar ao lado do Pé-de-Anjo que fiquei o tempo todo sem camisa... Depois disseram que apareci na galeria de fotos do UOL... Pena que Marcelinho não tenha tirado nem o sobretudo... Ainda assim ele é o cara... Nem fiquei sabendo do resultado da partida... Contra quem o Timão jogou mesmo?... 


13 de dezembro - Ajudei alguns conselheiros corinthianos a venderem camisas autografadas pelos jogadores em Ginza... Eles conseguem de graça, o lucro é garantido... Fiz todo o trabalho em troca de um uniforme, o do Guerrero... Vou levar de lembrança para o Brasil... Soube que ele fez o gol contra o Al-Ahly do Egito, que me disseram ser o representante de meu continente preferido... Não acreditei, esse país não faz parte daquela região... De qualquer forma, não deixei de fazer uma homenagem sincera ao querido amigo peruano... 


14 de dezembro - Procurando o acesso da linha da Japan Railways na estação de Tokyu junto com um amigo para poder fazer trenzinho descobri que uma emissora de televisão japonesa vai estrear nos próximos dias uma versão da novela Betty, A Feia... Fiquei feliz em ver que a amiga que sempre me deixava entrar de graça na piscina do clube que eu frequentava lá no Brasil progrediu e vai fazer sucesso no Japão... Será que ela arranja uma vaga em algum hotel?... As moedas que uso para me abrigar no maleiro da estação acabaram... 


15 de dezembro  - Encontrei um amigo dos Estados Unidos caminhando pelas ruas comerciais de Omotesando... Ele fez questão de me mostrar sua máquina fotográfica... Conferi pessoalmente as dimensões de sua potente teleobjetiva... Que não era de fabricação japonesa... Não passo aperto por aqui... Fico satisfeito ao encontrar os amigos, sempre arranjo um Yakult para eles... Ruim mesmo é que no Japão não tem Mupy... E sinto muitas saudades do Waldemiro Santiago... Quero aproveitar para dizer que não é verdade a história de que o Vampeta não tenha trocado de roupa durante toda a viagem... Eu mesmo lavei as peças do vestuário do meu amigo no chuveiro do banheiro do quarto dele no hotel... Ele ficava junto me ajudando com o sabonete... Também é mentira que Vampeta não tenha mantido a sobriedade... Eu estava incumbido de comprar água mineral para meu amigo todo dia numa máquina na esquina... Não tenho culpa se a Suntory também fabrica uisque e as garrafas são parecidas... 


16 de dezembro - Fui para Yokohama com o cara que entrou em campo em 2005 para abraçar o Rogério Ceni após a vitória sobre o Liverpool no Mundial... Fiquei de apresentar o Jimmy, mas acabamos nos desencontrando antes de entrar no estádio... Assisti a decisão com um integrante da Gaviões da Fiel, meu amigo... Ele gritava o tempo todo “F... you Chelsea”... Convenci ele de que era muito melhor fazer comigo o que ele desejava para os ingleses... De volta a Tóquio, consegui um troféu mais valioso que a própria taça da competição... O número do celular do Vampeta... Ele estava em um restaurante com torcedores corinthianos... Imagino que o Timão tenha conquistado o título, pela alegria do pessoal... Mas quando se consegue um contato em particular com seu grande ídolo, quem é que se importa com o resultado?... Porém, estou aliviado pelo fato de Paolo Guerrero ter marcado de novo... 


17 de dezembro  - O avião que veio de Tóquio chegou aos Estados Unidos... Vamos ficar em Nova Iorque por alguns dias... Encontramos muitos amigos aqui, a começar pelo cara do raio-X... Pedi que ele não usasse só o aparelho, mas também fizesse uma revista detalhada com suas próprias mãos... Para ajudar com a fiscalização, não tirei apenas os sapatos... Vamos pegar um taxi para ir até a Park Avenue... Quem sabe o Arnold e Willis ainda moram lá, na cobertura do senhor Drummond... Lamento que o juiz falecido de “Um Maluco no Pedaço” tenha falecido... Se não encontrar os irmãos Jackson, vou de carona até Connectcuit e me hospedar na casa da família Kyle... Avisem o Thiaguinho que em breve estarei de volta ao Brasil...




























