domingo, 3 de dezembro de 2023

Diário de Los Angeles (V): Na Calçada da Fama, Rumo ao Popeye’s...

Sabe quando você quer tirar foto da lua e celular não ajuda, assim nos sentimos diante do letreiro de Hollywood...












































O início do “tour” guiado por Hollywood estava marcado para as 9 horas da madrugada, porém às 7h30 eu bati na porta do quarto 211, minha mãe já estava pronta e pedindo por um item crítico, uma escova de cabelo, também tinha alguns em falta, vão ficar para depois, chamei o Uber Español, José veio um Toyota Prius Branco, por 39,95 dólares, porque é hoje é domingo, diria o professor Girafales, o motorista perguntou, falei que estávamos de férias, questionou se íamos a Las Vegas, há alguns cassinos aqui e ali na beira das “freeways”, respondi que não gosto de jogo, nem eu, nem o Silvio Santos, hoje é domingo, reza a lenda que ele conhece todos os frapês servidos na região de Nevada, José argumenta, “mas se fazem outras coisas por lá”, não que eu possa mencionar ao lado da minha mãe, o Michael Kyle sabe, falou isso para o Junior no Havaí, sem contar que verifico na internet do celular uma distância de 400 quilômetros entre Los Angeles e Las Vegas, o motorista aponta o letreiro de Springfield, quer dizer, de Hollywood, que já foi de um loteamento, Hollywoodland, eu e a minha mãe começamos a lembrar da história da mulher que pulou da letra H, razão pelo qual o acesso ao local é proibido e o marco só pode ser fotografado de longe... Chegamos no local combinado, um estacionamento no número 7.800 da Hollywood Drive, às 8h20, excelente, não vamos atrasar, a via está vazia, só alguns moradores de rua no quarteirão seguinte, em frente a um “Weed Shop”, sendo que a partida é no estacionamento do prédio, que a bem da verdade fica na rua transversal, El Cerrito Drive, a entrada é informalmente sinalizada por um depredado display de “Star Maps”, passamos por ali, ninguém por perto, voltamos a Hollywood Drive, onde fica a entrada principal do edifício, da porta de vidro dá para ver um retrato do Mister T, do outro lado da rua, no 7.830, um prédio com um café no térreo, chamado Tiago, que não deve ser do Abravanel, ao lado da sede do Treat People With Kidness, dois ônibus passam, um De Lorean também (!!!), fotografamos os três, também teve um ônibusuma obra na galeria pluvial cerca a tampa de cones e prejudica um pouco a visão das estrelas próximas da Calçada da Fama, porém observamos os nomes do comediante Don Knotts, o preferido dos Animaniacs, fez “Deu a Louca no Mundo” (1963), o ator e cantor mexicano Pedro Infante, personagem de um chiste de Chespirito sobre os filmes antigos da televisão mexicana, Al Jarreau, que em 2006 gravou com George Benson a música “Breezin”, que Benson lançou em 1976, e nessa mesma época a parte instrumental foi parar numa vinheta da Rede Tupi de Televisão, a cantada trinta anos depois fez parte da trilha sonora de “Paraíso Tropical”, novela global de Gilberto Braga em 2007, uma de nossas preferidas na exibição do Viva em 2021, ao lado de “Mon Manege a Moi” , e que na semana de nosso embarque para Los Angeles, entrou no “Vale a Pena Ver de Novo”, John Garfield, o ator, não o gato do Jim Davis, Sidney Potier, o próprio, a exibição de “Ao Mestre com Carinho” na “Sessão da Tarde” em maio de 1982 é um clássico do YT, Mama Cass Eliot, a cantora que apareceu num desenho do Scooby-Doo como dona de uma fábrica de ameixas cristalizadas, o tenor Luciano Pavarotti, o maestro Ennio Morricone, os compositores George & Ira Gershwin, música para os nossos ouvidos, e uma estrela sem nome, que serviu para uma foto com a minha mãe... Um par de minutos antes das 9 horas chegou uma minivan Toyota Sienna prateada, o nome com dois N é para confundir com o carro da Fiat, se bem que não vi nenhum veículo da montadora por aqui, não