segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fora da máquina, será que Marta emplaca???...

Pois é, não é... Marta Suplicy saiu do PT e de sua boca saíu muita "verdade" - pelo menos no seu entendimento...















































Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo, anunciou sua desfiliação do PT no último dia 28 de abril... Nessa mesma época, as máquinas de livros existentes nas estações de Metrô da cidade de São Paulo – seus sucessores na Prefeitura, José Serra e Gilberto Kassab, a acusavam de não investir no sistema metroviário durante o mandato que exerceu entre 2001 e 2004 – começaram a oferecer por um preço mínimo de dois reais o livro “Minha Vida de Prefeita”... Que Marta lançou em 2008, ano em que tentou voltar ao comando da capital paulista pela última vez... A saída não foi fácil, já que ela quase perdeu a cadeira de senadora que conquistou nas eleições de 2010...  Críticas ao governo federal à parte, o objetivo da ex-ministra da Cultura seria disputar a eleição paulistana em 2016, já que em 2012 ela foi preterida pelo atual prefeito da cidade, Fernando Haddad... Que deve ser o candidato petista no pleito... Resta saber qual será o partido que abrigará a ex-prefeita... A filiação tem de acontecer até outubro, sob pena de Marta ser alijada da disputa... O PMDB seria um destino possível... O problema é que mesmo com Eduardo Cunha declarando guerra ao PT, ainda sobra muito PMDB (vide “Jornal do Gordo”... “O PMDB!!!... PMDB!!!... O Ulysses”...) para se manter fiel à base aliada do governo Dilma... Em São Paulo, por exemplo, o partido apoia Fernando Haddad, que em janeiro, nomeou Gabriel Chalita como secretário municipal de Educação... Mesmo cargo que exerceu no governo do Estado, com Geraldo Alckmin – como lembra Diogo Mainardi, um de seus livros é a biografia da esposa do governador, Lu Alckmin... Ou seja, o partido que foi um aliado fiel de Marta nos tempos de Milton Leite fechou a porta para 2016... Ainda se fosse no Rio de Janeiro, onde o PT local vai tentar o que o partido não tem coragem de fazer nacionalmente... Se desvencilhar do PMDB de Cunha, Cabral, Paes e Pezão, e apoiar Marcelo Freixo, do PSOL, para a Prefeitura... Mais tabu que o Mensalão, só a base aliada... Só resta a Marta se filiar ao PSB... Partido que a ex-prefeita fez questão de ter ao lado nas eleições de 2004... Mesmo que a agremiação já tivesse sua própria candidata, a deputada federal, ex-prefeita de São Paulo e ex-petista, Luiza Erundina... Hoje ainda há a perspectiva de uma fusão entre PSB e PPS... Assim, não seria impossível uma dobradinha entre Marta e outra figura ilustre que saiu do PT atirando, Soninha Francine...












A ex-prefeita terá de provar que não é uma onda que passou, como os caras do Casseta e Planeta...















































Mas será que a Marta leva essa???... Não será uma tarefa fácil... Acostumada a campanha negativa dos opositores habituais – os mesmos que a chamam de “Dona Marta”, “MarTaxa” e outros apostos menos gentis – terá que enfrentar a artilharia pesada vinda do PT... Para não citarmos o exemplo de Marina Silva no ano passado – quem diz que Eduardo Campos foi assassinado precisa ouvir o cara que fechou os olhos dele após o acidente - vamos lembrar de Celso Russomanno em 2012... Até porque essa eleição municipal foi o “laboratório” da campanha presidencial, na medida em que um “azarão” foi detonado para fazer o PT derrotar um adversário previsível... Russomanno acabou demolido por uma proposta de tarifa de ônibus interpretada pela propaganda petista como o fim do Bilhete Único e o “novo” Haddad fez o segundo turno com o estigmatizado José Serra... Verdade que o “recall” do ex-repórter do “Aqui Agora” é forte, vide a extraordinária votação para deputado federal na cidade de São Paulo ano passado... Porém, ele não é a figura mais querida entre o eleitorado das classes A e B, onde costumam estar os formadores de opinião que influenciam o eleitorado das outras classes... Se a licitação dos transportes que Haddad pretende concluir até outubro funcionar, talvez Russomanno tenha ainda menos chances de vitória... Marta saiu praticamente sozinha do partido... Onde estão os aliados fieis, como as famílias Tatto, Teixeira Ferreira e Frateschi???... E a militância, então???... A propósito, a disputa eleitoral do ano que vem mostrará se o eleitorado fiel à ex-prefeita é dela mesmo, ou pertence ao PT... E este é um erro de avaliação comum a outros petistas que ocuparam cargos majoritários e deixaram o partido...












Em tempos que as redes sociais formam opiniões, Marta enfrentará a "viralização" da "campanha negativa"...















































Dizer que “Marta é forte na periferia” pode até fazer sentido... Porém outra vez será o caso de ver se esse eleitorado é dela ou do PT... Da nossa parte, os ativistas que defendem incondicionalmente o prefeito não podem ser desprezados... Não são muito numerosos, porém tem um peso muito grande como formadores de opinião – vide redes sociais – nas classes A e B... E esse segmento “puxa” o restante do eleitorado... A favor de Haddad ainda conta a falta de nomes de maior peso no PSDB para a disputa de 2016... Quem sabe se Bruno Covas fosse candidato – apesar do sobrenome ilustre, não é muito conhecido e tem o problema mal-explicado de um de seus assessores -  os tucanos até poderiam conquistar mais a simpatia do eleitorado do que com nomes com perfil mais “reacionário”, como Andrea Matarazzo ou Coronel Telhada... Mara Gabrilli não conta, pois é “Kassabista” – e o ex-prefeito está com o PT e não abre... E tem o Maluf... Um adversário conhecido de Marta, chamada por ele de “Dona Marta do PT”... Aliado também, vide segundo turno em 2004...... Talvez o Doutor Paulo esteja apenas querendo barganhar seu apoio, como fez em 2011, forçando Haddad a procurar outra vice para sua chapa, dada a desistência de Luiza Erundina... Se não concorrer, a campanha em São Paulo será um pouco menos divertida... Embora a disputa entre Marta e seu ex-partido seja bastante promissora... Deixa a Marta trabalhar e relaxa e goza...











Na campanha do ano que vem, a ex-ministra não temerá o mal - e tampouco o Maluf, digo...

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