No Japão, o internauta Pedro Henrique descobriu-se um grande fã de "tokusatsus", por algum motivo...


































































Existe amor em Tóquio e região, pois Celso Unzelte dá sua versão da invasão do Timão ao Japão: "Vai, Timão (Que nós vamos atrás...)" registra as histórias de quatro corinthianos que acompanharam a invasão ao Japão, onde conquistamos nosso segundo título mundial... Que nem nós, como podemos atestar pelas postagens em nosso vlog e nas fotos postadas no Facebook (C)... Eles também passaram pelo Parque Meiji, onde um guia turístico lembrava que apenas 80 torcedores do Peixinho compareceram ao Mundial de 2011 levados por sua agência... E o time da Vila Belmiro ficou de quatro, quer dizer, tomou de quatro do Barcelona... Que coisa, não... O autor mais conhecido do livro é Celso Unzelte, responsável pelo "Almanaque do Timão" e a "Bíblia do Corinthiano" - que adquirimos por 5 reais... Em um saldo, com vários itens faltando... Não tem problema... Podemos acrescentar algumas lembranças do Mundial, como os ingressos dos dois jogos, aquela forração de assento que distribuíram em Yokohama (não quisemos levar a cadeira...), o jornalzinho distribuído depois da decisão, uma singela folha frente-e-verso, os mapas de Tóquio e região, da rede de Metrô da capital japonesa, folhetos da Keio Bus...Unzelte também, pois seguiu um roteiro semelhante ao nosso... Compareceu na agência de turismo credenciada pelo clube e adquiriu um pacote para invadir o Timão (via Chicago, nós fomos por Nova York, quase um remake do filme "Esqueceram de Mim 2"... Mas quem sofreram mais foram os corinthianos que fizeram escala no México...) e acompanhar o Timão, a ser pago em leves prestações... Quem poderia imaginar que ele estaria junto, nem mesmo quando foi ao evento da agência no Parque São Jorge antes do Mundial... Pois ali Unzelte estava supostamente apenas a serviço da ESPN Brasil, fazendo uma reportagem para o programa "Loucos por Futebol", sem dar muita importância a baixa estatura da repórter Cinthia Toledo, da Globo... A diferença é que ele não apenas torceu, mas também fez a cobertura da decisão com o Chelsea em Yokohama para o "Diário do Comércio"... Mais dois coleguinhas dividem a autoria da obra, porém esses foram só pelo Timão - o que por si só é uma causa das mais nobres... Dante Grecco Neto, da "National Geographic", é mais conhecido pelo seu depoimento no documentário "Fiel"... Todos os loucos do bando se lembravam dele, ao passo que Celso Unzelte se tornou o "Plihal", e ele nem escreveu o livro "Maioridade Penal", sobre Rogério Ceni... André Luiz Pereira da Silva, apesar de ser diretor de arte da revista "Caras", compareceu ao templo de Asakusa Kannon e ao Nakamise Dori (mais conhecido como "Feirinha da Madrugada"...) e nem se lembrou que muito antes dos corinthianos invadirem o local para fazerem promessas e tirarem fotos com as colegiais, Roberto Marinho deu ar de sua graça naquela região, como pode ser visto no primeiro número da revista que Silva trabalha, publicado no distante ano de 1993... E olha que ele foi com a passagem paga pelo chefe... O quarteto é completado por Antônio Marcos Abrahão Junior, que atua no mercado financeiro e fez a maior parte das fotos que são vistas no livro... Certamente com uma câmera melhor que a nossa Sony Cybershot... Também não deve ter se preocupado em registrar os ônibus urbanos pelo caminho, apesar da nostalgia com que seu parceiro Silva se recorda dos carros da CMTC que saíam da Praça do Patriarca em direção ao Pacaembu nos dias de jogos do Timão, mas isso nós fizemos com uma facilidade poucas vezes vista no Brasil... Os quatro auto-intitulados mosqueteiros corinthianos exploraram com destemor a região de Shinjuku... Mesmo que não tenham percebido a semelhança do mascote da loja MiniMini com o Brasilino da Fábrica de Móveis Brasil... Imagina o Fuleco na Copa.... Tornaram-se frequentadoes assíduos do restaurante italiano Miami Garden, o mesmo em que uma equipe do SporTV foi flagrada pedindo pão velho no dia seguinte a decisão do Mundial... A gente se manteve fiel ao Subway, ainda mais depois de descobrirmos que a água era de graça, cortesia da Tokyo Water... Das cervejas, que os autores consumiram generosamente, só fotografamos as latas... Ficaram hospedados no Keio Plaza Hotel, que abrigou a maioria dos corinthianos que invadiram o Timão por intermédio dos pacotes da agência oficial credenciada pelo clube - que não era a do Andrés Sanchez... Mais austero que o Hilton Tokyo, onde ficamos no quarto 2522-10, Jardim Santo Antônio-Shopping Aricanduva... Com um ar de anos 1960 ou 1970 - o painel com o horário mundial da Citizen parecia um cenário de telejornal dessa época - e funcionários engravatados que eram a cara do Gibe... Os autores do livro inclusive não se esqueceram da foto obrigatória em frente à árvore de Natal no hall de entrada, bem ao lado dos sofás onde alguns torcedores vendiam faixas para seus irmaõs corinthianos... O toque de modernidade do Keio Plaza ficava por conta do cartaz do show de Natal de Shizuka Kudo, uma mistura