domingo, 11 de dezembro de 2022

Copa Dia 22: Eliminação no Dia da Saideira de Seleção na Copa do Galvão...

Em meio ao choro, Galvão acreditou que Neymar (OG) fez o dele, e pouco questionou por não ter batido pênalti...

 
































Marquinhos cobra o pênalti, a bola bate na trave e não entra no gol, o Brasil está eliminado da Copa e os jogadores da Croácia correm na direção do goleiro Livajkovic, que sai do gol para ser abraçado pelos companheiros de equipe... Galvão Bueno narra, “acabou, termina o sonho do hexa, termina o sonho do hexa na cobrança dos pênaltis”, Marquinhos, que cai de joelhos após o pênalti perdido, é abraçado por Dani Alves, Galvão prossegue, “fria, gelada, a Croácia, sentindo o time brasileiro”, no meio do campo, Pedro amarra a chuteira, Richarlison chora deitado na grama, “os jogadores choram copiosamente”, Modric é levantando pela comissão técnica, o treinador Slatko Dalic sorri e é abraçado, “a história se repete, a história de 2006”, close em Fred, “de 2006, de 2010”, um torcedor croata chora na arquibancada, “de 2018, se repete em 2022”, Casemiro mexe no cabelo, “teve o segundo tempo inteiro pra ganhar”, Neymar (OG) chora no meio de campo, Modric é abraçado, “teve uma prorrogação, fez 1 a 0, eu tinha a impressão que o gol de Neymar tinha resolvido”, o goleiro croata é abraçado, Neymar (OG) aparece sentado no gramado, cabeça baixa, “deram oportunidade da Croácia jogar, sai o gol”, um torcedor brasileiro consola o colega do lado, no campo, Marquinhos lamenta e baixa a cabeça, “e depois nas cobranças não foi bem a Seleção Brasileira”, Pedro, Richarlison e Neymar (OG) continuam na grama, tristes, “hoje os jogadores estão desolados, é claro, termina o sonho deles, de dezenas e dezenas, sei lá, de milhões de brasileiros, que nos acompanharam em todos esses jogos”, Neymar (OG) ganha um beijo na testa de um jogador croata, depois é levantando pelo goleiro Weverton, “mais uma vez o Brasil volta nas quartas-de-final, quando estava muito forte o futebol brasileiro”, mais choro no banco de reservas, “o Casemiro vai lá, você vê lá os jogadores chorando”, Neymar (OG) fica em pé no gramado, as mãos apoiadas nos joelhos, os goleiros reservas consolam outros jogadores, assim como Juninho Paulista, diretor da CBF, “família também do lado, porque existia, Ana, Júnior, Roque, sim, ele olhou pro canto, bateu na bola pra despistar o goleiro, ela bateu na trave”, entra a reação de Marquinhos ao perder o pênalti, prostrando-se no gramado, Livajkovic comemora com os colegas do time croata, o torcedor de touca de nadador festeja, “existia uma confiança muito grande nesse time, a gente falava na semifinal Brasil e Argentina,  pra isso precisava passar pelo jogo de hoje”, foca em Tite no banco de reservas, imóvel após o último pênalti, “e a Croácia fez  o que ela faz sempre, leva o jogo, leva o jogo pra prorrogação, vai pro pênalti, imagino a decepção do Tite”, que aparece tomando água, “de ter ficado nas quartas de final”, Eder Militão e Raphinha choram, “cê vê o Raphinha e o Eder chorando, o Raphina já tinha saído pra bater o pênalti, o Militão também, jogou e ficou fora”, Alex Sandro passa pelos dois e os cumprimenta, “é aquele momento, Júnior, você passou por isso, em 1986”, Juninho Paulista afaga Neymar (OG), enquanto o jogador observa a comemoração dos croatas, “em 1982 foi a diferença no jogo, em 1986 foi a disputa nos pênaltis, é um momento difícil, né”, quando Junior começa a responder, Tite aparece retirando-se do campo, na direção dos vestiários, “principalmente