contando os de suas controladas locais, Chrysler, Dodge, Jeep e RAM, o carro estacionou um pouco depois da entrada do estacionamento da El Cerrito Drive e na lateral estava o nome da empresa responsável pelo passeio, Safari Sights, a porta do motorista é aberta e dela sai Michael, um elegante homem negro de colete, que confere nosso “booking”, ou seja, a reserva feita no Brasil, somos os únicos do grupo que ele será motorista e guia, a moça da GoPro não vai mesmo com a gente, avisa que não fala espanhol, um detalhe importante, pois eu farei a função de tradutor para a minha mãe, entramos no carro e ganhamos brindes, um boné, que não usei, caneta, que usei muito em minhas anotações de viagem posteriores, uma garrafinha de água que tomamos inteira no momento que a recebemos e um doce com framboesa que ficou para o café da manhã seguinte, Michael explicou que o passeio duraria três horas, ao final das quais voltaríamos para o ponto inicial, descreveu o trajeto e pediu que colocássemos o cinto de segurança, enquanto os pontos mais relevantes do “tour” eram anotados no nosso WhatsApp ©, que está aí para isso, consome poucos dados, as operadoras são de graça, quem nunca mandou mensagens para si mesmo, a gente comenta com o Pancada programas de televisão, atualmente a novela “Corpo Dourado” no Viva e no trabalho fazemos entrevistas e rascunhos de texto, só não mandamos áudio porque preferimos escrever... 














Em Hollywood, até mesmo ônibus adesivados que passam pela rua parecem ganhar um colorido todo diferente...








































A minivan sobe a El Cerrito Drive e logo entra numa rua transversal, o guia aponta a Igreja de Santa Catarina, que apesar de ser metodista, foi locação do filme “Mudança de Hábito” (1992), estrelado por Whoopi Goldberg, vamos nos afastando da cidade, de um lado, o Hollywood Bowl, anfiteatro que recebeu tantas apresentações de personagens de desenhos animados, como a Pantera Cor-de-Rosa regendo uma orquestra e tendo como único espectador o compositor de seu tema musical, Henry Mancini, do outro, o Museu dos Pioneiros de Hollywood, que relembra os primeiros produtores que se estabeleceram por ali, no tempo do cinema mudo, o que nos faz recordar que “Silent Movie” é o título original de “A Última Loucura de Mel Brooks” (1976), em que a única pessoa que fala em todo o filme é o mímico Marcel Marceau, deixamos a estrada para São Francisco, e enfrentamos as curvas da estrada de Santos, quer dizer, da Mulholland Drive, Michael diz que a via é citada no nome de um filme de David Lynch, o criador de “Twin Peaks”, que a Globo cortou na metade em 1991, mas devemos alertar a todos aqueles que só conhecem Rosane Mulholland, a professora Helena do SBT, que “Mulholland Drive” (2001) passou no Brasil como “A Cidade dos Sonhos”, o filme começa com um acidente de trânsito exatamente na via que estamos percorrendo agora, e onde fazemos uma parada onde havia a garrafa de Coca-Cola © que não passou no teste para fazer “Os Deuses Devem Estar Loucos” (1980) para dar uma espiada no mirante do lado oposto, com visita para o letreiro de Hollywood, onde temos um problema, Houston, sabe quando você quer fotografar a Lua com uma câmera de celular e a imagem não fica lá essas coisas, taí... Voltamos a subir a serra, com o objetivo de passar pelas casas dos artistas da Mulholland Drive, a primeira que avistamos é da cantora Katy Perry, a Gretchen estadunidense, pouco antes do parque Runyon Canyon, no qual os famosos vem se exercitar e passear com os cachorros, a esquerda, a casa de Mel Gibson, aquele que foi tietado pelas irmãs de Mário e Luigi na parte “live-action” do desenho “Super Mario Bros” (1989), a direita, a residência de David Beckham, “the football guy”, que não tem na garagem o Rolls-Royce que pertencia ao pai de sua atual esposa, Victoria