segunda-feira, 9 de julho de 2018

Copa Dia 26: Não Fique Triste, Glenda...

Terminado o jogo, câmeras mostraram Neymar (OG) caindo no chão, desta vez devido a derrota do Brasil...

 












Em 2014, a eliminação da equipe brasileira foi chorada com um chapéu do Fuleco, agora é com o do Zabivaka... 






























Depois de comentar a resposta de Renato Augusto, Galvão Bueno volta a falar do primeiro gol da Bélgica... “É sempre muito difícil falar numa circunstância dessa, mas falou bem o Renato Augusto, com muita tristeza, mas eu queria, Casa, me fixar ali, se a gente pudesse voltar a esse lance do primeiro gol, porque ele falou, depois do primeiro gol, nos desesperamos um pouco, Ronaldo chamou a atenção várias vezes, a falha é muito grande no primeiro gol” – Casagrande, concorda, “é enorme” – “porque o Kompany sobe completamente sozinho” – Casagrande tenta falar, Galvão interrompe, “eu cheguei a narrar gol do Kompany, ele raspa de cabeça sozinho a bola” – o lance é reprisado – “olha lá, ninguém, aí tem Gabriel Jesus e Fernandinho” – “e o Willian ali perto”, diz Casagrande – “olha, Gabriel Jesus e Fernandinho, os dois, Gabriel Jesus e Fernandinho, os dois numa bola só, o Kompany tá livre, aí a bola bate no ombro do Fernandinho e mata o Alisson na jogada”... Casagrande opina, “foi uma falha coletiva, Galvão, o Kompany vem em movimento, o jogador que tava marcando o Kompany não acompanhou esse movimento dele, e aí ficaram os jogadores atrás, até longe, nem dividir com o jogador que tava cabeceando teriam dividido, então é uma falha coletiva”... Galvão continua... “Olha então onde vem o Kompany, ele atravessa a defesa inteira” – Casagrande repete, “ele atravessa a defesa inteira” – “ele toca de cabeça e a bola vai bater no Fernandinho, a falta de sorte da bola bater no Fernandinho, mas o erro, Ronaldo, tá em como é que o cara atravessa a defesa inteira, passa por dentro da defesa inteira, vai cabecear sozinho e ninguém foi junto com ele”... Ronaldo responde ao narrador... “É, eu tava lembrando até o, a Copa de 98, que foi um gol muito parecido do Zidane, o escanteio e vai no primeiro, ninguém acompanha, e no primeiro pau, quem fica ali, quem fica marcando no primeiro pau fica vendido, esse jogador vem da marca de pênalti e não foi acompanhado”... Galvão anuncia... “Vamos ouvir o técnico Roberto Martinez, que é um técnico espanhol, a escola espanhola de técnicos, o que ele tem para falar, ele disse que o sonho da vida dele era jogar contra o Brasil, não pode como jogador, veio como técnico e dirigiu bem o time” – Casagrande está de acordo, “muito bem, o time dele jogou muito bem”... Martinez fala na “zona mista” do gramado e sua fala é traduzida por Christiano Sanches... “Incrível, realmente, algumas vezes aceitar, que o Brasil tem essa fineza, essa qualidade, eles não aceitavam, eles não estavam se sentindo derrotados, eles não queriam desistir, eles realmente fizeram alguma coisa especial, esses garotos merecem realmente todo o reconhecimento, e na Belgica todos estamos orgulhosos... Taticamente, eu nunca perdi um jogo por falta de decisões táticas, na verdade, a execução da tática é que é importante e ela foi magnífica, quando você diz pra alguém, vamos jogar de uma determinada forma, como jogador você tem que ser muito corajoso pra aceitar isso, e esses garotos são ótimos porque eles mudam o jeito, de posição tática e eles conseguem fazer o melhor disso, fazer com que aconteça um esquema tático é diferente de conceber isso, e é claro, nós damos oportunidades aos jogadores e eles aproveitaram bastante... Sim, vencer o Brasil numa Copa do Mundo, certamente todos devem perceber que isso é uma vitória incrível que vai ficar do nosso futebol na Bélgica e certamente vai marcar as próximas gerações, agora precisamos de mais energia para os próximos jogos, vamos garantir que continuaremos juntos e tão bons