quando você sabe, você tem consciência de que tem possibilidade de ir mais pra frente, quer dizer, com o Tite deve ser pior ainda”, Neymar (OG) volta a ser focalizado, “porque é o segundo ano, é o segundo ciclo dele dentro da Seleção Brasileira”, Livajkovic cumprimenta Neymar (OG), “perder dessa forma, como perdeu”, Modric vai cumprimentar os jogadores brasileiros, Galvão declara, “olha, eu sempre elogiei as atitudes do Tite, eu sempre elogiei as atitudes do Tite”,  Modric abraça Neymar (OG), “mas essa do Tite ir pro vestiário, deixar os jogadores no campo, não tá certo, a imagem anterior é a mais forte, ele ir embora pro vestiário e deixar os jogadores no campo, não está correto”, Modric abraça Rodrygo (OG), “isso não está correto, são todos um time, Modric conversa ali, ele vai consolar o Rodrygo, foi ficar com o Rodrygo (OG), beijou o Rodrygo (OG) ali, chorando, eles jogam no mesmo time”, close em Pedro, que enxuga as lágrimas com o uniforme, “ele deve saber o peso que está em cima do Rodrigo naquele momento, jogadores  brasileiros estão no meio de campo ou sentados na lateral, o Tite não podia ter se retirado pro vestiário, desculpe, Tite”, Fred aparece cabisbaixo, Ana Thais Matos comenta, “além de acompanhar, né, o que tá acontecendo com a própria Croácia, consolar ali os jogadores, mas nessas horas aí, Galvão, passa um turbilhão na cabeça do treinador, a sensação que eu tenho é que o Brasil podia, mas tinha que ter feito um algo a mais, e faltou esse algo a mais”... Antony permanece sentado na grama, Majer e Budimir cumprimentam os brasileiros, Galvão continua, “sem dúvida, fez sim, se entregou de corpo e alma, olha lá, todo mundo chora, o Rodrigo tá arrasado, responsabilidade muito grande pra um garoto bater um pênalti”, close em Antony, Júnior observa, “tem uma coisa, né, Galvão, esses garotos aí, daqui a quatro anos, Estados Unidos, Canadá e México, eles vão estar, a vida vai continuar pra eles né, é logico que o momento você tem que absorver mesmo”, close no entristecido Neymar (OG), “isso daí faz parte, eles têm que aprender, não somente as vitórias, são essas situações... O narrador prossegue, “Roque, se liga aí no Neymar (OG) pensando, o que será que aconteceu, ele fez a parte dele, pode não ter feito uma grande partida em seu total, mas no momento em que ele precisou pra fazer o gol dele, ele fez, Roque, seguindo a nossa linha de raciocínio, o Brasil se entregou, mas faltou alguma coisa”, Majer ergue os braços para comemorar a vitória da Croácia, Rpahinha chora, a pequena torcedora também, Roque Júnior fala, “é, Galvão, acho que o primeiro tempo não foi bom, depois nós melhoramos, melhoramos muito, no segundo da prorrogação também melhoramos”, Casemiro abraça Militão, Neymar aparece olhando para os lados, “foi melhor, fez o gol, acho que o pecado foi você tomar o gol no contra-ataque quando você tá ganhando, acho que isso é um ponto também que tem que pensar”, Thiago Silva abraça e beija os companheiros, contorcendo a boca para segurar a emoção, “a gente tomar um gol no contra-ataque mesmo com os jogadores na defesa, é”... O curioso é que Galvão não chegou a mencionar novamente a questão da saída à francesa de Tite do campo naquele momento tão típico dos insucessos brasileiros em Copas do Mundo em que ele, com seus comentaristas na cabine, o estádio quase vazio, tenta encontrar e julgar ali mesmo os culpados pela derrota do Brasil... Ops!!!... 














"Têm mais equipes europeias na competição, então você acaba jogando mais com elas", tu o disseste, Casemiro...
































