quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Você precisa da banda que seja de segurança... Aí você dança...

A única pessoa que não está usando o smartphone para gravar o show é o Tufão... Que coisa, não...
































































A maior sensação do recente festival de música não foram os grupos das décadas de 1980 e 1990 revivendo antigas glórias no palco ou as divas do pop polemizando nos figurinos e nos abraços em fãs...  A banda que conquistou o público é conhecida pela sigla BSM... Formada por seguranças do sistema metroviário paulistano... Que devido aos seus uniformes pretos, receberam de alguns passageiros que já sentiram de perto sua pauleira – e não falamos do som que tocam -  o apelido de “urubus”... Mesmo assim, os trajes negros estão presentes em todas as suas apresentações... Que normalmente acontecem nos mezaninos das estações de Metrô... Se bem que... Como eles compareceram na “Cidade do Rock” – que alguns chamam, saudosos dos Jogos Panamericanos de 2007, de “Várzea do Rock” – se a estação metroviária mais próxima fica a alguns quilômetros de distância???... O fato é que as apresentações da banda conseguem reunir um número de pessoas muito maior do que as filas das bilheterias... Uma multidão comparável à que se aglomera nas plataformas das estações nos horários de pico... Onde os seguranças também estão presentes... Só que ao invés de discutirem com passageiros relutantes que insistem em esperar o trem à frente da faixa amarela – certos “haters” do transporte sobre trilhos acreditam que no sistema a civilidade fica do lado de fora dos trens – eles interpretam músicas que são cantadas e aplaudidas entusiasticamente pela plateia... Com a vantagem de que eles próprios podem atender os casos de desmaios, sem precisar esperar a próxima estação, digo...



























Cantar uma música sobre cabelos enrolados quando se é careca não tem o menor problema para o público do show...
































































O repertório da banda é variado... Sem ficar apenas no rock, ao contrário da ideia de alguns internautas sobre o festival... Assim, o vocalista, os dois guitarristas, um trombonista, um baterista e um tocador de bongôs fazem o público se agitar ao som de “I Feel Good”, consagrada por James Brown... Que não é nenhum Mister Brau, mas é muito apreciado pelo internauta Pedro Henrique... Logo em seguida, “Olhos Coloridos”, de Sandra de Sá... Outra música que a galera acompanha e o Pedrinho, além de lembrar todos os competidores de “reality-shows” musicais que já interpretaram a canção, já olha para todos os lados a fim de encontrar um amigo de cabelo enrolado... Também cantaram aquela música do Engenheiros do Hawaii... “Você precisa de alguém... Que te dê biossegurança... Senão você dança... Senão você dança”...  A cara deles, afinal o nome da composição é “Biossegurança”... Cada música é acompanhada por um mar de celulares erguidos pelos braços dos espectadores... Direcionados ao palco para gravar o áudio e o video da performance da banda... Difícil é encontrar alguém que, como aquela senhora do meme no meio da multidão que acompanhava uma visita do Papa Francisco, esteja apenas apreciando o show... Sem nenhuma preocupação em filmar a apresentação para postar no Facebook © ou no Youtube ®... Quase não há espaço disponível em frente ao palco... Algumas pessoas só conseguem acompanhar do lado de trás, através de uma grade... Pelo menos dá para dançar numa boa, sem incomodar a pessoa do lado... Alis, em termos de sons metroviários, o doutor Kenji se apeteceu mesmo com os avisos sonoros e a música ambiente do Metrô Rio... O que não o impede de sonhar em estar no lugar deles um dia... Não no palco, mas no sistema metroviário mesmo...























Depois da apresentação, enquanto as "groupies" trabalham forte nas fotos com os integrantes da banda...
































































Quando o show termina, o agito continua...  O fervo fica a cargo das “groupies”... Pois como todo o conjunto musical que se preze, a banda também tem suas seguidoras fieis... Iguais a aquelas que são retratadas por uma série de quadrinhistas alternativos... Uma comparação possível é com os fanáticos por ônibus... Que ganharam o apelido de “bozós”... Não por se assemelharem ao personagem do Chico Anysio que tinha sete anãs a seu serviço... Mas por uma derivação da palavra “bozologia”... Aqui não há nenhuma relação com o palhaço Bozo que tantas alegrias deu a molecada amiga no SBT... O termo vem de “busologia”, termo que alguns internautas usam para definir a predileção por ônibus... Ou seja, um “busólogo” – há quem prefira chamar de “hobby” ou diga, enfático, “eu só tiro foto de ônibus” – que exagera em sua devoção ao transporte coletivo é considerado um “bozólogo”... Um bom exemplo é aquela internauta da região de Florianópolis que aproveitou um ônibus vazio e “pousou” para fotos nas mais variadas poses... Bancando a motorista, a cobradora, segurando aquele martelo usado para conferir os pneus, fazendo pole dance nos balaústres, passando por baixo da catraca, se escondendo por trás dos bancos ou debaixo do veículo... Que chamou na maior intimidade de “Mozão”, impressionada com o tamanho dos pneus...  As “groupies” da nossa banda não chegam a tais extermos... Não depois dos espetáculos,  pelo menos... Embora não economizem nos abraços, beijos e fotos – “selfies”, inclusive – com os músicos que tanto as apetecem... Da parte do internauta Pedro Henrique, ele prefere os “roadies”... Em bom português, o pessoal que trabalha forte na produção dos shows, Ivo Holanda... Devido a eles, o lugar do Pedrinho durante os espetáculos é no “backstage”... Quer dizer, atrás do palco, compartilhando da intimidade de seus amigos “roadies”... Inclusive nosso colega de rede se viu na obrigação de adquirir para eles um pacote de pipoca doce... Só que é ele que vai querer pipoca na boca... Ops!!!... 
























O internauta Pedro Henrique pede a um dos "roadies" que coloque pipoca na sua boca, digo...

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