quanto conseguimos ser até agora”... Terminada a entrevista, os torcedores brasileiros são focalizados na arquibancada e Galvão afirma... “Belíssima entrevista do técnico” – e voltando-se para Ronaldo, na cabine de transmissão – “eu queria puxar um assunto que você disse, de uma coisa, informações que eu fui buscar, que nós não temos no Brasil e nunca tivemos, falamos muito disso da Alemanha, a Alemanha foi um fracasso na Copa, mas a Alemanha, apesar do fracasso na Copa, o técnico tá mantido pra 2022, ele tava desde 2006 como assistente, então ele vem na Copa de 2006, 2010, 2014, 2018, vem de um terceiro lugar, depois veio de um quinto lugar, depois veio um título e agora cai, a Bélgica fez um trabalho de alguns anos pra cá, em que um diretor técnico procurou todos os clubes que haviam conseguido vitórias nas categorias inferiores, eles jogam num 343, certo, três zagueiros, os quatro no meio, e três excepcionais jogadores na frente, Lukaku, De Bruyne e Hazard, foi feito um pedido pra que todo mundo jogasse desse jeito, desde que os meninos têm 17 anos, pra se criar uma escola, uma nova escola, pra se buscar um trabalho feito, taí, não sabemos onde eles vão, não sabemos se passa pela França, podem até não ser campeões do mundo, mas conseguiram uma façanha gigantesca hoje, que foi passar pelo Brasil, que talvez fosse o grande favorito da Copa, é o resultado de um trabalho de anos e anos e anos que jamais foi tentado no Brasil”... Casagrande pede a palavra... “Então, e na Bélgica, por exemplo, esse trabalho é maravilhoso, fantástico, eu diria, a geração deles, a geração da Bélgica, ela acaba muito rápido, é um país muito pequeno, não dá pra você esperar uma geração acabar e depois vai ver o que vai acontecer” – entram imagens da comemoração dos jogadores belgas no gramado – “eles foram inteligentes, eles começaram a preparar novas gerações e a Bélgica vai pular de patamar com essa vitória sobre o Brasil, não sei o que vai acontecer pra frente, mas fez um excelente trabalho na Copa do Mundo, o time joga muito bem e vai ter sequência agora, a partir de agora vai começar a ter uma sequência de gerações boas na Bélgica, tava na hora da Bélgica fazer alguma coisa, o jogador belga jogava muito bem, mas eles esperavam gerações, não pode esperar, agora vai funcionar”... Galvão se vira para Ronaldo e fala... “O trabalho foi feito é muito diferente, não dá pra imaginar isso no Brasil, um país de dimensões continentais, onde nós temos outra cultura, outra formação de jogadores, nunca foi feito um trabalho próximo disso” – “nossos jogadores saem muito jovens pra jogar no futebol europeu”, diz Ronaldo – “mas eu coloco isso, a junção das duas coisas, o técnico da Alemanha depois do fracasso da Alemanha sair na primeira fase, confirmado até 2022, e esse trabalho belga, que resulta nessa grande façanha, é uma grande façanha ganhar do Brasil numa Copa do Mundo, ainda mais de um time que vinha crescendo dentro da Copa do Mundo, seria o caso dos dirigentes pensarem, imaginarem, o Tite fez um bom trabalho, o Brasil hoje não jogou bem, então, a Alemanha não jogou nada!!!, o técnico cometeu erros, da mistura de renovação com veteranos, mas vamos mantê-lo até 2022, então seria o caso de pensar em manter o Tite” – entram imagens dos torcedores brasileiros deixando o estádio em Kazan – “o Edu Gaspar, essa organização, que não seja uma coisa que sente uma pessoa, o que eu não aceito nessa situação é o seguinte, que a Seleção Brasileira tenha um dono, a Seleção Brasileira é um patrimônio do povo brasileiro, a Seleção Brasileira os donos são vocês” – segura os braços de Casagrande e Ronaldo – “vocês que conquistaram na Seleção Brasileira, não pode uma pessoa sentar, ah, eu vou botar o fulano pra ser técnico, não quero mais esse, tá certo, então tem que ter um planejamento de uma forma tranquila” – e voltando-se para Ronaldo – “não é assim que você