Reservamos a terceira parte da revisão de revistas sobre Ayrton Senna do lote que adquirimos na OLX para o olhar especializado das publicações sobre automobilismo, começando pela revista “Grid”, editada pela Editora Azul, a mesma de “Contigo”, um braço da Editora Abril que se concentrava nos títulos cujo foco principal era a venda em bancas, surgida como edição especial de “Placar”, publicando revistas-pôster após as corridas de Fórmula-1, e que começou a ser publicada mensalmente em 1993... Na época do acidente de Senna, foram publicadas duas edições de “Grid”, a revista do mês e uma “Edição Histórica”, com o título de capa “Ayrton Senna - a história de um mito”, junto a uma foto do rosto do piloto com a mão no queixo, pensativo, feita pela Sipa Press, enquanto na contracapa, a imagem de Ayrton de corpo inteiro, com a mão nos bolsos do macacão da Williams e o boné do Banco Nacional na cabeça, sob um fundo preto, com uma frase de Senna servindo de legenda, “O importante é vencer. Tudo e sempre”... Depois do prefácio na página 3, “Vida eterna para o mito”, uma sequência de fotos (nenhuma delas creditadas) mostram “Os Grandes Momentos” de Senna, “Rei da Chuva” – pilotando a Mc Laren com a pista molhada – “Príncipe de Mônaco” – no pódio de 1984, ao lado de Alain Prost e Niki Lauda, atrás de Jean-Marie Ballestre e correndo com a Lotus pelo circuito de Monte Carlo em 1987 – “Palmas para o bicampeão” – guiando a Mc Laren e sendo aplaudido por Ballestre ao receber o troféu do título de 1990 – “Acelera, Ayrton!!!” – guiando a Toleman nas corridas do Brasil e de Portugal em 1984 e brindando a assinatura do contrato com a Lotus com o dirigente Peter Warr, ao lado de seu então empresário, Armando Botelho – “A Última Vitória” – na Austrália, em 1993, com a Mc Laren usando motor Ford – e “O Sonho que Virou Pesadelo” – posando com seu companheiro de equipe ao lado da Williams número 0, o 1 não podia ser usado porque o campeão de 1993, Alain Prost, deixou a categoria, alis, nunca é demais lembrar que todos choraram por Senna, só Damon Hill... Ops!!!... “A Criança” traz fotos conhecidas do pequeno Ayrton, no Fusca, ao lado do FNM JK, no jipinho de brinquedo, posando na escola, com o papi no kart, alis, na primeira corrida, aos 8 anos de idade, ele já foi pole, definida por sorteio, mencionando ainda que o kart de madeira com que Senna posou ao lado do JK, foi destruído em um acidente quando era pilotado por Leonardo Senna na metalúrgica de Milton, “virou para trás, atendendo a um chamado, e bateu no muro”... “O Homem” fala sobre o patriotismo do piloto, “o fato de ser brasileiro me enche de orgulho”, da sua solidão, “mas tenho fé de que vou encontrar a pessoa ideal para dividir a minha vida”, e de um gosto recente, “hoje, gosto muito mais de crianças do que gostava há um ou dois anos. É mais fácil se comunicar com uma criança, basta trocar um olhar, um sorriso, um simples gesto” – vide foto com a garotada amiga na inauguração do kartódromo na fazenda de Tatuí, nesta sessão também temos a foto de Senna a rigor deitado no sofá, feita por Norio Koike, e uma imagem bem conhecida, do brasileiro, Sérgio Berezovsky, Ayrton abrindo o macacão e mostrando o distintivo do uniforme do Timão, “No peito do piloto frio e corajoso batia um coração corinthiano”... “A Evolução” resume a trajetória de Senna nas categorias de base do automobilismo, “Da coleção de Milton Senna: a primeira prova de Ayrton em Interlagos, à bordo de seu próprio kart”, “Senna com 13 anos, ao lado de um dos karts com que ganhou títulos em diversas categorias. A foto é do álbum de família”, “Alegre, em Brands Hatch, onde conquistou sua primeira vitória com um carro, em 1981” – a primeira de uma série de 12, que lhe renderam três títulos ingleses - “Nos primeiros tempos na Europa, Ayrton pensou em desistir. O motivo??? Falta de reconhecimento e saudades de casa” – chegando a trabalhar no escritório da loja de materiais de construção do pai - “O primeiro amarelinho na Fórmula 1600 inglesa, propriedade do ‘ingrato’ Ralf Firman” – da equipe Van Diemen, “que atribuiu o sucesso da equipe à máquina que desenvolvera” – “Pilotando para a Rushen Green na Fórmula 2000, Senna obteve 21 vitórias na temporada de 1982” – em 27 provas - “Em 1983, pilotando um Ralt Toyota na Fórmula 3, Senna ganha três em Silverstone, que vira Silvastone”, “Duas vezes vice-campeão mundial de kart: uma frustração para o piloto que só queria vencer” – foi vice em 1979 e 1980 – e “No último estágio antes do sonho: Senna é campeão da Fórmula 3 inglesa”... Logo depois, “As Poles” – um total de 65, a primeira no GP de Portugal de 1985, com uma Lotus Renault, e as três última com a Williams Renault, nas provas de Interlagos, Aida e Imola em 1984, com 13 poles nas 16 provas de 1988 e 1989, “embora muito curta, a sensação da pole é muito intensa” , o Mestre sente a mesma coisa com o desenho “Pole Position” (!!!) - “As Vitórias” – ao todo, 41, com imagens dos triunfos em Portugal, na temporada de 1985 – a primeira, com uma chuvinha no Estoril – San Marino em 1989 – rompendo uma trégua com Alain Prost e ultrapassando o francês na primeira volta – Interlagos em 1991 – primeira vitória no Brasil – e na Austrália, em 1993 – pela última vez, abraçado com o campeão Prost e Damon Hill no pódio, e depois de um pôster da Williams, “Ayrton Senna, Campeão Mundial de Fórmula-1 1988 1990 1994”, “Os Adversários” – conversando com Prost em Jacarepaguá e correndo juntos em Ímola e posando ao lado de Piquet no autódromo carioca, ele de óculos escuros, camisa polo e bermuda da Sérgio Tacchini e Nelson Piquet de jeans preto e camiseta do Popeye... A situação fica um pouco mais séria em “Os Acidentes”, com registros do ocorrido na prova do Estoril, em 1989 – com Nigel Mansell, que “já estava desclassificado”, mas não permitia a ultrapassagem – na corrida de Suzuka, em 1989, com Prost, que “pulou na frente na largada, resistiu a uma perseguição implacável de Senna e não teve dúvidas de fechar a porta para o brasileiro no finalzinho, quando seria ultrapassado, numa manobra desesperada de Senna. Ambos fora. Prost se julgava campeão e desceu do carro. Mas Senna não desistiu da luta tão fácil. Continuou na pista, recuperou a posição e chegou em primeiro. Depois acabou desclassificado porque seu carro fora empurrado” – afora a briga com o bronqueado Ballestre – no treino do Grande Prêmio do México de 1991, vide capotagem na curva Peraltada, “apesar do susto, o piloto saiu tranquilamente de baixo do carro” – e em 1993 em Monza, abalroado por Damon Hill e tirando Martin Brundle da disputa... “Os Títulos” de Ayrton são sintetizados por três imagens de página dupla, o de 1988 (oito vitórias, 13 poles) pelo banhaço de champanhe de Thierry Boutsen, terceiro colocado em Suzuka, o de 1990 (seis vitórias, 10 poles), pela batida com a Ferrari de Alain Prost no Japão, “com um delicioso gosto de vingança”, e o de 1991 (sete vitórias, oito poles) pela Mc Laren levantando para o lado direito na vitoriosa corrida na Bélgica, e “O Arrojo”, mostra o momento na prova de Monza em 1993 que a Mc Laren de Senna é levantada pela Williams de Damon Hill... Saindo das pistas de automobilismo, “A Vida” mostra Ayrton no Sambórdomo carioca, “No Carnaval do Rio, em 1992: alegria na passarela do samba no desfile da Estácio de Sá” – campeã do ano, no desfile respectivo, Senna inspirando a sambadinha de Rubinho Barrichello trabalhando forte no adereço de cabeça – a bordo de uma avioneta supersônica da FAB, “Pilotando um caça Mirage: o prazer de voar” – a gente prefere o biscoito Mirage, O PACOTÃO – “Com Lilian, a primeira mulher, no início de carreira na Inglaterra” – a única com quem casou de papel passado – “Com a última namorada, Adriane Galisteu, na casa de praia em Angra dos Reis” – os dois caminhando na areia, de biquíni e sunga, “dis costas”, um flagra estilo “paparazzi”, bem diferente das poses de “Caras”, e não é só apenas isso – “No barco com os amigos: sempre que podia, estava no mar” – Ayrton no comando do iate, Galisteu no “banco do carona”, alis, a família é citada no texto da matéria, “Desde pequeno, teve a carreira cuidadosamente construída por Milton da Silva, seu pai. Conquistou o apoio de dona Neide, a mãe. Tinha na psicóloga Viviane, a irmã, uma força nos momentos mais difíceis. E ultimamente dividia com Leonardo, o irmão, as ações de sua mais nova empresa, a Senna Import, que vende os carros Audi no Brasil”... “A Fé” registra o momento em que a “religiosidade que adquiriu quando menino” foi “despertada com toda a força no GP de Mônaco, em 1988: Ayrton liderava a prova com quase 1 minuto de vantagem sobre Alain Prost quando bateu o carro sozinho no guard-rail. ‘O acidente foi um sinal de que Deus estava ali me esperando, para me dar a mão, bastava eu dizer que queria”, a aparição nas duas últimas voltas da prova que valeu o primeiro título mundial, no mesmo ano, no Japão, “’Mesmo orando, estava