quarta-feira, 23 de outubro de 2019

É Flórida: Pegando Condução em Orlando e Região...

Um companheiro de viagem constante e fiel... Este era o ônibus que fazia o "shuttle" para os parques...











(Publicado originalmente em 16 de dezembro de 2016...) O companheiro mais constante e fiel da viagem a Orlando foi o ônibus do shuttle que fazia o translado entre os hotéis e os parques temáticos da cidade... No caso do Howard Johnson Express Inn Lakefront Park, na região de  Kissimmee, vizinha a Celebration, onde ficam os parques da Disney, o ônibus partia do hotel pontualmente às 7h10 da manhã... Faz sentido, pois a maior parte dos parques abre às 9 horas da manhã... A não ser que o visitante fique em Epcot, que é ponto final de todos os serviços de “shuttle” com destino ao complexo de Valdisnei, irá chegar aos outros parques perto das 9 horas, seja no caso dos ônibus da Valdisnei Transport ou prosseguindo no “shuttle” até o Sea World ou os parques da Universal... Acontece que o café da manhã do hotel começa  às 7 horas... Isso quer dizer que a pessoa tem de estar posicionado antes da abertura na porta do salão de refeições, no caso do Howard Johnson instalado em um antigo quarto adaptado,  driblar a fila de colombianos ávidos por tomar café, pegar um ou dois “muffins”, tomar um copo de suco de maçã (vide música “Burguesinha”, Seu Jorge...), passar os olhos pelo noticiário matinal da televisão – se o aparelho estiver sintonizado no The Wheater Channel, dá para saber o percentual de chances de chover durante o dia – e correr para a frente do hotel, passando ligeiro na recepção para pegar o “USA Today” do dia... Nessa altura, por volta de 7h05, o ônibus do “shuttle” acaba de chegar e seu motorista, um amigo do internauta Pedro Henrique, dirige-se ao lobby do hotel... Seu nome está em um cartaz dentro do veículo, o qual também informa que ele se apetece muito com gorjetas... Outro cartaz, escrito à mão e afixado numa das janelas, informa o número de inscrição do carro no Departamento de Transportes dos Estados Unidos... O ônibus, de cor ocre, pertencia à frota da empresa Lynx, que opera as linhas urbanas da região de Orlando, o que pode ser percebido nos vestígios do logotipo da empresa – a pata de um lince – na frente e na lateral... A marca ainda está presente nos assentos do ônibus, que possui ar-condicionado, embora faça calor no fundo, devido ao motor traseiro... Depois de perguntar aos passageiros, nunca mais do que dois ou três, o seu destino – Epcot, Sea World ou Universal, o “shuttle” das 10h45 vai só para Epcot – o motorista coloca o veículo em movimento na West 192, na direção do centro de Kissimmee... Em uma semana de viagem, o panorama visto das janelas torna-se bastante familiar... Um condomínio de casas abandonado, efeito da crise de 2008... O Capone’s ... Que é um jantar do tipo “All You Can Eat” com show inspirado no apogeu do gangsterismo em Chicago na década de 1930... O parque natural Shingle Creek – o riacho que lhe dá o nome passa sobre a 192 West... O Medieval Times, idem ao Capone’s, só que ambientado na Idade Média...  O hotel Gator Inn, com piscina em frente aos quartos, igualzinho a alguns hotéis na região de Ubatuba...  A primeira parada é no hotel Ramada...  Normalmente, a ida do motorista até a recepção é em vão, porém desta vez teremos a companhia de um casal de chineses, de meia-idade... Deveria haver mais gente da China nos parques, a Disneylândia de Xangai funcionou mais do que o Parque Xangai, digo... O ônibus manobra para voltar pelo lado oposto da estrada, sem esquecer das paradas em hotéis previstas no roteiro... A primeira é no Oak Plantation – “Plantação de Carvalho”, vide a saudosa Oak Tree em São Paulo, com um tentador Cici’s Pizza nas proximidades... Este é mais afastado da 192 West... Em uma semana de “shuttle”, nenhum hóspede desse  hotel comparece no ônibus... Mas se está no contrato, a empresa vai ganhar do mesmo jeito... A próxima parada é no Howard Johnson Express Inn Parkside,  localizado no lado oposto ao parque Shingle Creek, também a uma certa distância da estrada... Porém muito perto de uma lanchonete Steak N’ Shake, que prometia “All Meals Under $4” e cujo nome era pronunciado de forma maliciosa pelo motorista... De fato, devia ser muito bom e barato, pois sempre subiam no carro duas colombianas com uma enorme embalagem de isopor, contendo seu “café da manhã”... Sempre na base do “Hoy hay pollo” – diga “pojo” senão a comunidade latina da região de Orlando não vai entender... A porta de trás abre com dificuldade e o próprio motorista confere o problema... Melhor não abri-la durante o trajeto, conclui...  No caminho, o “shuttle” passa pelo Motel Pub – decoração trabalhando forte na bandeira do Reino Unido – a igreja Nación de Fé e o restaurante Indian Palace... A parada agora é na beira da estrada, no Econolodge... No qual o motorista costumava servir-se de um cafezinho...  O hotel estava ao lado de um conjunto com uma loja Dollar Tree, a preferida dos brasileiros para comprar muito por pouco dinheiro e a Nike Clearance Store... Saldos de balanço... Seguindo a viagem, outro saldão, da Converse, o Ocean View RV Park – Jambalaya??? – e um Sam’s Club, com filiais do Applebee’s e do Dennys... Fast food... Um pouco antes do 123 Dollar, que fica do lado oposto do Howard Johnson Express Inn Lakefront Park, o ônibus esbarra em um carro e o motorista, para não ter que parar e prestar esclarecimentos, simplesmente diz dois “D’Oh!!!”, como se fosse o Homer Simpson... 