pensa”... O comentarista responde... “Exatamente, Galvão, é um momento muito delicado pra Seleção Brasileira, tanto politicamente quanto tecnicamente falando, fomos desclassificados no Brasil na semifinal, aqui, quartas de final” – “não teve vexame aqui, lutamos até o fim, o time criou oportunidades até de chegar ao empate, pagou pelo primeiro tempo”, observa Galvão – “mas espera-se sempre muito da Seleção, se espera muito mais da Seleção Brasileira, é um momento de fazer realmente esse planejamento, porque o resultado é horrível, apesar de não ter jogado mal, mas o resultado é muito ruim para a Seleção Brasileira, então as coisas tem que mudar, eu acredito que o Tite deve permanecer, é um cara sensacional, e tá fazendo um trabalho sensacional, mas tem que ter uma continuidade nesse trabalho, então, e mais, tem que ampliar o poder dele pras categorias de base, acompanhar os jogadores no exterior, enfim, o Campeonato Brasileiro tem que se adequar às características que ele quer, de acordo com os jogadores pra Seleção Brasileira, então esse planejamento todo tem que ser feito como as equipes europeias estão fazendo, Bélgica fez, Inglaterra fez” – “Alemanha fez”, acrescenta Galvão – “a França ganhou vários torneios de Sub-17, Sub 20” – “em cima do Brasil”, lembra o narrador – “e tá com a seleção principal, uma média de idade de 25 anos” – entram imagens de Neymar (OG), Coutinho, Fagner e Alisson após o fim do jogo, além da comemoração dos jogadores e da torcida da Bélgica – “então tem que ter esse planejamento pra Seleção Brasileira, tem que seguir todos esses exemplos bons”, Galvão fala a Casagrande, “você deve ser lembrar de 2002, Casagrande, você se lembra, da conquista do penta quando todos vocês vieram cantando, até fizemos aquele programa na saída do vestiário, o Parreira tava por lá, a ideia é que o Parreira fosse esse cara” – “o diretor técnico”, diz Casagrande – “o diretor de futebol, de seleções, cuidar de todas elas” – na tela, Neymar (OG), cumprimenta De Bruyne, e depois é abraçado por Filipe Luís – “impor um padrão que viesse desde o menino lá embaixo pras equipes Sub-15, Sub-17, até a equipe principal” – agora, aparece a prostração dos jogadores brasileiros logo depois do término da partida – “o Parreira naquele momento, não sei se você lembra, na euforia da conquista, não me lembro exatamente, o Parreira disse, aceito, aceito, e ele voltou a ser técnico, e foi até a Copa de 2006, nós estamos num momento, num processo no Brasil, que é preciso deixar claro, volto a dizer, não vamos crucificar ninguém, mas nós passamos por um processo no Brasil em que houve uma varredura, uma limpeza da direção do futebol brasileiro, nós temos um ex-vice presidente sob investigação, nós temos um ex-vice presidente preso, nós temos um ex-vice presidente banido do futebol, da CBF, Ric..., presidente, vice, eu tô falando, fui errando, ex-presidente, ex-presidente, ex-presidente, passamos por um momento ao vácuo, foi feito um trabalho pra que alguém assumisse a presidência e dizia, diz lá, o regulamento, o vice-presidente, por isso que eu tava com o vice-presidente na cabeça, o vice-presidente com mais idade, aí deu a confusão toda, ficou uma coisa, o presidente já está eleito, mas assume em abril, então o presidente, que é responsável pelo futebol brasileiro, assume em abril, nós estamos em junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro, dezembro, janeiro, fevereiro, março, abril, são nove meses, então, que não se tome nenhuma atitude agora, quem vai tomar essa atitude, seria o atual presidente” – “seria o momento de esperar”, acredita Casagrande – “atrapalhou até no voto, então é o momento de se dizer, vou parar pra pensar, é duro perder, mas vamos parar pra pensar, não é, Ronaldo”... Que opina... “Vivemos um momento difícil na política brasileira e pior ainda no futebol, né, politicamente, a política do futebol ainda tá pior