O comentário de Roque Júnior é interrompido pela pergunta de Felipe Andreoli a Casemiro, que coça a garganta enquanto ouve a pergunta, “essa derrota agora e a derrota em 2018, essa, pelo jeito que foi, pela contusão, por estar tão perto da vitória, dá para dizer que foi mais dolorida”... O camisa 5 do Brasil responde, “não, todas as derrotas são doloridas para mim, principalmente quando você tem um objetivo, quando você tem um sonho, né, quando você tem, é, um trabalho de ano, quatro anos, pra esse momento, porém, né, difícil, difícil encontrar palavras, difícil encontrar momentos, mas a gente fica chateado, principalmente da forma que foi, é , tava na nossa mão, escapou ali, difícil, e bom, momento difícil, e bom, agora é ter tranquilidade, e bom vida que tem que seguir”... O repórter questiona, “desde 2002, quando o Brasil foi campeão, todas as eliminações foram para equipes europeias, você acha que é uma coincidência ou tem alguma coisa a ver”... Casemiro coça o nariz, contorce os lábios e comenta, “não, eu acho que é normal, né, europeia sempre tem mais equipes na competição, né, então você acaba jogando mais vezes contra equipe europeias, claro que, é, é, quando a gente joga, vai afunilando, vai entrando mais equipes europeias, é mais fácil, a tendência é quando você joga, é contra equipes europeias, acho que não tem, não tem isso de sempre equipes europeias, a gente vem sempre fazendo um trabalho, a gente vem acreditando, a gente acreditava no trabalho, a gente tava fazendo um bom trabalho, tava um bom ambiente, mas é coisas do futebol, coisas do futebol que acontece, bom, é levantar a cabeça e vida que segue”... Andreolli faz mais uma pergunta, “pra fechar, Casemiro, você é um dos experientes, dos veteranos do grupo, você segue com a Seleção Brasileira, você acha que o ciclo fecha, ou vem de novo ainda”, o jogador ri de lado, “tenho 30 anos, cara, tenho 30 anos, é, claro, é, claro que sempre tem a garotada, mas eu tenho 30 anos, vivo o melhor momento da minha carreira, tô  feliz no clube em que estou, perdi uma oportunidade, mas, é, precisamos ver, precisamos ver, principalmente porque existe um novo treinador que vai entrar agora, precisa saber quando vai convocar, quem vai convocar, precisa de um respeito, né, mas, difícil, né, momento difícil pra falar, né, mas não temos que pensar nisso agora, temos que pensar em ter tranquilidade, e, bom, agora é ter mais tranquilidade e ter cabeça”...  Faz sentido, Casemiro deu uma resposta lógica a uma questão muito levantada quatro anos atrás, há mais seleções europeias na Copa, e isso não mudou com o aumento do número de equipes, ao contrário, hoje é menos comum as equipes mais tradicionais ficarem de fora de um Mundial, ou até de duas edições seguidas, como acontece agora com a Itália, a França foi campeã em 1998 depois de não ter comparecido em 1990 e 1994, quando a Inglaterra também não competiu, e após o título de 1966 eles estiveram ausentes em 1974 e 1978, e assim substantivamente, talvez sequer o aumento para 48 times em 2026 contorne essa situação, agora quando se fala no estilo de jogo dos europeus, aí é outra história, a Seleção Brasileira está defasada taticamente há muito tempo, ela mal evoluiu do 442 para o 4231 depois de ganhar em 2002 jogando no 352... O repórter cumprimenta Casemiro com um aperto de mão, Neymar (OG) segue sentando no gramado, Galvão narra, “Neymar (OG) continua chorando bastante, antes ele tava sendo perplexo, agora ele cai no choro, porque não sabe se vai ter chance de jogar em outra Copa, e era a Copa dele, a Copa pra se firmar”, Neymar (OG) se levanta, ajudado pelos companheiros de time, Roque Júnior acrescenta, “se preparou pra essa Copa”, o narrador prossegue, “se preparou pra essa Copa, era a Copa pra se firmar, pra dizer, eu vim pra história eu vim pra ser um dos maiores do mundo”, Ana Thais Matos observa, “fez o gol na prorrogação”, Galvão continua, “fez o gol que saiu na prorrogação, igualou o número de gols do Edson (OG) em jogos oficiais da Seleção, contra seleções, não chegou a bater pênalti, que provavelmente seria dele, não chegou a bater pênalti”, Neymar (OG), continua chorando, em pé, no meio do campo, “essa coisa de seleção europeia, como falou o Casemiro, acontece isso também”, Neymar (OG) ganha um beijo no rosto de um colega de equipe, “quando você chega numa final, você tem Brasil e Argentina de um lado, e o resto é tudo europeu”, Dani Alves abraça Neymar (OG), “dessa vez tem Marrocos agora, mas assim acontece, na Copa do Brasil, passamos pelo Chile nas oitavas, passamos pela Colômbia, que fez uma Copa, nas quartas de final, a última vez que o Brasil joga com uma seleção europeia, uma vitória importante, é contra a Alemanha na final”, Neymar (OG) deixa o campo acompanhado por Dani Alves, “mas naquele seu ano, Roque, o Brasil passou pela Bélgica nas oitavas, pela Inglaterra nas quartas, passou pela Turquia na semifinal e passou pela Alemanha na final,  hoje é isso que