segunda-feira, 4 de maio de 2020

Lançadas Sabem Porque Estiveram no Maracanã em 2013...

Em 2013, gol de Fred no começo do segundo tempo selou a última grande vitória da Seleção Brasileira...

















































Isso a gente sabe porque esteve lá - e reapresenta a foto, da mesma forma que a Globo reprisou a partida...

















































Capa do Site – “Entenda porque o Timão ainda não publicou o seu balanço financeiro”.  Driblando a Lei Edson (OG) com a pandemia, digo... Alis, por falar em isolamento social,  “Cássio vai ao CT do Timão para buscar carro antigo que fica no local”. Arruma a mala aê, arruma a mala aê, arruma a mala aê, a Rural vai arribar, monstrão... No caso do Menguinho, as notícias não são tão boas... “Massagista do Menguinho desde 1980, Jorginho morre vítima da covid-19”. Valeu... Tristeza também no Vice... “Autor de livro sobre o Bacalhau e jingle que embalou a Copa de 1994, Aldir Blanc morre aos 73 anos”. “A Cruz do Bacalhau” e “Coração Verde Amarelo”, esta em parceria com o também saudoso Tavito... Então é por isso que Januário de Oliveira falava “Tá lá um corpo estendido no chão”, frase mencionada na letra de  “De Frente pro Crime”, que Blanc compôs com João Bosco, o próprio...  Sem contar a perda do corinthiano Flávio Migliaccio, vide Naldinho de “Boleiros”, esta obra-prima pouco lembrada do cinema brasileiro, com um elenco estelar que ia de Adriano Stuart a André Bicudo e de João Acaiabe a Rogério Cardoso, ator que sabia como ninguém viver em cena a resignação do homem comum – ou seja, era o George Sauma de sua geração – e que como diretor, além da saga cinematográfica do Tio Maneco, dirigiu “Os Trapalhões na Terra dos Monstros”...  Isso sem contar o Xerife da novela “O Primeiro Amor”, depois protagonista do “spin-off” “Shazam, Xerife e Cia”, Paulo José, o Seu Moreiras, pai da Nicinha de “Rainha da Sucata”, Marisa Orth, o Chalita de “Tapas e Beijos”, Pancada...  Alis, por falar em boas lembranças, a Globo exibiu no último domingo a decisão da Copa das Confederações da FIFA ™ de 2013, quando o Brasil venceu a Espanha por 3 a 0, gols de Fred (2/1º), Neymar (OG, 44/1º) e Fred (2/2º)... O narrador Galvão Bueno, novamente convidado para recordar a transmissão que fez na época, acreditou que a partida foi a última grande exibição da Seleção Brasileira... Faz sentido... O técnico e boa parte dos jogadores em campo eram os mesmos que, pouco mais de um ano depois, perderiam de 7 a 1 para a Alemanha no Mineirão...  Não no caso de Neymar (OG), vide Zuñiga, porém a reprise da partida demonstra que o camisa 10 do Brasil, assim como o goleiro Júlio César, o zagueiro David Luiz, o meia Oscar e o atacante Fred, esgotaram o melhor de seu futebol na Copa das Confederações e deram vexame na Copa do Mundo... E isso nós sabemos porque estivemos lá no Maracanã... Naquele domingo nublado de junho, desembarcamos no Galeão, gastamos uma nota de táxi para comparecer a Copacabana, onde retiramos o ingresso (uma cortesia comprada no paralelo...), pegamos o metrô no corte do Cantagalo até a região da Rua Afonso Pena, na Tijuca, vide praça Castilhos França, tomada por policiais prontos para reprimir protestos, fizemos uma parada na região da Praça da Bandeira para um pão com salsicha com o Pancada, enquanto víamos a decisão do terceiro lugar, e para garantir o comparecimento no estádio, voltamos a tomar o metrô na Afonso Pena para fazer baldeação na Central e chegar a estação Maracanã, desviando dos policiais e dos torcedores fantasiados para chegarmos ao nosso assento e se juntar à trollagem em massa ao solitário torcedor de camisa da Espanha que estava ali perto... A reapresentação do jogo, ancorada por Luiz Roberto de Múcio e Roger Chinelinho, com participações de Galvão, Júlio César e Thiago Silva, incluiu o hino nacional brasileiro cantado a capela... Um desses fenômenos inexplicáveis como tudo o que cerca o contexto das jornadas de junho, acontecidas em meio à competição, que nos conduziram ao desgoverno atual... Ops!!!...



