sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Ouvindo Brasileiros na Região de Orlando...

Para comemorar o título brasileiro do Timão, vale até fazer uma foto com o chefe de polícia da região de Springfield... Ops!!!...



















































































Na última postagem do seu Bloquinho Virtual neste ano, antes que o internauta Chico Melancia coloque seu vestido de noiva para correr na São Silvestre e a tarifa de ônibus na cidade de São Paulo suba para quatro reais (!!!), encerramos a série de postagens sobre a região de Orlando com uma visão da presença brasileira na cidade dos Estados Unidos...  Maior do que em 2016, sem dúvida alguma... Não que isso signifique alguma melhora representativa em nossa economia, como Michel Temer quis dar a entender em seu pronunciamento natalino... A propósito, o que fazia ser tão difícil ouvir a última flor do Lácio inculta e bela em terras estadunidenses era a própria ascensão ao poder de Temer... Apesar da situação econômica do país não ser propícia para a instalação de parques temáticos de grande porte – o próprio Playcenter retomará suas atividades em um parque “indoor” na região do Shopping Aricanduva – os brasileiros, ao exprimir sua empatia por Homer e todos os demais membros da família Simpson e moradores de Springfield, mostraram para a Valdisnei o caminho da aquisição da Fox... Apesar de todos os problemas, a sensibilidade do nosso povo é aguçada... “The Voice” com Miley Cirus é bem melhor que aquela PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII comandada pelo Bofinho e o “ABC News with David Muir” será sempre superior ao “SBT Brasil” com Joseval Peixoto... Então é por isso que Silvio Santos dispensou o experiente apresentador, não é para abrir espaço para William Waack... Ops!!!...





A língua portuguesa se fez ouvir com muito mais frequência nos parques da região de Orlando neste ano... O que tem a sua lógica, pois em 2016 deu vergonha de ser brasileiro...  Na hora de embarcar para Orlando, o morador do Brasil lembrou que tinha comprado mangas no supermercado da esquina e seria um desperdício deixa-las em casa... Decidiu pegar um pote e colocá-las dentro de sua mala... Na chegada a Orlando, enquanto aguardava sua vez na longa fila da imigração, monitores de TV exibiam vídeos que demonstravam a postura rigorosa das autoridades estadunidenses com relação a produtos de origem animal e vegetal vindos há pouco de fora... “Don’t pack a pest”, é a ordem... As imagens mostram cães farejadores – beagles, a raça do Snoopy – descobrindo laranjas trazidas em uma mala... Sophia Loren começou assim, em um filme de Mario Monicelli, barrada no aeroporto de Nova Iorque porque carregava uma peça de mortadela da fábrica onde trabalhava para presentear o “sócio” que vivia nos Estados Unidos... Nosso visitante passou pela imigração, pegou a mala numa esteira e teve que colocá-la em outra, para passar no raio-x...  