sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Um Lunático no Castelo Rá-Tim-Bum...

Para a porta se abrir, Pancada disse a senha... "Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos"... Ops!!!...




























































Sair da “Casa dos Lunáticos” é um fato tão incomum para o Pancada que ele só deixa seu apartamento se for por um motivo muito especial... E segunda-feira, Dia das Crianças, acontecia a abertura da exposição do “Castelo Rá-Tim-Bum” no Centro Cultural Banco do Brasil (o famoso CCBB), na região central do Rio de Janeiro – mas não perto da Central... Apesar de ter saído de casa, Pancada não abriu mão de suas convicções... Deixou sua  humilde residência após ter assistido a missa de Nossa Senhora Aparecida – 12 de outubro é o dia da Padroeira do Brasil – e o primeiro capítulo da temporada de 2004 do “Palhação”, exibida pelo Viva... Também não quis comparecer ao centro do Rio de metrô, para evitar a fadiga, quer dizer, a caminhada até a estação Afonso Pena... Na própria Praça da Bandeira, em frente a seu prédio, pegou um ônibus para o Centro... Desceu na Rua Uruguaiana, onde há uma estação de metrô e um camelódromo – este parcialmente destruído por um incêndio acontecido na madrugada... A área queimada estava isolada e vigiada por guardas municipais e policiais militares fortemente armados... Alguns com garrafas de água para aliviar o calor, como a guarda que explicou o caminho para a Rua Primeiro de Março, onde está localizado o CCBB... O cheiro de queimado ainda se fazia sentir com força na parte destruída do camelódromo ... Felizmente, Tufão não estava no local na hora do incêndio e nada sofreu... Pancada seguiu pela Rua da Alfândega... Apenas um bar estava aberto no feriado... Alguns operários trabalhavam numa obra... Nosso colega de rede percorria a rua sem atentar para o fato de que no número 70, onde hoje funciona a Defensoria Pública da União, ficava a sede da CBF, hoje na Barra da Tijuca... Deve ser porque não é torcedor do Pó-de-Arroz, desacostumado com o tapetão... Também não deu muita bola para a placa anunciando as obras do VLT na Avenida Rio Branco, também quase vazia devido ao feriado... A massa humana estava na Rua Primeiro de Março... Em uma fila que começava na porta do CCBB, dobrava a esquina e seguia pela Travessa Tocantins e virava a esquina de novo para terminar na Rua Visconde de Itaboraí – não confundir com a rua na região do Tatuapé – nos fundos do prédio, em frente ao Centro Cultural dos Correios... Começava ali uma espera que durou três  horas... Que nem mesmo a vendedora de esfihas conseguia amenizar... Até porque vendia seu produto por apenas cinco reais a unidade... Pelo menos havia os tapumes de uma obra – que não era a reconstrução do Gigabyte, destruído por um incêndio provocado pelo malabarismo do Cabeção no final da temporada 2003 de “Palhação” – para nosso companheiro de web se encostar... Na esquina da Rua Visconde de Itaboraí com a Travessa Tocantins apareceu um vendedor de pipoca com o seu carrinho... E um banquinho... Prontamente tomado pelas duas crianças que estavam atrás do Pancada na fila... A mãe constrangida se viu obrigada a comprar dois saquinhos de pipoca... A fila andou e Pancada teve a oportunidade de sentar... Nos degraus em frente à porta dos fundos do prédio do CCBB... E olha que ele nem se apetece pelos vídeos do Fábio Porchat... Um alívio que durou pouco, pois a fila andou mais um pouquinho – “velocidade Canteros” – e o internauta chegou à Travessa Tocantins... Onde havia não um, mas dois vendedores de churros... Sendo que Pancada não comprou um mísero churro, até porque o Chaves não pediu... A criançada, porém, se amarrou mesmo no tocador de berimbau no outro lado da travessa... Quando a fila chegou na Rua Primeiro de Março, a espera se tornou menos cansativa com a visão dos ônibus que passavam... Vide o Neobus Mega BRS “ferro de passar” ou o Torino com destino ao Jacaré – que não reclama do Renato Aragão com o Guto...




