No caminho para Epcot, uma das paradas era no hotel ao lado do inconfundível Orange World...












































O “shuttle” prossegue seu itinerário, passando pelo conjunto Ponciana Place, e após a 585, Taco Bell, Pizza Hut e o Howard Johnson Express Inn Enchanted Land... Onde está localizado o restaurante Chutney... Especializado em culinária vietnamita, porém... “We Serve American Breakfast”... Retornando à 192 West, passam pela janela uma loja de “Gifts” e os restaurantes Arby’s, Popeye’s , Olive Garden e Cici’s Pizza, todos situados numa marginal da estrada...Mais adiante, o Helitours – passeios de helicóptero a 15 dólares, fora impostos – e o Camping World, vide completo sortimento de motorhomes... Na sequência, um “Gift Shop” com um grande mago na fachada, um Oriental Buffet – outro “All You Can Eat” – e outra transversal da estrada, para chegar no Econolodge “Caminho da Escola”... O apelido se deve ao fato do hotel ficar bem em frente a entrada de um condomínio residencial, onde durante a semana as crianças esperavam pelo ônibus que as levaria até a escola, logo... Apesar do entorno movimento, esse era outra parada sem passageiros do roteiro... Situação oposta a que acontecia no Travelodge Suites, na 192 West... Mais conhecido como “Laranjão” – pois ficava ao lado de uma imensa meia-laranja, quer dizer, do “The Orange Shop” – e de uma filial do The Waffle House... Aqui, era comum embarcarem 6, 10, 12 pessoas, famílias inteiras... Deve ter uma tarifa mais em conta... O fato é que o motorista sempre garantia aqui e no Knights Inn o faturamento do dia... O panorama da estrada continuava variado... Mexican Grille, The Rock Chruch – Dwayne Johnson trabalhando forte, Holiday Inn, Helitours, outdoors do Machine Gun America... Donald Trump curtiu isso... Mais uma parada na beira da  192 West, no Rodeway Inn, perto de outro The Waffle House e de uma loja de “Gifts For Less”, nome grafado na mesma fonte da assinatura de Valdisnei... O mesmo estilo, prédios baixos, de um ou dois andares... Em geral, a entrada dos quartos fica bem diante da respectiva vaga de estacionamento... “Motor Hotel”, daí surgiu a palavra “Motel”... Para quem não tem carro, há que se notar a forte presença de marcas coreanas e japonesas... Os estadunidenses só mantém a supremacia em picapes e SUVs... O ônibus retoma o caminho, passando pelo restaurante Ponderosa (vide fazenda da série “Bonanza”...), a loja Bargain World, o restaurante Pacino’s (culinária italiana...), uma loja de “gifts” (aquelas que prometem camisetas Valdisnei por 5 dólares, ou canecas por 99 cents...) com Elvis Presley e Marilyn Monroe – sem as dançarinas – na fachada, o Machine Gun America, a loja Visitors Flea Market (gifts, gifts, gifts...), outro Dennys... A New Balance Clearance, devido ao apoio da marca de calçados a Donald Trump, sempre provocava risos um tanto quanto nervosos entre os passageiros estadunidenses no ônibus...  