Addams das Spice Girls, quando a conheceu, Michael conta que as casas no meio da colina podem valer entre 3 e 5 milhões de dólares, e as do topo podem atingir a quantia de 10 milhões de dólares – a nossa casa na região do Tatuapé, térrea, custou 495 mil reais, o equivalente a 99  mil dólares, o imóvel vizinho, um sobrado, é oferecido por 950 mil reais, 190 mil dólares, comprando aqui ou em Hollywood precisaríamos da ajuda da Mega da Virada, passamos pela casa do cineasta Quentin Tarantino, por favor não limpem os pés, e chegamos ao mirante real oficial de Mulholland Drive, com vista completa do Vale de San Fernando e da Universal City, nosso destino de amanhã, como indica o operário de uma obra viária próxima, e no qual fizemos fotos após nos desvencilharmos do cinto de segurança... Passamos pela casa de uma das protagonistas de “As Panteras” (2000), mas o guia não informa de qual se trata, a nossa preferida é a estrela de “Nunca Foi Beijada” (1999), Drew Barrymore, aquela que faz Cady Kyle reclamar que ninguém avisou a ela que se tratava da garotinha do ET, a morada de Dwayne Johnson, chamado de “The Rock” porém habitando uma casa de madeira é no declive do terreno, um rapaz de bicicleta espera ser recebido na entrada, as palmeiras indicam para a Chiquinha onde mora John Travolta, mais abaixo está a Movie City, usada em locações de filmes e séries, o local onde reside Steven Spielberg, o produtor de “Tiny Toons” e “Animaniacs”, a casa que Bruno Mars colocou a venda, verdade, vimos a placa, bem ao lado de uma guarnição do Corpo de Bombeiros... A esquerda estão os imóveis de Pharrell Williams, o cantor de “Happy”, Tom Cruise, aquele baixinho que não envelhece nunca, ao contrário das atrizes que contracenam com ele, no alto daquele morro residiu Valdisnei, no “Domingão do Faustão”, Hélio Costa afirmou que seu corpo foi congelado, informação que é desmentida logo no início da biografia “O Triunfo da Imaginação Estadunidense”, lançada por Neal Gabler em 2009, e a direita, num condomínio com decoração natalina inflável na entrada chamado “The Summit”, foi o lar da cantora Whitney Houston, com quem o “fandom” de Kevin Costner implica até hoje devido ao filme “O Guarda-Costas” (1992), e atualmente abriga a diva pop Nicki Minaj, a cantora Gwen Stefani, que na época do No Doubt cantava “Don’t Speak”, a música que encerrou a maior parte dos capítulos da temporada 1997 de Palhação, o ator Tom Hanks, um porto seguro para Forrest Gump depois dos traumas de “Um Dia a Casa Cai” (1986), “Meus Vizinhos São Um Terror” (1989), “Náufrago” (2000) e “Terminal” (2004) e a tenista Serena Williams, vide anúncio do Nintendo Switch que ela joga “Mario Tennis” enquanto seu “personal trainner” treme dentro de uma banheira com gelo, na descida, junto a um cruzamento, a casa de Taylor Swift, a própria, a gente até pensou em tocar a campainha na esperança da cantora abrir aquele imponente portão de ferro e fazer um sorridente convite para entrarmos e tomarmos um café, talvez uma água... Ops!!!... O Toyota Sienna segue seu caminho e na descida vemos a residência de Denzel Washington, que Jay Kyle não saiba, na de Leonardo de Caprio alertam na portaria que a entrada é proibida para menores de 25 anos, vemos as moradas do cantor Chris Brown e do ator Samuel L.Jackson, podia ter pedido um Big Mac no delivery, digo, na subida da ladeira, está a residência de Paul McCartney, a sujeira na frente da entrada denuncia que ele está fazendo shows no Brasil exatamente nesta semana, e na descida, uma casa cercada por um muro branco muito simples, como que pronta para receber o vendedor de Yakult ®, mas que disseram ser da exuberante cantora Rihanna, a matrona da independência de Barbados... 














Perto do local da entrega do Oscar, estrelas da Calçada da Fama combinam com ambulantes e "double decker"...








































