sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Viagem ao redor do Rio, o fim...

Na vista do alto, as obras do VLT Carioca em frente à Rodoviária Novo Rio e o trânsito que o modal pretende aliviar...





























































Do alto do elevado, conforme o ônibus executivo da Premium se aproxima do Terminal Rodoviário Novo Rio, o edifício pode ser visto de vários ângulos... Primeiro a entrada principal... Uma fachada austera, com a marquise sob a qual chegam os táxis... Em seguida, as plataformas centrais, em que os ônibus estacionam em um ângulo de 45 graus... Por fim, a saída principal, de fachada com janelas... Na rua em frente, os automóveis e táxis, assim como os ônibus urbanos e rodoviários, dividem espaço com os trilhos do VLT, em fase de implantação...  A linha do Veículo Leve sobre Trilhos estende-se pela região portuária, cruzando com antigos armazéns...  No muro de um barracão de escola de samba, grafiteiros preparam uma nova pintura... O VLT deverá simplificar a ligação entre as estações de metrô na região central, o terminal rodoviário e o aeroporto Santos Dumont... Enquanto não passa de um anúncio em meio às obras na Avenida Rio Branco, os passageiros que desembarcam na Novo Rio precisam recorrer aos ônibus executivos, os táxis e os ônibus convencionais... Seja a moça que fala ao celular, os artesãos que brincam com um cachorro ou o pai que leva um caminhãozinho de brinquedo para o filho – é sábado, e na segunda feira seria comemorado o Dia das Crianças...  Os usuários precisam percorrer a saída da rodoviária e, por uma passagem provisória por entre as obras do VLT, comparecer ao Terminal Rodoviário Padre Henrique Otte... Um pouco depois do vendedor de pipocas... O terminal urbano possui uma cobertura metálica a qual, insistimos, confere ao local uma aparência de fábrica antiga... Longe do BRT, a maior parte dos terminais cariocas é aberto, sem cobertura... Entre as exceções estão o Henrique Otte e o da Central do Brasil, na Avenida Presidente Vargas... Uma placa indica o nome e o número das linhas que saem do local... Quatro delas vão para a Barra da Tijuca, cumprindo diferentes itinerários... O ponto inicial da linha 353, Rodoviária / Madureira (ainda assinalada com seu destino antigo, a Cidade de Deus...) é na extremidade oposta da entrada...


























Pipoqueiro faz ponto em frente ao Terminal Rodoviário Padre Henrique Otte e seu jeitão de fábrica antiga...


























































Na obra da linha do VLT que acontece ao lado do terminal urbano, estão posicionados dois veículos do sistema... Um deles recoberto por uma lona azul, com certeza para evitar pichações como as que aconteceram nos carros do VLT da Baixada Santista, que opera entre Santos e São Vicente... O outro está descoberto, como a sinalizar que está disponível para fotos... O que não era uma tarefa fácil... O carro está isolado da via por um tapume feito de metal... A brecha para registrá-lo fica em uma passagem de pedestres improvisada... A câmera precisa ser acionada no meio da rua, literalmente... E não há como retirar uma guarita de perto do veículo, que leva o número 104... Nela fica o segurança responsável pela vigilância do material rodante que ainda não está em circulação... Não é preciso dizer que na hora da foto não tinha ninguém na guarita... Um pouco mais adiante, operários prosseguem na construção de uma parada do VLT... Ao todo serão 26 quilômetros, divididos em seis linhas – para efeito de comparação, as quatro linhas do BRT terão 150 quilômetros... O projeto inicial não previa a ligação com a estação das barcas na Praça XV, incluída posteriormente... A ideia é fazer valer a integração via Bilhete Único, até o limite de 75% dos passageiros atendidos... A tarifa ainda não foi definida... Só que essa parte – interligando estação das barcas e Central do Brasil - deve ficar pronta depois dos Jogos Olímpicos, pois o trecho prioritário é a ligação aeroporto-rodoviária, pela Avenida Rio Branco e zona portuária... Sem contar que os percursos a serem oferecidos pelo VLT serão planejados em conjunto com as linhas de ônibus... Uma meta nada modesta de retirar 40% dos carros de passeio e 60% dos coletivos na região central... Antes que o Doutor Kenji apareça com sua trena, o site do sistema informa que a alimentação dos veículos será feita por uma espécie de terceiro trilho, sem o uso de catenárias...  Com um sistema de segurança que só energizará a via quando o veículo estiver de passagem...


























Em frente ao terminal está um dos carros do VLT, com a guarita da vigilância para "cebolar" as fotos...






















































A última etapa da viagem será cumprida em um ônibus da linha 353... Novamente um Neobus Spectrum... Também da Viação Redentor, integrante do consórcio Transcarioca... O veículo passa por mais obras do VLT e pelo pátio em que são estocadas as peças de concreto a serem utilizadas pela linha 4 do Metrô-Rio... Quando estiver em operação, deverá substituir os serviços do Metrô na Superfície... Linhas de ônibus que fazem a ligação entre a estação Botafogo da linha 2 e as regiões da Gávea (onde há um terminal em frente ao campus da PUC do Rio...) e do Leblon, que serão servidas pelo novo trecho metroviário... Ao passar pelo imponente porém descuidado edifício da Estação Barão de Mauá (Leopoldina), o carro segue pela Praça da Bandeira – onde está localizada a Casa dos Lunáticos - na direção de São Cristóvão...  Do outro lado das estações do metrô e da Supervia está a Quinta da Boa Vista – antiga residência da família imperial brasileira – e o Jardim Zoológico... Mais à frente, aparece na janela do ônibus o estádio do Maracanã... Neste final de semana prolongado não haverá futebol no estádio, devido à parada do Campeonato Brasileiro durante a abertura das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo... Isso não impede que a pista de cooper que circunda o Maracanã seja percorrida a pé, com bicicletas, skates, patinetes, carrinhos de vendedores ambulantes... O ônibus para em frente ao campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ, junto à Rua Professor Eurico Rabelo... A uma certa distância do ponto de partida da viagem... Que vai ter de ser superada a pé... Do lado oposto ao estádio, a pichação no muro pede a saída de Eurico Miranda da presidência do Bacalhau... Um grupo de turistas com a camisa do Coxinha tira fotos em frente ao grande banner da Copa do Mundo... Depois do Maracanãzinho, se entra na Avenida Maracanã, com bilheterias e a “Rampa do Bellini” – e os pontos de ônibus das linhas para a região central no lado oposto, junto ao canal do Rio Maracanã - e já perto do viaduto, pela Rua Mata Machado, se chega a Avenida Paula Souza... Endereço do hostel... Que até possui uma saída pelos fundos, dando diretamente para a Avenida Maracanã... Mas que não é utilizada pelos hóspedes... O percurso em torno do Rio de Janeiro durou pouco mais de cinco horas... Como será quando VLT e linha 4 do metrô estiverem prontas, é uma pergunta que será respondida no ano que vem...































Da janela do ônibus 353, a vista do Maracanã é excelente, só que não teve jogo naquele sábado...

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