quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Na semana dos 37 anos do SBT, relendo o livro dos 35 anos (II)...

Um dos pontos altos do livo é mencionar a maior "mosca branca" do humor do SBT, o "Maria Tereza Especial"...








































































A contratação de Jô Soares é o marco de uma nova fase do SBT... Em busca das verbas publicitárias provenientes do alcance de um público mais qualificado, a emissora se proclamava na “liderança absoluta do segundo lugar”, Washington Olivetto, enquanto buscava alcançar e superar a primeira colocada em audiência, a Rede Globo... Silvio Santos acreditava que filmes e séries estadunidenses eram sua arma letal... Vide “Masada”, “Pássaros Feridos”, “Holocausto”... Também é preciso ressaltar a rivalidade entre “Miami Vice”, comprada à peso de ouro numa feira internacional, e “A Gata e O Rato”, adquirida pela Globo, no Troféu Imprensa – por três anos seguidos, Don Johnson levou a melhor sobre Bruce Willis... Na programação infantil, o investimento trouxe uma série de novos desenhos animados, “Pole Position” que o diga, Mestre... O selo “Pela 1ª Vez na TV” virou uma constante nas chamadas de filmes... Inclusive no caso de “Rambo – Programado para Matar”, programado em 1988 para concorrer com “Rambo II”, no mesmo dia e horário de sua exibição na Globo, Sylvester Stallone... As pretensões do SBT ficavam claras em suas vinhetas copiadas sem maiores receios das redes de televisão dos Estados Unidos... Vide as quatro versões de “Quem Procura Acha Aqui”, uma tradução do “Let’s All Be There” da temporada 1985 da NBC, Mário Lúcio de Freitas... As quatro versões da música que embalava as aparições do elenco da emissora estão no “Almanaque SBT 35 Anos”... Mas não sua inspiração estrangeira... Muito menos no caso de “Vem Que é Bom”, de 1990, adaptação do “Come to the best”, da CBS... Espelhar-se na modernidade de fora não significava o esquecimento da tradição daqui... O que é demonstrado pela estreia do humorístico “A Praça é Nossa”, em 7 de maio de 1987.... Sem mencionar que Carlos Alberto de Nóbrega, pouco mais de um mês antes, começara a apresentar na Band o “Praça Brasil”, de onde foi resgatado por um antigo amigo e sócio do pai – Silvio Santos... Vide batucada com colher no pires no primeiro programa... A lista de personagens tradicionais, para a alegria do internauta Pedro Henrique, é encabeçada por Canarinho... Pedrinho adoraria estar no lugar de Carlos Koppa... Que ele jamais imaginaria que se chamasse Aurélio... Também se aconselharia com seu “caro colega” mendigo, Borges de Barros – nosso colega de rede jamais aceitaria a versão com Jorge Loredo...  E gostaria de ter algumas aulas de percussão com o homem do bumbo, Lilico... Cuja saída de cena, em 1998, é o ponto inicial da transição da “Praça é Nossa” raiz para a “Praça é Nossa” Nutella... Nosso companheiro de web não saberia onde situar Jorge Lafond, a Vera Verão... Se for contracenando com Drica Lopes, é raiz, explica o Mestre... Se estiver acompanhado de Buiu, melhor ainda para o Pedrinho, que também se apetece com o candidato à prefeito de Diadema no quadro “Traduzindo”... Da mesma forma, considera digno de suas homenagens Beto Guarany, que sempre fazia perguntas instigantes ao “Mestrinho” no quadro do Profeta... E por falar no nosso internauta-mor, seus preferidos são o Lindeza – só a gravata, Rony Cócegas – Batoré – que “Velho Chico”, o que, o negócio é ser vereador em Mauá – e o Ex-Gay de Otávio Mendes, baseado em fatos reais, digo...  