Descendo na direção de Beverly Hills, passamos pelo local onde mora Mariah Carey, muito ocupada nesta época do ano recebendo pelos direitos de “All I Want In You Is Christmas”, a casa onde viveu diretor John Avildsen, que saiu de cena em 2017 e Michael aponta ter dirigido “Rocky, o Lutador”, vencedor do Oscar de Melhor Filme em 1976, além da franquia clássica de “Karatê Kid”, a começar por “A Hora da Verdade” (1984), estamos no famoso Sunset Boulevard, aquela imóvel na cor salmão foi locação de “O Poderoso Chefão” (1972) e a mansão na esquina, pouco antes do Beverly Hills Hotel, pertenceu a Lucille Ball, pretexto para cantarmos o tema de “I Love Lucy”... O guia acha graça e pede que prestemos atenção em três detalhes característicos da paisagem de Beverly Hills, os hidrantes na cor cinza, a ausência de postes porque a fiação elétrica é subterrânea, a ENEL trabalhou forte por aqui, digo, e as palmeiras, que aparecem em algumas versões do cartaz do filme “Um Tira da Pesada” (1984), com Waldyr Santanna dublando Axel Foley, o policial vivido por Eddie Murphy, depois de contemplarmos um ônibus articulado no cruzamento, chegamos a Rodeo Drive, celebrizada como cenário de “Uma Linda Mulher” (1990), o veículo do sistema metropolitano de transporte de Los Angeles passou bem ao lado da loja de sapatos de Christian Louboutain, uma das lojas chiques da via, junto com Bulgari, anunciada por Zendaya Coleman, Cartier, Gucci, Louis Vuitton, Fendi, entre outras, Michael entra numa rua transversal, a Beverly Drive, e afirma que ali os preços são mais em conta, há controvérsias, porque ali está uma livraria da Taschen, que até em feirões tem os livros mais caros do Brasil, com exceção daquele volume sobre Tóquio que compramos na Bienal do Livro em 2022, e uma loja da Zara, Celso Russomanno, corre aqui, além de Guess, Lululemon, ASRV, & Other Stories e um café da Starbucks, mas esse tem até no Shopping Metrô Itaquera, digo... Na sequência, fizemos uma parada no parque de Beverly Hills, apenas cinco minutos, tempo suficiente para usar o banheiro e reconhecer no painel com o nome do bairro colocado acima de um espelho d’água o lugar onde o casal Eliezer Ambrósio e Viih Tube gravou um vídeo para o Instagram  © com sua filha, a pequena Lua, tanto que a nossa postagem na rede social incluiu uma foto dos três para comprovar... De volta a estrada, o guia fala que as palmeiras de Beverly Hills não tem mundial (!!!), retornamos a Sunset Boulevard, o filme nomeado com esse endereço no Brasil é chamado de “O Crepúsculo dos Deuses”, logo estamos em West Hollywood, com seus prédios de escritórios da indústria do entretenimento, passamos pela Sunset Drive e seus clubes de “stand-up”, inclusive o Comedians original, Danilo Gentili, corre aqui, voltamos para a Hollywood Drive, embora não seja o fim da viagem, nosso ponto de encontro é pertinho do Chinese Theater, o cinema com as impressões das mãos e dos pés dos astros e estrelas, do Dolby Theater ©, atual local da entrega do Oscar, o Museu Madame Tussaud, o cinema Pantages, hoje teatro, e um Popeye’s onde prometemos levar a mãe mais tarde, primeiro temos de comparecer no Griffith Observatory, que fica dentro do Griffith Park, outra vez nos afastamos da mancha urbana, passamos por Los Feliz, região em que residem Angelina Jolie, Colin Farrell, James Cameron e Orlando Bloom, subimos, subimos, subimos, um ônibus do serviço local DASH também, com grade para bicicletas na frente, até Michael parar o carro e falar para seguirmos a pé até o observatório, indicando os melhores pontos para fotografar Los Angeles e o letreiro de Hollywood... Aqui, aconteceu o mesmo problema da Mulholland Drive, o zoom da câmera do celular não chegava muito perto, mesmo a do aparelho da minha mãe, que depois de fazer fotos na escultura de asas, pediu para eu registrar as Testemunhas de Jeová presentes no mirante, a fim de mostrar