acontece, hoje jogou mais o time brasileiro, tinha que ter feito o gol no segundo tempo, fez o gol na prorrogação, talvez ele tenha pensado”, Ana Thais coloca, “deu uma relaxada”, “tinha que rachar todo lance, cinco minutos, tinha que rachar todo lance, o próprio Casemiro disse isso, acho que chegamos tão perto, achamos que já tava lá”, Dani Alves continua acompanhando Neymar (OG), Junior diz, “eu acho que esses momentos aí você não vai encontrar explicação”, “lógico, lógico”, o comentarista prossegue, “é lógico que pelo que fez no segundo tempo, que fez na prorrogação, e tem mais uma coisa, perder faltando cinco minutos quando você tinha o jogo dominado”, os jogadores brasileiros saúdam a torcida com aplausos, “realmente o Eoque tem razão, você tomar um gol de contra-ataque, com uma vantagem, com a bola nos pés, realmente é falta de concentração, falta de comando às vezes, no banco mesmo, mas isso faz parte do jogo, é um lance”, Raphinha abraça Neymar (OG), Galvão aponta, “foi um lance em que partiu o jogador, sai e faz a falta no cara”, Neymar (OG) continua chorando, Ana Thais lembra, “você falou, essa é a bola do jogo, é a bola que eles querem”, Galvão segue, “na hora que eles partiram quatro contra quatro, com a bola dominada sozinho, era a bola do jogo”, o estádio já se encontra quase esvaziado, “você tira aquela bola, não tem mais jogo, não tem mais nada”, Ana Thais comenta, “a gente fala muito, a gente fala muito em Seleção coletiva, Galvão, coletivamente foi a derrota hoje também, Galvão”... O gol de empate da Croácia também foi criação coletiva, no estilo que lhe é mais característico, a recuperação da posse da bola e o contra-golpe imediato, todas as seleções que não seguem o estilo da Espanha campeã em 2010, cuja raiz está na eliminação de 2006 e na derrota do Barcelona para o Chapolin Colorado no Mundial de Clubes no mesmo ano, atuam dessa maneira, que era como os italianos jogavam em 2006, algo que não é muito observado devido a eliminação italiana na primeira fase em 2010 e 2014 e as ausências em 2018 e 2002, o Brasil nunca tentou jogar como os espanhóis e mal conseguiu fazer plenamente a transição para o tipo de jogo da Itália, embora tivesse o treinador que mais o assimilou no país quando dirigia o Timão, que segue esse modelo desde 2008, e para onde o Adenor deve voltar em 2023, digo... Thiago Silva é perguntado por Eric Farias no gramado, “sei que é difícil nessa hora encontrar algumas palavras, algumas explicações, mas onde é que a Seleção no segundo tempo da prorrogação se desconcentrou, o que aconteceu, tava tudo assim tão ajustado naquela prorrogação, o Brasil dominando o jogo, tava com o placar na frente, o que é aconteceu”... O capitão do Brasil declara, depois de torcer os lábios, “é, eu acho que o futebol a gente está sujeito a tomar gol independente do resultado do outro lado, ainda mais uma equipe de qualidade, normalmente, de repente” – o jogador coça a cabeça – “a gente poderia estar melhor concentrado, e a gente não está acostumado a tomar esse tipo de contra-ataque,  gente tá sempre muito bem organizado, eu acho que a gente desorganizou um pouquinho, na segunda bola que a gente perdeu, e aí deu o contra-ataque, que eu acredito que era tudo que eles queriam naquele momento, além da bola aérea, tanto que eles colocaram duas torres lá dentro, e ficaram girando bola, e não foi aí que saiu o gol, o gol saiu pelo chão, né, é difícil, mas, tem mais do que a tristeza, a vida precisa seguir em frente, levantar a cabeça, tô muito orgulhoso dos meninos, do que a gente fez, mas infelizmente faz parte do futebol”... Antes do jogo, a Globo exibiu um vídeo apontando que as jogadas aéreas eram um traço em comum nas eliminações brasileiras nas quatro Copas anteriores, o gol de Henry em 2006, o de Sneijder em 2010, em que ele bateu a mão na testa para comemorar, o de Muller em 2014 e o de Kompany em 2018, em que Galvão criticou duramente a falta de marcação do jogador no lance, não que o VT tenha chamado azar, até porque a Croácia encontrou outro caminho, mas, enfim... O repórter da Globo indaga, “você como capitão da Seleção, experiente, o que você conseguiu conversar com alguns deles, que tipo de palavra você usou ali no campo”... Thiago Silva responde, “não, é difícil ter palavra naquele momento ali, é mais confortar mesmo... já passei algumas vezes por algumas decepções na minha vida, não somente na Seleção... como na minha vida pessoal também, e quando você perde uma coisa importante, quando você tem, você tem como muito objetivo assim” – o atleta coça o pescoço – “doi, doi bastante, mas, é tentar levantar a cabeça e seguir, cara, não tem outra alternativa, eu sou um cara que todas as vezes que eu caí eu me levantei, não vai ser dessa vez que eu vou ficar, infelizmente como jogador... não vou conseguir... erguer essa taça, quem sabe mais pra frente numa outra função”, Eric agradece, “obrigado, Thiago”, que visivelmente emocionado, faltando as palavras, evitou o choro que o marcou em 2014... 














