sábado, 2 de dezembro de 2023

Diário de Los Angeles (IV): Embarcando no Bonde da Aventura de Valdisnei...

Viajamos no bonde da Pacific Electric pela manhã, porém é ao anoitecer que ele fica ainda mais bonito de se ver...

 





















Situada ao sul de Los Angeles, Anaheim foi a localização escolhida por Valdisnei para abrir o seu primeiro parque temático, em 1955, depois de descartar a hipótese de construir ele ao lado de seu estúdio de animação na região de Burbank, o que influiu de maneira decisiva na escolha do hotel onde ficaríamos hospedados, ainda na agência de viagens no Brasil, porque o Solara Inn e Suites fica a uma caminhada pelo Harbor Boulevard dos dois parques Valdisnei na Califórnia, em Orlando, mesmo os hotéis situados em Kissimmee estão a uma distância das atrações que exige o comparecimento de carro, ônibus de linha (ah, a linha 55...) ou “shuttle” oferecido pelos hotéis, portanto, foi com um prazer indescritível que às 9h30 da manhã de um sábado ensolarado, eu e minha mãe deixamos nossos quartos no hotel, atravessamos o pátio do estacionamento, passamos novamente pelo Frontier Motel, pelo parque de trailers, o Shakey’s Pizza Parlor (tá ouvindo, Lady Gaga...), um hotel da Wyndham, o posto Shell, cruzamos a Ball Road, avistamos mais um hotel, este da rede Sheraton, chegamos ao viaduto sem visão da “freeway” devido aos gradis, estávamos acompanhados no percurso por um “cast member” e algumas famílias de visitantes, fotografamos a placa de “Wrong Way” apesar de estarmos no caminho mais que certo, depois do viaduto, observamos o cruzamento com a Manchester Avenue, em homenagem a equipe que manteve a Porcaria sem Mundial, digo, ou seria do time que fará o mesmo com o Fluzinho, digo, do lado oposto do Boulevard, hotéis, no canteiro central, um mastro com a bandeira do Estados Unidos, do nosso lado, as pilastras do Monotrilho, o ponto inicial da linha para o centro de Los Angeles (Downtown), que uma amiga adepta do “hobby” usou para vir até os parques, um percurso de duas horas com tarifa de 1,75 dólares, pois eu a invejo, os ônibus azuis da Art, o equivalente local do Valdisnei Transport da Flórida chegando e partindo, inclusive a linha 20, a Toy Story Line, é operada com ônibus elétricos a bateria articulados da BYD, que no Brasil não passaram dos modelos de teste, e com a concorrência acirrada da tecnologia nacional consolidada, levaram a montadora chinesa a redefinir prioridades no país e investir em carros de passeio, e tome “merchan” no “Programa Silvio Santos com Patrícia Abravanel”, a concorrente GWM contratou a Juliette, embora a gente acredite que carro elétrico só vai pegar no Brasil quando zerarem o IPI de aplicativos, frotas e táxis, álcool começou assim... Então chegamos quase que comovidos ao portal da Valdisneilândia, onde uma jovem latina já posicionava o seu carrinho para vender raspadinhas, o tipo da coisa que não se vê na região de Orlando, a esquerda o terminal de ônibus dos funcionários e dos hóspedes dos hotéis, a direita, outro terminal e o Monotrilho passando, no meio o primeiro posto de vigilância, depois a revista da mochila que abrimos previamente para o Steve, ou seria Ivo Holanda, coloco o celular na dentro e tiro para a verificação do Raio X, peço para que a mãe deixe as fotos para depois dos procedimentos da segurança, quando temos a nossa esquerda o Valdisnei California Adventure, aberto em 8 de fevereiro de 2001, e a direita a Valdisneilândia, o parque pioneiro, inaugurado em 17 de julho de 1955, o programa de televisão com o mesmo nome do parque e teve várias versões, eu peguei o “The Wonderful World of Valdisnei”, de 1983 a 1987, que a Globo chamava de “Valdisneilândia” mesmo e apresentava aos domingos, o “Clube do Me Queimou Zé” de 1977 e os chapeuzinhos com orelhas de rato distribuídos no “Domingo no Parque” eram com o SBT, me aproximei da entrada da Valdisneilândia, apenas para fotografar a “estação de Campinas”, porque optei por agendar a visita no California Adventure pelo aplicativo do Valdisnei imaginando que o outro parque estaria mais cheio no sábado, sendo melhor  porém o que vi lá dentro ao longo do dia me desmentiu fortemente... Ops!!!...


















