quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

BBB 1: Bofinho e seu Modo de Vista de Fazer "Reality-Show"...

Logo na primeira edição do BBB, o Mestre ficou com ciúmes de Maria Eugênia, que era muito melhor que mulher... Ops!!!...









































Nossa retrospectiva da história do BBB começa com o relato sobre a primeira edição do “reality-show”, exibida entre 29 de janeiro e 2 de abril de 2002, e que concedeu meio milhão de reais a Kleber de Paula Pedra, mais conhecido como Bambam... O texto foi publicado originalmente no seu Bloquinho Virtual em 21 de janeiro de 2015... De lá para cá, além da mudança do JBlog para outro serviço de vlogs, o lançamento do livro “Biografia da Televisão Brasileira” lançou um pouco mais de luz sobre o lançamento da “Casa dos Artistas”, o “reality-show” comandado por Silvio Santos no SBT que fez a Globo redobrar o empenho em fazer do programa um formato bem-sucedido e duradouro... Já era conhecido o fato de que SBT negociou os direitos do “Big Brother” com a Endemol e que a emissora do Complexo Anhanguera teve acesso a todos os manuais de produção, mas que não houve assinatura de contrato... O livro de Flávio Ricco e José Armando Vannucci revela que Silvio Santos desistiu do acordo porque considerava muito alto o valor a ser investido pela emissora, pois o contrato também envolvia outros formatos da produtora holandesa... Que já esteve nas mãos da Telefônica espanhola, foi adquirida pela Mediaset de Silvio Berlusconi, que se associou à Fox, a qual vendeu a empresa como parte do acordo de aquisição feito pela Valdisnei em dezembro do ano passado... Brigas judiciais à parte, Silvio Santos faria as pazes com a Endemol alguns anos depois e apresentaria seu “game-show” de maior sucesso internacional, aqui no Brasil chamado de “Topa ou Não Topa”.... Vale lembrar também que a relutância de Jon De Mol em comparar o “Big Brother” ao livro “1984”, que é sua inspiração mais evidente, se deve a um processo movido nos Estados Unidos pelos detentores dos direitos cinematográficos do livro de George Orwell... E que as primeiras votações do BBB também exigiam cadastro – no caso, na Globo.Com... Exigência derrubada diante da necessidade de fazer frente à “Casa dos Artistas”, que estreou a segunda temporada alguns dias depois do começo da primeira edição do “reality-show”... E a Fiat, de quem os competidores esperavam ganhar uma Dobló de presente depois de terem se espremido em um Palio Weekend na primeira Prova da Comida da história, realizada na estreia, patrocinou o “reality-show” pela última vez em 2016... E se neste ano ocultar a identidade  de gênero de um dos concorrentes é um tremendo anacronismo, Bofinho começou assim com André Gabeh em 2002...