as fotos para sua cunhada, adepta da religião, o marido dela, o meu saudoso tio, leitor frequente de “Seleções do Reader’s Digest”, disse certa vez em Pindamonhangaba, onde vivia, que Hollywood era “Festa na Floresta”, anos depois descobri que é uma referência à cruz de Cristo... Chegamos ao observatório, que tem um busto de James Dean, chamado oficialmente de “Rebel Without a Cause Monument”, porque cenas de “Juventude Transviada” foram rodadas ali, de seus mirantes conseguimos apreciar um céu azul quase sem nuvens, com os prédios do centro de Los Angeles quase na linha do horizonte, minha mãe quis ver eles mais de perto com a luneta, que funciona com um “quarter”, moeda de 25 cents, eu cedi uma, porque levar elas nos bolsos e na carteira ninguém merece, e depois elas te obrigam a virar numismata, porque as casas de câmbio no Brasil não trocam, mirei a luneta para que ela pudesse avistar os arranha-céus, alguns visitantes contemplavam a vista, outras preferiam deitar no gramado para se aliviar do calor, e lembrei para ela que Michael pediu para estarmos no carro 11h40 – chegamos 11h37...Agradecidos pelo "tour" começamos o caminho de retorno ao ponto de encontro,  o guia pergunta onde estamos hospedados e quanto foi a viagem no Uber até o local de início do passeio,   a empresa dele também fez translado entre o aeroportos e os hoteis da cidade,  além de viagens para Las Vegas e San Francisco,  conforme especifica o folheto que ele nos entregou,  ilustrado com várias fotos da Toyota Sienna, ao chegarmos em Hollywood Boulevard,  listei alguns pontos de interesse na via,  o Gauman's Chinese Theatre, inaugurado em 1927, tomado por visitantes - e ambulantes - o Dolby Theatre, o Museu de Cera  de Madame Tassaud, quase escondido por um anúncio de pizza, La La Land, a loja, não o filme que a mãe diz ter visto no cinema e na TV, o Museu das Ilusões,  não confundir com o Shopping Eldorado, o Museu de Cera de Hollywood,  ao lado do Snow White Cafe,  fundado em 1946, um Gift Shop, no caso, o Hollywood Happyland, com um vistoso toldo verde na frente, o Roosevelt Hotel, de 1927, local da primeira cerimônia do Oscar, em 1929, e o El Capitan, surgido como teatro em 1926 e hoje um cinema de propriedade do Valdisnei, todos de verdadinha, não as fachadas pintadas na parede do parque do Valdisnei e o Taco Bell, com uma bela fachada estilo colonial espanhol, pena que a gente já combinou de ir no Popeye's, mas ainda assim um dos lugares que vamos conferir e-mails, assim que voltamos a entrada do estacionamento e nos despedimos de Michael fazendo fotos e trocando emails... No começo da caminhada pela Hollywood Drive, deparamos com rapazes segurando placas com anúncios de passeios turísticos, feitos pelas "jardineiras" e ônibus "double deckers" estacionados ao longo do meio-fio, temos um olho no movimento na Calçada da Fama e outro nas estrelas,  de cara achamos a de Katey Segal, a Peg de "Um Amor de Família" e do Big Bird, aquele enorme pássaro amarelo da Sesame Street que para nós sempre será Garibaldo, a grande ave azul que contracenou com Aracy Balabanian em "Vila Sésamo", alguns passos e estamos no Chinese Theatre, o cinema onde foram gravadas no cimento do pátio em frente a entrada, as mãos e pés de muitos astros e estrelas, e no caso de Whoopi Goldberg, as tranças, a parte com as impressões e o autógrafo de Carmem Miranda está em péssimas condições,  as marcas de seus pés,  que eram muito pequenos,  está cheia de sujeira, Ruy Castro, falando em pés,  Quentin Tarantino nem tirou o tênis,  nós dissemos tênis, já foi metendo a lancha,  comparamos os pés, o nosso é diminuto perto de Will Smith, e olha que calçamos 43, minha mãe preferiu o cotejo com Susan Sarandon, olha o Mel Brooks, o Jerry Lewis, o Dean Martin, o Peter Sellers, o Martin Lawrence, o Cantinflas - nosso gênero cinematográfico preferido é a comédia,  então é por isso que registramos as impressões no concreto