quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Copa Dia 18: Folga no Futebol, Balanço Geral Meu Povo...

Indígena de olhos verdes no Brasil a gente só conhece a Serena, mas poderia ser o miguxo do Carluxo, digo...

 

Pode torcer à vontade para a Croácia, Rafinha Bastos, porém você esqueceu de colocar a toquinha de nadador...








































A Copa do Mundo da FIFA ™ tem o seu primeiro período de descanso após 56 jogos em 17 dias, e o fato de terem emendado a fase de grupos com as oitavas-de-final adiou a realização de um balanço da etapa inicial do torneio, mas também deixou claro que a maioria  das surpresas do torneio concentrou-se nos grupos E,F, G e H, que se cruzaram por último...  No grupo A, tendo em vista a configuração da chave, não seria nada anormal a classificação de Equador ou Senegal, a eliminação da Holanda sim, porém  ela não fez nada mais que a obrigação, conquistando o primeiro lugar do grupo sem convencer ninguém, ainda que de forma invicta, ao contrário de outras seleções favoritas ao título, ganhou do Senegal sem convencer, sofreu o empate diante do Equador e penou para ganhar do Qatar, partida que foi um fracasso de audiência, obrigando a TV Globo a alterar a programação  de jogos da última rodada da primeira fase... Quando esperava-se que os holandeses brilhariam diante dos Estados Unidos, veio outra vitória burocrática, não que fosse preciso fazer mais os Estados Unidos continuam exercendo o papel de sempre de figurantes da Copa, a conferir o que ocorrerá com a Argentina, porque o que se salva da equipe holandesa é o futebol do artilheiro Gakpo e as performances de Memphis Depay, isso quando está em campo... O Equador até empolgou ao vencer o Catar e empatar com a Holanda, quando os três gols de Ener Valencia o colocaram como artilheiro do Mundial, todavia a desclassificação veio no confronto direto com o Senegal pela segunda vaga do grupo... O Senegal, derrotado pela Holanda na estreia, iniciou uma curva ascendente ao vencer o Catar e no embalo ganhou dos equatorianos, contra a Inglaterra, seguraram a pressão até o final da primeira etapa, quando levaram dois gols e deixaram-se bater... Os grandes feitos do Catar foram o gol de honra no Senegal, um fugaz momento de brilho na derrota, e o fato de ter sido a primeira seleção desclassificada do Mundial que ela própria organizou... No Grupo B, o primeiro lugar da Inglaterra era esperado, e aconteceu com uma campanha invicta, porém de altos e baixos... Os ingleses mostraram força ao golear o Irã, depois da lesão do goleiro Beirandvand, tropeçaram no empate sem gols com os Estados Unidos, deixando-se contagiar pela ineficiência nas finalizações de seu adversário, e voltaram a empolgar contra seu parceiro de Reino Unido, o País de Gales, principalmente devido a atuação sensacional de Rashford, vencendo o Senegal nas oitavas sem fazer muita força, quase um “treino de luxo” para o aguardado jogo com a França... Os Estados Unidos, com seu futebol aplicado, porém pouco criativo, também lograram uma invencibilidade na primeira fase, algo louvável numa Copa em que ninguém foi 100% na disputa  de grupos, cederam o empate ao País de Gales, seguraram a Inglaterra em outro empate, conseguiram uma vitória suada contra o Irã, até dolorosa para o autor do gol, Pulisic, e contra a Holanda, tirando um pouco de pressão até tomarem o gol na primeira etapa e depois de Wright superar a crônica carência nas conclusões na segunda, mostraram que continuam sendo muito bons mesmo para as vendas de ingresso, este ano com a feroz concorrência dos países islâmicos próximos ao Catar, e nada mais... O Irã, goleado pela Inglaterra, manteve-se vivo na competição vencendo o País de Gales nos acréscimos, exatamente quando os árbitros ainda estavam se ajustando ao cumprimento da norma, contrariando o defensivismo do técnico Carlos Queiroz, vide comemoração de Azmoun com o português, e perderam de pouco o confronto direito pela segunda vaga do grupo, com Beirandvand do outro lado do balcão ao lesionar Pulisic...  