O internauta Chico Melancia prefere o Phipho – devido ao “bobão, babão, BUNDÃO!!!” de Edna Velho – e o Coronel Totonho – porque o personagem de Arnaud Rodrigues sabe como arrumar um jeito dela dar pra nóis... Ops!!!... Pancada sente saudades de Ronald Golias – especialmente quando o professor Bartolomeu Guimarães, em um programa especial ambientado no Brasil império, falou sobre a grande escassez de papel higiênico e Orival Pessini, seja como Patropi ou Juvenal,  e ainda lamenta a demissão de Moacyr Franco, “chiqui no urti” como Jeca Gay...  Do elenco feminino, exalta o charuto da Catifunda de Zilda Cardoso e o dom premonitório da Maria Santa de Silvia Massari quando dizia “Lá vem golpe!!!”...  Também ressalta que a Filomena de Gorete Milagres fez sua primeira aparição no SBT em um programa da “Praça” exibido no final de 1997... Quanto a Maria Tereza, mais do que a atuação como a fofoqueira Vamércia, seu grande momento da emissora foram as duas exibições do "Maria Tereza Especial", com as quais comemorou seus 40 anos de carreira em 20 de agosto e 25 de dezembro de 1992... Os dois programas são, ao lado de "SBT Palace Hotel", de 2002, a maior "mosca branca" da história do humor no SBT... Pois nunca foram reprisados, a exceção de algumas cenas mostradas por Gugu Liberato no "Domingo Legal" quando a humorista saiu de cena, em 1999... Como diria a Mãe Mundinha... "Quem furunfou, furunfou... Quem num furunfou, num furunfa mais, zifio"... E apesar das menções Paulinho Gogó e Nina, Maurício Manfrini e Marlei Cevada, ele se queixa de que Guto Franco só é citado pela personagem Guajarina... E o Sonaldinho???... E não adianta Marcius Melhem se vestir de Velha Surda para levar Carlos Alberto ao “Tem Que Dar”, na Globo... Quanto ao “Veja o Gordo”, que estreou em 1988 – nosso humorista e fornecedor de DVDs deixa por um tipo trazido pelo humorista da Globo, Zezinho, o Telespectador... E desde quando ele era português???... Aí tem mutreta, gordo!!!...  O fato é que o humorístico acabou em fevereiro de 1990... Quando Jô já havia realizado o seu sonho de ter um “talk-show” para chamar de seu – desde 16 de agosto de 1988 – o “Jô Soares Onze e Meia”... Pancada nem era nascido e o primeiro entrevistado do programa foi de seu inteiro agrado...  Marcelo Gastaldi, o legendário dublador do Chaves e do Charlie Brown – e não do Snoopy, Rixa... Alis, o livro coloca Espiridião Amin como primeiro entrevistado, que papo é esse???... A mais célebre entrevista do “Jô Onze e Meia”, afinal de contas, foi com Carlos Villagran – e seu dublador Nelson Machado – em 1996... A passagem de Jô Soares pelo SBT, que começou de forma polêmica – vide discurso contra a Globo no Troféu Imprensa em 1988 – terminou em 31 de dezembro de 1999... Ainda deu tempo para Jô reviver a Vovó Naná no “Em Nome do Amor”, Silvio Santos... Danilo Gentili, quando veio para o SBT, até pensou em batizar seu “talk-show” de “Jô Soares Onze e Meia”, mas deixou por “The Noite” para não sofrer com as mudanças de horário... O humorista só voltaria a por os pés no SBT ano passado, com o fim do “Programa do Jô” na Globo após 16 anos no ar, no “Troféu Imprensa” ano passado... Sem discursos dessa vez, digo... 



































