segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Outra vez flores, outra vez Florinda no Gugu???...

Um ano depois da primeira exibição da entrevista, o Mestre tem a mesma opinião... Florinda ainda dá um caldo...


















































Na última quarta-feira, o “Programa do Gugu” reapresentou a entrevista que Gugu Liberato fez em março do ano passado com Florinza Meza, a viúva de Roberto Gómez Bolaños, o Chespirito, criador do Chaves, Chapolin, Chaveco, Pancada... O pretexto era o aniversário de Florinda, comemorado exatamente em 8 de fevereiro, dia da exibição do programa... Mais uma vez, Florinda – dublada por Marta Volpiani, que sempre foi sua voz nas séries – falou na casa onde viveu com Bolaños na região de Cancún... Tema de uma postagem do seu Bloquinho Virtual, na ocasião, o qual resgatamos com o acréscimo de alguns trechos não exibidos ano passado... Como o momento em que Florinda afirma que nada do que fez juntando seu talento com o de Roberto foi um fracasso... Em especial a novela “Milagro Y Magia”, na qual era a protagonista e Bolaños o diretor, que diz ter sido a única vendida pela Televisa para o primeiro mundo – a peso de ouro para a BBC e a Alemanha... “25 mil dólares por capítulo”, ressalta... Por essa razão, esperava maior reconhecimento da Televisa, que prefere as novelas, mas ganhava dinheiro com Chespirito, depois do Chapolin abrir portas não muito boas pelo mundo... Afora o trabalho forte como diretor de novelas... Também lembrou que Bolaños tinha Parkinson há 15 anos, que ela não percebeu pela ausência de tremores, mas a neurologista diagnosticou e a depressão agravou... Medo de morrer não tinha, mas do momento de morrer... “Assim como nascer dói, imagina morrer”... Em outro trecho, Florinda lembra que a gravação de “Chaves” em Acapulco foi muito divertida... “Os roteiros eram extraordinários”... Sem contar o convite do Senhor Barriga para Chaves ir junto... Nada era improvisado, tudo estava no roteiro, Gugu...  Porque acabou???...  “Pra mim é uma incógnita, pois o programa do Roberto tinha muita audiência, era uma venda segura para a Televisa, no México e no exterior”... Mas iam colocar uma novela no lugar da programação de comédia  e “o senhor Azcarraga” foi convencido da mudança... Roberto revoltou-se... “Eu sempre tive o melhor canal, com o melhor horário, no melhor dia... E eu não vou abrir mão, o programa acabou!!!”... Provavelmente, ela faz referência a saída do “Chespirto” do ar em 1995... Quanto à Dona Florinda, o cabelo com bobes era peruca - sem dizer que antes de parar com a tintura loira, era seu próprio cabelo... O fato de Florinda ser a mãe protetora do Quico era uma crítica de Roberto... “Tanta proteção pode causar dano a uma criança”... Quanto a Carlos Villagran, o reencontrou no velório de Bolaños, depois de muitos anos... Processo???... “Não tinha como, Roberto criou o personagem, não eramos famosos, ficamos famosos, e ator eram o Edgar, a Maria Antonieta, Rubén, Angelines... Ramón Valdés nunca estudou artes cênicas, mas tinha uma grande veia cômica... Roberto era um grande diretor... Rubén era motorista, Carlos era fotógrafo de um jornal e tinha veia cômica”... E a herança de 50 milhões de dólares, pergunta Gugu... Florinda ri, a propriedade literária dele é muito mais valiosa, fazia quadrinhos desde 1952... Tem contato com os filhos de Roberto, “quando consigo”... “Robertinho” está produzindo uma novela, me dou bem com eles, são a genética do Roberto, como não amá-los???... Mais adiante, quando Gugu conhece os cômodos da casa de Cancun,  Florinda mostra uma mesa na sala em estilo vitoriano restaurada por ela... Agora, o escritório onde Roberto escrevia e trabalhava... Um quadro emoldura um texto de jornal ilustrado pelo pai do comediante... Uma foto promocional do “Chanfle”, porta-retrato com a foto de Bolaños aos dez anos – a mesma da capa de sua autobiografia, inexplicavelmente inédita no Brasil  – Chimoltrúfia carregando o Chompiras... “Eu era magra, mas forte”... Na sala de jantar, um armário com miniaturas que ganhou no Peru... A seguir, o andar de cima, onde também há quartos para os filhos – um pensado apenas para Roberto Gómez Fernandez e esposa – e a cama dele e de Florinda, antes de ficar doente...  Vide a cabeceira em estilo gótico antiquíssima... Foi para o quarto do filho assim que chegou a cama do hospital... “Dormíamos aqui com todos os nossos cachorrinhos”...  Alguns deles seguem Gugu e Florinda... Um leva um boneco do Quico na boca... Ops!!!... Escada na sacada não pode... Em outro quarto, aponta o lugar onde Roberto comia, perto de uma janela... Na cadeira, o boneco do Chaves que ganhou do Ratinho, em 2011... Gugu – que deu a Florinda um pano com o retrato de Meza e Bolaños - prefere reparar numa foto em que o casal se beija...  “Eu estou sugando a boca dele!!!”... Também há fotos da mãe de Florinda, da irmã e de Roberto, “com um sorriso maravilhoso”... E a cara do Geraldo Alves, digo... Florinda dá bom dia e boa noite para o retrato, que está no quarto onde Bolaños morreu...

