O País de Gales teve seu momento de glória  empatando com os Estados Unidos, descendo a ladeira depois da expulsão do goleiro Hennessey contra o Irã, deixando para seu substituto, Ward, a duvidosa honra de tomar cinco gols, enquanto Gareth Bale se despediu melancolicamente de sua primeira e provavelmente única Copa do Mundo ao ser substituído  no intervalo do jogo com a Inglaterra, onde a seleção cedeu às pressões do adversário após a saída do lesionado Neco Williams, o galês com nome de português... Ops!!!... No Grupo C, a primeira rodada teve uma gigantesca surpresa, que foi a virada da Arábia Saudita sobre a Argentina, com torcida de Gretchen Miranda e tudo, e outra de menor relevância, porém ainda digna de nota, o empate sem gols entra México e Polônia, sintetizado pelo pênalti de Lewandowski defendido pelo inesgotável goleiro Ochoa em sua quinta participação em Mundiais, enquanto o polonês marcaria seu primeiro gol, na sua segunda Copa, apenas no jogo seguinte... Pancada esperava muito do México contra a Argentina,  reforçando a escassa representação de Chapolins na torcida do país, porém a equipe sul-americana, inclusive os experientes Di Maria, quando as contusões assim o permitiram, e Messi, sentindo o peso da cobrança pelo título em sua quinta e quase certamente última Copa, iniciaram uma ascensão, ajudados pela escalação dos jovens Enzo Fernandez e Julián Alvarez, que levou a vitórias sobre mexicanos, poloneses e australianos, ainda com problemas, como demonstraram as finalizações falhas de Lautaro Martinez contra a Austrália, e que poderiam ter feito falta caso Kuol tivesse acertado o gol no fim do jogo, mas com um ligeiro acréscimo de qualidade a cada partida, tornando o confronto com a Holanda nas quartas-de-final promissor... A Polônia manteve a esperança de classificação vencendo a Arábia Saudita, que sem Maria Odete de Brito Miranda voltou ao normal, tendo um novo lampejo ao ajudar os europeus a classificarem-se no saldo de gols, descontando nos descontos da derrota para o México, mesmo que nem as excelentes defesas do goleiro Szeczny não tenham ajudado quando a França encontrou o primeiro gol nas oitavas... O México, que ia se classificando com o gol de falta de Chávez, o primeiro da Copa, com a eliminação, terminou com uma campanha abaixo da média para os próprios padrões, pois em Mundiais anteriores eles conseguiram jogar como nunca para perder como sempre nas oitavas-de-final...  No Grupo D, a França, muito desfalcada, mostrou força na virada e goleada sobre a Austrália, nem tanto ao ganhar da Dinamarca, pagou pela soberba ao escalar o time reserva na derrota para a Tunísia, e na sequência de um primeiro tempo de pouquíssima inspiração, venceu a Polônia com sobras, em meio a essas oscilações, a constante foi Mbappé, no esplendor da forma física e técnica, artilheiro da Copa com cinco gols, coadjuvado nas oitavas pelo experiente Griezmann na armação das jogadas, fazendo até Giroud balançar as redes... A Austrália, outro sempre esforçado figurante das Copas, classificou-se com vitórias magras sobre Dinamarca e Tunísia, surpreendentes em diferentes intensidades, e ao invés de crescer na competição, conformou-se em fazer um gol na Argentina nas oitavas, de uma forma tal que faz pensar na Tunísia como mais merecedora da vaga, por sua torcida apaixonada, capaz de vaiar a posse de bola adversária durante toda a partida contra a Dinamarca,  e que compensava as limitações ofensivas da equipe com uma marcação leal e impecável, porém fica para a história a icônica vitória sobre a França, com gol de falta de Kazhri, ao passo que os dinamarqueses, que eram candidatos quase naturais à segunda vaga do grupo, decepcionaram no empate com a Tunísia, que teve sabor de vitória para os africanos, e nas derrotas para franceses e australianos, voltando para casa com apenas um gol marcado, é muito pouco, Cornelius... Ops!!!...