Já a garotada amiga prefere a resenha com os super-herois da Marvel, entre eles o Homem-Formiga e a Vespa...





































A entrada do Valdisnei California Adventure é similar a do Parque do Trote na região da Vila Guilherme, em São Paulo, quer dizer, a do Valdisnei Hollywood Studios, aberto na Flórida em 1989, passei na entrada sem problemas pela Zae, ruiva, que precisou de ajuda da Bai, uma morena, para a minha mãe entrar, porque  instalei o app para ela, coloquei o avatar da Ariel, porém ela também precisava fazer reserva, dentro do parque, nos encantamos com algo que já tínhamos visto do lado de fora e agora contemplávamos deslumbrados mais de perto: um bonde elétrico!!!... Na verdade dois, desses que o motorneiro precisa descer para repor a haste quando ela se desprende da rede alimentadora (apesar desse detalhe, a eletricidade dos bondes é fornecida por baterias...), vermelho como os de São Paulo, que minha mãe usou muito nas décadas de 1950 e 1960, a linha da Penha saída do Largo 8 de Setembro e ia até a Praça Clóvis Beviláqua, no Centro, é claro que nos embarcamos e sentamos nos assentos paralelos às janelas, atentos às luminárias e as propagandas do lado de dentro, e lá fora, ao percurso pela reprodução do Hollywood Boulevard, com prédios erguidos no estilo californiano de arquitetura da primeira metade do Século XX, a plácida pracinha com a estátua de Me Queimou Zé e Valdisnei acabando de chegar na Califórnia, muito antes de “Steamboat Willie” estar prestes a entrar em domínio público, o Hollywood Studios e seu portal, anunciando os próximos lançamentos do Valdisnei e da Marvel, o prédio do Valdisnei Animation e do Cine Hollywood, não confundir com o filme e a série global, a banca de cachorros-quentes Award Wieners, o Sunset Showcase Theater, local do Me Queimou Zé Philarmagic, o quiosque Shmoozies, vendendo as típicas vitaminas do Spencer Shay, o Fairfaz Market, uma quitanda que vende itens de verdadinha, dobrando a esquina, o The Berverly, um muro pintado para dar a ilusão de que a rua continua, exibindo as fachadas do Hyperion e do Roosevelt Hotel e o cinema Hyperion, onde os fotógrafos do parque trabalhavam forte nas fotos... O nosso bonde, olha a intimidade, tinha dois motorneiros, Walter, mais novo, que priorizava a operação do carro, e George, mais experiente, que ao ver nossa permanência por ali, começou a conversar, devido ao centenário do estúdio de Valdisnei os “bottoms” dos “cast members” tem o nome de seu personagem preferido, o dele é o Pateta, e de fato, ele estava compenetrado no papel do amigo do Me Queimou Zé, afinal, todos nós sabemos que ele prefere dirigir seu próprio carro, até quando usa o bonde, como mostra o desenho “Motormania”, porém George é muito habilidoso ao repor as hastes, com uma destreza de fazer inveja aos “bicos” que dirigem os trólebus da Celso Garcia, ou, voltando ao passado, dos motorneiros dos bondes da Rua São Jorge, quando perguntou de onde éramos e respondemos Brasil, claro que ele perguntou qual era o nosso time, e como somos corinthianos, ensinamos a ele pacientemente que a Porcaria não tem Mundial, “not Club World Cup”, e antes de descermos, colocamos a nossa mãe para fazer foto ao lado dele... Era o momento de descer do bonde e seguir pelo parque, a atração dos Guardiões da Galáxia, Misson: Breakout!!!, que lembra um pouco a The Hollywood Tower of Terror de Orlando, tinha 60 minutos de espera na fila, no Avengers Vault, fila para tirar fotos com as Marvels, o Capitão América – negro, excelente – terminando