Marcado por outras derrotas, Thiago Silva conteve suas emoções para não repetir o choro de Copas anteriores...
































Enquanto uma imagem recuperada mostra Thiago Silva abraçado a Neymar (OG), que chora, Galvão Bueno diz na cabine, entre Júnior e Ana Thais, “é difícil pra qualquer jogador achar as palavras nesse momento, tá jogando a última Copa dele, agora é importante eu falar, talvez tenha faltado um pouco de concentração naquele momento, porque não estamos acostumados a tomar gol de contra-ataque desse jeito, daí eu ter dito naquele instante, é a bola do jogo” – mais precisamente, no momento em que Petkovic se preparava para concluir a jogada dentro da área – “vai lá, faz a falta, sei lá o que é que faz, mas não pode deixar dois caras livres subirem daquele jeito”... Júnior concorda, “tá coberto de razão, acho que naquele momento faltou exatamente isso, porque esse tipo de jogada, essa foi uma jogada” – o lance do gol da Croácia é reprisado – “que foi a segunda vez que existia a possibilidade do contra-ataque, tinha que conseguir matar a jogada, eles não conseguiram matar a jogada, a gente teve um, dois, três, quatro, cinco contra cinco, daí a gente praticamente não viu em toda a Copa na parte defensiva da Seleção”... Um torcedor croata comemora o gol tragando um vapo, os jogadores abraçam Petkovic, que tirou a camisa para comemorar – e tomou cartão amarelo – Galvão continua, “aquilo que você falou, Ana, se entregaram, mas faltou alguma coisa”, a comentarista fala, “eles tinham isso, exatamente, o Brasil fez tudo o que podia, a sensação que eu temia, vendo a participação do Brasil, é que o Brasil planejou muito bem, o Tite planejou certo, só que faltou algo a mais, e esse algo a mais talvez tenha sido essa concentração, numa Copa do Mundo, um segundinho de descontração, desconcentrado, acontece o que aconteceu”... O locutor afirma, “eu já vivi todas as emoções que podia viver com a Seleção em Copas do Mundo, 13 Copas do Mundo, é, a felicidade, eu transmiti três finais do Brasil seguidas, com dois títulos mundiais, o tetra e o penta, todas, e acompanhando todas, todos esses momentos, e essas últimas quedas nas quartas de final, até esqueci o 7 a 1, faz parte do jogo, se joga sempre contra adversários de alto nível” – é mostrado o pênalti perdido por Marquinhos, em vários ângulos, a frustração de Neymar (OG), prostrando-se no campo, e dos torcedores no Brasil – “então faz parte do jogo, mas é doído, sei lá, foram 53 jogos da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, foram, eu até perdi a conta, 74 gols que a Seleção marcou, contando esse hoje do Neymar (OG), mas confesso, a torcida brasileira, que acompanhou essa Copa o tempo inteiro, como ela esteve, vibrou, em todos os lugares que a gente mostrava, a animação, então é aquilo que eu dizia, todas as emoções com a Seleção Brasileira em Copa do Mundo, aqui com vocês, dezenas e dezenas de telespectadores, não mais, mas confesso que ninguém esperava essa derrota” – lembrando que em 2018, quem dividia a cabine com Galvão na derrota para a Bélgica eram Casagrande, que foi demitido da Globo pouco antes do Mundial, e Ronaldo, que acompanhou o jogo com a Croácia das tribunas... Roque Junior, posicionado no lugar de Ana Thais, opina, “não, não esperava mesmo, ô, Galvão, nós vimos que não foi um jogo que a gente viu, jogou contra, o segundo tempo com a Sérvia, o jogo contra a Coreia, principalmente no primeiro tempo, acho que demorou-se pra ler um pouco o jogo, como que vinha a Croácia, aqueles três jogadores ali no meio, depois no segundo tempo acho que melhorou, foi melhor, conseguimos fazer o gol” – entra a comemoração do goleiro Livajkovic, abraçando os colegas após o pênalti perdido por Marquinhos, ele próprio decepcionado com a bola na trave, as felicitações ao técnico Slatko Dalic, Neymar (OG), Richarlison e Rodrygo (OG) sentados no meio campo, cabisbaixos, choro de alegria dos croatas, a tristeza de Neymar (OG) – “mas aí é que se joga, concentração é