concentrado, me preparando uma curva longa, quando vi a imagem de Jesus’, desabafou Ayrton na época. ‘Ele estava suspenso. Foi de enlouquecer. Cruzei a linha de chegada urrando dentro do capacete. Comecei a chorar’”, além da ocasião em que “conseguiu se enxergar fora do corpo e do seu carro, envolto numa áurea”, no GP de Mônaco, em 1990 – nenhuma menção a Renascer em Cristo... Em “Os Amigos”, fotos com Frank Williams, Chico Landi, Emerson Fittipaldi, Ron Dennis, Gehard Berger, e, num registro feito por ocasião do 500º Grande Prêmio de Fórmula-1, em 1990, na Austrália, Ayrton está acompanhado dos campeões James Hunt, Jackie Stewart, Denis Hulme, Juan Manuel Fangio, Jack Brabham e... Nelson Piquet (!!!), ao mesmo tempo em que na página dupla “O Supercampeão”, na montagem fotográfica feita pelo fotógrafo Beinhar Wilheim, da agência DPPI, ele faz uma fila com seis imagens de si próprio (!!!), o texto ainda considera a pole em Mônaco, na prova de 1990, “seu auto-retrato, como se fora uma obra de Van Gogh” (!!!), e após duas páginas com a relação dos títulos de Senna no kart, na Europa, e das 161 provas na Fórmula-1, “As Frases”, abrindo com “Brasileiro só aceita título se for de campeão. E eu sou brasileiro”, e concluindo com “Quero melhorar em tudo. Sempre” – tu o disseste, Ayrton...
Na edição especial de “Grid” há um predomínio do registro da trajetória de Ayrton Senna, o número regular da revista, com data de 1992, prioriza a informação mais imediata, a foto principal de capa é do piloto antes de largar para o Grande Prêmio de San Marino, com a legenda “Ímola, início da tarde de 1º de maio de 1994: Senna se ajeita no cockpit da Willians e parte para a tragédia”, logo acima do título “Como a F1 matou Senna”... Do lado direito da capa, como que observado pelo próprio Ayrton, o título “O GP da morte”, e duas fotos, “Ayrton Senna, no domingo”, durante a remoção do corpo da Williams logo após o acidente e “Roland Ratzenberger, no sábado”, com a cabeça do piloto austríaco caída para o lado esquerdo do carro da Sintek, e no canto inferior direito da capa, a foto do acidente de Rubens Barrichello com a Jordan no treino de sexta-feira, “Rubinho escapa, a esperança brasileira renasce de novo”... A matéria de onze páginas sobre o acidente em Ímola, “Adeus, campeão!!!”, tem início em uma página ímpar da publicação, ao lado de um anúncio da Arisco com a foto de dois pilotos patrocinados pela empresa de alimentos, Rubens Barrichello e Nelson Piquet, “A Arisco também alimenta emoções”, a abertura da matéria com Senna, escrita por Sérgio Quintanilha, Lívio Oricchio, Luiz Alberto Pandini, Jorge de Souza e Ronaldo Ribeiro, é ilustrada por uma foto do nosso conhecido Gianni Giansanti, da agência Sygma, “Ayrton, introspectivo, parecia intuir a tragédia que aconteceria na curva Tamburello, que no mesmo dia teve o muro final transformado em santuário”, chamando para a foto de uma bandeira com a figura do piloto, logo acima do trecho inicial da reportagem, citando a música “Ideologia”, de Cazuza, “Nosso herói morreu de overdose. Ayrton Senna da Silva, 34 anos, rei das pistas, morreu na sétima volta do GP de San Marino, em Imola. Foi vítima de overdose de ganância dos organizadores do grande prêmio, overdose de insensibilidade dos cartolas da Fórmula 1, overdose de estupidez dos responsáveis pela ‘segurança’ do circuito de Imola, overdose de irresponsabilidade dos diretores da prova. Senna morreu na hora, mas houve uma encenação criminosa, como se ele pudesse ser salvo. A Fórmula 1 está de luto. O Brasil está órfão. Tudo por culpa de uma competição que deu meia-volta, regressou no tempo e voltou aos terríveis dias em que a tragédia se misturava ao espetáculo. A morte de Senna foi a imagem mais trágica e revoltante de um final de semana infernal, pois o ato macabro teve ainda outro piloto morto (Roland Ratzenberger) um ferido (Rubens Barrichello), três mecânicos atropelados e quatro espectadores atingidos por pedaços de carros acidentados. Quem se interessa por esta Fórmula 1???”