quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Diário de Los Angeles (VIII): O Mundo Maravilhoso da Mobilidade de Valdisnei...

Temos de confessar que estávamos ansiosos para comparecer no parque e fazer trenzinho na Valdisnei Railroad...

 













































Hoje vamos ao parque onde tudo começou,  a Valdisneilândia,  inaugurada em 17 de julho de 1955, que despertou aquele desejo de ir com o Polegar Vermelho,  vendo a propaganda no episódio “O Bandido” (1973), de "Chapolin"', e pensar que o Racha Cuca não estava a fim, comemos o nosso sanduíche New York Deli do Walmart e saímos do hotel às 9h30, caminhando sem pressa, tranquilos, afinal,  dá para comparecer à pé no parque,  nossa maior agitação é para fotografar o ônibus articulado elétrico a bateria da BYD, operando na icônica Toy Story Line, sob os cuidados da Anaheim Resort Transportation, ou simplesmente ART, os veículos azuis que trazem os hóspedes dos  hotéis da região para os parques, do lado de fora dos portões  da Valdisneilândia dá para ver a estação de trem situada acima do acesso, feito por túnel, a praça onde começa a Main Street USA,  dá para fotografar desse ponto, e depois que passamos do portão, onde os fotógrafos oficiais do parque  trabalham forte no registro dos visitantes e principalmente podemos cruzar o túnel de acesso, subir as escadas da estação e embarcar no trem, acompanhado, é claro, da minha mãe... Valdisnei era um aficionado por trens, comstruiu uma ferrovia em miniatura em sua residência e acompanhou de perto a inauguração da estrada de ferro do parque Knott's Berry Farm, poucos anos antes da inauguração da Valdisneilândia, acredita-se que a estação  é inspirada na parada que havia na cidade do Missouri onde Valdisnei viveu na infância,  porém o prédio é muito semelhante ao da estação de Campinas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, inaugurada na cidade do interior de São Paulo em 1872, maior do que esta onde nos encontramos  na sala de espera, olhando para a vitrine com revistas de ferromodelismo e uma das locomotivas em miniatura que pertenceram a Valdisnei,  mantendo a expectativa pela chegada do trem na plataforma, que acontece em intervalos de cinco a dez minutos, e quem vem é a locomotiva batizada com o nome de Ernest March, que foi diretor da Santa Fé Railway, empresa ferroviária que patrocinava a atração em seus primeiros anos, há mais quatro locomotivas em serviços, três levam o nome de dirigentes da Santa Fe, C.K. Holliday. E.P. Ripley e Fred Gurley, e uma foi batizada como Ward Kimball, o animador da velha guarda do estúdio, um dos “nove anciãos”, que dividia com Valdisnei a paixão pelos trens, e pensar que Zé Vasconcellos queria adquirir as locomotivas a vapor da Viação Férrea do Centro Oeste (VFCO), para operar a Estrada de Ferro Central da Vasconcelândia no seu parque na região de Guarulhos, que teria todos os modais existentes na Valdisneilandia, bonde de tração animal, ônibus jardineira, trem e monotrilho, não confundir com o “People Mover” com Aeromóvel em construção no aeroporto de Cumbica... O embarque dos passageiros é supervisionado pela maquinista, uma jovem que poderia ser chamada, definição usada por um colega, de “namoradinha de seriado”, o nome até era igual ao de uma delas, Chelsea, a personagem de Anneliese Van Der Pol em “As Visões da Raven”, uma ruiva, a “cast member” é morena, os bancos estão dispostos paralelamente aos vagões, providência sempre bem-vinda para quem fotografa e filma a viagem de 18 minutos, o que é o nosso caso, o trem deixa a estação Valdisneiland, sem nada muito interessante de se ver até parada New Orleans Square, onde Chelsea desce para acompanhar a movimentação de entrada e de saída dos vagões, também há pouco para ser visto antes da estação Me Queimou Zé Toontown, basicamente os fundos do parque, a maquinista aproveita para colocar a conversa em dia com os colegas “cast members” na plataforma, é quando o trem se encaminha para Tomorrowland que o panorama se modifica, literalmente, a locomotiva se desloca para um ponto mais elevado, onde se descortina o curso de um rio, lembrando o Columbia, o Mississipi, o Missouri e o Rio Grande, com animais e tribos indígenas (bonecos, os animais e a tribo...) em suas margens, passando por Tomorrowland, perto da estação do Monotrilho, entramos num túnel onde contemplamos dioramas do Grand Canyon e da Pré-História, com direito a dinossauros animatrônicos, tecnologia que os estúdios de Valdisnei desenvolveram para os parques e dominaram por muitos anos, até que veio o CGI e a disputa começou a ser acirrada com os parques da Universal, com seus “rides” em 3-D onde os visitantes fazem agitadas viagens sem sair do lugar, embora o Valdisnei venha lançando atrações onde o clássico conceito do “trem-fanstasma”, no caso, a Haunted Mansion, é mantido, combinado a computação gráfica e a cenários complexos, como o Rise of Resistence do Star Wars Galaxy’s Edge, que tem aqui uma versão idêntica a inaugurada no Valdisnei Hollywood Studios na Florida em 2019...