Retirou a bagagem, foi para o hotel e ao abrir a mala em cima da cama, viu que as mangas estavam intactas, exatamente como tinha deixado, no meio das roupas... As frutas foram direto para o frigobar do quarto... Alguns dias depois, elas saíram para servir de sobremesa durante a ida a um parque do complexo Valdisnei World Resort... Logo após o almoço, as frutas são sacadas da bolsa e descascadas com a faquinha de plástico fornecida pelo restaurante... Um funcionário chinês, vindo diretamente da Costa Leste estadunidense, chega na mesa para recolher a bandeja  impressiona-se com o brasileiro saboreando a fruta... “Mango!!!”... “Brazilian mango”, responde... O chinês quer saber como ele conseguiu entrar no país com aquela manga...  Como o brasileiro não entende muito bem o idioma inglês, não conseguiu responder a pergunta... O funcionário se foi, pois tinha outras bandejas para retirar, mas ele ficou pensando... Os cachorros daqui não conhecem mangas... A comida dos Estados Unidos também pode parecer estranha para quem vem do Brasil... Se não fosse um conterrâneo com mais familiaridade com a língua de Shakespeare, aquele homem jamais saberia qual pizza de peperone da Domino’s © não tinha champignon... Alis, é curioso notar como a maioria dos brasileiros que comparece ao buffet de pizzas da região de Kissimmee... O incomodo certamente deve residir no fato das pizzas, saladas e sobremesas terem que ser consumidas em pratos de plástico... Não pior do que a constatação de que os atendentes não entendem espanhol e a casa não serve suco de laranja... Nos parques do Valdisnei World, a salada de pepino com tomate causa estranheza até o momento que a atendente brasileira, vinda diretamente da região do Grande ABC, em São Paulo, confirma que se trata de molho vinagrete... Se fosse carioca da região da Tijuca, diria que é molho à campanha, Pancada... Agora, o lugar em que os brasileiros, especialmente de Minas Gerais, se portam com mais desenvoltura é o Longhorn Steakhouse, uma versão mais abundante e um pouco mais em conta do Outback... Aqui, o pedido para o garçom sai ligeiro... “Two Millers!!!”... É preciso muita cerveja para molhar a palavra, até porque o assunto quase obrigatório dos brasileiros é dinheiro... A falta dele, o baixo valor do real frente ao dólar... No meio da Ásia... Do Animal Kingdom, o assunto ao celular é o fiador necessário para a compra de um imóvel...  No Future World do Epcot Center, a perplexidade é com o produto que custa 300 reais no Brasil e nos Estados Unidos tem como preço 30 dólares – sem contar os impostos...  Ainda assim, muitas pessoas que não se divertem nos parques temáticos vão se esbaldar nas lojas da Apple © ou da Microsoft © no shopping The Florida Mall... Ou ainda na loja do Best Buy, que dá vale-presente a cada aquisição... Só não vale comprar smartwatch no Walmart, porque já é de produto novo de estoque antigo... De volta ao shopping, nada de tirar foto com o Pateta, quase um brasileiro, ou com aquele Minion de cara estranha... O negócio é levar um Apple Watch ou um iPhone 8 que já vem desbloqueado para uso nas operadoras brasileiras... Desde que o limite do cartão de crédito seja de mais de 8.000... Ops!!!... 










































