Pancada é um grande fã de Charlie Harper - e seria mais ainda se entendesse as tiradas dele em "Dois Homens e Meio"... |
A década de 1990 começa no livro “1001 Séries De TV Para Assistir Antes de Morrer” com a série “Barrados no Baile” (Fox, 1990-2000), que teve grande êxito no Brasil, ao ser mostrada pela Globo em 1992... Nos Estados Unidos, a produção desencadeou uma das primeiras manifestações de ódio na internet, a campanha dirigida contra a protagonista, “I Hate Brenda”... Então é por isso que na época da estreia da novela “Por Amor”, em 1997, apareceu entre os primeiros internautas brasileiros o “Eu Odeio a Eduarda”... Não que Pancada tenha reparado, pois ele estava mais interessado em “Um Maluco No Pedaço” (NBC, 1990-1996), que começou a ser exibida aqui pelo SBT no ano 2000... Quando Will Smith já era famoso no Brasil pelos filmes “Independence Day” e “MIB-Homens de Preto”... No entanto, Pancada e o internauta Pedro Henrique ficaram fascinados pelo memorável anúncio “Vote em Phillip Banks” e pela dancinha do primo Carlton – baseada, conforme aponta o livro, “na performance de Courteney Cox em ‘Dancing InThe Dark’, vídeo de Bruce Springsteen, e no quadro de Eddie Murphy imitando ‘gente branca dançando’”... Sem contar as participações especiais que projetaram personalidades como Hugh Hefner e... Donald Trump!!!... Alguns anos antes de “The Fresh Prince Of Bel-Air” tornar-se uma ameaça, Tiago Leifert, Pancada acompanhou nas noites de domingo globais “Twin Peaks” (ABC, 1990-1991)... Onde o diretor David Lynch fez com três décadas de antecedência o que muitos diretores consagrados do cinema de hoje tem feito, uma série de televisão... Que no caso do Brasil, durou apenas 16 semanas, em 1991 apesar de ter 32 episódios, deixando Pancada sem saber quem matou Laura Palmer... Uma lacuna que nosso fornecedor de DVDs só preencheria quatro anos depois, em 1995, quando “Mister Bean” começou a ser exibido como um quadro do “Fantástico”... E ele nem fazia ideia de que a versão original de “House of Cards” é britânica (BBC One, 1990-1995)... Ou que “It”, a historia do palhaço Pennywise, criada por Stephen King, deu origem a um telefilme em duas partes (ABC, 1990)... Afinal, naquele tempo o internauta preferia o Bozo – que deixou o SBT em 1991 – e o Mestre nem desconfiava que a Vovó Mafalda era vivida por Valentino Guzzo... Que depois se consagraria de cara limpa nos programas de Carlos Ratinho Massa... Que ao surgir meteoricamente na telinha, foi comparado ao rei do telebarraco estadunidense, o “The Jerry Springer Show” (Desde 1991)... O livro situa “Melrose Place” (Fox, 1992-2009), como um “spin-off”, isto é, um derivado de “Barrados No Baile” – que a Globo lançou no Brasil em 1993 – assim como aponta “The Real World” (MTV, desde 1992), como precursor do gênero “reality-show”, ao lado do documentário “An American Family” (PBS, 1973)... Também em nosso país, embora a versão feita pela MTV brasileira, nos tempos da Abril, não tivesse confinamento... Detalhe não levado em conta quando a equipe de Rodrigo Carelli foi chamada para fazer a “Casa dos Artistas”... Inspirado sem pagar pelos direitos no “Big Brother” (Veronica, desde 1999), criado pela Endemol na Holanda... Segundo o texto de Jim Sangster, “em alguns países onde o voto é facultativo, o número de pessoas que votam para escolher o vencedor foi maior do que o das eleições nacionais”... O que o redator não sabe é que no Brasil, onde o voto é obrigatório, a final do BBB 10 teve 154 milhões de votos – mais do que os 135 milhões de pessoas aptas a votar nas eleições presidenciais deste ano, Marcelo Dourado... Neste ano mesmo, os 142 milhões de votos na decisão do BBB se igualaram aos 142 de eleitores de 2014, Emilly Araújo... Alguns dias antes, Ilmar recebeu 63 milhões de votos para ser eliminado... Mais do que os 54 milhões de votos para Dilma Rouseff ou os 51 milhões de Aécio Neves – e mais ainda que o zero voto de Michel Temer ano passado, digo...