O Grupo E, que teve as maiores reviravoltas da Copa, colocou em questão o esquema “tiki-taka” e suas variações, um 451 com mais ofensividade, praticado pela Espanha campeã em 2010 e pela Alemanha campeã de 2014, os espanhóis mais felizes na renovação da equipe que os alemães, ambas em graus distintos de aproveitamento de imigrantes e descendentes nas equipes... A dúvida surgiu com força quando o Japão, que seguia o estilo da Itália vencedora de 2006, que popularizou o 4231, baseado em recuperação rápida da bola que leva a contra-golpes em velocidade, virou o jogo com os alemães, mas pareceu dissipar-se na sonora goleada da Espanha sobre a Costa Rica, que não viu a cor da bola e mesmo assim, na zebra da zebra, derrotou o Japão com um único chute a gol... Além do mais, os espanhóis não deram o golpe de misericórdia nos alemães, que conseguiram o empate depois de providenciais substituições, os quais também salvaram a equipe de um vexame histórico sobre a Costa Rica, Fullkrug num jogo, Haavertz no outro, e os costarricenses chegaram, durante três minutos, a eliminar duas campeãs mundiais, favoritas no grupo, de uma só vez, pois mais uma virada, desta vez contra a Espanha, assegurou aos japoneses o primeiro lugar do grupo, enquanto os espanhóis ficaram em segundo graças a remontada dos alemães depois de tomarem a virada da Costa Rica e aos gols na estreia que turbinaram o saldo, e não vieram no jogo com o Marrocos, que evidenciou os grandes problemas do time espanhol, a dificuldade de fazer a troca de passes com equipes que marcam forte e sob pressão e a baixa eficiência das finalizações... O Japão, por sua vez, não foi o time da virada que assombrou o mundo na primeira fase nas oitavas, e repetiu a história de 2018, saiu na frente, porém acabou derrotado, desta vez pelo pragmatismo dos pênaltis da Croácia... No Grupo F, a geração belga deu seus últimos suspiros, fustigada por brigas dentro do grupo, venceu sem convencer o fraco Canadá, perdeu para um ascendente Marrocos e empatou sem gols com uma Croácia que jogou pragmaticamente, de olho no regulamento, para conseguir a classificação... O Marrocos mostrou uma torcida inflamada e uma criatividade ofensiva que se não tirou a partida com a Croácia do 0 a 0, foi essencial para a equipe ir além da aplicação na marcação e vencer Bélgica e Canadá, este de virada, classificando-se para as oitavas-de-final no primeiro lugar da chave, e tanto croatas quanto marroquinos seguiram a mesma receita no mata-mata, levaram o jogo em banho-maria no tempo normal, confiantes de que os goleiros fariam a diferença na hora dos pênaltis, mesmo tendo qualidade suficiente para definir a partida na etapa final, a Croácia jogando em contra-ataques, com um time experiente e coeso e o Marrocos nos contragolpes rápidos temperados pelo talento da dupla Hakimi e Ziyech, riscos que fatalmente Brasil  e Portugal irão correr, apesar das grandes atuações nas oitavas... O Canadá, com três derrotas em três jogos, fez os dois primeiros gols em Copa do Mundo e ficou nisso mesmo, conseguindo ser eliminada num Mundial que só tinha três classificados após duas rodadas, repetindo num estágio menos avançado a fama de time aplicado, porém pouco criativo na frente dos Estados Unidos, nem trazer o técnico da vitoriosa equipe feminina resolveu, fica para a Copa que vão organizar em 2026... No Grupo G, o Brasil confirmou seu favoritismo de sempre, aumentado com os desfalques nos principais rivais, vencendo nas duas primeiras rodadas a Sérvia, resultado de razoável para bom, lesão de Neymar (OG) à parte, Richarlison e Vinicius Junior fizeram a diferença, e a Suíça, num triunfo mais sofrido, com a contribuição essencial de Casemiro, e pagou o preço de jogar com o time reserva na derrota para Camarões, com um gol de Aboubakar no final, e todos sabiam que o camisa 10 era perigoso, posto que foi decisivo, no empate de Camarões, um gol e uma assistência, contra a Sérvia, que ao virar o jogo com a Suíça e depois levar uma remontada dos suíços, ajudou os brasileiros a serem os primeiros do grupo no saldo, ainda que fazendo apenas um pontinho em três partidas... A Suíça venceu pragmaticamente Camarões – com o gol de um camaronês – vendeu caro a derrota para o Brasil – o gol veio quando já contavam com o 0 a 0, esforçou-se para vencer a Sérvia e desmoronou contra Portugal nas oitavas, com uma atuação bem abaixo dos jogos da primeira fase, que já não foram lá essas coisas...  Camarões não estava bem sem Aboubakar, melhorou com ele, porém a derrota na estreia falou mais alto que a reação nas duas últimas rodadas, ainda que a derrota suíça tenha deixado a impressão de que eles poderiam fazer mais e melhor caso enfrentassem os portugueses... No caso do Brasil, o jogo coletivo aperfeiçoou-se no jogo com a Coreia, com a solidariedade de Neymar (OG), que retornou a equipe, que começou a sofrer com lesões no decorrer do torneio após passar ligeiramente batida no período de preparação, e demonstrou maturidade, chamando a responsabilidade depois de tantas atuações duvidosas, e até as dancinhas acabaram aceitas, por serem melhores que o cai-cai... Ops de novo!!!... No Grupo H, Pancada não cansa de repetir, Arrascaeta em campo contra a Coreia do Sul, o jogo não teria ficado no 0 a 0, e esse empate, além da virada sobre Portugal na última rodada, deu uma falsa noção do potencial dos coreanos, que caiu por terra diante da facilidade com que o Brasil impôs uma goleada, e a reação impressionante após as substituições contra Gana e Portugal ficou só no esboço, no caso, na bola que surpreendeu Alisson... O grande jogo de Gana foi a vitória dramática sobre a Coreia, a melhor partida do Uruguai foi a vitória sobre os ganeses com Arrascaeta desde o começo e marcando dois golaços, e que não valeu vaga pois a Coreia do Sul virou o jogo contra Portugal, que depois das vitórias sobre Gana e Uruguai, a segunda melhor que a primeira, mesmo porque Arrascaeta só entrou no meio da etapa final contra os patrícios, reencontrou o melhor de seu futebol, que no quesito troca de passes esperando o momento do ataque fatal, só não é melhor que a França, no “hat-trick” de Gonçalo Ramos sobre a Suíça, com Cristiano Ronaldo, que marcou gol em sua quinta Copa num pênalti contra Gana, teve outro gol “desatribuído” contra o Uruguai, justo reconhecimento a atuação brilhante de Bruno Fernandes, e foi substituído contra a Coreia, aplaudindo a tudo do banco de reservas para jogar pouco mais de 20 minutos no final da partida...














Recordação de Maradona é importante para Argentina porque hoje o VAR não permitiria gol de mão... Ops!!!...





Lembramos que a Holanda, apesar da campanha invicta, ainda deve uma exibição de gala na Copa do Mundo...


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