fundamental, são 120 minutos, mais os pênaltis, é fundamental você estar ligado nesse jogo, em todos os momentos, e é como o Thiago falou, eles tavam esperando isso, mesmo tomando o gol eles tavam esperando isso, a gente fica muito triste, mas tem que ter essa atenção”... Galvão vê a imagem de Neymar (OG) chorando e da saída dos torcedores do estádio Lusail e diz, “a imagem aí, gente, é o seguinte, hein, a Copa não acabou, como sempre, a Copa não acabou, daqui a pouco, Cleber Machado vai mostrar Holanda e Brasil, como eu dizia, a torcida indo embora, Holanda e Argentina, aquilo que eu dizia, não dá pra pensar em Holanda e Argentina, tem que encarar primeiro jogo a jogo, tem que encarar aqui as quartas de final, mas os croatas jogaram o jogo do jeito que eles queriam jogar, fica com a bola, se poupa, quem corre atrás da bola cansa mais, eles vem de um time mais antigo, de idade, vem de prorrogação, eles jogaram do jeito que tinham para jogar”... A fachada do estádio é mostrada, Júnior observa, “mas é a forma que eles tinham pra jogar, não mudariam pra encarar de peito aberto, fizeram o que realmente, sabendo das condições da Seleção Brasileira, e a gente foi lá, no segundo tempo, principalmente, a quantidade de oportunidades que foram criadas e não foram aproveitadas, é pra gente realmente lamentar, e depois que a gente consegue a vantagem, aí é aquela história, fura a bola” – Galvão repete, “fura a bola” – “são aqueles detalhes que fogem dentro de campo, que o Thiago disse, se desorganizou num momento que não podia se desorganizar, falta de concentração”... O lance do gol da Croácia é repetido, Galvão descreve, “vamos ver o gol desde o início, com o Lovren, a jogada começa lá atrás, na linha de fundo” –  Lovren dá um chutão para a frente e evita que a bola saia pela linha de fundo, Perisic e Thiago Silva cabeceiam, Sosa recebe, toca a Modric, Casemiro dá o combate e não impede o contragolpe – “o Fred tava lá, então uma cabeçada daqui, uma cabeçada dali, o Casemiro quanto chega pra cortar do Modric ele corta, ela vai pra trás” – na conclusão da jogada, Orsic dá a Vlasic, cruzamento na esquerda e gol de Petkovic – “aí eu disse, é a bola do jogo, aí não pode acontecer mais nada, não pode recuar, ficar recuando até lá atrás, ao recuar, cria espaço pro cara receber a bola aí, o time tava todo recuado”... Depois da cena do torcedor do vapo, Roque Junior comenta, “eu assim, olhando ali a decisão tanto do Thiago quanto do Marquinhos, também não foram erradas, porque você tá correndo em direção ao seu gol, você vê que o Thiago aponta onde tem o jogador que fez o gol, ele tá no segundo, depois ele param ali na área, justamente essa bola que a gente tanto pediu também, que era chegar na linha de fundo e tocar pra trás, mas aí o atacante veio de frente, ele levou azar, essa bola resvalar no Marquinhos e acabou o Alisson não conseguindo pegar”... Depois do técnico da Croácia comemorar o gol, Modric posa para fotos com seus filhos e os do reserva Vida, Galvão aponta, “na cobrança de pênaltis a Croácia foi muito bem, não há o que discutir, não há o que discutir, a Croácia, o Modric com seus filhos, a felicidade, que craque esse Modric, mas vejam, na cobrança dos pênaltis, a Croácia foi melhor, ponto, todos bem cobrados, o goleiro tava com uma boa movimentação, salvou o time durante o jogo, teve os pênaltis, pegou logo o primeiro, não há discussão, nesse aspecto, não há discussão, mas aquela bola, a desatenção que possa ter havido, ou a falta de concentração, é na ponta do joelho do Marquinhos foi suficiente para o Alisson não chegar na bola, ela viria aqui a bola”... Entram as cobranças de pênaltis de Rodrygo (OG) e Marquinhos, Júnior acrescenta, “são aqueles detalhes que realmente não tem como você explicar, por exemplo, Galvão”, o locutor interrompe, “eu não queria ficar na imagem, Junior, mas você vê, o Rodrygo (OG) bateu a meia altura como o goleiro gosta, o Marquinhos não, bateu bem, cara” – “ele deslocou o goleiro, não teve sorte da bola bater na trave”, aponta