quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Um Pancada em Acapulco...

Quando compareceu ao hotel em Acapulco, Pancada fez questão de repetir a famosa cena da porta giratória...
















































Na dublagem original do episódio do Chaves “Os Farofeiros” , a cidade de Acapulco, no litoral do México, é chamada de Guarujá... Então é por isso que muitos internautas pensam que o balneário mexicano é parecido com a cidade da Baixada Santista... Nosso humorista e fornecedor de DVDs Pancada viajou para o México e descobriu que Acapulco é mais parecida com o Rio de Janeiro... Isso se o Aeroporto Internacional do Galeão ficasse na Barra da Tijuca... Apesar do terminal aéreo mexicano ser bem menor, os shopping centers e condomínios residenciais de luxo pelo caminho não a nítida impressão de que o piloto da avioneta enganou-se quanto ao destino do voo... Em seguida, o caminho serpenteia pelas curvas de pistas espremidas entre os morros e as praias, como no percurso pelo Joá e São Conrado até a praia do Leblon...  Na Avenida Costera Miguel Alemán, que margeia as praias, a lembrança é de Ipanema, Copacabana, Botafogo... Quem vem da cidade do México descendo a serra e passando por túneis, vindo de Cuernavaca e Taxco, tem uma sensação diferente... As regiões suburbanas, cortadas por uma linha de BRT em construção, evocam uma viagem acompanhando o trajeto do Transcarioca ou do Transoeste... Só que ao invés das vans de lotação, o serviço de transporte alternativo é feito por picapes, nas quais os passageiros viajam em bancos de madeiras colocados na caçamba dos veículos, a qual possui uma cobertura de lona... Um autêntico pau-de-arara urbano... Conforme as praias ficam mais perto, os turistas que vem em excursão são informados sobre os astros que compareceram a Acapulco... Elvis Presley e Cantinflas, que fizeram filmes por ali... E Chespirito, é claro... Que não fez filme – “El Chanfle Segundo” é passado no Hotel Monte Taxco, nas região montanhosa -  mas usou um hotel e as praias da cidade para as locações de “Os farofeiros” e “Um Chapolin em Acapulco”, em 1977... Pancada não compareceu a Acapulco convidado pelo Senhor Barriga, mas teve a viagem paga por um tio... O carro que o levou do aeroporto até o hotel não era um Volkswagen Safari, um jipe conversível construído a partir da plataforma do Fusca (Chamado de Type 181 ou Munga na Alemanha ou Thing, nos Estados Unidos), mas sim um Nissan Tsuru, carro que é fabricado exclusivamente para uso como táxi no México... Chegando à cidade, Pancada repara no tráfego congestionado e em uma grande fila formada em frente a entrada de um centro esportivo... Valendo-se do espanhol  que aprendeu traduzindo episódios de Chaves e Chapolin, nosso colega de rede perguntou ao motorista a razão daquela “cola”... O chofer explicou que o governo mexicano está distribuindo televisores digitais – componentes vindos da Coreia, aparelhos montados no México – para a população, pois dentro de uma semana o sinal analógico de televisão seria desligado... Uma distribuição assim no Brasil, que iniciou o “apagão analógico” em Goiás e deve concluir o processo em três anos seria a maior bagunça, pensou nosso companheiro de web... Que coisa, não...  














Além de "Os Farofeiros", a fachada também lembra outro episódio do "Chaves", "Sem Pichorra Não Há Festa"...












