Luxury City, Walgreens, restaurante Boston Lobster Feast, hotel Fairfield Marriott, Nike Factory Store, conjunto comercial The Parkway, viaduto... Chegamos a última parada de quem desembarcava em Epcot – em apenas uma ocasião, em que o tour dos hotéis foi feito em uma van, os passageiros tiveram de fazer uma “baldeação” e tomar o ônibus no hotel Radisson - o hotel Knights Inn... Sempre com muita gente embarcando e aquela janela na entrada que foi substituída por um singelo plástico... No final de semana, colocaram a janela nova, porém sem retirar a embalagem... Depois de outras duas lojas de “gifts” – com sereia e águia careca na fachada  - o motorista entrava na Sherbert Road e depois na estrada de acesso aos parques de Valdisnei...  Uma hora depois, o ônibus chega à plataforma 43 do terminal de Epcot... Ao qual retornará em dois horários – 19h10 e 22h35 – para levar todos os passageiros de volta aos respectivos hotéis... Nessas ocasiões, o veículo e o motorista costumam ser diferentes... Em geral, de ascendência latina... Estes, além de perguntarem o destino dos passageiros, também pediam o papel entregue na recepção do hotel com os horários e as condições do serviço do "shuttle"... Um papel perdido no terminal mostra que outras empresas, que atendem a outros hotéis, têm mais horários disponíveis... No caso da empresa que atende os hoteis de Kissimmee, o ônibus não muda, é sempre um ex-Lynx com transmissão automática... Quem vai para o Sea World ou os parques da Universal terá que enfrentar mais uma hora na estrada... O carro deixa a região de Celebration rumo e passa por mais quatro hotéis, todos de grandes redes, um pouco mais qualificados que os de Kissimmee, três deles em um mesmo condomínio... Vide garota com chapéu “atrevidamente exótico”, típico da década de 1930... Parece a Dona, digo...  A chegada na plataforma 71 do terminal da Universal e os ônibus adesivados com imagens dos Minions ou do Shrek são uma visão animadora... Aqui o “shuttle” passava mais cedo na volta, às 18h50... Como o mesmo veículo tem que estar em Epcot às 19h10, o caminho de volta é  providencialmente mais curto, às vezes com as luzes internas apagadas... O retorno ao Howard Johnson Express Inn Lakefront Park acontecia por volta de 19h50, sendo quase sempre a última parada, já que os hotéis mais próximos do centro de Kissimmee costumavam ter baixo comparecimento de passageiros... Quanto ao amigo do internauta Pedro Henrique, no dia que ia receber a gorjeta, era outro motorista que conduzia o ônibus...











Até nos ônibus de linha da empresa Lynx os celulares Samsung estão bombando em Orlando, digo...













