seu turno de “meet and greet” ali perto do jipão dos vingadores, não esqueçam que a vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena, e na transição para a área de “Carros”, uma propaganda das Indústrias Stark, aqui a mãe fez questão de ir no Luigi’s Rolliokin’ Roadsters, uma atração com carrinhos italianos dançantes, até lembrando um pouco o Trabant, Flávio Gomes, mas que nos trouxeram a mente o Fiat Mobi, tanto que a coreografia dos veículos foi apelidada de “Dança do Mobi”, o que faz todo o sentido, porque foi a coisa mais parecida com o modelo compacto da montadora italiana que vimos aqui nos Estados Unidos, depois de meia hora na fila que imita a loja de pneus de Luigi, um Fiat 500 bem convencido, uma das marcas se chamava Fetuccini Alfredo, ao som da versão de Domênico Modugno, que os brasileiros diziam “Medonho”, de “Volare”, aquela canção que os torcedores alemães cantaram no 7 a 1, na saída, deparamos com uma “Torre de Pisa” de pneus e um minion disfarçado de Romi-Isetta, além do estúdio de tatuagem do Ramone, “hey ho let’s go”, um Impala invocado, talvez porque a Chevrolet nunca o fabricou no Brasil, embora tenha o comercializado nos Estados Unidos até 2020, e o  Radiator Spings Racer, onde os parças de Relâmpago Mc Queen e Tom Mate apostam corrida, uma pista cujo ruído é muito parecido com o do Test Track do Epcot, porém ela não está em um ambiente fechado, “sino” ao ar livre, numa paisagem pedregosa e desértica que lembra a região de Vila Velha, no Paraná... A próxima etapa de nosso percurso é a “San Fransokio Square”, que remete a cidade do filme “Operação Big Hero”, mesmo porque quem trabalha forte no “meet and greet” é o robô Baymax, astro da produção da Marvel e do Valdinsei ao lado do jovem Hiro Hamada, ambos os dois estão nas moedas comemorativas douradas que fizemos numa máquina que só aceita cartão de crédito que localizamos após uma ida ao banheiro, junto a uma praça com mesinhas e guarda-sóis lotados, era meio-dia e além do mais, o local foi adotado pela comunidade de descendentes de japoneses da Califórnia, que teve considerável imigração oriental, e eles estavam presentes até usando pijamas natalinos, Amandex, corre aqui, formando uma imensa fila na lanchonete Big Fortune Cookery, justo agora que todas essas referências a cultura “kawai” japonesa, de cartazes de rua ao peixe pescado no alto de um quiosque me trouxeram uma tremenda vontade de comer yakisoba, mesmo com um restaurante que servia comida mexicana e sorvetes da Ghirardelli do lado, e a minha mãe viu uma pessoa passando carregando uma bandeja com sopa num pão tipo italiano e quis comer uma também, levando nós dois a entrar no café que deveria ser o Lucky Cat da mãe de Hiro, Cass Hamada, não confundir com a Cass Elliot do Mamas And Papas, mas na realidade reproduz a Boudin Bakery, tradicional padaria fundada em 1849, lá em San Francisco, na qual todo o processo de fabricação dos pães pode ser acompanhados nas vitrines  (e no teto!!!) do salão de refeições, até mesmo os padeiros atirando a massa de um lado para outro como se estivessem num episódio do Chapolin, eles fazem pão até com a cara do Me Queimou Zé, aqui, para escapar da fila, orientei a mãe a usar o aplicativo do Valdisnei, que prepara a comida na hora marcada, na verdade, a tecnologia e os visuais são quase idênticos ao app do iFood, a diferença são as orelhas do Me Queimou Zé, esperamos alguns minutos observando os retratos de família dos Hamada, e quando a mãe retirou a sopinha, pegamos para acompanhar quatro tabletinhos de manteiga embalados num papel