sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Fazendo fila para pagar a Barrica de Paletó...

Mais magro do que nos tempos em que cobrava aluguéis, Zenon partiu para o "moonwalk" no palco em Campinas, digo...




























Uma longa fila de pessoas que nunca viram um gordo de graça se formou na entrada do Teatro Brasil Kirin, no Shopping Iguatemi, em Campinas, depois do show de Edgar Vivar, o Senhor Barriga da série “Chaves”, realizado no último dia 16 de outubro... Eles já haviam pago 100 reais para assistir o espetáculo e desembolsaram mais 100 reais poder tirar uma foto ao lado do intérprete do Nhonho...  Durante a apresentação, na parte das perguntas da plateia, uma mulher revelou que seu marido apenas naquela semana havia descoberto que o Senhor Barriga e seu filho eram interpretados pelo mesmo ator... Patrícia Abravanel  começou assim... O ator mexicano veio ao Brasil para o lançamento de um app do Chaves Animado... Inspirado na viagem do pessoal da vila para Acapulco... Também realizada no desenho... No Dia das Crianças, Edgar compareceu à exposição da vila do Chaves no Suzano Shopping, onde fez sua tradicional corridinha com os seguranças... Ah, o medo de ser recebido na vila com uma pancada... E a réplica da vila que o Zenon é proprietário tinha dois Chaves... Claro que não poderia faltar no programa da viagem a entrevista para o “The Noite”, com Danilo Gentili, e uma apresentação ao vivo, marcada para a cidade do interior de São Paulo... A intenção dos organizadores do espetáculo é que mais fãs, fora das cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, tenham acesso aos atores da série...  Por essa lógica, a exposição com a réplica da vila, se acontecesse no Estado do Rio, seria levada para um shopping  center em Belford Roxo, na Baixada Fluminense... Lotaria do mesmo jeito, acrescenta o Pancada... O Shopping Iguatemi de Campinas impressiona com seus três andares de lojas e intermináveis corredores... O taxista comenta que o outro shopping da cidade, o Parque Dom Pedro, é considerado o maior da América Latina... Não deve ter ido ao Chile e visto o Parque Arauco e o Costanera Center, em Santiago... Também prefere o Parque Dom Pedro porque “o Iguatemi tem muito muvuqueiro”... Se bem que... Além de elogiar a Chapecoense, o chofer garantiu que na rodoviária de Francisco Beltrão os táxis estão melhor localizados no que no moderno terminal de Campinas... Bozena não curtiu isso... O fato é que a entrada do shopping, perto do ponto do ônibus que vai para o Terminal Urbano Prefeito Magalhães Teixeira, no centro da cidade, fica numa ponta do primeiro piso... E o Teatro Brasil Kirin, onde aconteceria a apresentação da Almôndega com Patas, era no extremo oposto, no terceiro piso, no final da praça de alimentação...  Bem em frente ao local onde o Discovery Kids realizava atividades da Peppa Pig... Cada geração tem seus ídolos...



























Entre as homenagens que fez no teatro, a almôndega com patas incluiu seu primeiro dublador brasileiro, Mário Vilela...



















































A apresentação começou às 20h30, com a exibição em um telão de cenas do Senhor Barriga, Nhonho e dos personagens de Edgar Vivar no “Chapolin” e no programa “Chespirito”... Vide o Gordo de “O Gordo e o Magro”...  Encerrada a exibição, o ator comparece no palco, passando pelas cortinas vestido com o terno e carregando a pasta com que o Senhor Barriga sempre ia a vila para cobrar os aluguéis dos inquilinos... Cantou e dançou “Churin Churin Fun Flays”... Mais magro do que na época das gravações da série, comparou a gravata à sogra – “não tem utilidade e aperta seu pescoço” – e ficou feliz de não ter sido recebido com uma pancada... Lembrou os tantos golpes que o Senhor Barriga recebeu do Chaves e começou a falar de sua esposa, Maria das Dores... De Barriga... Lembrou-se de um inquilino que era mais caloteiro que o Seu Madruga, um certo Senhor Gomez... Um tanto quanto fantasmagórico... Depois retomou a conversa sobre a esposa, contando como começou o namoro... Falou uma serenata que fez, cantando “Quero ver, outra vez”...  E de quando ela, alta, pulou da janela e ficou baixinha... Para homenageá-la, ensaiou a plateia para bater palmas ao seu sinal quando cantava “Taca La Petaca”... Terminado o stand-up, a almôndega com patas chamou o telão e homenageou os colegas de elenco, a começar por Chespirito... O mais aplaudido foi Ramón Valdés... O primeiro dublador do Senhor Barriga e do Nhonho, Mário Vilela, também foi lembrado...  “Muito obrigado”... Anunciou a exibição de filmes caseiros que realizou durante gravações e viagens do grupo... “Por favor, não filmem... Melhor dizendo, filmem... Porém, mais do que tudo, sintam”... Impossível não sentir nada com cenas do episódio de Acapulco... Chaves preso na porta giratória... Os mergulhos na piscina... As loucuras na areia... E quando aparecem imagens dos shows realizados em estádios e arenas – no caso, o local onde acontecem touradas – por toda a América Latina???... A emoção é indisfarçável...  Entre um show com o Senhor Barriga levando tortas na cara, uma apresentação onde o Professor Girafales é montado pelo Seu Madruga e a Corneta Paralisadora trabalhando forte em favor do Chapolin,  surgem cenas feitas em aeroportos, hotéis e dentro de aviões e ônibus... Com todo o grupo vestindo roupas normais...  Até o “figurante narigudo” e o garoto da camisa 14 – na vida real, o marido de Maria Antonieta De Las Nieves - iam junto...  A cena em que o elenco visita uma tribo indígena na Amazônia peruana faz pensar porque nunca estiveram no Brasil... Para terminar, a baleia de óculos deixou o palco ao som de “Boa noite vizinhança”, a música que encerra os episódios de Acapulco...

