Roque Júnior - falta de sorte na trave”... Entra a cena de Neymar (OG) prostrado, Júnior opina, “disputa de pênalti eu acho que o cobrador oficial deveria ser o primeiro a bater” – “também acho”, diz Galvão – “sabe por que, porque como hoje, por exemplo, o melhor batedor, Neymar (OG) é um exímio batedor, ele” – “não chegou nele”, observa o narrador da Globo – “porque, entendeu, uma outra teoria minha é a seguinte, quando você bate o primeiro, cê já transfere a responsabilidade pro adversário, pra ele ficar na obrigação de fazer, eu acho que mentalmente, quem vai bater, eu não posso perder porque senão vou comprometer, isso é uma teoria minha, entendeu” – Galvão diz, “verdade, eu também concordo” – “todas as vezes que eu participei de decisão, eu pedi pra ser o primeiro pra bater, por que se você fazer o gol, você transfere, você fez o gol, você já transfere pro adversário”... As cobranças de Croácia e Brasil são reapresentadas, o narrador comenta, “a não ser que o cara perca o primeiro dele, mas aí você já entra, ah, não, mas se acontecer”, Roque Júnior afirma, “ah, mas aí eu concordo, se você bater primeiro você joga a responsabilidade”, Galvão descreve as cobranças, “o primeiro, o segundo que o Rodrygo (OG) bateu, cê vê que o goleiro não foi antes da batida, aí duas vezes o Alisson foi pra direita, a bola batida no meio, olha como na bola foi bem o Casemiro, como bateu bem, Modric, aí não tem defesa, Pedro teve muita personalidade na parada, pro goleiro não definir, essa foi a que o Alisson foi na bola, aí o Marquinhos bateu bem, bateu na trave”... Roque Júnior diz, “eles estudam muito, Galvão, assim, preparador de goleiros, eles olham todos, com certeza eles olharam todos esses batedores, todos que normalmente batem nos seus clubes, passam pro goleiro, pra ele saber onde é, mas às vezes ela também chega também e muda o lance, muda o tempo de batida, mas acho que tem um estudo aí, hoje, principalmente dos batedores”... O narrador declara, “olha, gente, vamos fazer o seguinte, a Copa não terminou, terminou pra nós, pra Seleção Brasileira, eu quero desde já agradecer, as audiências foram fantásticas, essa alegria, essa alegria, eu vou estar aqui até a final, tem mais aí semifinal, final pra fazer, despeço hoje da Seleção Brasileira, com o coração sangrando, com vontade de chorar, com dor no coração, mas é o futebol, cara, faz parte, faz parte, é assim, o Roque viveu a emoção de ser campeão do mundo, o Júnior, nós tavamos conversando outro dia, na inauguração do museu da FIFA, homenagem ao Paolo Rossi, tavam você e Falcão, cê perguntou, não tem jogador alemão aqui, porque a final foi Itália e Alemanha, etc, etc, não, a final foi Itália e Brasil, então, sente forte, mas”... Citado, Júnior observa, “Galvão, você tem que ser forte nesses momentos, porque a gente sabe que quem joga futebol, sabe que pode acontecer, agora esses garotos, eu fico preocupado com essa meninada aí, que esses garotos podem dar pra gente, daqui a quatro anos, o que a gente não conseguiu esse ano, porque é um potencial muito grande dessa molecada, eles precisam ser preservados exatamente pra que isso possa acontecer”... Galvão prossegue, “e a partir de agora, o que fazemos, seremos todos Hermanos, nós vamos com Argentina, por ser a rivalidade brasileira, daqui a pouco tem Argentina e Holanda, o Carlos Gil está no Lusail, o estádio Lusail, pra acompanhar daqui a pouco, o Cleber vai narrar, é Carlos Gil, você não tava aqui, é capaz de ter sofrido menos”... O repórter nega, “não, não não, é Galvão, a gente sofre, né, a distância, a gente estava na sala de imprensa, boa tarde pra você, boa tarde pra todo mundo do Brasil, e fica um gosto amargo, que assim, querendo ou não, os jornalistas de todos os outros países, que não são brasileiros, quando chega numa hora de uma disputa de pênaltis, acabaram adotando a Croácia, a gente acaba, nós nossos companheiros brasileiros aqui cobrindo o jogo Argentina e Holanda, torcendo ali, cruzando os dedos, super nervosos e, enfim, temos que aturar a