Apesar de ser apenas a cabeça do Mau, Pancada ficou petrificado só de lembrar da sua gargalhada fatal...



























































A espera não terminou quando Pancada passou pela porta principal do CCBB... No saguão do prédio, havia outra fila, para entrar na exposição... O jeito era fotografar o curioso relógio de parede com um numeral romano errado – IIII ao invés de IV... Só que quando tentava fazer o registro se apoiando nos separadores de fila,  tremia o tempo todo, pois eles se tornaram o brinquedo daquelas duas crianças que alugaram o pipoqueiro no lado de fora do prédio... Se a mãe não tivesse contado a história do Velho do Saco – provavelmente o menino e a menina nunca viram “Chaves” -  a dupla não teria sossegado... Quando enfim Pancada recebeu o papelzinho para entrar na exposição, não cabia dentro de si de tanta felicidade... Até porque ao lado do elevador que levava até a entrada do recinto, no primeiro andar, havia um caixa eletrônico do Banco do Brasil... Não importa que ele só tenha conta na Caixa Econômica Federal... Era melhor até do que o elevador em estilo neoclássico com um ascensorista que pareceria esperar pelo Mário Lago para começar a cantar a ausência de vaidade da Amélia... E que soube de boa fonte que tinha gente na fila para a mostra desde as 7 horas da manhã... Apesar do programa ser da TV Cultura de São Paulo, as exibições da TVE carioca (hoje TV Brasil...) garantiram a popularidade da série na capital fluminense...  Guardada a bolsa na chapelaria, Pancada falou a senha para a campainha da entrada do Castelo... “Eu sou a flor silvestre que perfuma os campos”... Ele se enganou de programa... Ao menos a segurança aceitou o papelzinho entregue lá em baixo e o internauta pode entrar... Logo de cara fez uma foto ao lado da escultura de duas rosas... Mais excelente do que o registro com o holograma do Nino que recebia os visitantes... Na qualidade de entendido... Em roteiro audiovisual, Pancada leu com atenção os textos originais do programa que inicialmente era denominado “Rá-Tim-Bum II”... E conferiu as horas no relógio falante... Penetrando... Na biblioteca, foi muito requisitado pelos outros visitantes... Para que fizesse fotos com seus respectivos celulares... Quase não dá tempo para dividir a poltrona com o Gato Pintado... Nem poderia, pois era proibido sentar... Já no chão, ele nem fez cerimônia... Satisfeito, nem leu os quadros com as poesias que o felino costumava recitar no programa...  No laboratório da dupla de cientistas Tíbio e Perônio, um esqueleto de dinossauro lhe parece bastante familiar... Para o Pancada não restava dúvidas de que se tratava do Roy da Família Dinossauros... Vide os braços curtos... Só que o melhor amigo do Dino não tinha duas cabeças...  Antes da próxima sala, uma olhadinha no microscópio dos cientistas – que mostrava imagens do próprio laboratório... Ao lado da fantasia do Tio Vitor, sentiu falta da presença máscula de Sérgio Mamberti, digo...  Em compensação, realizou um sonho ao descobrir um sofá em que podia sentar... Bem em frente ao televisor que exibia uma reportagem do “Vitrine” com os bastidores do programa... A voz de Renata Ceribelli, que narra em “off” a matéria, é um fetiche para alguns... Não é o caso do Pancada, que estava fascinado com a poltrona ao lado do tabuleiro de xadrez... Coberto de um modo que suas peças não podiam ser jogadas... E quem disse que ele queria fazer esforço???...




