dourado e que me lembraram muito as moedas da máquina, tanto que os coloquei juntos no Instagram ©, e o nosso colega de rede Doutor Kenji perguntou o gosto da manteiguinha, que experimentei passando no pedaço de pão que servia de tampa para a sopa, respondi que era um pouco menos salgada que nossa manteiga de primeira escolha, a Aviação ®, quando fui usar o meu aplicativo, não tinha sinal de internet, fui duas vezes na fila do yakissoba e ela continuava enorme, já desesperado, passei pela entrada lateral da padaria, que não é igreja de Santo Antônio no dia 13 de junho, mas estava distribuindo pãezinhos, recordei de um quiosque que vi no final do percurso do bonde, atravessei o deserto de “Carros”, a resenha do Homem de Ferro com o Miranha e as Marvels na sacada do Avengers Vault, e chegamos até a banca que vendia shawarna de frango, que pedimos “to go”, com uma Diet Coke, e levamos para nós mesmos enquanto o Groot de “Guardiões da Galáxia” se acabava no “meet and greet” e a garotada amiga parava o Homem Formiga e a Vespa para fotos, ele é meio marrento, ela, uma graça, bem diferente das vespinhas que fazem ninho na nossa casa do Tatuapé (!!!), em inglês é Wasp, que soa igual a sigla para o estadunidense padrão, “branco, anglo-saxão e protestante”, por trás da máscara não dava para ver suas feições, e ao reencontrarmos com a mãe na Boudin Bakery, ou Lucky Cat Café, percebemos que o kebab tem a metade do tamanho daquele que costumamos pedir em São Paulo (The Kebab...) e é fortemente puxado na pimenta... 



















No Carnatal do José Carioca, a comissão de frente vem vestida de mariachi e trabalha forte na dança das flores...



































Resolvida a questão alimentar, atravessamos a ponte com “tori” do porto de San Fransokio e tínhamos a nossa esquerda o Pixar Pier e a roda gigante do Me Queimou Zé com o traço similar àquela abertura, “dos Estúdios de Valdisnei, Me Queimou Zé e Donald”, no meio, um lago, e a direita, o palácio de Netuno, local do Ariel Underseas Adventures, que foi a próxima atração que minha mãe quis visitar, mesmo com os 30 minutos de fila, a paradinha de personagens do Valdisnei e da Pixar bem na hora em que íamos embarcar no “ride”, que é exatamente o mesmo que conta a história de “A Que Pena Seria”, filme de 1989, no Magic Kingdom de Orlando, a “gaviota” Sabidão introduz a saga, Ariel vive um drama, Sebastião canta “No Fundo do Mar”, Doutor Fred, corre aqui, Ursula chega causando, porém Ariel e o Príncipe Eric se apaixonam, casam com as bênçãos de Netuno e recebem a visita de um grupo de cegonhas, um “easter egg” do nascimento da filha de Ariel, Melody, que apesar de ter estrelado “Ah Que Pena Seria 2”em 2000, foi deixada de lado pelo estúdio... Na saída, o olhar atento da nossa mãe nos guiou para uma atração até bem singela na beira do lago, o Zephyr, uns foguetinhos prateados que vão dando voltinhas e se inclinando conforme aumentava a velocidade, algo que lembra o Parque Shangai, montado no centro de São Paulo nos anos 1960, ou mesmo a grande “point” da região de Itaquera, o Parque de Diversões Marisa, estava sem fila, mas foi só o tempo de dar uma espiadinha na placa de Boas Festas dos Três Amigos – no caso, Donald, Panchito e Zé Carioca – que o lugar lotou, mas não demorou para embarcarmos nos foguetes e rodopiarmos protegidos por um cinto de segurança que na realidade é um fecho de mochila, como o foguetinho é aberto, não tem nenhuma alça, aquela que nos carros é chamada de PQP, para segurar... Apesar de tudo, saímos satisfeitos do brinquedo, indo