A primeira parte de “Os Farofeiros” começa com uma cena da fachada do hotel em que os moradores da vila do Chaves vão se hospedar... Que na época chamava-se Acapulco Continental... Hoje ele é denominado Acapulco Emporio, e pertence a uma rede com hotéis de luxo em outras cidades mexicanas... Como lembrança do antigo, nome, um conjunto comercial ao lado do hotel chama-se Acapulco Continental... Depois da fachada, era mostrado o carro do Senhor Barriga  chegando pela Avenida Costera Miguel Aleman... O pequeno Volkswagen passava por entre os típicos carrões estadunidenses, um ônibus e os fuscas de táxi, nas cores branca e azul... Hoje, só restaram os Fusquinhas, que fazem um serviço com preço diferenciado, a “Tarifa Vocho”, mais em conta que os táxis comuns... Os ônibus, quase todos do tipo jardineira, da International – e um ou outro Marcopolo Torino, cobram 7 pesos pela passagem... Quando é que Pancada viajaria de ônibus  pelo equivalente a R$ 1,50 no Rio de Janeiro???... E o melhor, sentido o ar fresco no lugar onde a janela foi quebrada – restaram alguns estilhaços – em frente a estrutura metálica que comportava o assento de um dos bancos...  Nosso humorista veio do aeroporto em um táxi comum  - a corrida custou 400 pesos, o equivalente a 100 reais – e nenhum figurante narigudo veio pegar as suas bagagens... Assim, Pancada não pode confundir o personagem de Guillermo Cardenas com um ladrão... A entrada do hotel está bem diferente, com menos árvores e decorada com piñatas, pois “sin piñata no hay posada”, ou seja, não da para quebrar a pichorrinha... A porta giratória foi trocada, mas permite ao nosso humorista reconstituir a famosa cena  na qual o Chaves constata que o hotel por dentro é igualzinho ao que é por fora...  Alis, não há um brasileiro que não deixe de fazer a sua versão da entrada no hotel... A recepção foi ampliada e Pancada não encontrou a Chiquinha... Em compensação, fez questão de pedir um quarto com vista para a piscina que parece um rio... Também aproveitou a promoção que oferecia  o frigobar completo, com bebidas e chocolates, por 500 pesos, ou seja, 125 reais... O que inclui uma garrafa de Yole, o refrigerante de limão que Pancada comprou em uma máquina na saída do aeroporto... No momento em que um atencioso solado do exército, armado de uma metralhadora, lembrou a ele que tinha esquecido de pegar o troco... Nas proximidades do hotel, o policiamento armado feito pelos militares é ostensivo... A passagem de caminhonetes levando soldados na caçamba, também equipada com uma metralhadora, é constante... Até parece com as UPPs do Rio, digo... O quarto de Pancada fica no décimo-primeiro andar... Não é exatamente o local onde Chaves e Senhor Barriga ficaram hospedados, mas a sacada e a vista da piscina são muito parecidas... Mais adiante, se contempla a praia, a ilha no meio do mar, os prédios na orla... Só falta o parapente subindo e a música do Chapolin... Também dá para se admirar com a imensa quantidade de água do mar e dizer que embaixo tem mais... Sendo que esse chiste é baseado em fatos reais, vide autobiografia de Chespirito... A cama perto da janela fornece uma vista excelente do por-do-sol e uma outra canção vem à mente... “Quantas vezes, como agora... A reunião, se estendeu... Até que chegou a aurora... E nos surpreendeu”... A emoção a flora, mas a realidade se faz presente com toda a força quando Pancada não consegue abrir o chuveiro...  Ora, basta empurrar o registro na parede e depois baixar o pino na torneira da banheira para sair água pela ducha... A noite, apesar do quarto ter ar-condicionado, que funciona muito bem,  Pancada prefere consultar seu laptop na mesinha de alumínio da sacada... É a hora de entrar com a senha do wi-fi para falar com a família no Brasil... E assistir no Youtube os episódios do Chaves e Chapolin para tirar as dúvidas sobre os locais onde os personagens passaram...
