... A matéria segue descrevendo o ocorrido antes da largada, “Ayrton Senna estava iniciando uma luta contra o lado assassino da F 1.Já havia reclamado da presença do safety-car na frente dos carros na volta de apresentação, pois sua lentidão impedia que os pneus ficassem na temperatura ideal - motivo que teria causado seu acidente na largada do GP do Pacífico, em Aida. Mas o pior ainda estava para acontecer. Prevendo a tragédia quando viu o acidente de Rubens Barrichello nos treinos de sexta-feira. elevou o tom das críticas contra a nova Fórmula 1, que se esqueceu da segurança em nome da competitividade. No dia seguinte, a primeira vítima e o primeiro ato de insensatez dos dirigentes. O austríaco Roland Ratzenberger bateu forte na curva Gilles Villeneuve e morreu-muito provavelmente, no próprio autódromo. O acidente foi provocado por uma falha no seu Simtek: parte da asa dianteira simplesmente se soltou na reta. De acordo com as leis italianas, se Ratzenberger tivesse morrido na própria pista, a competição deveria ser paralisada para que houvesse uma vistoria técnica no cir- cuito. Nada. Frieza total. Senna começou a lutar contra a morte. Pegou um carro da direção da prova, foi examinar o local do acidente e decidiu não retornar à pista, sendo acompanhado nesta decisão por mais três pilotos: Damon Hill, seu companheiro na Williams, Michael Schumacher e Jirki Jarvi Lehto, a dupla da Benetton. Como prêmio por sua preocupação com a segurança, Senna ganhou uma advertência da Federação Internacional de Automobilismo na manhã de sua morte. Em português claro: ele devia cuidar de correr, pois de segurança entendiam os homens da FIA. Após o desastre de Rubinho, o presidente da FIA, Max Mosley, chamou de estúpidos todos aqueles que vinham criticando a segurança da F 1 em 1994, pois J. J. Lehto e Jean Alesi já haviam ficado no estaleiro devido a acidentes ocorridos em testes. ‘Faz oito anos que não morre_ ninguém na Fórmula 1’, vangloriava-se. Realmente, durante a longa gestão do controvertido Jean-Marie Balestre, a segurança na categoria melhorou muito. Mas estamos na era Mosley -e ela não perdoa, mata. As palavras do cartola parecem ter soltado as bruxas. E Senna, de certa forma parecia estar antevendo a tragédia. No sábado à noite, após desaparecer do autódromo e ser procurado por Frank Williams para uma conversa fechada no hotel (Frank temia que o brasileiro desistisse de correr no dia seguinte), Senna telefonou para sua namorada, Adriane Galisteu, que estava em Portugal, e revelou estar com mau pressentimento, ‘Aconteceu uma coisa horrível hoje. Por mim, não correria amanhã’, disse. ‘Mas não se preocupe comigo. Sou forte, muito forte’. Na manhã do GP, Senna foi procurado por Niki Lauda, que escapou da morte num acidente ocorrido em Nürburgring, no GP da Alemanha de 1976. ‘Você é o líder natural dos pilotos num movimento pela segurança’, disse Lauda. Senna concordou. Pediu a colaboração de Gerhard Berger. Teve também o apoio de Schumacher. Começou a correr. Estava pensativo ao extremo, preocupado e não apenas concentrado. Mas essa corrida o nosso herói perdeu”... Junto com o texto, em página dupla, uma sequência fotográfica, chamada relatava o acidente e o atendimento ao piloto, “Começo da corrida, Senna lidera o pelotão, acelerando em busca da 42ª vitória na Fórmula 1”, “O choque fatal: na sétima volta, seu carro passa reto na curva Tamburello, a mais de 300 km/h, e acaba com uma das mais brilhantes carreiras da história do automobilismo mundial” – nas palavras de Galvão Bueno, “Senna bateu forte!!!” - “Destruição: com a violência do impacto, o Williams número 2 começa a rodar de volta para a pista”, “Tensão: com o carro quase parando, começa a dúvida sobre a situação do piloto brasileiro” – Galvão apontou o movimento da cabeça de Senna no “cockpit” – “A morte: o serviço médico entra em ação para tirar Senna do carro, mas já era inútil” – na transmissão da Globo, o narrador se queixa da demora no atendimento – “Angústia: já fora do carro, Ayrton começa a ser examinado” – a câmera do helicóptero da equipe de transmissão da prova se aproxima e se afasta do local do acidente, não permitindo a observação de maiores detalhes – “O início da farsa: Senna é colocado na maca para ser levado ao hospital” – alguns minutos antes, quando Galvão Bueno relatou na transmissão da Globo sobre o silêncio do público nas arquibancadas do autódromo, o narrador fez uma pausa e a câmera do helicóptero focalizou uma poça de sangue ao lado do que restou do carro 2 da Williams, imediatamente o cinegrafista deslocou a câmera para mostrar a preparação da remoção do piloto, porém quando o helicóptero se afastou, o sangue voltou a ser focalizado – “Desespero: desinformado, muitos correm na tentativa de salvá-lo” – junto com eles, o responsável por encobrir a cabeça de Ayrton com um pano verde, foto de Jean-Marc-Loubat, da agência Gamma – e “Sangue: o corpo de Senna chega ao Hospital Maggiore, em Bolonha” – outro raro flagrante do ferimento provocado pela barra da suspensão na testa do piloto, foto de Zanni Sestini, Gamma... A reportagem então relata uma conversa polêmica, “Após o acidente, recomeçou a farsa a mesma que a F 1 já havia encenado um dia antes, com Ratzenberger. Enquanto o socorro médico do autódromo simulava eficiência no atendimento a Ayrton, na torre de controle o homem-forte da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, conversava com o desesperado Leonardo Senna, irmão do piloto, num monólogo de três frases que mostra, sem rodeios, a cara indecente deste verdadeiro circo: - Você pode esperar o pior. -... – Ele está morto. - ...Só faremos o anúncio da morte no hospital” – em outra versão para o diálogo, Bernie teria se corrigido logo após falar em morte, mencionando os danos na cabeça, e o texto de “Grid” descreve o estado de Senna após a batida na Tamburello, “Havia um motivo para tamanho absurdo: a corrida não podia parar. A farsa só foi conhecida dois dias depois da tragédia, quando o laudo médico do Hospital Maggiore confirmou o que todo mundo sabia: Senna morreu no autódromo. A batida provocou traumatismo geral no crânio, lesões cerebrais e perda de 4,5 litros de sangue na própria pista. Para se ter uma ideia da violência, o corpo humano tem cerca de 7 litros de sangue. Se sobrevivesse, Ayrton teria vida vegetativa- nem sequer saberia que estava vivo, O padre que o benzeu no hospital disse que seu corpo estava branco e a cabeça, enorme como uma bola de basquete, tinha as feições deformadas, com a parte frontal do rosto totalmente preta. Que fim!!!” – as informações em primeira mão sobre Ayrton foram dadas pelo repórter Flávio Gomes, da “Folha de S.Paulo”, especializado em esportes a motor,conhecido pela isenção com que sempre abordou a figura do piloto (como disse em certa ocasião, “Ayrton nunca me chamou de Flavinho”), a partir da descrição de uma das médicas que viu o cadáver na manhã seguinte, “muito inchada, a cabeça quase se juntava aos ombros. A parte superior do corpo parecia uma pirâmide. O tronco e os membros estavam intactos. Não havia contusão, o problema foi na base do crânio, que explodiu. Não havia manchas de sangue nas costas do corpo, comuns em pessoas mortas à espera de autópsia pela ação da gravidade. Ele já não tinha mais sangue”, o relato foi feito a Flávio na terça-feira após o acidente, conforme o depoimento que deu para o livro “Ayrton Senna O Heroi da Mídia”, de Paulo Scarduelli, que republicou em seu livro “O Boto do Reno”, com o título “Ímola 1994”, “foi nessa terça que consegui minha melhor matéria. Uma ex-namorada, de 13 anos antes, quando eu ainda morava no interior, era legista no IML de Bolonha. Consegui encontrá-la. Brigou comigo, depois de tantos anos, porque eu não a procurei antes. 'Eu te mostrava o corpo!', me disse num português bastante razoável. Foi até meu hotel e me deu uma longa entrevista. Descreveua cabeça de Senna, contou que colocou uma rosa na sua mão antes de fecharem o caixão, falou sobre legistas, seus professores E me revelou que o laudo iria concluir que ele morreu na pista. Foi uma grande matéria. Minha última na Folha, manchete do jornal no dia seguinte, 4 de maio”, antes do jornal chegar às bancas, Flávio telefonou para a redação do jornal, avisando que iria retornar ao Brasil, momento em que a secretária de redação ordenou que permanecesse na Itália para acompanhar o inquérito sobre as causas do acidente, Gomes argumentou que a investigação levaria meses, porém diante da insistência da chefe, pediu demissão do jornal... A reportagem continua com fotos das conversas de Senna com Lauda e Berger antes da largada, dentro da Williams, com a legenda “Pressentimento: antes do GP, o brasileiro olha de maneira estranha para seu carro a todo instante”, da reação de Frank Williams e Alain Prost nos boxes assim que ocorreu o acidente, porém fotografada à distância, diferente do close publicado em “Caras”, a sequência da prova, “com Schumacher e Berger disputando a liderança” e a consternação no pódio, “Nicola Larini e Michael Schumacher recebem de Flávio Briatore a notícia da morte de Senna”, uma retranca descreve o acidente no treino de sábado, “Ratzemberger, a primeira vítima”, outro texto, “Por que os carros voam”, de Ivo Sznelwar, aponta as mudanças ocorridas no regulamento da Fórmula-1 para 1994, “a FIA proibiu alguns recursos eletrônicos nos