Uma das revelações mais bombásticas da entrevista foi a do Melancia - "Florinda loira não me apetecia"...

















































Depois de Florinda contar na mesa com água de jamaica, Mariana Ferrão, como começou o relacionamento com Roberto, que já era casado e pai de seis filhos – “as sete bagagens”, disse - o assunto agora é a doença que vitimou Chespirito, cujos primeiros sinais aconteceram no dia em que soube que estava fora da televisão, pelos jornais, quando passou mal e entrou em depressão... “Os sintomas não eram tão evidentes, uma estranha alergia, e descobrimos que ele tinha um enfisema pulmonar”... Imagina o Chabelo agora... O remédio foi ir ao futebol, quer dizer, ao teatro, mas em seu último ano de vida, Gugu quer saber, a situação ficou muito difícil... “Ele foi perdendo o controle da mobilidade... A tal ponto que o operaram da próstata sem necessidade... Logo depois começou a ter problemas de digestão, evacuação, e suas pernas começaram a inchar... E ele começou a ter edemas por todo o corpo... Começou a fisioterapia, e ele pensava que poderia voltar a andar... Ele praticou esportes, atletismo... Suas pernas sempre foram seu grande orgulho... Pra ele foi uma grande desilusão, eu vi que ele não ia voltar a andar... Ele andava com andador e fazia fisioterapia... Mas com o tempo ficou mais difícil porque ele se sentia muito cansado... Passou a usar cadeira de rodas e  lutou contra o enfisema pulmonar, sendo que há 18 anos tinha parado de fumar... Precisava de oxigênio sempre que ia à cidade do México... Em 2012, quando fomos gravar um programa especial, ele estava prestes a ter um infarto pulmonar, e foi internado na UTI”... Vide Thalia cantando “Muito obrigado Chespirito” no “America Celebra Chespirito”...  Hoje, depois do adeus de Don Roberto, Florinda diz que todos os dias lembra do momento em que Chespirito entrou para o Bolão Pé-na-Cova... “Sei que minha família... Está muito preocupada de me ver assim, mas choro todos os dias”... Gugu pergunta das câmeras no túmulo de Bolaños, no Cemitério Panteón Francés, na Cidade do México...  “Eu nunca proibi nada, além disso, os vigilantes do túmulo, se sentem muito orgulhosos de que o Roberto esteja lá”...  Da nossa parte, fica a dica... Não vá com nenhuma peça alusiva a Chespirito... O vigia sempre aborda os visitantes... Mencione apenas ao vigia que você vai na Alameda 4...  Corta para o encontro de Florinda com Rubén Aguirre em Puerto Vallarta, no começo deste ano... Era muito amigo de Roberto, e há tempos não se viam... Até cantaram “Los Cursis”, a versão original de “Somos Cafonas”... Vamos falar de coisa boa... Quer dizer, da relação de Florinda com Maria Antonieta de Las Nieves... Vide disputa pelos direitos da personagem Chiquinha... “Fomos amigas, sim... Não vou falar sobre ela, pois seria imoral... Deveria ter esperado o momento certo que venceram os direitos... Porque ela sabia que o personagem era do Roberto... Mas isso não é um problema meu, é um problema dela... Quem cometeu uma imoralidade foi ela... Mas fomos boas amigas... Tenho boas recordações de todos”... Até da Bruxa do 71, quer saber Gugu... Mas quem é “Agelina” Fernandez???... “Uma grande pessoa, que sofreu muito na Guerra Civil Espanhola... Foi uma das refugiadas... Era atriz de teatro, de cinema, de televisão... Mas também era uma linda pessoa”... Já Ramón Valdés... “Eu acho que deve ter sido muito triste porque a vida dele... Nós costumamos falar que a vida dele foi  como um grande carro de corrida, que correu, mas no final não venceu a corrida”... Alis, por falar em carros, cuidado, revelação surpreendente adiante... “Ele era o único  que tinha problemas com drogas”... Que dorgas, mano???... Porque o cigarro, um vício conhecido de Valdés, pode ser classificado como tal... O fato é que essa declaração foi a principal peça de divulgação da entrevista, o que causou  mal-estar entre os fãs, que nunca se conformaram em saber que o elenco das séries de Chespirito não era tão entrosado atrás das câmeras quanto diante delas – um “efeito Trapalhões”, se é possível a comparação...  “Mas ele tinha um respeito enorme pelo Roberto... Roberto era um líder tão bom que no programa o Ramón se comportava muito bem... Nunca faltou, nem chegou em condições ruins...  Mas fora disso ele bebia, usava algumas drogas, bebia muito”... Ah, bom, se é assim, sim... Não, espera aí... Será que as duas saídas de Ramón das séries também não influenciaram a opinião de Florinda???... De todo modo, o túmulo de Ramón está na rotunda do cemitério vertical Maosoleos Del Angel, na Cidade do México... Da estação Universidad do metrô, é só pegar um ônibus ou um táxi, que sai por 20 pesos, o equivalente a cinco reais... 
