Claro que ao ver da sacada do quarto a imensa quantidade de água, Pancada disse que embaixo tem mais...












































Na hora do café da manhã, Pancada pensou que a cena do desjejum da segunda parte de “Os Farofeiros” tivesse sido feita ali nos sofás da recepção... Na verdade, a locação fica ao lado, diante de uma fileira de palmeiras... Nosso companheiro não pediu um cachorro-quente ao garçom – ele lembrou que não estava na casa do Seu Madruga - mas serviu-se vários churros no buffet... Com um deles até fez um bigodinho como o do Quico em “A Sociedade” e disse... “Que delícia, Professor Girafales, que delicia!!!”...  A garçonete pergunta se Pancada quer café, mas se vai tão depressa que ele não consegue dizer que Maitê Proença tem publicidade e, tirando o rosto e o corpo bonito que ela tem, sobra o time do Foguinho... Ops!!!...  Entre o salão de refeições e a piscina, há uma área verde com aves, inclusive um papagaio... Que como o Luis Manuel, não se conforma de ser chamado de loiro, pois é verde... Depois do viveiro das aves, está a piscina... Quase igual a da época dos episódios gravados no hotel, mas sem o trampolim onde o Chapolin mergulhou de trás para frente, digo... Pancada não se deixou levar por um biquíni qualquer, até porque a piscina estava vazia, sem os tantos turistas que acompanhavam de camarote as discussões entre Chaves, Quico e Chiquinha... Em compensação, pode exercitar seu talento de mergulhista – a qualificação de sua mergulhada foi 2 – e desfilar pela beira da piscina, como se estivesse ouvindo os elogios do Seu Madruga... “Moça bonita!!!... Moça formosa!!!... Moça bem-feita!!!”... Como não tinha um livro de poesia ou as mãos de um marinheiro tatuado, nosso colega de rede lia um livro de colorir da Galinha Pintadinha em espanhol, que comprou no shopping center que fica em frente à entrada do hotel... Tem até C&A, mas sem o pessoal do “Porta dos Fundos” anunciando... Até porque o elevador do hotel lembra mais o meme com o John Travolta... Na piscina, não tem tabuleiro de xadrez, mas dá para confundir a bola de praia da Chiquinha com um coco enquanto se descobre a presença do Senhor Barriga na sacada de um dos apartamentos do hotel... Mas desde quando ele acenava do alto, digo???... Ao lado do balcão onde se pegam as toalhas – mediante apresentação do cartão entregue no check-in – está a saída para a praia... Mais alguns passos, e chega-se ao mar... É o momento em que Pancada imita Sophia Coren  e diz... “Oh, e agora quem poderá me defender???”... A esperança era de que Chato Resto, que não emagreceu para a filmagem da série, aparecesse vestido de Chapolin... No entanto, nem o Homem-Nuclear e tampouco a caçadora de autógrafos deram o ar de sua graça... O jeito é enterrar-se na areia e esperar que o produtor da série do Chapolin sente em cima, para o internauta conferir se suporta uma tonelada... Ou destruir o castelo de areia do Quico... Não perto daquela língua negra...  Talvez colocar moedas nas costas de algum banhista que esteja se bronzeando... Ou correr em câmera lenta, igual ao Homem-Nuclear... Que é o nome dado no México ao Homem de Seis Milhões de Dólares – cifra tão impressionante para o Pancada quanto a cotação da moeda estadunidense, que vale 17 pesos... Alis, o gramado onde o Seu Trocadeiro perseguia a atriz deu lugar a mais um conjunto de piscinas... Muito propício para Pancada imitar o Mister Bean quando perde o calção na água... O dia está terminando e é hora de voltar para as areias da praia... Falta a fogueira e alguma coisa para assar – os croissants doces que acompanham bonequinhos do Chaves e Chapolin vendidos na loja de conveniência Oxxo não servem – mas o boné do Chaves é suficiente para cantar “Boa Noite Vizinhança”... “Prometemos, reunirmo-nos, sem dizer, adeus jamais”...  Nesse momento, nosso colega de rede , que estava sentado na areia, levanta-se e faz um “Zás, Zás”... Isso depois de dispensar o vendedor de pulseiras...

















O hotel pode estar modificado, porém o cenário de "Boa noite vizinhança" continua o mesmo...

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