quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Viajando no Metrô que inspirou o Zorra...

Nenhum detalhe do velho trem Mafersa da Linha 1 do Metrô Rio escapou da lente do Doutor Kenji...




























































Assim que colocou os pés no Rio de Janeiro – e não foi fácil achar um espaço disponível na rodoviária Novo Rio sábado de manhã, antevéspera de feriado – o Doutor Kenji manifestou o desejo de conhecer o sistema de metrô da capital fluminense... Não seria ali na região da rodoviária, que não é integrada ao sistema metroviário...  Há um terminal de ônibus urbanos e outro para táxis e ônibus executivos, porém o prometido VLT, que interligará o Novo Rio com as estações da região central da cidade, ainda é apenas um carro coberto com lona em meio a um canteiro de obras... Desse modo, Kenji e os internautas que vieram de São Paulo, devido às tantas malas e mochilas que carregavam, tiveram de recorrer a um táxi para chegar ao hostel em que tinham reservado vaga no quarto coletivo, localizado nas imediações do estádio do Maracanã... Uma corrida que custou 30 reais, preço dentro das previsões de nossos colegas de rede... Uma vez instalados no hostel, nossos companheiros de web se dirigiram à região da Rua Afonso Pena, na Tijuca, para retirar dinheiro, pois pretendiam comprar ingressos para o Fla-Flu de domingo...  Caminharam pelas ruas General Canabarro, Ibituruna, Mariz e Barros e Afonso Pena... Ao chegarem na Praça Castilhos França e avistarem o acesso do metrô, decidiram passar pela estação para chegar à Rua Doutor Satamini, onde há um supermercado com caixa eletrônico... Só que este acesso estava fechado... Felizmente, havia um terminal de ATM dentro da estação Afonso Pena... Sem contar que o comparecimento ao mezanino da estação levou os internautas a se decidirem por um “tour metroviário”... Ao observarem o mapa da linha 1 (Uruguai-General Osório), decidiram ir até a estação Uruguai, na zona norte  – a mais nova da linha, inaugurada ano passado – e dali até General Osório, que carinhosamente denominaram de “Gosório”, na região de Ipanema, na zona sul... Kenji se surpreendeu com o cartão válido por uma viagem, o qual adquiriu e fotografou antes de passar pelo bloqueio... Também se interessou por um mapa das linhas, no entanto, não havia nenhum á disposição na sala de supervisão operacional da estação... Embora fosse possível conferir os créditos do cartão recarregável – que pode ser adquirido por 5 reais, mais o valor da recarga – encostando-o no vidro da sala...  A ausência de escadas rolantes no acesso à plataforma  - característica muito comum nas estações do metrô de Santiago – teria chamado a atenção do internauta Chico Melancia... Mas só se ele não tivesse visto um cartaz anunciando o show de Paulinho Gogó e do “Proibidão da Praça”, que aconteceu em um teatro da Praça Tiradentes... Quanto ao doutor, a estação não tem escada rolante, mas pelo menos os trens rodam sobre trilhos... E os dormentes são os mesmos usados em algumas ruas da cidade para separação de vias...
























E pensar que esse trem inspirou a criação da Janete do "Zorra", aquela do... "Ai, como eu tô bandida!!!"...




























