que a política do nosso país, com todos esses problemas que a gente viveu, enfim, tem muita coisa pra gente melhorar”... Casagrande pede um aparte... “Posso falar uma coisa”... Porém Galvão continua falando... “Tem que ter um momento agora pra se raciocinar, pra se pensar, volto a repetir, o presidente eleito vai assumir daqui a nove meses, o atual presidente seria a pessoa a escolher esse técnico, ou continuar o Tite, ele é uma pessoa, é um posto simbólico ali, absolutamente simbólico ali, então que não haja nenhuma espécie de precipitação e não pegue a caneta e diga, eu tenho a caneta e o técnico agora é fulano” – o narrador risca sua prancheta com a caneta – “acho que isso é importante”... Casagrande enfim pode falar... “É, foi tudo perfeito o que foi falando, eu viajei nas últimas eliminações que o Brasil teve nas últimas vezes, em 2006 teve alguma crítica, muito aberto a concentração, muito fechada, aí passou por uma muito fechada, aí começaram, ih, a Seleção não jogou muito bem” – entram imagens de Neymar (OG) saindo de campo chorando e dos jogadores seguindo para o vestiário -  – “aí veio 2014 e foi um vexame, essa aqui, não dá pra fazer uma crítica em cima da organização e do trabalho do Tite” – “não, não tô falando de comissão técnica não”, argumenta o locutor – “não tô falando da comissão técnica, da parte do trabalho feito” – “a ideia é continuar”, ressalta Galvão – “exatamente, um trabalho como esse, do Tite, com todo esquema que ele trouxe, com o staff, foi tudo muito bem feito, tanto que ele pegou no buraco a Seleção Brasileira e trouxe pra uma classificação em primeiro lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo, não jogou aqui o que se esperava, mas fez uma boa, então, esse projeto não pode ser jogado fora, esse processo de trabalho não pode acabar, ele tem que ter continuidade”... Galvão acrescenta, “então é por isso que é preciso ter calma no processo administrativo, dos homens que vão ter o controle daqui a nove meses, porque nesse momento temos um controle não oficial daquele que exerce a presidência, e quem escolhe o técnico, Ronaldo concordou, Casagrande também concorda, não pode chegar lá e dizer, vou botar Antônio de técnico amanhã, a Seleção não pode pertencer a uma pessoa, então que se tenha calma e talvez seja o momento do Tite continuar, essa é uma proposta pra discussão que vai sair daqui pra frente, não se faça como em 2014, ah, não é mais, agora é assim, não, que se discuta um projeto” – “até porque não funcionou”, lembra Casagrande – “não funcionou, que se discuta um projeto”... Pois é, não é... O maior medo do Galvão não é nem insistirem no Adenor, mas sim um novo retorno de Carlos Dunga (OG)... Ops!!!... Mauro Naves aparece ao lado de Alisson, fora de campo, com o goleiro da Seleção... “Voltamos aqui com o goleiro Alisson pra gente analisar essa saída brasileira da Copa, na sua opinião por que isso acontece hoje, Alisson”... Que responde... “Primeiro de tudo, a gente tem que sair de cabeça erguida, é difícil um momento assim, a gente superar uma derrota, uma eliminação como essa, sabendo da qualidade do nosso time, a gente também encontrou uma grande equipe pela frente, fizeram um bom trabalho” – na tela, imagens de defesas de Alisson no jogo – “conseguiram dois gols ali, um de bola parada, outro de contra-ataque, a gente deu o nosso melhor dentro de campo, a gente tem que pensar, criamos, faltou pra melhorar, difícil de falar num momento desse, mas a gente tem que sair daqui de cabeça erguida, que a gente deu o nosso melhor, não faltou vontade, não faltou empenho, e no futebol às vezes o resultado não vem como a gente espera, e essa noite é muito triste pra todos nós, todos nós sentimos muito, tínhamos muita expectativa de seguir em frente, mas faz parte do futebol, a gente tem que aprender em momentos como esse também”... O goleiro toma um pouco de isotônico, o repórter