experimentar esse clássico da gastronomia estadunidense, o corn dog, a salsicha empanada no palito, que acompanhou um pacotinho de batatinhas Lay’s, só depois do pedido entregue a mãe lembrou que podia pedir uma laranjinha, mas deixou pela batata, a salsicha é da melhor qualidade (!!!), porém a massa, adocicada, estava mais para bolinho de chuva, mas a Coca Zero está aí para rebater, e a minha intuição, além de uma mensagem dos alto-falantes, pediu para que ficássemos ali perto do quiosque, pois em alguns minutos ia começar o Carnatal, quer dizer, o desfile natalino do “José Carioca”, este comandando a massa num trio elétrico, ops, num carro alegórico, acompanhado dos inseparáveis trutas Donald e Panchito, que pode muito bem ser chamado de Carnaval, porque além dos mariachis fazendo a dança das flores com os sombreiros, tem samba de roda, comissão de frente (os próprios mariachis e parceiras...), porta-bandeira, levando um pavilhão escrito “Feliz Navidad”, carro alegórico, os bonecões do mariachi e do samba, que tamparam a visão de parte das danças, destaques, Me Queimou Zé e Minnie, aquela que tem medo de rato, levados por bicicletas enfeitadas com flores, e ala das baianas, dançarinas de mariachi de rosa e as de samba, de branco, no final, os Três Amigos que não são Angeli, Glauco e Laerte proporcionaram ao público uma nevasca de papel antes de chegarem a dispersão, enquanto Me Queimou Zé e Minnie aceleravam, porque atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu... Ficamos perto da roda gigante do Pixar Pier, a Pixar Pal-a-Round, “ao redor dos amigos”, numa tradução livre,  que tem “no pé ou na mão”, ou melhor Swinging Gondola e Non-Swinging Gondola, cabine que balança e cabine que não balança, por via das dúvidas, eu e a minha mãe fomos esperar 30 minutos na fila da gondola fixa, só observando os personagens da Pixar na parte externa das cabines, Buzz Lightear, Nemo, Dory, Relâmpago Mc Queen, Tom Mate, o Russel do “Up”, Alegria, Tristeza, enquanto a entrada nas gôndolas era coordenada por Jessica, morena cacheada, Serena, loira de olhos verdes e cabelo curto, e Valeria, de óculos e gordinha, como as moças que paravam as cabines, a nossa reservou a companhia de um casal de meia-idade e a filha adolescente, que cochilou na maior parte do “ride” e saiu voando no final, do alto pudemos ver como o Palácio de Netuno é grande, e o parque é pequeno, cercado por grandes hotéis e estacionamentos de vultosas dimensões, olha a cadeirinha giratória do parquinho de Itaquera, o quiosque do “corn dog”, a montanha russa do Pateta, do tipo “family coaster”, inspirada no desenho que ele constrói e voa com um planador, ou como cantava o Telmo de Avelar, “voar, eu vou voar” e o balãozinho de Divertidamente fica bem no meio de outra montanha-russa, a Incredicoaster... Descemos, não com a pressa da Audrey Grizwold, a do filme de Las Vegas, que é morena, vivida pela atriz Marisol Nichols, a Juliette Lewis é a Audrey no filme de Natal, que não estava com o Rusty, logo o Clark não podia mandar  calar a boca, porque queríamos apreciar todos os recantos do Pixar Pier, começando pelo Emotional Whirlwind, o balão de “Divertidamente”, com a Nojinho do lado, a loja “Bing Bong’s Sweet Stuff”, o elefante cor-de-roda de “Divertidamente” marcando presença, o “Angry Dogs”, este a cargo da emoção correspondente, Raiva, o “Jessie’s Critter Carrousel” e o “Señor Buzz Churros” de “Toy Story”, a “Incredicoaster” dos Incríveis, onde também está o estande de biscoitos do Zezé, perto do carrinho que vende os sorvetes que você só encontra nos