de Marjorie Estiano com Paula Fernandes... O Hilton em sua arquitetura até lembrava o nosso Copan, como se estivessemos na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua da Consolação... A música ambiente no lounge, com predomínio do J-Pop, aumentava ainda mais a contemporaneidade do ambiente... Uma figura muito vista no lobby do hotel era o internauta Pedro Henrique, sempre atrás da linguiça do Vampeta... A do café da manhã, docinha, que ele guardava para saciar a fome do internauta em troca de preciosos líquidos que o Pedrinho ia comprar nas lojas de conveniência... Essa nem o Unzelte, biógrafo do Velho Vamp, sabia... Nosso colega de rede estava hospedado em um dos guarda-volumes com fotos de animais na estação Shinjuku do Metrô... Uma indicação dos amigos de seu continente preferido, que garantiam o calor humano nas noites gélidas da região... As moedinhas para pagar a hospedagem ele arrecadava fazendo embaixadinhas em frente ao fumódromo de Shinjuku, disputando a atenção dos habitantes locais com o Exército da Salvação, monges budistas e militantes do Partido Comunista... Que não quiseram pagar para o internauta distribuir seus folhetos... Por isso perderam feio para aquele candidato do cachorro nas eleições parlamentares realizadas no dia da final do Mundial... Entre as excursões opcionais, os autores optaram por Hakone... O Silva nem se lembrou que Roberto Marinho esteve em Kamakura, outra das alternativas de passeio... Da nossa parte, optamos pelo "city-tour" na região de Tóquio, não se queixando dos preços do Nakamise Dori, como dona Lily de Carvalho, e com direito a comprar um adaptador de tomada na "Electric City" por 160 ienes... Afinal, no Hilton o concierge até emprestava, mas tínhamos de devolver o adaptador a ele sempre após carregarmos o laptop... Alis, por falar em aquisições, quando compramos o livro na região da Paulista, encontramos um autor dando autógrafos... Também jornalista... Mas sua obra nada tinha a ver com o Timão ou o Japão... Na verdade, o colunista da UOL, Ricardo Feltrin, lançava "Como lidar com crises, jornalistas e outros predadores"... Os escritores invasores tambem falam das complicações que tiveram com o trânsito nas regiões de Tóquio e Yokohama... Problema que não afetou o internauta Chico Melancia de forma alguma... Primeiro, porque ele passou longe dos taxis... Os modelos até eram bonitos, como o Nissan Cedric, que tem a silhueta do Santana 1986, e o Toyota Crown, equivalente ao Corolla fabricado no Brasil, mais antigos, ou o Toyota Prius, híbrido, como o Melancia, todos dirigidos por experientes motoristas de terno e gravata e dotados de bancos com forro rendado, mas eram melhor apreciados de longe, devido ao alto preço da bandeirada (700 ienes), que impressiona até o Roberto Kowalick, correspondente local da Globo... Até valeriam algumas fotos do Chico, isso se não estivessem ali os ônibus da Keio Bus, da Kanto Bus e da Tokyo Transsés... Disponíveis para todos os cliques permitidos pela capacidade dos cartões de memória vendidos no Bic Camera ou no Yodobashi... Seja nos terminais de Shinjuku, Shibuya ou Tokyu, este em frente à estação Marunouchi... Onde também se localizava o The Station Shop, loja que atesta o nível de sofisticação e de profssionalismo a que chegou o hobby por meios de transporte no Japão... Porque o Melancia ia querer produtos eletrônicos, se em cada estação do Metrô estavam a venda miniaturas de trens, chaveiros, canetas e outras lembranças metroviárias???... Porque os deslocamentos do nosso colega de rede se deram prioritariamente por trilhos, seja do Tokyo Metro ou do Shinkansen da JR Railways, confirmando sua vocação para fazer trenzinho... Alis, se os autores do livro transformaram a Tokyo Tower no cenário de um acalorado debate sobre o jogo do Timão com o Al-Ahly e as perspectivas para a partida com o Chelsea, Melancia preferiu levar a emoção lá para o alto... Foi lá que ele se encontrou com uma das pessoas que mais o apetecem no mundo... O Tufão... Na verdade, Chico planejava subir a torre com umas colegiais que tinha conhecido numa lanchonete em frente a entrada do saguão dos elevadores de acesso ao mirante... Elas lembravam muito as meninas que apareciam no Jaspion.. Negociando bem, até seria possível uma voltinha no ônibus "Hello Kitty" da Hato Bus... No entanto, a perspectiva de dar... Uma demonstração de carinho para seu desafortunado colega de rede do Divino já o deixou muito satisfeito... E poderia haver lugar melhor que aquela cadeira cor-de-rosa ao lado de uma luminosa miniatura da torre circundada por um arranjo natalino em forma de coração???... De repente, uma canção se ouvia nas alturas... "Quando a solidão aperta... Chega o tempo de recomeçar... Sempre existe o perdão, e uma nova razão, para sonhar... O que você precisa é amor... " Pode trazer o resultado do exame de DNA... Música ao vivo é sempre bom... E olha que nem era o Ailaika...































Nada se compara no entanto à satisfação do encontro de Pedrinho com seu ídolo de sempre, o Velho Vamp...

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