Cerveja Duff, Moe Flamejante, rosquinha proibida do Homer... Variedade de itens do Kwik-E-Mart encanta os brasileiros...




























































































A família da região da Granja Viana que faz trenzinho no Magic Kingdom não está muito preocupada com esses detalhes financeiros... A mãe, apesar de estar pela segunda vez no Valdisnei World, usa o botton de “First Visit” que o filho não quis colocar... Tem outro, de “Happy Birthday”, mas o aniversário é do namoro com o marido, que nem começou naquele dia há alguns anos atrás... É jovem demais para lembrar que Moacyr Franco gravou a música-tema da Montanha Encantada do Playcenter, quer dizer, "It's a Small, Small, World"... Não que o cantor e comediante, recentemente demitido do SBT fosse responsável pela versão que tocava no "Domingo no Parque", mas, enfim...  A filha, muito inteligente, diz que conseguiu ir na Splash Mountain – aquela dos personagens do “Almanaque Disney”, Quincas, Zé Grandão, João Honesto – sem se molhar e no Universal Studios, ficou de olhos bem abertos na montanha-russa Hollywood Rip Ride Rockit...  “Eles falam para a gente fechar os olhos mas eu não fechei”, diz com orgulho...  Mais cedo, na região do castelo da Cinderela, aquela família com a mãe grávida disputava um espaço com os fotógrafos oficiais do parque e o desfile de fanfarras para registrar junto com o “sócio” a felicidade em trazer ao mundo mais uma criança... Algumas famílias ficam bem longe dos pacotes em dez vezes sem juros, que levam os brasileiros menos abastados que torcem para a Macaca de Campinas – conversar o que, se o time foi rebaixado para a Série B do Brasileirão, o estádio foi interditado devido à invasão de campo pelos torcedores e o zagueiro foi suspenso porque deu uma dedada no atacante adversário??? -  a dividirem as exíguas cafeterias dos hotéis da região de Kissimmee com equatorianos e colombianos... Nossas famílias privilegiadas adquirem pacotes para Orlando à vista, com hospedagem  na região da International Drive... Como aqueles vendidos pelos dois agentes de turismo que esperavam a vez para fazer fotos com o Mickey e a Minnie... “A gente vende melhor o que conhece”, diz ela, lembrando das estadias à convite em hotéis dentro dos parques, que tem diárias mais elevadas, houve uma ocasião em que estavam juntos 40 agentes...  A agente sabe muito bem que não dá para conhecer mais de um parque por dia... Talvez o Islands of Adventure, mas, enfim... Alis, alguém precisaria apontar a ela que a compra de ingressos “park-to-park” para as atrações da Universal pode ser feita no Brasil, embora o comprador não receba o cartão com as entradas, como no caso do Valdisnei World...  A venda de pacotes de sua agência é garantida por ações junto a escolas de ensino fundamental e médio – particulares, obviamente... A clientela, bem informada e articulada nas redes sociais, inclui inclusive jogadores do Menguinho – nos tempos do Ronaldinho Gaúcho... Alis, a agência oferece pacotes para a Florida Cup, mesmo que o Urubu não esteja entre os participantes deste ano... Futebol e parques temáticos são uma excelente combinação, apesar da excursão prever apenas um dia neles... Ele questiona... “Que parque existe no Brasil que tenha o mesmo nível dos estadunidenses no eixo Rio-São Paulo???”... A pergunta já e direcionada para excluir a honrosa exceção, o Beto Carrero World, em Santa Catarina... Aí não sobra quase nada, em São Paulo o Hopi Hari está que fecha, não fecha, o Playcenter é só uma lembrança (o Bear Jamboree do Magic Kingdom é o nosso Show dos Ursos...), o Rio depois do Tivoli Park teve o Terra Encantada, que não vingou... Valdisnei fez bem em escolher para seus parques a região central da Flórida... Sol o ano todo, sem a concorrência da praia, que ainda é de graça... Então é por isso que não fazem uma Valdisneilândia no Brasil... Sequer há um pavilhão específico do país no World Showcase do Epcot... José Carioca no México não conta...  Na verdade, nem em Brasília construíram um parque, e olha que a ideia tem quase 60 anos... Hoje seria mais complicado essa ideia se tornar realidade, com o protecionismo de Donald Trump na Casa Branca... Nem é preciso explicar muito aos taxistas latinos sobre o Bolsonaro, pois logo percebem que é um “loco” como Trump... Votaram em peso em Hillary Clinton, mesmo sendo corrupta, mas só porque Bernie Sanders ficou de fora da disputa... O Brasil padece do mesmo mal da América Latina... São países ricos, mas com governos corruptos... Luis Inácio não, trabalhava pelos pobres, o Brasil enriqueceu com ele... Hugo Chávez também, sobrou para o Maduro... Enquanto Lula não volta, temos de aguentar Temer, que traiu Dilma... A conserva tem como fundo musical as canções tocadas pela Rumba FM, “para êxitos e música variada”... “Despacito” é o que mais se ouve, Daddy Yankee e Luis Fonsi estão na capa da “People” – em espanhol... O brasileiro até sente falta da Anitta, digo... Mas quando o “shuttle” entre os parques e os hotéis falha, eles acendem rapidinho uma vela para São Uber... Eles não acreditam em almoço grátis – nem mesmo o da American Express ©...





