O percurso a pé do hotel até a Valdisneilândia permite apreciar a beleza do ônibus articulado a bateria da BYD...





































Desembarcamos do trenzinho e fomos atrás do “powerbank” da salvação, ter filmado a viagem toda do trem detonou a carga da bateria do nosso celular, sabia que nos parques do Valdisnei teria dele para vender, o famoso Fuel Rod, entramos primeiro na loja que vende artes de animações, tinha até um desenhista trabalhando forte na mesa de luz, como demonstração, dentro há uma passagem para o Great Moments With Mister Lincoln, que é a apresentação do boneco animatrônico do “Honesto Abe”, lançado com enorme repercussão na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1964, agora, o responsável pela entrada no auditório, brinca com o nariz do busto de Lincoln, o qual está ali como uma reverência pelo seu papel decisivo no fim da escravidão nos Estados Unidos, junto com a estátua de uma liderança negra pela abolição, o escritor Frederick Douglass, ele próprio um ex-escravo que se libertou fugindo do cativeiro, mais ou menos como colocar lado a lado a Princesa Isabel e José do Patrocínio, ressalvando que há muitas diferenças nas biografias e nos acontecimentos, a maior delas a Guerra de Secessão estadunidense (1861 a 1865), saímos pelo acesso a loja de bordados, em seguida fomos ao “lojão” da Main Street, menor que o de Orlando, com Buzz e Jessie dançando juntinhos e Woody nem aí na vitrine, no momento que minha mãe perguntou a uma das caixas qual era o preço de um colar de luzes, questionei do carregador portátil, ela foi até uma das entradas da loja e me apontou que a “vending machine” fica do outro lado da rua, na travessa que dá acesso ao guarda-volumes, ao lado do Starbucks, um pouco depois da escultura de madeira do Chefe Charlie Cavalo na calçada (!!!),  para onde me desloquei sozinho, usando o cartão para pagar por um “fuel rod” de 30 dólares, havia a opção de comprar dois por 60 e três por 90, e conectar no celular que já estava próximo de esgotar a beteria ali mesmo, voltei a loja e minha mãe já havia saído, encontrar ela ia dar trabalho, a Main Street estava lotada, tive a ideia de pegar um dos meus celulares de reserva e pedir para que me encontrasse, no banco ao lado da árvore de Natal da praça da estação, não é que funcionou???... Caminhávamos pela Main Street quando ouvi o aviso do sistema de som do parque que uma parada estava a caminho, pedi a mãe que me acompanhasse e sentamos num banco onde estava uma mulher loira, que acompanhava a filha e os netos pequenos no banquinho ao lado, a paradinha passou, primeiro a fanfarra, depois os figurinos natalinos e as coreografias de Me Queimou Zé e Minnie, de Tico e Teco, do Pato Donald, que sempre esquece as calças (!!!), e de Pluto, este com chifres de rena do trenó do Papai Noel, vi e fotografei tudo, porém a minha mãe, que ficou vendo o WhatsApp © no celular, perguntou a que horas a parada ia passar, um pouco depois, a família saiu, e sentou-se um casal de namorados, dois loiros altos, imaginei que fossem estadunidenses, o calor nos levou a buscar um alívio para a sede, lembrei que no final da Main Street da Flórida tem o Casey’s Corner, onde sempre como cachorro-quente “footlong”, na saída tem mesinhas com guarda-sois e um pianista tocando “ragtime”, mesmo arranjo que encontrei aqui em Anaheim, só que o estabelecimento se chama Coca-Cola © Refreshment, basicamente uma doceria que também vende refrigerantes, e o pianista aqui usa um chapéu coco verde, garanti um copo “large” de Diet Coke, na saída testemunhei a chegada de Alice e do Chapeleiro Louco, ela me fez pensar na Alicinha de “Corpo Dourado”, porém não parecia em nada com Daniele Winits, para alívio do André Gonçalves, ele, com um nariz enorme, me lembrou o Doutor Renato, Didi Mocó, não o personagem de José de Abreu na mesma novela, até coloquei a comparação no Instagram ©, porém quem visualizou a postagem o considerou mais parecido com o saudoso Tatá, Luis Gustavo, o tio Vavá do “Sai de Baixo”, os dois personagens de “Alice no País das Maravilhas” estavam lá para organizar uma dança das cadeiras, com auxílio da criançada, e de uma garota gordinha gótica de cabelos roxos beeem mais crescida... Eu precisava esperar que o Fuel Rod carregasse, por isso