carros, como a suspensão ativa, o controle de tração e a suspensão fly by wire. Esqueceu-se, porém, de pelo menos restringir os dispositivos aerodinâmicos. Com isso os carros ficaram ainda mais vulneráveis aos caprichos da aerodinâmica”, ao lado da republicação do gráfico da edição extra de “Veja” sobre o acidente, “Uma Tragédia em Quatro Atos” - aqui acrescida do autor da ilustração, David Premero... A matéria questiona, “E o acidente que vitimou Senna? Quais foram as causas??? Os jornais divulgaram que o projetista da Williams, Patrick Head, dissera que Senna errou. A equipe tratou de desmentir. Vai saber...” – para Chico Anysio, ele é o culpado, vide crônica em “Caras” – “Na verdade, são muitas as versões. 1) Problemas na suspensão traseira? É a causa mais provável. O Williams este ano usa uma suspensão traseira diferente, com apenas um (ao invés de dois) triângulo: a função do triângulo superior é feita pelo próprio semi-eixo. O carro muda, ganha uma outra aerodinâmica. ‘O carro dele tocava muito no chão, não parecia normal", disse Michael Schumacher após o acidente. De fato. As imagens da câmera instalada no Benetton mostram faíscas saindo do carro do brasileiro pouco antes de o Williams escapar da pista. Dá a impressão de que o carro vira para a direita. ‘Não acredito nisso, pois o carro do Schumacher continuava fazendo a curva, enquanto o Senna ia reto’, observou Nelson Piquet, que um dia quase foi morto pela curva maldita. 2) Falha do piloto? Com exceção do projetista da Williams, Patrick Head, ninguém admite esta hipótese. Todos os pilotos concordam que a Tamburello apesar de rápida, é muito fácil de contornar por ter raio constante. 3) Pneu furado? O comportamento do carro antes da batida não indica. 4) Pneus ainda frios? Como a corrida teve a presença do safety car nas primeiras voltas, a possibilidade foi considerada, mas é improvável, pois Senna iniciava sua segunda volta em ritmo forte” – este último fator foi mencionado por Galvão Bueno e Reginaldo Leme durante a transmissão da Globo, antes do acidente; posteriormente, concluiu-se que a causa do acidente foi a quebra da coluna de direção do carro, gerando uma controvérsia sobre os fatores que levaram ao problema na Williams, as falhas na suspensão comprometendo a estabilidade no carro, as ondulações na pista ou mesmo o ritmo de pilotagem de Senna, que teria forçado demais a direção... O texto termina com fotos da corrida anterior, em Aida, no Japão, em que Senna largou “embutido no carro de Schumacher” e “é jogado para fora da pista junto com a Ferrari de Nicola Larini, e fica desolado a beira do caminho, enquanto Michel Schumacher vencia seu segundo GP em 1994”, e mais uma reflexão, “Senna não foi o único e a Fórmula-1 vai continuar sem ele. Como continuou sem Alberto Ascari, Jim Clark, Jochen Rindt, François Cevert, Peter Revson, Gilles Villeneuve e tantos outros. Cada uma dessas mortes teve um motivo, um significado. A de Senna foi marcada pela insensatez, uma overdose de insensatez. Mas sua imagem de campeão não morrerá jamais”. Nas duas páginas seguintes, “Imagens de um vencedor”, um registro rápido da carreira de Senna, quase um apêndice da edição especial, com fotos de Ayrton no GP de Macau de Fórmula 3, que venceu em 1983, sendo premiado pelo bicampeonato na Fórmula-1 em 1990, o acidente na curva Peraltada do Grande Prêmio do México em 1991, o choque com a Ferrari de Alain Prost no Grande Prêmio do Japão do ano anterior, um encontro com o argentino Juan Manuel Fangio, jogando futebol numa partida de pilotos e levando a bandeira do Brasil após vencer com sua Mc Laren... O próximo texto é sobre “Rubinho e Christian, dupla esperança brasileira”, que relata o pódio de Rubens Barrichello em Aida, o primeiro dele e da equipe Jordan, vide foto com Schumacher no pódio, o acidente em Ímola, e descreve a performance de Christian Fittipaldi, da Footwork, nas duas provas, quarto lugar no Grande Prêmio do Pacífico e abandono no Grande Prêmio de San Marino, relatando que o maior obstáculo a impedir a ida de Rubinho para a Williams era a multa contratual de 5 milhões de dólares, e David Coulthard já teria sido chamado para correr o GP de Mônaco – ele e Nigel Mansell pilotariam o carro número 2 no restante da temporada... Uma página é reservada para os “Momentos Tristes”, “As Vítimas da F1”, com a lista dos 34 pilotos mortos em acidentes ocorridos nos treinos e corridas, “nenhum, porém, era tão premiado quanto Ayrton Senna”, e “Os sobreviventes da Tamburello”, Nelson Piquet com a Williams em 1987 – “foi retirado inconsciente do carro, mas sofreu apenas uma contusão no joelho, que o impediu de disputar a prova” - e Gehard Berger com a Ferrari em 1989, quando o carro pegou fogo – “o socorro dos bombeiros e dos médicos foi rápido e Berger nada sofreu além da perda de consciência e queimaduras leves”... Logo em seguida, a página sobre “O desempenho das equipes” em Aida e Ímola é taxativa sobre a Williams, “Um GP negro para Frank Williams. A morte de Senna iniciará uma fase extremamente difícil para a equipe campeã mundial”, e que depois do acidente seria campeã apenas em 1996 e 1997, com Damon Hill e Jacques Villeneuve, os últimos anos em que levou o título de construtores, e lamenta o destino da Sintek, “O acidente fatal de Ratzemberger foi um sério abalo para uma equipe pobre e estreante. Só disputou o GP porque Brabham quis assim”, e na sequência, ao mencionar “Os melhores e piores” das duas provas, colocou Senna como “Fera” (cinco capacetes), “Nem tanto pelo que fez na pista antes do acidente, mas pela maturidade na revolta com os acidentes de Rubinho e Ratzemberger”, e “Braço Duro” (um capacete) para o parceiro de Rubinho na Jordan, que substituía Aguri Suzuki, o experiente Andrea de Cesaris, que abandonou na 49ª das 58 voltas da prova, “Entra ano, sai ano, continua a mesma coisa. Andrea de Cesaris, com mais de dez anos de F1, mostrou a forma habitual na sua volta às pistas, rodando e batendo”... A Fórmula 1 continua a ser assunto numa fotolegenda sobre o “pit-stop”, ilustrada com a imagem de uma Ferrari parada nos boxes, “8 segundos de emoção, Com a volta do reabastecimento, o pit stop se tornou um dos momentos mais emocionantes da Fórmula-1 -numa operação que envolve 19 pessoas (sem contar o piloto) e dura, em média, 8 a 9 segundos”... Logo depois, um perfil de Michel Schumacher, vencedor das três primeiras provas do campeonato de 1994 (com mais cinco vitórias, chegaria ao título no fim do ano), “Quem é o polêmico alemão que pode dar o primeiro título à Benetton” – não só apenas esse, mas também o segundo, em 1995 – apontando que “O episódio com Moreno transgrediu a ética da F 1: o alemão se fez de inocente” – o alemão estreou na Jordan no GP da Bélgica de 1991, substituindo Bertrand Gachot na Jordan, e em seguida foi chamado pela Benetton para o lugar de Roberto Pupo Moreno na prova da Itália, tornando-se parceiro de equipe de Nelson Piquet, que de início até tentou ser simpático com ele, chamando-o de “Sapateiro”, devido a seu sobrenome, “A Benetton ignorou mais que a ética. Levada aos tribunais trabalhistas, a equipe teve de ressarcir Moreno pela quebra do contrato. Indiferente a tudo que se passava fora de seu carro, Schumacher bateu Piquet nos treinos e na corrida, e respondia com ‘um não sei de nada’ ao assédio da imprensa, ansiosa por detalhes da negociata”, mencionado um desafeto de sua passagem pelo Mundial de Marcas em 1990, “Dos tempos de Mercedes, nasceu outra grande inimizade: Heinz Harald Frentzen” – que namorava sua futura esposa, Corina, e na prova de Fórmula 3 em Macau, Mika Hakkinen – observando sobre a personalidade do piloto, “Frio, Schumacher não reage a elogios: ‘Não posso me deixar me envolver pela emoção’”, e não só apenas isso, “Schumacher é de um egocentrismo assustador. Ele representa no automobilismo o mesmo que Michael Stich no tênis: ambos são símbolos de uma Alemanha ultranacionalista, preconceituosa, que despreza e agride estrangeiros, e só tem olhos para sua glória. Para ele, as regras escritas devem ser respeitadas; as subjetivas, ignoradas. Tudo que pode ameaçar a mais leve ameaça a sua ascensão rumo ao topo deve ser imediata e radicalmente eliminado” – inclusive na condução dos ônibus articulados da Sambaíba nas ruas estreitas da região da Área 2 de São Paulo, internauta Chico Melancia, não por acaso era apelidado ora de Peter Perfeito, ora de Dick Vigarista, dois personagens do desenho “Corrida Maluca” com queixo avantajado como o dele, que ganharia sete títulos mundiais, dois na Benetton e cinco na Ferrari, com 91 vitórias (cinco quando a matéria foi publicada), despedindo-se no Grande Prêmio do Brasil de 2012 e sofrendo um acidente de esqui que o afastou da vida social em 29 de dezembro de 2013... Schumacher foi o sucessor de “Uma Geração de Campeões”, que aparece na seção “Retrovisor”, na clássica foto de B.Bakalian, da agência Gamma, tirada na prova de Portugal