Realmente, a novela "Carrossel", na versão da Televisa, foi uma influência professoral para muitas crianças dos anos 1990...




































































As novelas mexicanas voltaram a trabalhar forte no SBT com as estreias de “Carrossel” e “Rosa Selvagem”, estreladas por Gaby Rivero e Verônica Castro, em maio de 1991... Ocupando dois nichos nem sempre ocupados pela Globo... A novela infantil – retomando a tradição iniciada com as exibições de “Chispita”, “Lupita” e “Angelito”, e que aumentou a responsabilidade da emissora ao fazer  a versão nacional de “Carrossel”, pois os intérpretes de Cirilo e Maria Joaquina precisavam de correspondentes à altura, missão cumprida com Larissa Manoela e Jean Paulo Campos – e o melodrama com forte protagonismo feminino... Alguns meses depois, em dezembro de 1991, estreou “Ambição”, em que a interpretação – e o tapa-olho combinando com a roupa – de Maria Rubio fez de Catalina Creel uma figura arquetípica de vilã da teledramaturgia... “Quinze Anos” tinha uma dupla de peso, que daria muitas alegrias à emissora nos anos seguintes – Adela Noriega e Thalia... O “Almanaque SBT 35 Anos” relembra essas e outras produções estrangeiras adquiridas pela emissora em um capítulo à parte da obra, intitulado “Do Mundo Para Você”... Séries do quilate de “O Elo Perdido”, “As Aventuras de BJ”, “Benji”, “O Super-Herói Americano”, “O Homem que Veio do Céu”, “Esquadrão Classe A”... De preferência valorizadas pela “versão MAGA, dublada nos estúdios da TVS”... Este é o caso do desenho do Snoopy... Para Pancada, Charlie Brown sempre falará com a voz de Marcelo Gastaldi, e não de Selton Mello... Pena que ele não esteja mais vivo para dublar a versão nacional do menino da cabeça grande, Isis Valverde, digo... “Chaves” está na obra com quatro páginas, mencionando atores, dubladores e episódios marcantes... Mas só um pezinho de página para o Chapolin é sacanagem...  Alis, vários desenhos animados que marcaram a infância dos internautas estão ali, num capítulo à parte do livro, “Do Mundo Para Você”... Que demonstra a persistência de ressentimentos com a saída de “Pica-Pau” da emissora em 2003... Seu substituto na preferência da garotada ao meio-dia, "Super Shock" está lá, por exemplo... Muito além de “Pole Position”, nosso internauta-mor tinha adoração por “Nossa Turma”, “Kissyfur”, “Popples”, “Jem e as Hologramas” – sempre que se apresentava com sua banda, repetia o bordão “É hora do show, energia!!!” – “Honey Honey Favo de Mel”, “Muppet Babies”, vide meião da Babá... Então é por isso que o Mestre ficou feliz em encontrar “Cavalo de Fogo” no livro... Afinal, ele ficou conhecido em São Bernardo do Campo e região como Princesa Sara... Ops!!!... Em compensação, nosso colega de rede sente-se representado com as quatro páginas sobre os programas apresentados por Mariane Dombrowa – “Do Re Mi Fá Sol Lá Si”, que herdou de Simony (1989) e “Mariane” (1990) – e defende um resgate de sua figura, nos moldes do que o SBT está fazendo com Mara Maravilha... Afinal, ter feito a gravação que anuncia as estações do Metrô em São Paulo é muito pouco para ela... Outro programa que ficou em sua memoria foi “Do Ré Mi”, com Vovó Mafalda e seus cantores e cantoras mirins... Nesse caso, se quisessem fazer um “revival”, para evitar o malogro do retorno de “Bozo” em 2013, era só chamar ele para colocar o nariz de morango na cara, digo...  Ele até reviveria o cover de Betty Guzzo feito por seu pai, Valentino... O internauta Chico Melancia deixava por “Duck Tales”, a começar pelo tema cantado pelo inoxidável – e inflamável - Luis Ricardo – que fazia ele ficar com vontade de fazer “chuchu, chuchu”... Ao mesmo tempo, queria ser igual a “Punky, A Levada da Breca”... Ou como Eva, a protagonista da série “A Extraterrestre”... O Doutor Kenji sentiu falta de “Spectreman”, porém gostou de ver sua musa Eliana Michaelichen em “Festolândia” (1991) e “Bom Dia e Companhia” (1993)... No jornalismo, depois do aporte de credibilidade - e de princípios editoriais escritos pelo próprio Silvio Santos – que foi a estreia do “TJ Brasil, com Bóris Casoy, em 22 de agosto de 1988, o jornalismo popular ganhou destaque com o “Aqui Agora”, exibido pela primeira vez em 20 de maio de 1991... Quem lembra que o "Jornal do SBT", com Lilian Witte Fibe, estreou no mesmo dia???... Combinando matérias policiais com reportagens sobre demandas da população, e trabalhando forte no registro dos fatos no momento que ocorrem, aproveitando a agilidade das câmeras de videotape portáteis e sem tripé, o “telejornal vibrante, uma arma do povo” mostrou o anacronismo do jornalismo das “cabeças falantes” e influenciou até mesmo os noticiários da Globo... Sem contar o estilo de apresentadores e repórteres, muito copiado pelos internautas... Vide camisas do Gil Gomes, os ternos quadriculados e as gravatas-borboleta de Luis Lopes Corrêa, os modelitos de Christina Rocha... Ops!!!... Eram tempos bem diferentes, em que Maguila era uma fonte legitimada para falar de economia e as pessoas levavam Celso Russomanno a sério... Magdalena Bonfiglioli aumentava a venda de lenços e Felisberto Duarte falava com autoridade sobre a previsão do tempo... E piririm e pororom!!!... 



































Professor de humor do "Topa Tudo por Dinheiro" dava suas aulas na região da  Rua Coronel Antônio de Carvalho...
























