Nosso companheiro de web não estranhava a trupe circense de "Carnivale", ao contrário, se sentia um deles... |
Nosso internauta-mor não se apeteceu com “Arquivo X” (Fox, 1993-2002 e 2016), série cuja exibição na Record transformou Gillian Anderson em musa, tampouco com “Walker, Texas Ranger” (CBS, 1993-2001), a despeito do indestrutível protagonismo de Chuck Norris, ou “Nova York Contra o Crime” (ABC, 1993-2005) – nem a exibição no canal Viva ele acompanhou – ou mesmo “Beavis And Butt-Head” (MTV, 1993-1997 e 2011), e olha que ele presidia o fã-clube de Cuca Lazzarotto... A campeã no coração do Mestre era “Lois E Clark: As Novas Aventuras do Superman” (ABC, 1993-1997)... Então é por isso que houve uma época no ABC em que seu apelido era Lois Lane, mesmo que não lembre em nada outra atriz que a televisão brasileira transformou em musa, Teri Hatcher... Ops!!!... Nem George Clooney em “Plantão Médico” (NBC, 1994-2009) despertava tanto interesse no nosso companheiro de web... Já o Pancada... É que o nome da série em inglês, “ER”, é idêntico às iniciais de um colega de rede seu que reside na Zona Sul do Rio... Todas essas séries estouraram por aqui na televisão aberta... Ao contrário de “Friends” (NBC, 1994-2004), que aconteceu no Brasil com as exibições nos canais por assinatura... Afinal, Pancada não viu nem a versão legendada, na Rede TV!, em 1999, e tampouco a dublada, que o SBT colocou no ar em 2004... Tanto êxito não impediu que o Ross fosse parar na gerência de uma pizzaria na região de Orlando, com um pseudônimo hispânico... Nem todos conseguem manter-se em evidência, como Jennifer Aniston, digo... Ou Ellen DeGeneres, protagonista de “Ellen” (ABC, 1994-1998), conhecida como a Xuxa estadunidense, que hoje tem uma atração só sua no Epcot... Ou então Lucy Lawless, também chamada de “Xena, A Princesa Guerreira” (Syndication, 1995-2001)... Que a despeito dos quatro anos de exibição no SBT, entre 1996 e 1999, apenas na Record, em 2006, alcançou o status a que a emissora de Edir Macedo tinha alçado Gillian Anderson na década anterior... Pancada deixa pelo “Hércules”... Ops!!!... Alis, por falar em “Arquivo X”, outra criação de Chris Carter, “Millenium” (1996-1999), também exibida pela Record, não conquistou o internauta Chico Melancia... Para ele, Millenium bom é aquele ônibus da Caio – desde que não seja Piso Baixo Central, João Dória... Assim como Futurama (Fox, 1999-2003 e 2008-2013), o spin-off de “Os Simpsons”, é apenas um supermercado... Sem problemas... Pancada não abre mão da saga da família Simpson nem por “O Rei do Pedaço” (Fox, 1997-2010), “South Park” (Comedy Central, desde 1997) e “Uma Família da Pesada” (Fox, desde 1999)... O Mestre passou batido por “Ally Mc Beal” (Fox, 1997-2002), “Buffy, A Caça Vampiros” (Warner, 1997-2003) e “Sex And The City” (HBO, 1998-2004)... Nem sempre ele se dá bem com protagonistas femininas... Ops!!!... Nem “Dawson’s Creek” (Warner, 1998-2003) o agradou, quando exibida nos sábados de manhã pela Globo, em 2001... Melhor sorte teve “Stargate SG-1” (Showtime, 1997-2007), porque o Mestre não é as tias do Bart Simpson, mas Richard Dean Anderson será eternamente o Mc Gyver, digo... Agora, musa do nosso internauta-mor mesmo é Beatriz Pinzon Solano, a consagrada “Betty, A Feia” (RCN Television, 1999-2001)... Por ele, Ana Maria Orozco Aristizabal – da mesma família do craque colombiano Ari (OG) – nem precisaria de “um novo corte de cabelo, novo par de óculos e uma boa depilação”... Era apetecibilíssima em sua feiura... A novela colombiana – que trouxe mais leveza e humor ao melodrama hispano-americano no livro está lado a lado com a global “Terra Nostra” (1999-2000), que deixou mais dramática a telenovela brasileira, que desde “Beto Rockfeller” (Tupi, 1968-1969) rebate o dramalhão com muito humor, lembrando que a Globo tem os direitos para o texto no Brasil e a trama teve uma participação especial pouco conhecida de Taís Araújo, famosa na Colômbia por “Xica da Silva”, quer era exibida depois do “Chapolin” - conseguiu fazer sucesso até sendo mostrada no Brasil pela Rede TV!, em 