Kenji e Melancia embarcaram em um trem dos mais antigos da frota, fabricado pela Mafersa na década de 1970... O aspecto lembra os carros mais antigos do Metrô de São Paulo, com menos bancos, ar-condicionado e pior estado de conservação... Sabedor de que o metrô carioca inspirou a criação do saudoso sistema metroviário do “Zorra” – cujo logotipo era um “Z” claramente inspirado no “M” do Metrô Rio, Chico procurou segurar no balaústre do carro à maneira da Valéria... Aquela do bordão “Ai, como eu tô bandida!!!”... O doutor, impressionado com as grandes dimensões das portas, tratou de sacar sua trena para proceder à medição da entrada do carro... A nova estação Uruguai impressionou pelas cores vivas nas paredes e o plástico da estrutura das luminárias e dos bancos... A música ambiente de início causou estranheza, pois incluía o canto de passarinhos... Os internautas concluíram que se tratava de um recurso para manter a calma dos passageiros em momentos de maior carregamento... Hora de rumar até “Gosório” em um Mafersa reformado... Embora se tratasse de um vagão exclusivo para mulheres – então o que faziam por ali – o balaústre do carro chamou a atenção... Ele está posicionado nos corredores  paralelamente ao teto, porém perto das portas ele desce quase até o chão... Sem dúvida, uma opção interessante para quem não vai para o meio do carro de jeito nenhum... Mas  o formato lembra um.... Preferimos não comentar... Cada vez que as portas se abrem, Melancia e o Doutor reparam na arquitetura das estações... Na Afonso Pena, as paredes das plataformas são revestidas por ladrilhos... O aspecto lembra o metrô de Tóquio... Na Praça Onze, optaram por paredes com reboco e uma pintura cinza muito tristonha... Isso porque a estação fica no lugar onde começaram os desfiles do Carnaval carioca... Nas estações da região central, como Estácio, Presidente Vargas, Uruguaiana e a própria Central, predomina o mármore nas paredes, conferindo aos locais um certo requinte...  Na Cinelândia, há pastilhas e no Largo do Machado e Botafogo, painéis fotográficos com edifícios históricos do entorno... Mais perto da zona sul, como nas estações Cardeal Arcoverde e Cantagalo, as esquadrias nas paredes das plataformas lembraram ao Chico os vestiários de um estádio de futebol da nova safra...  O tempo pode não estar bom lá for, porém os surfistas comparecem no trem com suas pranchas...  Por fim, na estação General Osório – fim da linha enquanto o metrô não alcança a Barra da Tijuca – houve a opção de manter o aspecto original da rocha escavada... O pé-direito alto, combinado com os painéis nas paredes, os dutos de ventilação acima do mezanino e a iluminação, dão a estação um ar de esconderijo do Gru... Só faltam alguns Minions...  A estação “Gosório” foi a única em que os internautas receberam orientação da segurança para não fotografar suas dependências... Isso depois de fazerem vários registros da área... Mas é aquilo, fotos deles mesmos pode, da estação, só com autorização da assessoria de comunicação... Nossos colegas de rede deixam “Gosório” em um trem reformado, a fim de se transferir para a Linha 1 (Pavuna-Botafogo), na estação Estácio... Ali, nossos companheiros de web vão de uma plataforma a outra unicamente por meio de escadas fixas... Acessibilidade total... 





















A trena do Doutor trabalharia forte para medir as dimensões das portas dos carros metroviários cariocas...




























































A viagem para a estação Maracanã é feita em um dos novos trens chineses alvinegros... Talvez uma alusão ao Bacalhau do ex-governador Sérgio Cabral, apesar do metrô  carioca ser há muitos anos uma concessão... Os carros são interligados entre si e os assentos são paralelos às janelas dos trens... A cabeça do Doutor Kenji se chocou com os balaústres do teto e o passa-mão azul e cinza-metálico lhe pareceu um tanto quanto estranho... A viagem na Linha 2 passa a ser feita na superfície, onde está localizada a estação Maracanã... Um pictograma de um bola de futebol indica a presença próxima do estádio... Novamente, só há escadas fixas para o acesso ao mezanino, bastante amplo... Ao lado da estação está a estação da Supervia, recentemente remodelada, com alguns trens estacionados... Como boa parte dos ônibus, novos com aparência de muito rodados... Atrás da linha ferroviária, o morro, para alegria do Tufão...  No mezanino, acontece um concurso de dança, embalado ao som de funk... Nosso colega de rede se sentiria em casa... Saindo da estação do Metrô Rio, o passageiro pode chegar à ferrovia pela mesma rampa que permite o acesso ao Maracanã...  Antes da entrada da estação da Supervia, há uma placa com os dizeres... “Obrigado por escolher o trem do Rio”... Também em espanhol e inglês... Seria mais fácil fazerem a integração dentro da estação, não???... Claro que esse aspecto não tinha tanta importância no momento, pois nossos colegas de rede iriam encarar a bilheteria do Maracanã, a fim de adquirir ingressos para o Fla-Flu...  E depois de descansarem uns minutinhos no hostel, compareceriam à Casa dos Lunáticos, quer dizer, no apartamento do Pancada... Que estava convidado para saborear um galeto no famoso restaurante da Praça da Bandeira... Todo esse percurso feito a pé, por mais que o Luis considere a caminhada cansativa...
























Kenji ficou intrigado com a forma simbólica do balaústre do trem Mafersa reformado da Linha 1...

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