A Seleção Brasileira começou ligeira... Uma bola recuada para o goleiro Júlio César... Um lançamento para Hulk que estava em posição ilegal... Gol de Fred!!!... David Luiz lançou Hulk, que inverteu para Neymar (OG), pressionado por Arbeloa e Sérgio Ramos... Fred estava por perto, entre os dois espanhóis e o goleiro Casillas, e mesmo caído no gramado, marcou o primeiro gol do Brasil... Jogada que demonstra o plano tático de Felipão no jogo... Lançamentos longos da defesa para o ataque... De modo a escapar do congestionamento do meio-campo promovido pelo time de Vicente Del Bosque... Também para que os homens de frente mantenham os espanhóis em seu campo de defesa e não fiquem com aqueles toques na intermediária para segurar a bola a espera de uma brecha na defesa brasileira... O famoso “tiki taka”...  O gol serviu de senha para a torcida no Maracanã gritar pela primeira vez o refrão “O campeão voltou” – que cinco anos depois degenerou para “O capitão voltou”... Depois de Marcelo cruzar para Casillas, Paulinho tomou a bola de Iniesta e chutou de longe, tentando encobrir o goleiro espanhol... Alis, a lembrança mais viva desse jogo é que o camisa 6 da Espanha não conseguiu jogar... Cada vez que conseguia pegar na bola era cercado por três ou quatro brasileiros fazendo marcação cerrada...  Qualquer semelhança com o que a Itália fez quando enfrentou o Brasil na final de 1994 é mera coincidência, Parreira, que era auxiliar de Felipão em 2013... Embora não haja necessidade de comparar Iniesta com Zinho... Ops!!!...  Os espanhóis também não estavam conscientes que cobrar escanteio curto é inviável... Até porque no contra-ataque, Neymar (OG) ia sozinho e foi parado com falta no circulo central cometida por Arbeloa, vide bate-boca  dos jogadores de ambas as duas equipes com o árbitro holandês Bjorn Kuipers... Quando Mata lançou para Júlio César, o Brasil ainda contabilizava 56% da posse de bola, e Galvão acreditou que os gritos de “O campeão voltou” faziam sentido... Então é por isso que Iniesta cansou da marcação, chutou de longe, o goleiro do Brasil mandou para escanteio, e na cobrança, Fernando Torres cabeceou por cima do gol, na primeira vez que os espanhóis realmente tiveram chance de marcar, professor...  Porque até Oscar estava rendendo, vide falta em Ramos, o que rendeu um elogio à marcação brasileira de Walter  Casagrande Júnior... A Espanha recua mais uma bola para Casillas e quando Iniesta tenta sair para o jogo, é cercado por Luiz Gustavo e sofre falta... Uma rotina no jogo, como dissemos antes...  Ramos cobrou da intermediária – e conseguiu um tiro de meta... O outro comentarista global, Ronaldo Nazário de Lima, incentivava Neymar (OG) e cavar a expulsão de seu marcador, Arbeloa...  Melhor Dani Alves dar outro passe longo e Fred bater cruzado, para fora...  Dentro de campo, a tensão estava no ar – nós dissemos tensão... Esperando pelo lançamento que não chegava, Torres partiu para o cai-cai em cima de David Luiz... Hulk fez o mesmo no ataque brasileiro... Fred promete pegar Oscar se tentar parar Iniesta com falta...  Hulk toma a bola na defesa, arranca, toca de letra para Oscar, Ramos comete falta... A cobrança acontece depois do juiz fazer o deixa-disso da discussão entre os jogadores... Hulk apenas rola a bola para Neymar (OG), que chuta forte – e por cima do gol... Menos marcado, Xavi, o outro cérebro do meio-campo espanhol,  cobra falta rápido e o capitão Thiago Silva faz falta em Ramos...  O próprio Xavi cobrou e conseguiu escanteio... Incansável, o camisa 8 da Espanha cobra e Fred usa a cabeça para tirar a bola da área... Neymar (OG) puxa o contra-ataque e Fred chuta nos pés de Casillas... Na cobrança de escanteio, o próprio camisa 9 do Brasil subiu mais alto e cabeceou para fora...  Para não deixar a Espanha ficar com a bola, o Brasil não abre mão de recuar a bola para seu goleiro, mas Hulk cruzar na mão de Casillas já é exagero... Quando Thiago Silva toma a bola de Jordi Alba, era apenas a primeira vez que a Espanha conseguia fazer “tiki-taka” na intermediária... E ainda tomou contra-ataque do Brasil, com Neymar (OG) sendo parado por Arbeloa... A Seleção de Felipão já estava a frente na posse de bola – 59% - e enquanto Torres sofria falta no círculo central, Galvão pedia um golzinho no final do primeiro tempo... Só não disse de quem, porque Mata veio no contragolpe, virou para Pedro, que passou por Júlio César e chutou para o gol vazio, porém David Luiz tirou a bola em cima da linha... Agradecida, a torcida que compareceu ao Maracanã saudou o Sideshow Bob brasileiro com gritos de “David Luiz!!!”... Após Fred cruzar outra bola para Casillas, David Luiz afastou mais uma da área brasileira... Oscar avança, toca para Neymar (OG), Oscar recebe de volta, limpa a marcação e deixa Neymar (OG) cara a cara com Casillas, que é fuzilado... Com o segundo gol do Brasil, a torcida retoma o “campeão voltou” e dedica um “olê olê olê olá” a Neymar (OG)...