(Publicado em 21 de janeiro de 2015...) O BBB nasceu em berço de ouro, mas se tornou uma mistura de ovelha negra e filho pródigo e alcançou o sucesso numa jornada tortuosa que lembra a trajetória de seus vencedores... Como isso aconteceu? É preciso relembrar a história da origem do programa... No ano 2000, quando a Globo exibiu com sucesso “No Limite”, houve uma corrida por parte de todas as emissoras ao formato do “reality-show”... Um dos programas que despertaram mais interesse foi o “Big Brother”, criado na Holanda em 1999 pela dupla que fundou a empresa Endemol... Apesar do nome remeter ao romance “1984”, do britânico George Orwell, uma crítica ao totalitarismo e ao controle social, o que evidencia demais o quanto a supervisão total dos participantes, filmados 24 horas por dia, é essencial para o funcionamento do programa, Jon De Mol, um de seus criadores, sempre negou a inspiração no livro... Preferia a comparação com a Biosfera 2, um experimento científico que fracassou ao tentar criar um meio ambiente totalmente autônomo... Poderia ter mencionado o “Experimento da Prisão de Stanford”, nos Estados Unidos, em que o psicólogo Phillip Zimbardo – que a “Veja” entrevistou para tentar entender os protestos no Brasil em 2013 – colocou os estudantes para representarem os papeis de prisioneiros e carcereiros... Tudo monitorado por câmeras... Também não funcionou, mas a semelhança dos castigos e rebeliões acontecidos no simulacro de prisão montado na Universidade de Stanford com os acontecimentos de um “reality-show” é imensa... Voltando ao Brasil, o SBT chegou a negociar com os holandeses – cogitava-se que o apresentador seria Celso Portiolli – porém a Globo fechou um contrato de dez anos com a Endemol em agosto de 2001... Exatamente na mesma semana em que aconteceu o sequestro de Patrícia Abravanel... A estreia da primeira edição seria em abril de 2002, junto com a nova programação da Globo... Pouco depois da filha de Silvio Santos ter sido resgatada – e depois do próprio apresentador e dono da emissora ter sido feito refém pelo sequestrador – o SBT iniciou a produção de um “reality-show” nos moldes do “Big Brother”... Para isso, trouxe a equipe do diretor Rodrigo Carelli, talvez o único fora da Globo com experiência suficiente para conduzir programas do gênero, devido aos programas que comandou na MTV... Tanto que em alguns momentos do programa, quando ele já estava no ar, Silvio Santos dizia... “Esse pessoal da MTV é fogo”... Para contornar eventuais processos por plágio, o formato do programa foi registrado em cartório com o nome de “A Convivência dos Artistas”... Ao mesmo tempo, a realização da atração ficou a cargo de uma produtora de fachada, chamada Intermidia... Esse era o nome que aparecia nos créditos finais da primeira versão da atração... Por fim, uma precaução adicional envolvia a utilização de uma casa vizinha à residência de Silvio Santos, na região do Morumbi, que pertencia ao apresentador e inclusive foi usada durante as negociações do sequestro da filha... Fora dos estúdios do SBT, seria mais difícil contestar a originalidade do programa... Funcionou, mesmo com a Globo conseguindo suspender a atração por dois dias na justiça, o que só aumentaria a curiosidade sobre o “reality-show” do SBT e sua audiência... “Casa dos Artistas” estreou em 28 de outubro de 2001, com Silvio fazendo suspense sobre a identidade dos 12 participantes... Um pouco para escapar das denúncias de plágio e também para atrair anunciantes para edições futuras, a equipe de Carelli reduziu a competitividade ao máximo (as votações eram secretas e o resultado era revelado por Silvio Santos no programa de domingo, tudo para o apresentador fazer seu show no auditório...) e centrou forças no apuro estético, que chegou ao limite da assepsia... Seja pela beleza dos participantes, a decoração e os figurinos bem cuidados das festas ou por providências mais prosaicas, como não permitir alimentos processados na casa e limitar o consumo de bebidas alcóolicas depois de algumas confusões em festas... O próprio nome “Casa dos Artistas” evitaria acusações envolvendo o uso de integrantes direcionados pela produção, além de trazer a facilidade de contar com pessoas acostumadas com as câmeras – o caso de Alexandre Frota é o mais notável... Com esse padrão de qualidade digno das novelas globais, em que mesmo os desvios e conflitos eram embalados de forma agradável ao público, estava montado o cenário para história de Cinderela que seria a vitória de Bárbara Paz no dia 16 de dezembro de 2011, em um programa que estabeleceu o recorde de audiência histórico do SBT – 47 pontos de média, pico de 55 – e que teria para a Globo o mesmo impacto dos atentados terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos... 











Internauta Pedro Henrique torcia pela vitória de seu amigo Marcelo Márcio, quer dizer, de seu amado André Gabeh...







