gozação agora, porque sem dúvida nenhuma, os argentinos falavam muito desse desejo de ter uma semifinal Brasil e Argentina, mas é óbvio, o Brasil não estando, o caminho,  né, no pensamento, no coração do argentino fica um pouco mais fácil, porque Brasil e Argentina é um clássico sem favorito, bom, mas é o que você falou, a Copa segue em frente, aqui no Lusail a gente queria muito que o Brasil estivesse na próxima terça-feira, estará a Croácia, contra o vencedor de Holanda e Argentina, e as escalações saíram agora há pouco com algumas mudanças, na Holanda, o Claassen não vai jogar, vai jogar o Bergjwin” – um torcedor argentino mostra a bandeira atrás do repórter – “e na Argentina não vai dar mesmo pro Di Maria, o Di Maria não tem condições de começar, vai pro banco” – entram imagens do aquecimento dos goleiros argentinos – “e com isso o técnico Leonel Scaloni faz um esquema 352, joga com três zagueiros, Lisandro Martinez, Romero e Otamendi, e na frente, Messi e Julián Alvarez, Galvão”... De volta a cabine do estádio, o locutor está junto com o trio de comentaristas e fala, “muito bem, é o seguinte, eu quis juntar o time todo aqui, estão todos apertadinhos, pra gente encerrar essa transmissão, que foi um grande prazer trabalhar com vocês, estar aqui com você, Ana, primeira comentarista mulher numa Copa do Mundo, Roque, campeão do mundo, cara bacana, Júnior, meu amigo de 240 anos, somaram a nossa idade dava 140” – “tá bom”, diz Júnior, os dois riem – “mas eu fiz questão de terminar assim, nós estaremos juntos, o Carlos Gil disse que fazia questão de que a Seleção Brasileira estivesse em Lusail na terça, eu queria na terça e no domingo, que são dois jogos, mas você também queria em casa, então, gente, roque bate aqui” – Galvão cumprimenta Roque Junior – “foi bacana, vamos estar juntos, cara, Maestro, beleza, dá um beijo” – Ana Thais agradece, “obrigado por tudo, Galvão, você é o cara” – “nada, obrigado por nada” – a comentarista repete, “você é o cara”, e aponta, “esse cara aqui é o cara” – “para, para com isso, deixa eu falar, bora lá, pra mim, eu me despeço da Seleção Brasileira em Copa do Mundo, e antes que alguém diga que eu, ah, o Galvão foi pé-frio, não, dois títulos, tá aqui, ó” – aponta para a garganta, Ana Thais lembra, “três finais” – “três finais, dois títulos aqui, um tetra e um penta, tá bom, taremos juntos, obrigado mais uma vez pelo carinho, pela audiência, por todo mundo que tá ligado, por tudo mundo que tá junto, imagino que todo mundo deve estar sentido, mas faço questão sempre de dizer uma coisa, eu sempre disse, uma vitória no futebol não resolve os problemas de um país, uma vitória no futebol não resolve os problemas do mundo, as coisas vão continuar acontecendo, e vamos esperar sempre que as coisas vão estar melhores, que o mundo possa se ajustar mais, que a inclusão possa aumentar mais, que tudo isso possa acontecer, tá bom, daqui a pouco tem Brasil e Argentina, eu vou torcer pra Argentina, e você”, Ana Thais responde, “vou de Portugal”, o locutor segue, “vai de Portugal, você, Roque Júnior”, o comentarista responde, “Portugal”, o narrador continua a perguntar, “você, Júnior”, ele responde, “estou com os portugueses”, Galvão conclui, “e eu sou Argentina, vambora, vamo lá, obrigado a todos, tamo junto pela Copa”, entra a vinheta oficial das transmissões do Mundial... Por estar pendurando o microfone, o narrador global não quis falar do futuro da Seleção, em 2018, por exemplo, frente a instabilidade no comando da CBF, ele defendeu enfaticamente a permanência de Tite, também concordou com Casagrande e Ronaldo concordou que o Brasil tinha muito a aprender com os europeus, mas enfim, Galvão esqueceu de dizer que também transmitiu o tetra da Itália em 2006 e da Alemanha em 2014, mas na correria da despedida, não deu tempo nem para um último, “ei, Galvão, vai tomar no c...”






















Galvão foi voto vencido declarando torcida para a Argentina, todos os comentaristas escolheram Portugal...


Nenhum comentário:

Postar um comentário