de Red Skelton, cuja atuação tanto nos divertiu em "O Amor Nasce em Paris", onde foi que o Pica-Pau gravou sua mãozinhas e seus pezinhos, sob o olhar atento do "paparazzo" Scoop Smith, na frente do Chinese,  de onde se pode ver o El Capitan e o Roosevelt Hotel do outro lado da rua, aproveitando a sombra do ônibus do "tour das celebridades" da TMZ, vendedoras de saladas de frutas com vestidos típicos mexicanos, uma barraquinha de sanduíches com os ingredientes,  o que inclui jalapenhos e pimentões,  em assadeiras, como nossas bancas de lanches de pernil na porta dos estádios brasileiros,  ambulantes oferecendo espetinhos, milho assado, bebidas em lata e até refrescos em grandes jarros, trazendo imediatamente a lembrança da "Tienda Del Chavo" e seus refrescos fresquinhos refrescantemente refrescados que refrescam qualquer refresco... Misturando-se entre os transeuntes temos "cosplayers" procurando pessoas que paguem pela foto com sua figura, representando garotas de programa, policiais "sexies", o Homem-Aranha, que também zoada com os passantes, o cara da cobra, que se não for o mesmo das araras da entrada da Valdisneilândia, já trabalhou forte na Quinta da Boa Vista, em pelo menos três estrelas vagas havia gente de letras na mão prontas para escrever seu nome a um preço acessível,  certamente menor que o passeio de seis milhas numa Lamboghini vermelha oferecido a 129 dólares,  bem que essa turma que põe nome nas estrelas sem saber astronomia podia apagar o nome de Donald Trump, a despeito do sucesso de seu show televisivo, "The Prentice", a do Rick Martin não, tem uma fã fotografando, ali perto está a estrela de Matt Groening,  criador dos Simpsons, da musa pop Cristina Aguilera, das irmãs Ashley e Mary-Kate Olsen e do indispensável Jerry Lewis... Chegamos ao Dolby Theater, onde como narraria Dirceu Rabelo, acontece o "Oscar, a maior festa do cinema mundial,  domingo,  depois do Big Brother Brasil", em alguns casos até durante ele, como atesta a representação do BBB5 no Viva, onde Chris Rock não apanhou, para a frustração do saudoso José Wilker e de Renato Machado, numa época que o Leonardo de Caprio sentava no gargarejo com sua namorada de então,  Gisele Bundchen, que estava a poucos meses de ser dispensada por Leo,  quer dizer, de completar 25 anos, a sala de exibição é no fundo de uma galeria,  minha mãe fez uma foto na escadaria, mas não subiu porque queria evitar a fadiga, eu fiquei curioso e consegui ver pela porta a antessala do local onde as estatuetas são entregues, na volta, ao lado da sorveteira da galeria, algo inusitado, uma estrela colocada na parede,  a de Muhammad Ali, muito procurada por muçulmanos, ele próprio converteu-se ao islamismo, quando se chamava Cassius Clay, havia uma fila de egípcios, ele é considerado o maior boxeador de todos os tempos, entre os profissionais, no caso dos amadores, a primazia e atribuída ao cubano Teófilo Stevenson, tricampeão olímpico dos pesos-pesados,  isso porque não colocamos na discussão  Adilson Maguila Rodrigues,  Acelino Popó Freitas, Luciano Todo Duro, Reginaldo Holyfield... Embora estivéssemos prestando mais atenção no baruloho dos onibus de linha que passavam, fotografamos dois adesivados, anunciando a animação "Immigration" e a cidade turistica de Ensenada, na Baja Califórnia,  México,  e um "limpo", todos com a obrigatória grade para levar bicicletas, escutamos uma família falando português perto do ponto inicial das "jardineiras" dos "tours" e da estrela de Ann-Margaret,  mais conhecida por "Ann-Margarock" devido ao desenho dos Flintstones,  não foram os primeiros da viagem, tinha uma família de Belo Horizonte na subida do observatório, até o reverendo Billy Graham e o tenor italiano Beniamino Gigli são homenageados, passamos pela arrojada entrada da estação Hollywood Drive do metrô de Los Angeles,  onde estão posicionadas as Testemunhas de Jeová da área,  avistamos do outro lado da rua o Museu