O golpe desferido pela “Casa dos Artistas”, cujas edições dominicais superavam com sobras a audiência do “Fantástico” – um trauma do qual o “Show da Vida” não se recuperou totalmente até hoje - foi sentido com força na Globo... A ideia inicial era que o programa fosse um segmento do “Fantástico”, o que fez com que as centrais de Jornalismo e Produção trabalhassem juntas na realização do “reality-show”... Quando o programa do SBT conquistou a audiência e a mídia, a estreia foi antecipada para janeiro de 2002... Até porque a concorrente já planejava uma segunda edição da “Casa dos Artistas” logo no início do ano... A direção de núcleo passou das mãos de Luis Gleiser para as de Bofinho... Que tinha sido o diretor de “No Limite”, ou seja, tinha experiência em “tropicalizar” o formato do “reality-show”, como fez com o “Survivor”... E o estilo peculiar de Bofinho seria fundamental para o BBB se diferenciar da “Casa dos Artistas” e conseguir seu lugar ao sol... Primeiro, ele manteve a dinâmica de provas pela liderança e votações dos confinados das versões estadunidenses do “Big Brother”, talvez pela experiência com o “No Limite”... A qual adicionou a escolha dos eliminados pelo público... Que na “Casa dos Artistas” era feita pelo voto de telespectadores em um processo conduzido e sobretudo induzido por Silvio Santos... Funcionava no SBT pelas conhecidas habilidades retóricas do apresentador, mas também dava a impressão que ele fazia o que lhe viesse à cabeça, sem refletir muito... Entregar a prerrogativa de manter ou eliminar participantes para toda a audiência criaria um paradigma de interatividade que é uma das principais causas do êxito duradouro do programa... Na escolha dos participantes, primeiro evitou-se a escolha de modelos clássicos de beleza... Em especial para fugir das inevitáveis comparações com a “Casa dos Artistas” que a mídia especializada, que diante dos números de audiência do programa, tomou partido da atração do SBT, até como reação ao monopolismo da Globo... De fato, não dá para apontar um deus ou deusa gregos no grupo do primeiro BBB... Da nossa parte, talvez Helena Louro e Vanessa Pascale... Todos os outros tinham algum traço pouco usual em sua aparência... Ao tipo físico fora do convencional se somava também uma atitude que escapava de padrões... Com tantas provas e votações, o mínimo que se esperava dos participantes é que assumissem uma postura competitiva, manifestada em conflitos abertos diante das câmeras... Fugindo de uma atitude “teatral”, ao qual sempre eram associados os atores e músicos da “Casa dos Artistas”... A lição foi aprendida rapidamente pelos participantes do primeiro BBB, que logo criaram um grande grupo que controlava as votações, depois conhecido como “Panela do Quarto Azul”... Os confinados também tinham grande disposição para criticar abertamente a produção, fazendo reclamações ao “Big God” – eles eram proibidos de citar nominalmente o nome de Boninho – nas transmissões do pay-per-view, acompanhadas passo a passo pelos primeiros vlogs sobre o “reality-show”... Um pioneirismo de internautas como Rosana Hermann, que tentou convencer a Record a comprar o formato do “Big Brother” já em 1999... Esses relatos serviram para transformar Bofinho em um personagem importante do programa, tão controvertido quanto os seus participantes... Digamos que se o desenho “Drama Total”, que ainda hoje inspira os traços das caricaturas dos participantes do BBB, fosse feito no Brasil, certamente o sadismo do apresentador estaria personificado em um tipo que não existe no desenho original canadense, o diretor... A fama de Bofinho também aumentaria devido aos estímulos a competitividade por meio de induções da produção - que no programa do SBT costumavam ser mais discretas, até para não romper com sua proposta “clean” e politicamente correta... Vide provas da comida, em que o fracasso levava a escassez de alimentos, que explodia em brigas como a do leite condensado... Que serviam de impulso para outros entreveros que acabavam potencializados pela oferta generosa de bebidas alcóolicas em festas, o que é o caso da festa italiana ocorrida alguns dias depois... Não por acaso, na antevéspera da estreia da “Casa dos Artistas 2”... O fato da edição ficar a cargo de uma equipe de jornalistas – comandada então por Eugênia Moreyra – fazia com que os acontecimentos de maior impacto fossem ressaltados nas edições da televisão aberta, para manter o interesse nas articulações de voto e também pelos tempos variáveis das exibições diárias, como os cinco minutos entre a novela e o futebol das quartas-feiras... Em comparação, o programa do SBT tinha duração fixa e geralmente seguia uma narrativa linear... No BBB, as peculiaridades da edição e da exibição determinava o padrão das votações e das eliminações – que graças a um dos participantes, ganharam o apropriado nome de “paredão” – ao mesmo tempo em que causava horror e perplexidade na imprensa... Que fascinada com o apuro estético da “Casa dos Artistas”, considerava o BBB a total negação do “Padrão Globo de Qualidade” e via as brigas como um sinal da irreversível decadência e declínio de audiência da emissora... Ou seja, mesmo gestado com todos os recursos da principal empresa de entretenimento do Brasil, o programa era visto como um “outsider”... Que com todas as suas limitações teria de vencer pelos seus próprios méritos, em um ambiente extremamente hostil... Enfim, a semelhança dessa situação com a vitória de Kleber de Paula Pedra, o Bambam, no primeiro BBB não é casual... 