questiona... “Você sentiu hoje o time um pouco mais tenso que normalmente, porque aumentou muito o número de erros de passe, ou isso se deve ao fato da Bélgica ter saído na frente, uma experiência que o Brasil ainda não tinha tido ainda”... Alisson diz... “É isso, acredito que quando a gente sofreu o primeiro gol, a gente até reagiu, reagiu de uma maneira positiva, conseguimos controlar as reações, trabalhar bem a bola, tava difícil de achar os espaços, e quando a gente tomou o segundo gol a gente sentiu um pouco mais, mas na volta do segundo tempo, a gente já voltou com a cabeça mais no lugar, já voltou com uma agressividade maior, controlamos o segundo tempo todo, tivemos chance, o goleiro deles foi muito bem também, a equipe adversária tem muita qualidade, não é só o Brasil que é bom” – entram lances de ataque da Seleção – “então a gente tem que saber que eles têm méritos e sair de cabeça erguida daqui, a gente vai sentir sim, é difícil, é doloroso, mas a gente tem que sair daqui com a cabeça erguida mais uma vez”... Mauro tem mais uma pergunta... “Como você analisa a sua Copa, Alisson”... E o goleiro declara... “Hum, acabei com defesas trabalhando menos, até hoje não foram tantas finalizações, é uma equipe que defende muito bem, aprendi muito com essa Copa, minha primeira Copa, espero que, esperava que o resultado fosse melhor, mas a gente também tem que aceitar, é a vontade de Deus, como as coisas aconteceram, o que a gente tinha que fazer já fez, teve o tempo necessário dentro de campo, não deu certo, agora a gente tem que aprender, com erros, e eu acho que eles são bem mínimos, os nossos erros, a nossa margem de erro é muito pequena, a gente fez de tudo nessa Copa pra seguir em frente, pra ganhar, a gente tava muito bem, teve muitos momentos, teve altos e baixos durante a partida, mas jogando contra um adversário difícil, no geral é positivo, é, difícil na derrota avaliar qualquer coisa positiva, mas no geral a gente tem que ser frio e analisar dessa maneira”... O repórter agradece... “Tá certo, muito obrigado, Alisson, a gente retorna daqui a pouquinho, com outro jogador, provavelmente o Miranda, capitão da equipe hoje”, entrando na sequência a imagem do estádio vazio... Agora, Cássio teria defendido aquele chute do De Bruyne... Ops de novo!!!... Galvão vai em frente... “Muito bem, Mauro Naves, tem muito jogo bom pela frente, tem muita Copa do Mundo pela frente, tem os donos da casa, a Rússia, jogando com a Croácia, que tá jogando bem, tem a Inglaterra, que vem atropelando, vai jogar com a Suécia” – “vai ser um jogo bom”, garante Casagrande – “vai ser um jogo bom, tem uma semifinal, Holanda, perdão, França e Bélgica, que promete demais, que promete demais, tem muita coisa pra acontecer”... Não esqueça do melhor jogo da Copa, a decisão do terceiro lugar... Ops mais uma vez!!!... Adiante, Galvão... “Vou propor um assunto já, já, mas antes vamos ver o cavalinho, o que será que ele diz agora, vamos, mas antes de rodar, eu quero dizer, por favor, repetir o que eu tenho dito sempre, o país passa por problemas muito sérios, uma vitória na Copa não resolveria os problemas do país, uma derrota na Copa não complica mais os problemas do país, isso é esporte, esporte se ganha, de um lado e de outro, a Bélgica jogou muito melhor, falamos muito de Zagallo, me lembro daquela final de 98, quando ao final daquela transmissão eu disse, que recebam bem o técnico Zagallo e os jogadores da Seleção Brasileira que foram à final, erraram hoje, muito, o Brasil jogou bem, não, o Brasil teve falhas, teve, a Bélgica foi melhor, foi, a Bélgica mereceu classificar, mereceu, isso é esporte, então alguns deles estarão aí nas próximas Copas do Mundo, temos tantos jogadores jovens, o Alisson que acabou de falar é um deles, o Neymar (OG), o Coutinho, o Gabriel Jesus, o Firmino, e ano que vem tem Copa América no Brasil, e a Argentina, que não ganha a