em 1986, reunindo Ayrton Senna, Alain Prost, Nigel Mansell e Nelson Piquet, nessa ordem, pilotos da Lotus, Mc Laren e a dupla da Williams... A Fórmula-1 também é assunto das notas da coluna “Circo”, tais como “Ferrari de Alesi” – que não correu em Ímola devido a uma contusão na vértebra, sendo substituído por Nicola Larini, segundo colocado na prova – “Prost refuga de novo” – o campeão de 1993 testou a Mc Laren com motor Peugeot no Estoril e não quis correr na equipe inglesa – “Bad News” – sobrou para Mika Hakkinen, que apesar do pessimismo do francês, ficou com o terceiro lugar em Ímola – “Letras de Sucesso” – Jos Verstappen, que “se acidentou nos testes de ‘vestibular’ da Fórmula-1 e tem sido o campeão de rodadas e acidentes no Mundial de 1994”, porém, “a inicial de seu nome, J, faz muito mais sucesso, na história da Fórmula-1, do que o M de seu companheiro Michael Schumacher”, na ocasião 17 pilotos com o nome começado com a letra “J” foram campeões, e apenas dois com a “letra M”, se bem que nessa época ninguém poderia imaginar que o placar mudaria para 20 a 12, com a contribuição de Michael Schumacher, Mika Hakkinen e de seu próprio filho, Max Verstappen, atual tricampeão da categoria, enquanto a lista, que só tinha campeões com as letras, J, A, N, G, M, E, P, D, K, ganhou os acréscimos do F, de Fernando Alonso, o L de Lewis Hamilton, o N de Nico Rosberg e o S de Sebastian Vettel – “O Incansável Tambay” – o ex-piloto da Ferrari tornou-se sócio da Larrousse – a equipe, não a editora – e “Uma vida toda na Fórmula-1” – o experiente jornalista Franco Lini cobrindo o campeonato desde o início, em 1950, garantindo que viu de tudo, menos uma prova em Monza com chuva... Ops!!!...As outras categorias do automobilismo estão presentes em notas da sessão “Circo”, “Depois do terremoto” – abalo sísmico em Los Angeles impedindo a estreia de Suzane Carvalho na Indy Lights – “Nova fase” – André Ribeiro estreando com um quarto lugar na mesma categoria – “Aguardando a chance” – Confederação Brasileira de Automobilismo impediu Fiat de trocar o Uno pelo Tempra na classe Graduados A da Copa Onyx Jeans – e “Cheever vê a morte de perto” – acidente nos treinos para as 500 milhas de Indianápolis... Alis, a competição estadunidense é tema de duas matérias, a primeira delas “É Penske!!! É Penske!!!”, de Luis Ruibal, “Depois de duas vitórias nas duas últimas corridas, fica a pergunta, quem pode segurar a equipe de Emerson”, então na disputa com o campeão de 1993, Nigel Mansell, “Leão tem medo de rato??? Depende. Se estivermos falando da Fórmula Indy, sim – e muito” – o campeão de 1994 foi o companheiro de equipe de Emerson Fittipaldi, Al Unser Junior, com 225 pontos contra 178 de Emmo, Mansell, que depois do acidente de Senna alternou-se entre a Indy e Fórmula-1, ficou em oitavo, com 88 pontos... O outro texto, “Um sonho americano”, de Jorge Meditsch, apresenta as 500 milhas de Indianapolis, que seriam disputadas em 29 de maio, “No oval de Indianapolis, a América descobriu velocidade, poder e glória – nada menos que a maior corrida do mundo”, ilustrada, entre outras imagens, pela mesma foto de Emerson Fittipaldi com os maços de dinheiro do prêmio da prova, que venceu em 1989 e 1993, que saiu na edição extra de “Veja” sobre Ayrton, e uma sequência sobre “O Drama de Piquet”, no treino para a corrida de 1992, “o carro de Piquet se choca contra o muro, gira e para semidestruído no meio da pista, num dos acidentes mais assustadores da prova de Indianapolis. Assim começava o longo drama da recuperação do piloto, que se prorrogou por nove meses” – Al Unser Junior venceu as 500 milhas de 1994, com Jacques Villeneuve em segundo e Bobby Rahal em terceiro, Fittipaldi sofreu um acidente na curva 4 do circuito oval, na 184ª volta, e Mansell também se acidentou, na curva 3, na 92ª volta... No final da revista, o texto “Lá vai Brasil!!!”, de Luiz Alberto Pandini, traz uma lista com “Os pilotos brasileiros que vão invadir o mundo em 1994”, lista encabeçada por Gil de Ferran, incluindo corredores que chegariam a Fórmula-1 nos anos seguintes, Pedro Paulo Diniz (apresentado como “Pedro Diniz”), Tarso Marques e Ricardo Rosset, além de Tony Kanaan, ainda na F Alfa Boxer italiana, e dos experientes Ingo Hoffmann e Nelson Piquet, correndo de BMW no Endurance europeu, sendo que Ingo não abriu mão de seu trabalho forte na Stock Car, conquistando o hexa em 1994... Agora vai!!!...
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