continuamos no banco, minha mãe contou que tinha visto “Rebeldes Sem Causa” na televisão do quarto 211 ontem, falei que o nome do filme em português é “Juventude Transviada”, de 1955, mas quando ela mencionou que o protagonista era Marlon Brando, observei, é outro filme, nada a ver com o estrelado por James Dean, começamos a pesquisar na internet, e minha mãe mostrou o verbete da Wikipédia sobre “O Selvagem da Motocicleta”, que é de 1983, dirigido por Francis Ford Coppola e estrelado por Matt Dillon e Mickey Rourke, e prosseguindo a busca, encontrei o filme visto por ela, “O Selvagem”, lançado trinta anos antes, em 1953, protagonizado por Brando e Lee Marvin, resolvida a questão, deixamos o banco e ouvimos uma voz em português, entrecortada por risos, “obrigado pelo assento”, era o rapaz louro do casal, como é que o cara é brasileiro e não se identifica???... Minha mãe queria passear no ônibus de dois andares e nos encaminhamos para o ponto inicial, na praça da estação, com uma parada estratégica na confeitaria, onde enquanto Alice e o Chapeleiro Louco ainda trabalhavam forte na dança da cadeira com a garotada amiga, a mãe escolheu um delicado “cupcake” de “red velvet” e uma embalagem para por na mochila, recebendo um copo plástico onde o doce foi colocado na tampa, pedi para fotografar o “cupcake” antes dela guardar pois tinha sérias dúvidas de sua integridade após percorremos o parque, chegamos ao ponto, que no caso do “double Decker”, é em frente ao Valdisneiland City Hall, a prefeitura, que funciona como setor de achados e perdidos e acompanhamos a passagem dos modais de transporte da Main Street USA, o bonde puxado a cavalos, a jardineira amarela, que dissemos ser da área 3 de São Paulo, a vermelha, a qual apontamos pertencer a área 4, o carro de bombeiros e, por fim, o ônibus de dois andares, que com essa pintura verde escura só pode ser lá da Area 5, da Via Sudeste ou da Transunião, os passageiros desembarcam e logo depois a motorista, Janel, uma loira gordinha que também poderia ser chamada de “namoradinha de seriado”, subimos a escada para o andar de cima, um tanto quanto apertada, mais que a do Fofão da CMTC, e esperamos a partida, que atrasou porque a banda resolveu se apresentar na frente da estação, com direito a uma canja como regente da princesa Bela, vestida em trajes civis, a viagem começa, damos a volta na praça e entramos na Main Street, tudo devidamente registrado pela câmera que o “powerbank” carregou a bateria até o patamar de 78%, nem mais nem menos, o ônibus estaciona na altura da estátua do Me Queimou Zé e do Valdisnei, prosseguindo minutos depois para podermos apreciar nos bancos paralelos ao veículo o castelo da Bela Adormecida, voltando a Main Street para alcançar o ponto inicial, mais tarde, voltamos a clicar o “double decker”, mas o turno da garota tinha acabado e agora ele era dirigido por um homem, que coisa, não... Terminado o “tour” de ônibus, fomos fazer a clássica foto com a estátua “Partners” e o castelo ao fundo, tinha a fila do fotógrafo do parque e convenci minha mãe a esperar enquanto ela descansava o braço numa estátua do Pateta pensativo, o que estaria passando por sua mente, no meu caso, ficar na fila significava a oportunidade de fazer uma foto sem ninguém “cebolando”, logo na nossa frente havia um casal de chineses que vestiu a filha pequena como uma escoteira do filme “Up Altas Aventura”, os dois de amarelo, ela de vestido, ele de terno, “La La Land” na Valdisneilândia, antes os filhos do Psy, “opa gangnam style”, combinaram as poses com o fotógrafo, enquanto um bicão subia no canteiro da “estalta” para fazer “selfie”, na nossa vez fotografei a mãe com o nosso celular, ligeiro para o experiente fotógrafo fazer seu trabalho e retratar a gente em imagens que, expliquei para a minha mãe depois, vão para o aplicativo do Valdisnei, prontinhas para serem baixadas, com o nosso celular fiz mais uma foto da mãe com o castelo ao fundo, aproveitando a lacuna deixada por um grupo de amigos chineses, um com a camisa da Inter de Milão, excelente registro, o bonde estava passando, depois atravessamos o Castelo da Bela Adormecida, bem menor que o da Cinderela no Magic Kingdom de Orlando, no entanto, e aqui fazemos aos alérgicos um alerta de “spoiler”, iluminado à noite ele é lindo que só vendo...


