Melancia ficava impressionado com a semelhança entre a videomaker Estela Padilha e a Chiquinha do "Chaves"...









































A trajetória acidentada do BBB antes de sua estreia e o ritmo imposto pela direção ao programa depois de seu início, em 29 de janeiro de 2002 – até a perda de espaço da atriz Marisa Orth, que dividia a apresentação com o jornalista Pedro Bial e chegou a soprar para Sérgio Tavares que deveria indicar Caetano Zonaro - representa uma aposta menor no voyeurismo e na representação e um esforço forte na direção da instigação jornalística para incentivar a competição – mostra que o dançarino e o vendedor de cocos de Campinas era uma das primeiras opções de vencedor para o “reality-show”, se não a número um... Não seria a cadela Mole... Se é que havia outra prioridade, como até se imaginava na época... A figura angelical da atriz Helena Louro poderia servir... Mas justamente por ser atriz, como Bárbara Paz na “Casa dos Artistas”, a paranaense não era o ideal de ganhadora pretendido pela produção... Assim, seus trabalhos artísticos (como o filme “A Hora Marcada”...) seriam usados para facilitar sua eliminação, que serviria ainda como exemplo didático do estilo do programa... Helena, que lia livros sobre Shakespeare na casa, acabou no elenco do “Zorra Total”... Vanessa Pascale era outra alternativa... Simpática, a modelo não se envolvia em confusões e tinha um comportamento comedido... Além de ser negra, o que daria uma cara mais “nacional-popular” a sua vitória... O problema é que seu romance com o franco-angolano Sérgio poderia ser visto como uma simples cópia da relação entre a vencedora Bárbara Paz e Supla, no “reality-show” do SBT... Outra aproximação com o concorrente que a direção queria evitar... Por isso a formação de casais só ganharia importância no resultado final do programa a partir da terceira edição – quando já não havia a sombra da “Casa dos Artistas”... Esse desprezo calculado da produção se refletiria por muito mais tempo, com a criação do termo “estratégia de casal”... Por fim, Vanessa era filha de estrangeiro – pai nigeriano – e namorava o estrangeiro da casa, o que também poderia acabar levando a acusações de que o BBB era pouco “brasileiro”... Definitivamente, ela não tinha a cara do programa, o que ficaria ainda mais claro anos depois, quando Vanessa passou a apresentar um programa no canal educativo Futura... A opção pelo jogo duro da maior parte dos confinados seduziu o público na mesma medida que chocava na comparação do BBB com a realidade edulcorada da “Casa dos Artistas”... Assim, surgiu o desejo de um vencedor que redimisse o programa de tanta baixaria... Nem as visitas de personalidades globais como Xuxa, Faustão, Chico Anysio e Jô Soares conseguia fazer com que os participantes parecessem mais simpático... Era mesmo um grupo difícil... Não parava de reclamar, nem quando Bofinho revidava via Pedro Bial, ao vivo... Kléber Bambam começou a se tornar a pessoa ideal para o papel de “redentor” ao se tornar alvo dos confinados quando iniciou um romance casual com a carioca Xaiane Dantas, secretária e barwoman, que ainda ficou com fama de “mulher oferecida”... Isso depois da “Panela do Quarto Azul” conseguir eliminar o modelo Caetano ... Sua condição de primeiro eliminado do primeiro BBB se tornaria paradigmática... Tanto quanto o fato do paulista estabelecer um tipo que voltaria em outras edições... O participante mais velho – tinha 40 anos, quando a média de idade na casa era de 25 anos – com pretensões de liderar os demais, sendo por isso rapidamente eliminado... A “Panela do Quarto Azul”, montada e comandada pelo sagaz artista plástico Adriano Castro, o Didi, baiano, único nordestino na casa, tinha bem claro seus alvos... Os participantes que eram atores ou modelos... Era uma intuição de que seus pendores para a representação poderiam ser uma vantagem na disputa... Ainda que houvesse no grupo uma videomaker, uma jornalista, um artista plástico e um músico... A direção agradecia, pois era mais uma forma de se afastar do “reality-show” do SBT... Assim, o grupo arquitetou