2002... Deve ser por causa daquela narração em “off” no início de cada capítulo, digo... “Betty, A Feia” deu origem a 18 versões internacionais – Japão inclusive – entre as quais estão “Ugly Betty” (ABC, 2006-2010) – produzida nos Estados Unidos pela atriz mexicana Salma Hayek, que fazia pontas como uma estrela de novelas vagamente inspirada em sua conterrânea Thalia - “A Feia Mais Bela”, da Televisa, estrelada por Angélica Vale e seus pais, Angélica Maria e Raul Vale, que foi a base para a Record fazer em 2009 “Bela, A Feia”, Gisele Itié... Uma compensação pelo fato da Record não ter exibido a novela venezuelana “Joana, A Virgem”, que adquiriu para rebater o êxito de “Betty, A Feia” em 2002 e deu origem à produção estadunidense “Jane The Virgin” (The CW, desde 2014)... A Rede TV! até lançou uma revistinha que dava direito a participação em sorteios, da mesma forma que o SBT fez com o “Show do Milhão”, uma cópia não autorizada do “Quem Quer Ser Um Milionário” (ITV, 1998-2014)... Tudo mudou com a “Casa dos Artistas” (SBT, 2001-2004), tanto que o “Topa Ou Não Topa”, que Silvio Santos apresentou entre 2006 e 2011 é baseado no formato do “Deal Or No Deal”, surgido em 2000 na Holanda, e devidamente adquirido junto à Endemol, a empresa holandesa de produção televisiva que se associou à Globo no Brasil, já esteve no grupo da Telefônica e hoje é propriedade de Silvio Berlusconi, que ao contrário do Milan, ainda não a vendeu, digo... Inclusive, uma das meninas que segurava as maletas no programa, Yumi, ia participar do BBB 7, mas quando descobriram sobre sua atuação no SBT, para ninguém falar em favorecimento (o “game” e o “reality-show” são produtos da Endemol...), colocaram em seu lugar uma certa Flávia Viana... Que como atriz de pegadinhas na Rede TV! chegou a ser chamada de “Marquinho de Saias”, Igor Barros... Ah, sim... A versão do “Topa Ou Não Topa” nos Estados Unidos estava a cargo de Howie Mandel, “o pai que vira desenho” de “O Fantástico Mundo de Bobby”...
Seu momento de maior satisfação foi quando o SBT exibia "Sobrenatural" todos os dias, na hora da novela das oito/nove... |
“Família Soprano” (HBO, 1999-2007) é um dos marcos iniciais da atual “modinha” de séries, consagrando o estilo que tenta ser copiado no Brasil pelo “Padrão GloHBO de Qualidade”... A densa história de Tony Soprano, o mafioso que comparece no divã entre um acerto de contas e outro, foi uma das muitas companhias do Pancada nas madrugadas do SBT... Que encheu o horário de séries – e de uma inesperada reprise do “Clube do Chaves” (Televisa, 1988-1995) – na primeira década do século XXI, aproveitando o famoso acordo com a Warner, dona da HBO... Assim, nosso humorista e fornecedor de DVDs pode acompanhar o dia-a-dia violento de uma penitenciária de segurança máxima em “Oz” (HBO, 1997-2003)... Também seguiu as atribulações do presidente dos Estados Unidos em “Nos Bastidores do Poder” (NBC, 1999-2006), e o fato do protagonista ser pai do Charlie Sheen também ajudou... Sem entender muito como a história de uma mãe solteira e sua filha adolescente ganhou no Brasil o título de “Tal Mãe, Tal Filha”, também perdeu o sono com Gilmore Girls (WB, 2000-2007)... Como “24 Horas” (Fox, 2001-2014) foi exibida na Globo, ele nunca criou um perfil fake no Orkut (beta) com o nome de Jack Bauer, ainda que goste muito do episódio “24 Minutos”, dos Simpsons... Quanto a “Smallville” (Warner, 2001-2011), ele deixava de ver “A Turma do Didi” nos domingos à tarde para acompanhar as aventuras do jovem Clark Kent no SBT... E lamentou quando o SBT tirou a série do ar para dar uma forcinha ao “Casos de Família”... Ainda que Christina Rocha seja bem melhor que Kristin Kreuk... Ops!!!... De volta às madrugadas, “A Sete Palmos” (HBO, 2001-2005), sobre uma família que trabalhava forte no ramo funerário, humor negro incluído, era insônia na certa... Ao contrário de Câmera Café... Não o original francês (M6, 2001-2006), mas o interprograma exibido pelo SBT em 2007, com participação de Martha Volpiani, a dubladora de Florinda Meza... Genial essa ideia de mostrar o cotidiano de