parques do Valdisnei, da orelhas do Me Queimou Zé até  a “frozen banana”... Ops!!!... Aqui começa a anoitecer, ressaltando a beleza do píer de San Fransokio, o yakisoba continuava com fila, que coisa, não, a iluminação destacava a pista de corrida e a torre de pneus de “Carros”, minha mãe faz foto com a Romi Isetta que parece Minion, que não é o outro senão Guido, o ajudante de Luigi, a noite e as luzes tornam mais atrativa a atração dos Guardiões da Galáxia, entretanto, majestosos mesmos são os bondes, tanto o vermelho quanto o vermelho com faixa na frente brilham durante o seu percurso, também ficamos de olho nas lojas do Hollywood Boulevard, interessados em algum livro sobre os 100 anos do estúdio, esta não, é quase que só artigos natalinos, normalmente eles estão na maior loja da “main street” dos parques, aqui a Elias & Co, que é o nome do meu avô paterno e o nome do meio de Valdisnei, onde enfim encontrei a obra de capa prateada que traz toda a trajetória da produtora, além de um livro com ensaios biográficos a respeito do próprio Valdisnei, dispensando um volume de 100 dólares da National Geographic, que entrou há pouco no grupo e já quer sentar na janelinha, achei o volume de mostruário, bastante folheado, desconjuntado demais, e pedi ao caixa, Harry Kane, quer dizer, Rock James, que me trouxesse um volume embalado, “no plástico”, como dizem do Brasil, ele pegou um livro no depósito, mas entendeu que era para embrulhar, chamando a experiente Beth, uma fã do Me Queimou Zé que faz o pacote na força da TOC, agora podemos deixar o parque, o pórtico virou um camelódromo, a moça das raspadinhas tem a companhia do rapaz das araras, que oferece as aves para fotos, como o cara da cobra na região da Quinta da Boa Vista, no Rio, tudo por um preço módico, obviamente, igual ao sujeito que oferece água mineral por um dólar a garrafinha, o equivalente a cinco reais, mais barato que em Cumbica... Atravessamos o Harbor Boulevard, vimos um restaurante iHop, a mãe ficou interessada no Danny’s, porém optei pelo “casual dining” do Tony Roma’s, num ambiente que mescla Olive Garden e Outback, futebol universitário estadunidense na telinha, o sobrenome do ganhador do desafio do Dr. Pepper no intervalo é Campuzano, o garçom algo parecido com o Martin Sheen foi logo tirando o pedido de uma Coca Zero, por um instante pensei que não fosse refil, porque a maioria das pessoas nas mesas ao redor estavam tomando água, aí lembrei que no esquema do “tap or bottle”, quem opta pela água de torneira não paga nada e é servido por uma jarra com gelo, questão de economia, falando nisso, minha mãe comeu a salada Cesar, porém achou grande demais e preferiu pedir para embalar o salmão com arroz para viagem, o “couvert”, pão de leite com manteiga, era substancioso, a gente deixou pela sopinha de batata com bacon, incrementada pelo molho barbecue A1, e uma carne com batata recheada e aspargos, que comemos e não ficamos colocando no nariz para imitar o Jim Carrey, tudo isso por 80 dólares, mesma faixa de preço do Outback, a mãe teve mais uma chance de usar o dinheiro que trouxe do Brasil, afora os lenços umedecidos de cortesia, e o Uber do Asraf nos pegou no hotel ao lado e deixou-nos em frente a escada no Solara Inn e Suites, em mais um dia que os trabalhos encerraram-se 19h20, as compras no Liquor ou no Walmart ficam para amanhã...



















































E com essa cara de Quico se deliciando com os churros, Buzz Lighyear nunca dirá que Dona Florinda é ridícula...


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