Outro produto que agrada em cheio que vem do Brasil é a peruquinha azul que imita o cabelo de Marge Simpson...




























































































O lugar onde é mais fácil encontrar brasileiros são os parques da Universal... Sim, nossos conterrâneos estão lá no show da Frozen no Valdisnei Hollywood Studios, sem se importar que ele tem muitos clipes de músicas do filme e poucos efeitos especiais, vide neve de sabão, e na saída correm para adquirir alguma lembrança de Ah Que Pena Seria, quer dizer, A Pequena Sereia... Agora, as franquias ligadas à Universal apetecem mais o pessoal do nosso país, quando não estão falando de (falta de) dinheiro, comentam dos Minions ou da Múmia... Sem muito esforço, pode-se matar as saudades da nossa terra ouvindo palavrões em alto e bom som dito por algum garoto entre a Skull Island: The Reign of Kong e a Toon Lagoon do Islands of Adventure... Fosse um pouco mais velho, estaria inconformado com os brasões de família vendidos no The Lost Continent... Há escudos da Espanha e Portugal, mas a descoberta perde o encanto tão logo a pessoa percebe que os sobrenomes ibéricos mais comuns no Brasil – Santos, Silva e Souza – não pertenciam a famílias nobres... Pinto, então... No Universal Studios, o homem de camisa do Menguinho procurava alguma poção mágica no Diagon Alley que pudesse dar um jeito no goleiro Alex Ex-Muralha... Em busca de uma refeição substanciosa, famílias inteiras comparecem no  Universal Studios Classic Monsters Café... Há algo de familiar na estatua daquele vampiro, Michel Temer negociando com os deputados de sua base a reforma da Previdência, quem sabe... Agora, não há a menor dúvida que o lugar onde os brazucas sentem-se em casa é “Springfield: Home of the Simpsons”... Só falta o William Bonner, agora avulso após o divórcio, dar uma passadinha no Moe’s , para encontrar Homer Simpson, aquele que considera ser o brasileiro típico, digo... Apesar dos trotes telefônicos do Bart, é um local mais tranquilo do que o Kwik-E-Mart... Esse é o ponto de encontro para quem vem do patropi, sei lá, entende???... Os namorados se admiram com os produtos à venda no mercadinho do Apu... Ele fotografa com o smartphone a cerveja Duff e o Moe Flamejante, ainda sem acreditar que eles existem de verdade... Ela está impressionada com a rosquinha proibida do Homer, vendida a 5,99 dólares – fora impostos... “Sugar Daddy” aqui é o chefe da família Simpson de cuecas, segurando uma rosquinha devidamente mordida e estampando uma camisa... Excelente saber que até o Senhor Burns ganhou um gibi para chamar de seu, digo... Um grupo de crianças, uma delas com camiseta da Anna de “Frozen”, descobre as perucas que imitam o cabelão tingido de azul de Marge Simpson e começam a experimentar, com direito a fotos para as redes sociais...  Logo depois o casal também está colocando sua peruquinha... Será que viram aquele desenho que Homer se imaginava dispensando Marge após colocar uma peruca azul???... Na hora do lanche, a pedida é um Krusty Burger, saboreado na mesa em frente ao retrato da família de Cletus, o ilustre “pescoço vermelho” da região de Springfield... A rosquinha, com seu sabor de pão doce e o glacê cor-de-rosa viciante, vai como sobremesa...  Do lado de fora, os registros são no banco do Milhouse ou com Krusty, O Palhaço, que faz calistenia entre um fã do Brasil e outro... O torcedor corinthiano, vide camiseta da Nike ©, o título brasileiro fez com que eles fossem encontrados com muito mais facilidade na região de Orlando, e nem estamos na época da Flórida Cup,  junta-se à "sócia” e a filha, as duas com a rosquinha proibida na mão, para fazer fotos com... O chefe de polícia Clancy Wiggum!!!... Qualquer semelhança com as manifestações em favor do impeachment de Dilma é mera coincidência, digo... Não resta a menor dúvida que Springfield poderia ficar em qualquer Estado do Brasil, Matt Groening... Então é por isso que a Disney adquiriu as operações relacionadas à produção de conteúdo na área de entretenimento da Fox... Ops de novo!!!...
























































Comer um Krusty Burger ao lado do retrato da família do Cletus faz qualquer um se sentir no Brasil, digo...

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