Nós não sabíamos que a Área 5 de São Paulo tem em operação ônibus "double decker", ou seja, de dois andares...











































Comparecemos na Fantasyland, onde em torno do Carrossel do Rei Arthur e sua espada na pedra, estão as atrações inspiradas nos clássicos longa-metragens de animação do estúdio, o voo do Peter Pan, a viagem do Pinóquio, os pratos da Branca de Neve, os elefantes voadores do Dumbo, esse brinquedo tão replicado nos parques de diversão brasileiros, o barco da baleia Monstro, tudo terrivelmente lotado, menos o carrossel, disse para a mãe que não tinha fila e fiz ela entrar, ao lado de uma mulher magra de sobrancelhas grossas, acompanhada da filha pequena e de uma grande sacola com latas de fórmula infantil, fui ver qual cavalinho tinha luz mais adequada, pois ia fazer as fotos e pedi para montar, o que deu um trabalho enorme, porém a mãe curtiu demais o passeio, “fazia tempo que eu não andava no carrossel”... A busca por um banheiro depois do carrossel revelou-se mais árdua do que do início, nada na Fantasyland, nada na Tomorrowland, apesar da grande lanchonete temática de Star Wars, a gente foi encontrar o ansiado “restroom” ao lado do Bistrô da Tiana, e ao observar a entrada do restaurante, a mãe sugeriu que fizéssemos o almoço no local, que do lado de fora replica a arquitetura eclética francesa da Louisiana do início do século XIX, e também por dentro, nos lustres, vitrais e espelhos do salão de refeições, Confeitaria Colombo, corre aqui, não podemos nos esquecer dos vestidos longos das atendentes e das caixas, falando nisso, como o movimento era intenso para pegar os pratos principais, fomos ligeiros para o balcão onde uma salada com tudo dentro, até camarões e queijo gorgonzola, era preparada na hora, para a apreciação do cliente, e só depois do prato pronto, enfrentamos a fila para a “piece de resistance” do almoço, um “pot roast”, carne assada, provavelmente no óleo, porque apesar da peça estar desfiando, tinha um sabor acentuadamente gorduroso, purê, molho, vagem e pãozinho de leite, a mãe foi de penne Alfredo com “breadsticks”, dividimos a salada, incluindo o refrigerante, que imagino ser refil, porque as pessoas iam e voltavam para encher os copos na máquina, a gente no meio, a conta toda deu 47 dólares, basicamente o que duas pessoas no Brasil gastam quando vão comer no Outback em um final de semana, não raro com o vale refeição economizado nos dias úteis, e não que o cupcake de red velvet que minha mãe comprou de manhã e colocou na mochila ainda está intacto, nem precisou da foto para reconhecimento... Na saída do Bistrô da Tiana, notamos que o pessoal se aglomerava nas calçadas da praça da “estalta” dos partners e do Castelo da Bela Adormecida, vem paradinha aí, avisei a mãe, arrumei um lugar que não fosse de passagem, onde os “cast members” não deixam você ficar, e também que os nossos 1,83 metro de altura não prejudicasse a visão do pessoal atrás da gente, esperamos o começo do desfile das escolas de samba, quer dizer, de Natal, aqui é o nosso Sambódromo e até cantamos a musica do Globeleza, o desfile começa com o “carro alegórico” “A Christmas Fantasy”, que conduz a bailarina do Quebra Nozes, Tchaikovski, corre aqui, seguida por uma banda de soldadinhos de chumbo e a “comissão de frente” com o bailado dos ajudantes de Papai Noel, os duendes, não o cachorro dos Simpsons, o próximo “carro alegórico” representa a fábrica de brinquedos do marido de Mary Christmas, com Mickey, Minnie e, lá no alto, Pato Donald, que conhece muito bem o Rio de Janeiro devido as fotos de ônibus que fez numa visita em 1982, trabalha forte nos tradicionais acenos e beijinhos para a multidão, outro carro simboliza a correspondência mandada ao Bom Velhinho, que está a cargo dos dois neurônios da Magda, ops, Tico e Teco, no chão desfila a “ala das baianas”, no caso, dos bonecos de neve, herdeiros do mascote da Gelomatic, que não pode nem ouvir falar em Regina Duarte pegando papelão na rua, e