as saídas de Caetano (55% dos votos...), Xaiane (77% dos votos...), do modelo Bruno Saladini e de Helena Louro... Kleber Bambam, com suas participações em programas da Globo, também seria outro alvo em potencial... Mas com a saída de Xaiane, foi considerado liquidado e posto de lado, já que a prioridade passou a ser as saídas de Bruno e Helena – que já sobrevivera a dois paredões... O carioca Bruno sairia (53% dos votos...) com uma ajuda decisiva da jornalista e cantora Cristiana Mota, principal motor das brigas dentro da casa... Investir em cima da empresária paulsita Leca Begliomini, a figura mais suscetível da “Panela do Quarto Azul” na Festa Italiana, depois de discutir com Cristiane por causa de leite condensado, também não ajudou, pois ainda não era a vez dos casais... Claro que nem o próprio Didi aguentaria mais as explosões da carioca Cristiane, que seria eliminada depois do conterrâneo Bruno... O ápice do grupo de Didi aconteceu na eliminação de Helena Louro, com 51% dos votos... Talvez a primeira demonstração de força das artes da edição do programa, pois no dia do paredão até mesmo a confessa bulimia da adversária de Helena, Leca Begliomini, seria varrida para debaixo do tapete... Mesmo que o transtorno alimentar e sua exposição ao vivo fossem a “cara” do BBB... Leca também seria a primeira “paixão” de Pedro Bial, um interesse que também visava criar uma imagem favorável da paulista... Sem seus inimigos mais diretos, a “Panela do Quarto Azul” teria de cortar da própria carne... Ou melhor, seria cortada pela direção, pois o primeiro a sair foi justamente Adriano, seu líder, com 74% dos votos, na disputa com Vanessa... É o momento em que Kleber – como que “reservado” depois da saída de Xaiane – volta a ganhar importância no jogo... Mesmo sendo “wannabe” e agindo de forma machista durante seu relacionamento na casa, a edição o colocou no papel de “elemento cômico” do grupo... Para fazer um contraste com a “vilania” da “Panela do Quarto Azul”... O que levaria entre outras façanhas às eliminações da videomaker Estela Padilha com 85% dos votos – um recorde de rejeição só superado no BBB 5... Os editores faziam a sua parte tanto quanto Kleber ao ressaltar as cenas em que a paulista Estela colocava o dedo no nariz... Leca saíria em seguida, com 73% dos votos... Enquanto isso, a produção executava uma jogada de mestre... Escondeu a boneca que Kleber fez em uma atividade na casa, batizada de Maria Eugênia... Aí foi só escolher as melhores cenas da choradeira do paulista antes da devolução da boneca para o “bom selvagem” ganhar o público em definitivo... Nem mesmo o surto do finalista André Gabeh – o primeiro homossexual a participar do BBB, num tempo em que a “Casa dos Artistas” era de uma heterossexualidade ortodoxa - passando a incorporar o personagem Marcelo Márcio, conseguiria diminuir a crescente popularidade de Kleber Bambam... Ficou longe do paredão o jogo todo, um feito raro no BBB, mas não levou o prêmio máximo... A direção também fez sua parte, separando o casal Vanessa e Sérgio com a eliminação do franco-angolano dois dias antes da finalíssima (52% dos votos), tirando qualquer possibilidade do par influir no resultado... Que seria amplamente favorável a Kleber, campeão com 68% dos votos em um programa que tentou dourar a pílula com edições que mostravam um programa muito mais leve e alegre do que efetivamente foi, mas que mesmo assim teve 59 pontos de média no Ibope... O espírito contestador dos primeiros participantes do BBB ainda se manifestaria no programa especial que reuniu todos os confinados depois da final, conhecido como “lavagem de roupa suja”... Ao vivo, Didi tentou que todos os participantes fossem presenteados com um carro, a exemplo do que um patrocinador da “Casa dos Artistas” – que também anunciava no BBB – fez com os integrantes do “reality-show” do SBT... Pedido que obviamente não foi atendido... Com Bofinho, a história é outra... 










Diogo Ferraz não foi clonado para comparecer numa casa cheia de pessoas estranhas, não é, Léo de "O Clone"???...

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