quarta-feira, 29 de abril de 2020

Lançadas do Trem Real da Santos-Jundiaí...

Roberto faz o pingente para cantar "O Portão" e trem de subúrbio Budd-Mafersa da Santos-Jundiaí rouba cena...









































Rei banca o Papai Noel do Segundinho e a bolinha da Globo desenhada por Hans Donner também rouba cena...









































Capa do Site -  “MRV anuncia renovação com o Bambi até o fim da gestão Leco”.  Em dezembro...  Nos tempos que correm, dinheiro não é tudo, embora um aporte do grupo do Banco Inter e da CNN Brasil seja sempre bem vindo, porém a questão mais importante é outra... “Ainda sem data para voltar, Menguinho fará testes em jogadores e familiares”.  Nesse caso, a saúde vem antes da economia, Doutor Márcio Tannure... No caso do Vice, porém, a prioridade é diferente...  “Campello prevê menos R$ 40 milhões ao Bacalhau pela Covid-19;  balanço promete ter dinheiro novo”.  Alis, por falar no time do Rei,  no sábado,  o canal Viva continuou a exibir os primeiros especiais globais de Roberto Carlos... Mais precisamente o programa de 1976, já com a bolinha da Globo no desenho atual – nos dois especiais anteriores, de 1974 e 1975, ainda era o globinho com paralelos e meridiano do Borjalo - mas com efeito de alto contraste, criada por Hans Donner e adotada no começo daquele ano...  O especial homenageou os músicos, com direito ao próprio cantor trabalhando forte na representação dos interesses da classe, inclusive cobrando providências sobre os custos de importação de instrumentos ao ministro da Educação e Cultura na ocasião, o ex-governador do Paraná, Ney Braga... Que naquele mesmo ano se movimentou para tirar a afiliação da Globo no Estado das mãos de um adversário político, o também ex-governador Paulo Pimentel...  Quanto ao especial propriamente dito, os instrumentistas trabalharam forte logo de cara, acompanhando o Rei em alguns de seus grandes sucessos... Altamiro Carrilho, “Calhambeque”, flauta... Maurício Einhorn, gaita, “Eu Sou Terrível”... Hamilton “Broa”, “Proposta”, piston... Zé Menezes, mais conhecido por ser o compositor do tema de “Os Trapalhões”, “Candinha”, banjo, cavaquinho, guitarra...  Paulo Moura, o próprio, sax soprano, “Olha”... Quanto a Roberto Regina, que construía cravos em casa, para contornar as dificuldades de importação, a execução de “Detalhes” mereceu uma ambientação especial, num gramado, no meio de um bosque... Um cenário típico dos musicais televisivos da época, hoje bastante datado, ainda mais porque o filtro colocado na imagem deixou a apresentação  com cara de episódio do Chapolin de 1974, aqueles em que o uniforme do Vermelhinho parece cor-de-rosa...  Logo depois tivemos um segmento ecológico, com Roberto cantando “O Progresso” – lacrando, hein??? – e Tom Jobim, tomando uísque, falando de urubus e de comparecer aos Estados Unidos sem passaporte, e acompanhando no piano a intepretação do Rei para “Lígia”... O ponto alto do especial acontece quando Roberto canta “O Portão” ao lado de sua banda de apoio, a RC8, em um trem de luxo que percorre a cidade de São Paulo... Mas só porque quando o cantor está fazendo o pingente na entrada do vagão, passa na linha do lado um trem de subúrbio TUE série 101, todo em aço inoxidável, fabricado pela Budd nos Estados Unidos e montado no Brasil pela Mafersa na década de 1950 para operar na Estrada de Ferro Santos a Jundiaí, conforme pode ser lido nas laterais da composição...  Então é por isso que a música termina quando o trem do Rei chega na Estação da Luz – e a placa com o nome de São Paulo indica que trens de longo percurso ainda saíam dali... Depois de cantar “Pelo Avesso”, homenageando o compositor da música, Milton Carlos (em parceria com a irmã, Isolda Bourdot...), que morreu num acidente de carro em 21 de outubro daquele ano,  Roberto promoveu o encontro de jovens revelações da música brasileira... Aracy de Almeida, vide “Conversa de Botequim”, Carlos Galhardo, vide “Fascinação”, Linda Batista, vide “Nega Maluca”, Moreira da Silva, vide “Na Subida do Morro”, Isaurinha Garcia, vide “Mensagem” e Orlando Silva, o cantor das multidões, vide “A Deusa da Minha Rua”... Sendo que Roberto não perguntou a Aracy quando vale o show, “Fascinação” ainda não tinha se tornado o nome da novela estrelada por Regiane Alves, que nem era nascida, “Nega Maluca” não foi problematizada, Moreira da Silva não era o personagem do Horácio Gómez na versão de 1979 do episódio “A Construção”, do Chapolin e tampouco foi cantada a versão do Didi Mocó para “Mensagem”... “Quando o carteiro chegou e meu nome gritou com as calças na mão...  Ante surpresa tão rude, nem sei como pude correr de calção”... O trabalho forte desses cantores inspirou Roberto em seus pedidos ao ministro da Educação e Cultura dos militares... Não que ele acredite em Papai Noel, mas o fato é que o especial terminou com o Rei trajado como o Bom Velhinho num parque de diversões, ao lado de seu filho Dudu Braga, o Segundinho, com os créditos na fonte Globoface rolando ao som de uma versão instrumental de "A Montanha”...  Faz sentido, porque duas canções obrigatórias na atração, “Amigo” e “Emoções” seriam lançadas apenas em 1977 e 1981... 






















Jovens Talentos...
Melhor momento do especial foi dueto do Rei com Zé Menezes, criador do tema de "Os Trapalhões"...









































Programa reuniu jovens revelações da música brasileira: Aracy de Almeida, Carlos Galhardo, Moreira da Silva...

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