seguindo uma árvore de Natal, as “passistas” vestidas como flocos de neve, abrindo passagem para o carro alegórico com Olaf, Anna e a princesa Elsa, o mais aclamado pelo povo, que acena e grita para a protagonista de “Frozen”, ela responde com sorrisos e a mão no coração de forma calorosa (!!!), a próxima na passarela é Clarabela, a própria, trazendo um “carro alegórico” com receitas de pão de gengibre e uma ala de cozinheiros e homenzinhos que não são o do Shrek, Pateta vem na alegoria da casa de pão de gengibre, trocando o seu chapeuzinho de sempre pelo de mestre-cuca, e em cima da casinha, o Pluto, usando roupinha natalina, levando a uma importante reflexão, ambos são cachorros, é o momento das “musas de bateria”, as primeiras são a madrasta da Cinderela e suas meias-irmãs, que se chamam, como todos nós sabemos, Anastasia  Tremaine e Larissa Tomásia, quer dizer, Drizella Treimane, o bailado delas é bem desajeitado, bem de alívio cômico, enquanto a mãe delas, Lady Tremaine, trabalha forte na maledicência ao trocar algumas palavras com os espectadores do desfile, desempenhando um papel equivalente ao de Susana Vieira no Carnaval carioca (!!!), e como o momento é das musas, na sequência do “carro alegórico” com o convite do Baile de Natal à Luz de Velas, desfilam na pista com toda sua graça e malemolência, as princesas do Valdisnei, Branca de Neve, Bela, acompanhada de seu inseparável parceiro, a Fera, e como destaques, Aurora, Cinderela e Tiana, escoltadas por seus respectivos consortes, segurando vela conforme pede o convite da festa, a alegoria da Terra dos Brinquedos de Papai Noel anuncia a chegada de mais duendes, e dos astros de “Toy Story”, Jessie, na passarela, Buzz Lightyear saindo de uma caixinha de surpresas e Woody, montado num cavalo de pau que dava ao caubói um ar de combatente em uma estátua equestre, logo depois vem mais uma ala de duendes, outra árvore de Natal, e a ala das renas, cuja coreografia empolga o público que acompanha o desfile, tanto quanto a alegoria que traz Papai Noel do alto de seu trenó, fechando a parada e dando a multidão o pretexto para confirmar na Main Street USA a máxima de que atrás do trio elétrico só não vai que já morreu... Terminado o Carnaval fora de época, fomos para a estação do Monotrilho, seu lindo, meio escondida entre outras atrações da Tomorrowland, como o Star Tours e o submarino adaptado para “Procurando Nemo”, algo pouco comum no parque, a maioria das atrações que remetem às produções da Pixar ficam no Valdisnei California Adventure, e a Atopia, patrocinada pela Honda que é uma versão mais ligeira do “autorama gigante” do Magic Kingdom de Orlando, subimos ansiosos a rampa da estação para registrar a operação do Mark VII, com três trens, azul, laranja e vermelho, que fazem uma viagem de 2,5 milhas, 4 quilômetros, em 13 minutos, em São Paulo, o trecho entre as estações Vila Prudente e São Mateus da Linha 15 do Metrô, de 7,2 quilômetros, é feito em 25 minutos,  com maior número de paradas, para nós veio o vermelho, do Me Queimou Zé, com desenhos do rato em várias épocas, os bancos são voltados para as janelas laterais, e tem os da ponta dos carros, transversais, no percurso, avistamos o trânsito na Harbor Boulevard, os hotéis do complexo e a entrada do Valdisnei Califórnia Adventure até chegarmos a estação do Downtown Valdisnei, a mãe já ia descendo as escadas quando avisei que ali era uma das saídas do parque, pedir para ela voltar enquanto fazia mais algumas fotos do monotrilho que nos trouxe até ali, vimos a passagem pela plataforma do trem adesivado dos 100 anos dos estúdios Valdisnei, e voltamos no Mark VII de Me Queimou Zé e seus amigos, conferindo na internet que a operação do Monotrilho no parque de Anaheim começou em 1959 e vendo o anoitecer no Matterhorn e na Tomorrowland, tudo excelente, apesar de não termos perguntado sobre “souvenirs” do Monorail nas lojas... Ao desembarcamos do Monorail, falei para a minha mãe que queria ver e fotografar as luzes do It's a Small World, e fomos