Depois dos dois minutos de acréscimos, no Show do Intervalo, o âncora da transmissão global lembra a Galvão que Fred perdeu a Bola de Ouro da Copa das Confederações da FIFA  ™ no terceiro critério de desempate – tempo total em campo – e que o espanhol teve a sorte de enfrentar o Taiti, quando marcou seus cinco gols na competição... Restou a Fred ser convocado para falar dos gols feios que marcou durante o torneio... A gente preferia Jô, mas, enfim... A versão dos vencidos chega com Xavi, que abre a discussão lembrando que a Espanha vinha de uma decisão por pênaltis contra a Itália na semifinal... Da mesma forma, considera que a marcação homem a homem do Brasil pesou, inclusive na expulsão de Piqué... O goleiro Júlio César também dá o seu depoimento, porém o âncora da Globo e Roger parecem mais interessados em saber se o filho do goleiro, Cauet, puxou a beleza da mãe... Ops!!!... Falaram da cambalhota na volta olímpica dada pelo herdeiro de Suzana Werner – ao som de “A Little Less Conversation” remixada, Elvis, a gente sabe porque esteve lá,  porém ela não apareceu na transmissão... Que coisa, não... 



No segundo tempo, o técnico da Espanha sacou Arbeloa e colocou a rua da região da Vila Madalena, quer dizer, Aspilicuelta... Que de tão empenhado na marcação de Neymar (OG) é denunciado por Ronaldo devido à briga com o jogador então recém contratado pelo Barça... Nem percebeu que David Luiz virou a bola, Neymar deixou passar e Fred chutou rasteiro, marcando o terceiro gol do Brasil...  A comemoração foi tão perto da gente, junto à bandeirinha de escanteio, que Fred poderia fazer jus à fama e pegar geral... Ops!!!... Ao já consagrado “O campeão voltou” começa o “Olé” da torcida brasileira... Vicente Del Bosque, para reverter a situação, tira Mata – que estava morto em campo – e coloca Jesus Navas – para ver se dava uma luz a equipe espanhola... Pelo menos ele, ao comparecer na área pela primeira vez, sofreu pênalti de Marcelo, o eterno “homem-bomba” da Seleção Brasileira...  Pena que Ramos ao cobrar forçando a cavadinha, fez a bola dar uma desviada de leve na trave e ir para fora... Os torcedores vão de “É, Júlio César!!!” e tem início a fase do ataque contra defesa – claro que o Brasil conseguiu um contra-ataque, mas a arbitragem marcou impedimento... Melhor sorte teve David Luiz com outro lançamento longo, porém Piqué se antecipou a Neymar (OG) e tocou para Casillas... Mais avançado, Iniesta clareou a jogada e chutou em cima de Júlio César... Visando aumentar a pressão, o técnico espanhol saca Torres – freguês do Timão em 2012 – e coloca David Villa...  Hulk tentou o gol de cobertura, porém quem esmaga muito é Júlio César, que manda a bola de Villa para escanteio e defende a cabeçada do próprio camisa 7... Que ficou tempo demais no banco, digo... A tribuna de honra é focalizada e lá estão os presidentes da FIFA, Joseph Blatter, e da  CBF, José Maria Marin... A presidenta Dilma Rousseff, depois da vaia que tomou no jogo de abertura do torneio em Brasília, acuada pela esfinge das jornadas de junho, não compareceu ao Maracanã... Faz sentido, porque o governador fluminense, Sérgio Cabral, outro alvo dos protestos, fez a PM trabalhar forte contra os manifestantes, vide cavalaria, caveirão e a nuvem de gás lacrimogêneo que ia do Maracanã até a região da Praça da Bandeira, vide trilha de tapumes colocados por quem chora pelas vidraças de bancos, digo... Ainda assim, houve quem protestasse contra Cláudio Cavalcanti por sua atuação na Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais da prefeitura do Rio... Ops!!!...  No campo, é a vez de Dani Alves dar bronca em Oscar, a torcida gritar “Olé” para o Brasil e Marcelo bater cruzado, na rede pelo lado de fora, sem que o público desanime, vide coro de “Brasil!!! Brasil!!! Brasil!!!”... Ainda não tinha aquela chateação de “Eu sou brasileiro”, digo...  Neymar (OG) lança e Hulk não chega, Iniesta cruza para Júlio César, Villa isola a bola e a massa no Maracanã vai de “Ô ÔÔÔ ÔÔ ÔÔÔ ÔÔ ÔÔÔ,Brasil”...  