O convívio com Florinda fez com que Chespirito ficasse muito diferente, até mesmo fisicamente...













































Gugu passa para a próxima pergunta, citando a revista “Quem”- um modo da publicação global citar o programa??? -  para perguntar se a atriz está em dificuldades financeiras... “Esta casa me custa muito sustenta-la... É uma casa muito grande... É lindíssima, mas requer muita manutenção... Estamos numa região de praia, é preciso pintar, reformar, senão o ambiente deteriora... Eu tenho muitos vitrais, muitas antiguidades que necessitam de ar-condicionado...  Não agora, porque estamos no inverno, mas nos dias mais quentes”... E vai vender???... “Em primeiro lugar, preciso vender porque são sete quartos, fora o meu... São 1.500 metros quadrados... E sou só eu... Eu preciso mudar para uma casa maior... Sou só eu e meus cachorros... Seria um gasto infinitamente menor”... Afora as visitas de fãs, digo...  Depois dos comerciais, Florinda mostra a mansão... Condomínio fechado, em frente à praia em Cancun... Não faltam obras de arte e móveis antigos...  Para começar, na sala, um conjunto de três cadeiras, feitas em Portugal há 150 anos, e que vieram do Brasil... Enquadrada na parede pintura de um índio, feita pelo pai de Roberto, que era o desenhista mais cobiçado do México em seu tempo... Numa galeria dos Estados Unidos, há retratos de presidentes, um deles feito por Francisco Gómez Linares... A reportagem não menciona, mas na autobiográfia de Chespirito, inexplicavelmente inédita no Brasil, o quadro em questão é do presidente Wilson... Gugu quer saber se Florinda vende a casa com tudo dentro... Bom, o imóvel foi avaliado em 2,8 milhões... De dólares!!!... Mas como quer vender logo, deixa por 1,5 milhão... De dólares, óbvio, pois o peso mexicano está valendo menos que o real, digo... Um pouco mais com os móveis...  Florinda mostra a Gugu um quadro com três cacatuas, feito por Elsa Bolaños Cacho, mãe de Roberto... Família de artistas, pai e mãe pintores, poetas... O piano, um Steinway de 1905, foi comprado por Florinda para Chespirito... Se tocava, Gugu???... Muito!!!... E violava o tocão também... Seguem imagens de fãs tocando piano para Bolaños...  Na sequência, Florinda mostra a cama onde faleceu o avô... Quer dizer, Roberto Gómez Bolaños, em um quarto no andar de cima da mansão... Na verdade, a cama de hospital não está mais lá, porém a “chaise-longue” em que Florinda ficava ainda permanece no aposento... Sempre acompanhava o enfermeiro, especialmente nas trocas de roupa e quando eram dados medicamentos... Na parede, retratos das mães de Bolaños, Florinda e da própria, quando era bebê... Numa cômoda, porta-retratos com o casal e Chespirito, três anos antes de morrer...Florinda passou a ficar mais em Cancun depois que Roberto teve de deixar a Cidade do México, devido à altitude... Afora que ela é hipertensa, qualidade de vida é tudo... Alis, a mansão da Cidade do México também é simplesmente um luxo, garante a narradora da reportagem... De volta a Cancun, Florinda mostra um retrato de Roberto bebê... Carregado pelo pai... O casamento dos pais dela... Da sacada do quarto, ela aponta o quarto onde ficava seu irmão, Horácio Gómez... Godinez à parte, ele cuidava dos negócios do irmão, explica a informada narradora... Lá em baixo também há uma pérgula, onde o casal comia, Bolaños violava o tocão...  Gugu volta ao quarto e insiste na pergunta... Roberto morreu aqui???... Não nessa cama, explica novamente Florinda... No último ano e meio de Bolaños, ela deitava junto na cama de hospital... E viam tevelisão antes do jantar... Quando ele morreu, ficou abraçada com ele na cama durante oito horas, até chegar o carro da funerária... Quiseram que ela saísse, mas a irmã não deixou... Florinda ficou, sem comer ou ir ao banheiro... “Foi muito difícil”... Gugu agradece pela entrevista e Florinda se diz grata pelo carinho do povo brasileiro, as coisas bonitas que dizem a ela, as propostas de casamento... Ops de novo!!!... “Sou uma mulher que acaba de completar 67 anos em 8 de fevereiro....  Como alguém de 40 anos pode me propor casamento... Eu acredito que dificilmente voltaria a me casar... A verdade é que eu continuo amando o Roberto”... Quem sabe???...















Agora, impressionante mesmo é como a irmã da Florinda é parecida com ela... Que coisa, não...

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