Depois de entrar na casca do ovo, Pancada ficou pensando... Talvez a outra metade seja maior - e menos apertada...

























































Na sala dedicada ao alienígena Etevaldo, a luz azulada fez com que Pancada imaginasse ser Zula, A Menina Azul... Primeiro papel da carreira de Tatá Werneck... Que a transformou na musa dos meninos mais novos do colégio onde estudava, lá pelos idos de 1994... Logo em seguida, a cozinha, onde a fantasia do Bongô fez nosso colega de rede pensar que haveria pizzas para comer... Só que não havia nada no fogão ou na geladeira com pinguim em cima... Nem mesmo lavar a mão ele podia, pois no tanque embaixo da torneira colocaram um monitor que exibia o clipe da música “Uma mão lava a outra”, Arnaldo Antunes...  A alternativa era trocar uma ideia com a Caipora, em um cenário que evocava a floresta, ainda que os indiozinhos Poranga e Porunga só aparecessem na tela da televisão... Diante da roupa da Biba, nosso companheiro de web imaginou se ficaria tão elegante quanto a Cinthia Raquel se ele colocasse o vestidinho e o laço de fita na cabeça... Ainda que seu sonho de consumo fossem os trajes em tons de rosa da repórter Penélope, vivida por Angela Dip... Mais vistosos do que a roupa do Telekid de Marcelo Tas... Porque sim, mesmo que isso não seja resposta... No que diz respeito a conhecimento, Pancada sabe toda a letra da música do rato tomando banho... E bastou ser o boneco de massinha do roedor numa vitrine que ele começou a cantar... “Tchau preguiça... Tchau sujeira... Adeus cheirinho de suor”... Canta melhor que os dedinhos cantores...  Já a leitura não o apetece, pois passou direto pelas histórias em quadrinhos que forram chão e paredes do quarto do Nino... E bem que a fantasia do garoto de 300 anos poderia ter o Cássio Scapin dentro... Se ele fosse o Cao Hamburger - ou o Luis Cachorro Quente - jamais colocaria aquela criança para fazer o Nino no filme... Aproveitando o caldeirão na sala da Tia Morgana,  Pancada repetiu a palavra cabalística... “PARANGARICOTIRRIMICUARO!!!”... Novamente, não se importou de trocar os programas, nem de fazer rir os que deparam com sua imitação da Bruxa Baratuxa... Também não se esqueceu de render uma homenagem a Rosi Campos, que interpretou de forma excelente a tia do Nino... Na ala do “Passarinho, que som é esse”, nosso colega de rede rubro-negro era capaz de jurar que ouviu o som do Bacalhau caindo... Não poderia faltar a foto na casca do ovo, para dizer que imitava o Baby Sauro... Uma experiência compensadora, apesar de ter escolhido a casca menor e mais apertada... Ficou tão dolorido que nem arriscou um trocadilho infame na parte das fadas... Reservou a inspiração para a parte em que era exposto o figurino de seu personagem preferido, Pompeu Pompílio Pomposo, o Doutor Abobrinha... Logo começou a gritar... “Um dia este castelo será meu... Meu... MEEEEUUUU!!!”... Pascoal da Conceição não faria melhor... Pancada ganhou elogios por usar uma camiseta do Chaves sem ao menos estar trajando uma... Mesmo ainda sentindo as dores de quando sentou... Na casca do ovo, ele fez um esforço e desceu para o térreo pela escada... Uma profusão de mármore digna das nossas melhores novelas... Só faltou a Nazaré comparecer... Nosso colega de rede poderia ser “A Louca da Escada”, digo... Na falta da cobra, Pancada deixou pela Celeste, com quem conversou na árvore colocada no saguão do térreo do CCBB... Perto do retrato do Tio Vitor, em pose “Ai, Xuxu” e da maquete do Castelo... Não é uma Casa dos Lunáticos, mas também é memorável... Alis, por falar em programas infantis, a volta para casa foi no melhor estilo Angélica... De táxi... Com uma passadinha na Parmê da Tijuca para pegar umas pizzas... Parmê não!!!...


























O ponto alto da exposição foi a performance de Pancada imitando o Doutor Abobrinha...

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