Robert Ripley's Believe It Or Not, com um dinossauro vestido de Papai Noel no telhado,  e a gente recordando a dublagem de Jack Palance feita por Darcy Pedrosa, adotada até numa propaganda da Prefeitura de São Paulo,  "acredite se quiser", um cosplay do Coringa do Joaquim Phoenix se uniu ao Me Queimou Zé Aprendiz de Feiticeiro  em sua busca por turistas com dinheiro,  a estrela do Dean Martin é um pretexto para cantarmos "That's Amore", as de Nat King Cole e Perry Como nos deixam em dúvida sobre qual versão de "Papa Loves Mambo" devemos escolher,  as lojas de "souvenirs",  verdadeiro varejão hollywoodiano, com camisetas e DVDs alternam-se com bares temáticos equipados com televisores e chopeiras onde torcedores uniformizados acompanham os jogos da National Football League (NFL), logo ali tem mais um "smoke shop", seria o carinha o Snoop Dogg???, as estrelas de Jane e Tarzan, quer dizer, de Pedro Cardoso e Luiz Fernando Guimarães,  ou melhor, de Maureen O'Sulivan e Johnny Weismuller estão frente a frente, esqueceram a Chita no churrasco, eu achei a estrela de Barbara Eden, a Jeannie, minha mãe achou a de Elizabeth Montgomery, a Feiticeira, e nós dois encontramos o Popeye's que tínhamos visto de passagem durante o "tour"... Agora a lanchonete especializada em frango frito serve sanduíches, ao contrário da época em que um certo Dudu Bananinha diz ter trabalhado lá,  pedimos a atendente negra, que era supervisionada por uma colega de serviço,  tambem negra, um combo de lanche e refrigerante para a mãe e tirinhas (só tinha o "pack" com seis...) com purê de batata ao molho para a gente, tudo isso por 34 dólares no nosso cartão,  depois compramos com uma nota de 10 dólares uma Coca Zero pequena e uma grande,  mas grande mesmo,  quase um latão,  e a mãe ainda fez um pedido de "wings", que achou apimentadas (é o padrão dos Estados Unidos para as coxinhas da asa fritas, que devido ao tempero costumam ser chamadas de Buffallo Wings...), mas levou duas para comer no hotel... Isso apesar do nosso Uber da volta ter sido calculado para o Walmart de Anaheim,  onde fomos levados por Frankin num Honda Civic branco, uma viagem de 70 dólares que só terminou mesmo quando o motorista entregou já no supermercado um celular que eu havia deixado no carro,  e esses Sony são como filhos para mim, no Walmart garantimos a pizza congelada de muçarela e pepperoni do jantar, os sanduíches do café da manhã desta semana, Coca Zero e, ainda compensando a lacuna do aniversário,  uma fatia de bolo de chocolate embalada a vácuo da Carlo's Bakery, que a mulher do caixa disse ser uma delícia que não pode coner, enquanto recebia os 47 dólares das minhas compras,  o homem na minha frente levou pão de forma para comer em seu carro, um  Chevrolet preto dos anos 1940, e a minha mãe não achou a escova de cabelo que precisava,  vou emprestar a minha, só ando de boné mesmo, eu consegui uma tesourinha para abrir os lanches,  para não ela não carregar as compras que fez até o hotel, chamei o Uber, que ficou em 6 dólares,  Abdul num Nissan Sentra cinza,  retornando ao quarto 226 às 15h40, prontos para descansar e saber por meio do Pancada no WhatsApp quais foram as "Câmeras Escondidas" do dia, sempre que viajo me preocupo, porque não consigo ver o  "Programa Silvio Santos", felizmente nosso colega de rede gravou a atração apresentada por Patrícia Abravanel para a gente e informou que passaram Papapá na CCXP, nem precisei ver para saber que é "remake" , Entra Grande e Sai Pequeno, Ivo Rouba Gorjeta, ao menos uma do Mestre, e Comprar Camisinha para Bilola Torta, que pelo nome é outra regravação por razões de Gibe, só que ele estava com tudo em ordem, só queria experimentar a camisa extra-grande importada, digo...






























E bem em frente ao famoso  Chinese Theatre  existe uma versão exclusiva dos refrescos da  "Tienda del Chavo"...


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