No dia 5 de maio de 1991 estreou no “Programa Silvio Santos” o “Topa Tudo por Dnheiro”... O nome era uma junção de duas atrações comandadas anteriormente pelo apresentador, “Topa Tudo” (1982) e “Tudo por dinheiro” (1986)... O novo programa tinha como um de seus principais atrativos as câmeras escondidas... Que elevaram a condição de ídolos dos internautas figuras como Carlinhos Aguiar, Fernando Benini, Gilberto Fernandes, o Gibe – nos anos 1980 mais conhecido como o Papai Papudo do programa “Bozo” – Montanha, Gell Correia, Rute Romcy e, o maior de todos, Ivo Holanda Spadotti... Realmente, um professor na arte de chamar a produção... Na região da Rua Coronel Antônio de Carvalho, atrás do Terminal Rodoviário Tierê, o Mestre das câmeras escondidas conseguia iludir todos os transeuntes fingindo prender a mão na porta de um carro, e ainda tinha fôlego para correr e não apanhar... Celso Portiolli começou no SBT enviando uma carta em Ponta Porã, onde morava, para a produção do programa com sugestões de câmeras escondidas... Rapidamente, entrou para a equipe do “Topa Tudo por Dinheiro” e começou a atuar em papeis marcantes, como o do homem que descia do táxi e, antes de pagar a corrida, descarregava sua arma e matava um devedor... Então é por isso que é difícil entender porque Celso demorou quase 20 anos para ser premiado no “Troféu Imprensa”, digo... O internauta Chico Melancia, além das câmeras escondidas que mostram a transição dos ônibus paulistanos da pintura saia-e-blusa para a faixa vermelha da municipalização, se apetece com aquela da caveira passeando de moto na frente do cemitério...  Pancada deixa por uma câmera escondida sugerida por um telespectador, a do rodízio de linguiça... A figuração de Carlinhos Aguiar numa das mesas da churrascaria mostra o quando foi injusta a sua demissão do SBT... A poprósito, sempre atrás de preciosidades do humor da emissora, destaca nessa fase o especial “Romeu e Julieta”, exibido em 28 de agosto de 1990 e o humorístico semanal  “A Escolinha do Golias”, que estreou alguns dias depois, em 19 de setembro...  Dois dos primeiros trabalhos de Golias no SBT, que vinha do sucesso da “sitcom” Bronco, na Band... De onde saiu também a jovem Sandra Annenberg – com cabelo comprido!!! – para atuar na novela “Cortina de Vidro” (1989), produzida por Guga de Oliveira, vide incêndio no arranha-céu que dava nome à trama quando terminou o contrato de locação do Edifício Dacon, em São Paulo... O especial tinha a companhia de Hebe Camargo, outra egressa da Band, que apresentava seu programa no canal desde 1986... Os 24 anos do programa “Hebe” são descritos em seis páginas... Menos que o espaço dedicado ao “Show Maravilha”, ainda que o “Hebe por Elas” (1991)  tenha merecido uma página... Grande fã de César Filho – quem é Elaine Mickely???  - Pancada sentiu falta de “Alô Doçura” (1990), série que protagonizava com Virgínia Nowicki, mas deixou por “Grande Pai” (1991), com Flávio Galvão, Paloma Duarte e Patrícia Lucchesi... Se perguntarem ao Mestre se ele lembra da música “Tutti-Frutti” do programa “Cocktail” (1991), ele provavelmente só se recordará da barba do Miele... Em termos de trilha sonora, nosso internauta-mor é mais aquela vinheta de final de ano, Mário Lúcio de Freitas... “Luz que traz... O Natal... Traga ao Mundo... A eterna paz”... Recalque maior, somente com a lembrança do “Jesus do SBT”, no final da “Porta da Esperança”... “Paz, amor, fé, esperança, luz e união não são apenas palavras... Você tem certeza que já fez tudo pelo semelhante???... Pense bem, pois um dia vamos nos encontrar... E eu gostaria muito de chama-lo de meu filho”... Se não for possível, serve Tarcísio Filho em “Éramos Seis” (1994)... Quando a emissora investiu forte nas tramas com texto nacional, um esforço que foi até 1997... Mesma época em que estrearam o “Concurso de Paródias”, comandado por Moacyr Franco, que saiu do ar antes que ele pudesse inscrever sua paródia... Uma lacuna imperdoável para o livro, apesar do “Márcia” (1997) ser lembrado em uma página – e Márcia Goldschmidt, como hoje, dava um caldo, na sua opinião – o “Alô, Christina” (1997) em duas, a primeira versão brasileira de “Chiquititas” (1997) em página dupla – ele preferia a Pata à Mili – e em mais duas páginas, o “Fantasia” (1997) – antes do Jayme Monjardim ele preferia Tânia Mara a Amanda Françozo... Enquanto isso, na Record, o “Ratinho Livre” abalou os alicerces do horário nobre e deu um novo fôlego aos programas de auditório, policiais, melodramas no estilo mexicano – vide “Fascinação” (1998), que ficou um ano na gaveta, que era supervisionada por um produtor da Televisa, com o texto de Walcyr Carrasco fazendo sofrer uma angelical Regiane Alves, que vinha de Santo André, onde causava pesadelos no internauta Cauê Oliveira... Este, porém, é assunto para nossa última postagem sobre o “Almanaque SBT 35 Anos”... Como diria Silvio Santos, nós não vimos, mas nossa mulher viu, nossas filhas viram, é muito bom... Aguardem!!!...






























Vendo "A Praça É Nossa", internauta Pedro Henrique ia aos céus... Mesmo com Beto Guarany vestido de demônio...

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