um escritório sob o ponto de vista de uma câmera dentro da máquina de café, pensou... Pancada não tem muito a dizer sobre “Monk” (USA Network, 2002-2009), série a qual a Record agregou o subtítulo “Um detetive diferente”, mas apreciava muito “Desaparecidos” (CBS, 2002-2009), em especial quando era mostrada depois de “Pegadinhas Picantes”, em 2009... A fábrica de séries da HBO produziu também outro clássico das madrugadas do SBT, “Carnivale” (2003-2005), com as andanças de um bizarro circo itinerante nos Estados Unidos da Grande Depressão, na década de 1930... Nosso colega de rede não entendia muita coisa, e boiava ao ver o drama adolescente “Lances da Vida” (WB, 2003-2012)... Também era difícil achar graça de “Dois Homens e Meio” (CBS, 2003-2015)... Então é por isso que a série nunca emplacou fora da madrugada na emissora de Silvio Santos e Pancada nunca levou a sério os conselhos de Charlie Harper e nunca se apeteceu por Ashton Kutcher... Ops de novo!!!... Nosso companheiro de web, ao contrário de Marcos Harter, não levava a sério “Estética” (FX, 2003-2010), que inspirou a sua atuação no BBB – a do cirurgião plástico Christian, não do seu colega de bisturi Sean – e menos ainda outro melodrama “teen”, “The OC-Um Estranho no Paraíso” (Fox, 2003-2007)... Assistia porque era o que tinha para hoje no SBT, assim como “Veronica Mars” (UPN, 2004-2007) – mesmo que a emissora tenha agregado o aposto “A Jovem Espiã” – e “Entourage” (HBO, 2004-2011) – que ganhou como adendo “Fama e Amizade”... Pula “Desperate Housewives” (ABC, 2004-2012), que passou na Rede TV! e ganhou uma inesperada versão nacional na emissora entre 2007 e 2008, “Donas de Casa Desesperadas”, Sônia Braga, “Doutor House” (Fox, 2004-2012), mostrada pela Record – que levou à paródia “Doutor SUS” no “Tem Que Dar”, em que Marcius Melhem diagnosticava tudo como virose, Hugh Laurie – e “Lost” (ABC, 2004-2010), a mirabolante história de fantasia dos sobreviventes de um acidente aéreo (sobreviveram mesmo???...) que a Globo mostrava depois do “Programa do Jô”... Não passar no SBT pode ser um problema, digo... Com “Lost” nós terminamos nossa resenha do livro, o que excluirá a tarefa de lembrar que a emissora anunciou a série “Grey’s Anatomy” (ABC, desde 2005) como “novela estadunidense”, na época em que ela era exibida logo após “Pantanal” (Manchete, 1990), em 2008... Dizem que o Melancia só assistia por causa da médica oriental, mas, enfim... Entretanto, não poderíamos deixar de citar um dos momentos mais felizes do Pancada na frente da televisão, que foi a exibição diária de “Sobrenatural” (The CW, desde 2005), no mesmo horário da novela das oito que começa depois da nove da Globo, 2009... Ele não perdia nenhuma das aventuras do irmãos Wichester, e não estava sozinho, pois a audiência crescente começou a incomodar a “Plim-Plim”... Entretanto, quando a exibição alcançou a quarta temporada, o SBT simplesmente não quis exibir o quinto ano da série, então inédito na emissora... Preferiu colocar no horário outra série, “Gossip Girl” (The CW, 2007-2012), pensando que o surrado drama dos adolescentes seria o contraponto perfeito para o mundo visto da região do Leblon de Manoel Carlos de “Viver a Vida”... Deixou órfão o público que curtia o horror sarcástico de “Sobrenatural” e derrubou o Ibope... A Record não perdeu tempo e colocou na mesma faixa “CSI –Investigação Criminal” (CBS, 2000-2015), com a qual manteve um confortável segundo lugar na audiência por longos anos, com direito a episódios gravados pelo Pancada... Ops outra vez!!!...
Familia Soprano é uma excelente série com grande história. Adoro muito Sr. Avila, a última temporada me deixou na dúvida do que passaria com o personagem de Tony Dalton, e pelo o que eu vi no trailer da quarta temporada de Sr. Ávila emocionei muito, ancho que é uma das melhores series sobre a mafia, parece que vai ser algo bom. De acordo com os detalhes que vi sobre a produção da nova temporada, os lugares serão fantásticos e a história terá um giro inesperado. Não posso esperar!
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