De todas as performances musicais da baleia de óculos no show, a mais elogiada foi a de "Quero ver, outra vez"...























































Encerrado o espetáculo, Edgar Vivar partiu para as perguntas do público... Que já foi direto ao assunto, com uma questão sobre os episódios perdidos e a terceira parte da saga dos piratas do Chapolin, de 1975, que não é exibida no Brasil... “Não ecsistem episódios perdidos”, disse o ator, pronunciando a palavra “existem” com acento espanhol, á maneira do padre Quevedo, que é argentino... “São episódios que o SBT não exibe”... Especificamente sobre o episódio dos piratas – em que interpretou o Pança Louca – disse que as versões que gravaram sempre tinham apenas dois episódios...  Questionado sobre o momento mais difícil nas gravações de “Chaves”, a Barrica de Paletó disse que eram as cenas em que Senhor Barriga e Nhonho contracenavam juntos... Efeitos especiais... “Como o Senhor Barriga era mais alto, quando eu fazia o Nhonho precisava  olhar para cima”... Um espectador teve a curiosidade de saber como era o elenco nos bastidores das séries... “Chespirito era muito tímido, sério... Ramón Valdés era mais engraçado fora de cena do que atuando... Sempre me fazia rir... Maria Antonieta era muito vaidosa... Rubén Aguirre vivia fazendo gestos de toureiro”... Perguntado sobre o episódio de Acapulco – e se a canção “Boa Noite Vizinhança” foi escrita por Roberto Bolaños para assinalar a despedida de Carlos Villagrán do elenco (e não foi...) – o ator deu um conselho... “Você é casado? Se for, não vá a Acapulco com sua mulher”... A curiosidade de outro espectador era saber porque a mulher do Senhor Barriga nunca apareceu em “Chaves”... Edgar respondeu com tranquilidade... “Chespirito procurou sempre colocar algum mistério em cada personagem, como o nome do Chaves ou a mãe da Chiquinha, para prender a atenção do público”... Outra indagação, mais profunda, foi sobre a influência do circo nas séries... Vide o ponto de vista de Vivar... “Chespirito era um atleta... Conseguia dar pulos sem impulsão... No circo, ele gostava dos clowns, dos palhaços, mas não dos números com animais”... Formado em medicina, o ator explicou como começou a trabalhar com Bolaños... “Ele fazia os Supergênios da Mesa Quadrada e a Television Independiente de México, ainda não era a Televisa, aumentou a duração do programa... Ele precisava de atores... Comecei no teatro por causa de uma namorada e gravei alguns comerciais... Fiz o teste e não consegui segurar o riso... Depois do teste, Bolaños me disse... Neste programa não utilizamos ponto eletrônico... Eu respondi... O que é isso???... Então Chespirito falou... Está contratado!!!”... Terminada a sessão de perguntas, enquanto o pessoal que ia fazer foto fazia fila e a garotada do rolêzinho no shopping tirava fotos com um cosplay do Chapolin que assistiu o show, as pessoas que vieram de São Paulo se apressavam em ir embora... Sem se preocupar em pagar 35 reais por um táxi – branco, com uma faixa azul e o desenho de uma andorinha, a ave-símbolo da cidade – mais 30 para embarcar no ônibus da Cometa... O Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, com sua fachada de aeroporto e seus amplos espaços nas bilheterias e plataformas, é um excelente avanço em relação a rodoviária antiga... Que era um prédio adaptado, projetado originalmente para ser um hospital... Houve um problema durante a construção e a empresa constituída para finalizar o projeto fez a rodoviária... Era a Socicam, hoje empenhada em impedir fotos de ônibus nos terminais que administra... Havia lugar no ônibus das 23 horas para São Paulo, mas todas as lanchonetes estavam fechadas... Até a ponta de estoque de livros não estava mais aberta... O jeito era descer para a plataforma e descobrir que o Ouro Verde faz a linha seletiva para Americana com um ônibus que tem as cores – mas não o nome – da Caprioli... Ao entregar  a passagem para o motorista da Cometa, o passageiro olha para o crachá e descobre que o condutor se chama... Silvio Santos!!!... O grande responsável por trazer as séries de Chespirito para o Brasil, agora levaria os fãs que foram ver a Barrica de Paletó para casa, digo...


























Nos registros de viagens do elenco de "Chaves", pode-se ver até o Teixeirinha, digo, o figurante narigudo...

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