A viagem do hotel para o Aeroporto Internacional de Orlando foi feita nos ônibus de linha da Lynx... O site da empresa tem todas as informações sobre itinerários... No caso do hóspede do Howard Johnson Express Inn Lakefront Park, localizado na estrada 192 West Ilo Bronson Memorial Highway, ele precisa comparecer ao ponto de ônibus Flemming’s Road, alguns metros à frente da entrada principal do hotel... São 8 horas da manhã, e o voo de volta para o Brasil está programado para às 18h45... Tempo de sobra, caso haja algum imprevisto... Ali é preciso tomar o ônibus da linha 56, que vem do Magic Kingdom da Valdisnei World, até o Terminal Intermodal de Kissimmee, no qual sai o ônibus 407, que vai até o aeroporto... O carro não demora, tem suporte para bicicletas na frente e ar-condicionado no interior... Veículo novo, e os negros não sentam mais apenas nos bancos dos fundos... Vide mulher de turbante africano... Não há roleta, apenas uma máquina para depositar o valor da passagem em moedas... A passagem custa 2 dólares, mas é possível pedir ao motorista um passe de um dia, que permite um número ilimitado de viagens, por 4,50 dólares... Atrás do assento do motorista, há folhetos com os itinerários das linhas da Lynx e um aviso especificando que é proibindo usar o telefone celular Samsung Galaxy 7 dentro dos veículos e nas instalações da empresa...  O caminho pela West 192 é conhecido até o hotel Ramada Inn... Um garoto que vai para a escola é levado pela avó... “Up there, up there!!!”, diz ele, querendo sentar nos lugares mais altos no fundo do ônibus... Pedido não atendido – por ser idosa, a avó tem que descer pela porta da frente -  o menino começa a chorar, sendo confortado por outra passageira...  Melhor sorte tem um garoto latino que passa pelo corredor gritando... “Arriba!!! Arriba!!!”... O ônibus entra em uma rua transversal à estrada, e em meio à casas de madeira e revendas de automóveis com bandeiras estadunidenses por toda a parte – apesar da maior parte dos carros à venda serem asiáticos – e depois de cruzar a linha de trem da Amtrak,  chega ao terminal de Kissimmee... Que é “intermodal” porque está a apenas alguns passos da estação de trem de Kissimmee, toda em madeira... Passa das 8h30 e uma consulta ao folheto da Lynx demonstra que o ônibus 407, que passa pelo aeroporto, só opera nas horas-pico... Agora, só 12h30... O tempo está esquentando e, para não ficar esperando muito tempo no terminal, o jeito é pegar o ônibus 411, que vai para o terminal da Lynx no centro de Orlando... Ao ser perguntando se havia alguma linha para o aeroporto saindo do terminal, o motorista avisa que só é preciso descer no Florida Mall e pegar os ônibus 42 ou 111... Excelente sugestão... Rumo ao fundo do ônibus... Aqui dá para deixar a mala atrás do banco...  A região central de Kissimmee fica para trás – um salão de beleza oferece apliques para cabelo feitos no Brasil – e a viagem é feita em estrada até o shopping Florida Mall... Que é uma “Superstop”... Quer dizer, uma Estação de Transferência, com pontos de passagem e inicial de várias linhas... Vide 107, que tem “SoNoL” na frota, avulso em frente ao ponto enquanto a motorista vai descansar embaixo de uma árvore do outro lado da rua...  O 42 chega exatamente às 9h42, conforme indicado no folheto da Lynx... Está vazio, como estavam os dois outros ônibus usados no percurso... No fundo, apenas uma funcionária de uma empresa aérea... Em 20 minutos, o veículo estaciona na plataforma do terminal do aeroporto... Duas horas depois do início da viagem em Kissimmee... Tempo de sobra para conversar com os brasileiros repletos de malas que ficaram em um hotel da International Drive, com waffles em calda no café, mas que se resolverem morar em Orlando depois da aposentadoria, nem que seja para vender pão-de-queijo, com certeza utilizarão os ônibus da Lynx... Para quem veio sozinho, levando uma singela mala de 10 quilos – que poderia ir no bagageiro acima dos assentos da avioneta, única opção para não pagar franquia se as novas regras da ANAC entrarem em vigor – a opção pelo transporte coletivo nos Estados Unidos já é uma realidade... Inclusive, a Lynx tem um programa de visitas à garagem da empresa... Seguramente uma das maiores atrações de uma cidade repleta de atrativos... 















Na "Superstop" (estação de transferência) do Florida Mall, um "SoNoL" da Lynx com suporte para bicicletas na frente...

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