nos aproximando, a fila da montanha-russa do Matterhorn seguia enorme, estranhamos que ainda não estivessem acesas, passava e muito das 17 horas, foi aí que, como diz Chico Barney, tivemos mais sorte que juízo,  porque uma multidão estava a espera exatamente do acendimento das luzes natalinas da atração, tipo o povo que aguarda os fogos na praia de Copacabana durante a virada do ano, e nós,  ao darmos "zoom" com a câmera do celular, tivemos o pressentimento que seria em poucos instantes, porque "Bundinha Maluca da Estrela apresenta Domingo no Parque", e elas acenderam sob a ovação da multidão,  no que tomamos por uma homenagem a quem transformou a música "It's a Small World" em "Mundo Pequenino", Rogério Cardoso, e a quem popularizou a versão em português da canção,  Silvio Santos, nós últimos programas que apresentou no SBT,  era a trilha de vídeos com as paradas do Valdisnei mostrado no início de casa bloco,  também servindo como deixa para  fotografar outros recantos iluminados na daideira do parque, xícara da Alice,  balões de LED, Castelo da Bela Adormecida, Main Street, árvore de Natal na praça da estação... A mãe pediu para dar uma última olhadinha na loja à esquerda de quem entra na Main Street USA, viu muitas bijuterias,  pingentes com a letra inicial do nome,  porém não lembrou de nada que houvesse lhe interessado,  nem mesmo quando esteve na loja pela manhã,  perto da saída apontei que ela tinha perguntado a vendedora sobre o colar de luzes natalinas, mas desistiu da compra, pertinente,  o enfeite é bonito, mas para de funcionar muito depressa... Pagamos inacreditáveis 5,25 dólares por uma Diet Coke de 600 mililitros numa lojinha ao lado da saída, e sugerimos a mãe que fossemos no World of Valdisnei,  que tinha avistado de longe, um lojão com fachada de tijolos aparentes e interior imitando um "loft" montado numa fábrica desativada, ela olhou roupinhas de criança e não levou, eu apenas fotografei a cabeça do Zuco da Guerra dos Planetas, quer dizer, do Darth Vader, vendida a 119 dólares,  e o moletom da moda, preto com os dizeres "Valdisneiland, Est. 1955", comercializado a 79,99 dólares, fora impostos, slk, eu pago 80 dólares num livro, não por um moletom desses, aquele cafona do Epcot, que era 50, quem sabe, mas, enfim, há muito livro bom nessa faixa de preço... Resolvemos nossa janta no Earl of Sandwich,  o famoso Conde do Sanduíche, um "fast-food" que merecia uma chance no Brasil,  desde que fique atento aos equívocos que comprometeram a operação do Subway, também especializado em sanduíches,  a diferença para o Earl of Sandwich é o preparo na frente do cliente, nem tanto pelos produtos oferecidos,  mas muito pelos preços,  mandei ver um Holiday Turkey, que vem inclusive com um pouco de geleia, pois como o prato da Coco's Bakery, a ideia é imitar o peru assado das festas de fim de ano, e mais um refil de "Coke no sugar", isso depois de usar o "restroom", aí fui contemplado com os ônibus internos para os estacionamentos que tem nomes de personagens de "Toy Story", porque tudo aqui é a linha 20 e seus articulados da BYD, a gente até se agita quando eles passam... Esgotado,  reunimos nossas últimas forças para passar pelo vendedor de água a 1 dólar a garrafinha, atravessar o Harbor Boulevard,  achar um banco de madeira rústica avulsa na entrada do restaurante iHop (International House of Pancakes),  eles têm cortesias para crianças e avisos sobre a pandemia na porta, pedi o Uber, veio o Nam (quem falou em Mucilon???), mal deu tempo de fazer o "dump" de fotos do dia e já estávamos no hotel, revendo as fotos feitas no parque, concluímos que os parques do Valdisnei na Califórnia são menores que os da Flórida,  mas são muito mais calorosos e cuidadosos, com uma excelente organização para receber os visitantes...






















































Monotrilho da Valdisneilândia é maravilhoso, quando ele é observado ao anoitecer, então, é mais excelente ainda...


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