Neymar  (OG) parte no contra-ataque e antes que pudesse lançar Fred, é derrubado por Piqué... Que é expulso, vide Shakira inconsolável na torcida... Ou seria pelas músicas pouco lisonjeiras que ironizavam seu relacionamento com o camisa 3 da Espanha???... Depois do entrevero habitual com o árbitro, o próprio menino Ney (OG) cobrou a falta, mandando a bola por cima do gol, dois dedos acima da trave... Se fosse a cabeça do Piqué, pegaria... Ops!!!... David Luiz tira da área a bola alçada por Xavi na cobrança de escanteio, a galera das arquibancadas canta o hino nacional brasileiro – a modinha da capela surgiu naquela competição, inspirada no comportamento da seleção mexicana – e Tino Marcos informa que Felipão faz sua primeira substituição, com Hulk dando... Lugar a Jadson, que ainda jogava no Bambi – só compareceria no Timão depois da troca com Patolino...  Pedro faz falta em Neymar (OG), segue o “Olé!!!”, os gritos de “É campeão”, as bolas tiradas da área por David Luiz, Dani lançando Fred – Ramos se antecipou – e Jadson – estava impedido... Galvão repara que a torcida volta a cantar o hino brasileiro – mal sabia ele que essa apropriação dos símbolos nacionais pelos torcedores de camisa da CBF viraria um problema nos anos seguintes – e ainda lembra do clássico “Tá chegando a hora”...  Mais um contra-ataque de Neymar (OG), que mesmo com dois na marcação, arrematou e Casillas segurou... Tiago Silva coloca Villa no chão e Jô – que sempre pedimos a Copa inteira, Galvão, mesmo que o ex-corinthiano jogasse no Galo naquela ocasião – substitui Fred... Vai que ele consegue  fazer quatro gols e se isola na artilharia, digo... De que adianta a Espanha ter 57% da posse de bola se Villa conclui, Júlio César manda para escanteio e o camisa 7 espanhol cabeceia para fora na sequência – e Jô ainda chuta rasteiro, de longe, bola afastada pelo goleiro e recuperada por Ramos... O próprio Jô se junta ao esforço de tirar os lançamentos espanhóis da área, Paulinho sofre falta de Villa, e quando Navas inverte a jogada para Vila, Júlio César mete a ponte e a torcida volta a dizer “Ah, é Júlio César!!!”... Paulinho, que jogou no sacrifício, gripado, é substituído por Hernanes, sem que haja mudanças significativas no estilo de jogo do Brasil, vide Dani e Jadson cercando Iniesta, mais uma defesaça de Júlio César e outra sessão de “Ole!!!” e “É campeão!!!”... Só nos dois minutos de acréscimo o locutor da Globo descobriu que o Brasil não parou de marcar... No momento em que a bola passava por Dani, Oscar e Hernanes, e este último tomou falta, o juiz holandês apitou o fim do jogo e Galvão pode repetir mais uma vez o seu “Acabou!!!... Acabou!!! ... É Tetra!!!... É Tetra!!!... É Tetra!!!”... Seguem-se as cenas de comemoração dos jogadores e da comissão técnica no gramado e Thiago Silva erguendo a taça entregue por Blatter... Que teve muitas dores de cabeça com a competição no Brasil – fez por merecer, é bom que se diga – mas não tantas quanto os torcedores que compareceram ao estádio... Então é por isso que nas lembranças das pessoas que sabem porque estiveram lá, ainda ecoa o aviso do sistema de alto-falantes do Maracanã sobre o Metrô... “A estação São Francisco Xavier está fechada!!!”... Muitas delas estavam no meio daquela muvuca na passarela de acesso à estação Maracanã, onde o secretário estadual de transportes na época, Carlos Roberto Osório, supervisionava a movimentação dos torcedores que passavam pelas catracas sem pagar, porque esse papo de 20 centavos já tinha dado problema demais... Ops!!!... Claro que era melhor ir embora a pé, Pancada, principalmente para quem ainda tinha esperança de pegar o final do “Programa Silvio Santos”, plano ligeiramente prejudicado pelo fato da partida ser realizada às 19 horas, mas, enfim...  























Reprise da transmissão da Globo mostrou o momento em que o capitão Thiago Silva ergueu a taça... 





















































Até falaram da volta olímpica com filho de Júlio César, mas ela não foi mostrada... Fica então o nosso registro...

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