Copa do Mundo desde 2016, que não ganha nada desde 93 no futebol profissional, tem Copa América, não é isso, ninguém vai chegar a ser penta, é um momento triste, mas é esporte, é futebol, também se perde, não se vive só de vitórias, o esporte em si é uma coisa muito importante, é preciso lutar com todas as forças pela vitória, mas entender que as derrotas são inevitáveis, esse é o esporte” – olha para Casagrande e Ronaldo – “você aprendeu isso em sua vida, você aprendeu isso em sua vida, eu de tanto falar aqui aprendi isso também vendo vocês fazerem, então eu acho que, as suas entrevistas são assim, não é um 7 a 1, gente, não é um 10 a 1” – Casagrande ri – “foi 7 a 1, mas era um 10 a 1, 7 a 1 num jogo e 3 a 0 no outro, imagina agora se aquela bola tivesse entrado, a gente estivesse nos pênaltis, com o coração disparando, podia estar, é esporte isso aí, não é, Ronaldo”... O comentarista diz... “O esporte é maravilhoso, se ganha, se perde e se aprende muito, é um aprendizado contínuo, e a Seleção Brasileira, é, é, tem que saber aprender dessa Copa do Mundo, também, não foi um desastre, então é pegar as coisas boas que tivemos e melhorar nas que não foram tão boas assim e pensar em planejar o futuro”... O narrador fala para Casagrande... “O que será que o Cavalinho tava pensando... Ele tava numa de, sei lá, vamos ver”... E eis que o boneco com a camisa da CBF afirma... “Ai, ai, eu não tenho sorte mesmo com essas cores”... Então é por isso que entra em cena outro fantoche, com a camiseta da Bélgica... “É, essa estradinha está fechadinha para você”... O cavalinho brasileiro questiona... “Quer dizer então que eu não vou conquistar a minha sexta estrela”... O cavalinho belga responde que não e o representante do Brasil CHOLA MAIS, para dizer em seguida... “Não dessa vez, mas daqui a quatro anos, eu vou lutar de novo, alô, Qatar, me aguarde”... E se despede andando na estrada de paralelepípedos, enquanto sobem os créditos do esquete, vide criação, roteiro e direção de Tadeu Schmidt... Prossiga, Galvão... “É isso aí, daqui a quatro anos, ano que vem tem Copa América no Brasil, e depois já começam as Eliminatórias, e depois tem Copa do Mundo daqui a quatro anos, tem muita coisa boa, mas eu vou fazer uma colocação, será que é uma simples coincidência, ou uma coisa mais forte e mais sintomática, a última vitória de Seleção Brasileira em jogo eliminatório ou decisivo, oitava de final, quarta de final, semifinal, são jogos eliminatórios, decisiva é a final, a última vitória, sabe qual foi, Ronaldo, contra time europeu, tô falando do futebol brasileiro contra time europeu, pensa aí, você lembra, Casagrande” – “em Copas do Mundo”, indaga o comentarista – “em Copas do Mundo, estamos falando de Copas do Mundo, contra time europeu” – Casagrande ainda está em dúvida, “a última”, Ronaldo responde, “contra a Alemanha”, Casagrande arrisca, “foi... a Turquia”, Ronaldo volta atrás, “a Sérvia” – “não, a última em jogos eliminatórios, não vale primeira fase, oitava de final, quarta de final, semifinal e final, foi a final da Copa de 2002 contra a Alemanha, vitória por 2 a 0, por que, porque acabamos sendo eliminados na Copa de 2006 pela França, fomos eliminados na Copa de 2010 pela Holanda, na Copa de 2014, jogamos com o Chile, tô falando só contra europeu, mas depois perdemos da Alemanha na semifinal e perdemos para a Holanda na disputa do terceiro lugar, e agora viemos de uma eliminatória contra o México, e a o pegar a Bélgica...” – Casagrande não acredita, “não é possível isso, futebol europeu é muito superior” – “eu acho isso demais pra ser coincidência que desde 2002, todos os jogos que valem uma eliminação ou valem uma decisão contra time europeu, não temos nenhuma vitória, e 99%, 99% dos jogadores jogam, na Europa, 90, sei lá”... Casagrande opina, “é uma coisa inevitável, é uma coisa que eu não gostaria que acontecesse, mas o mundo globalizou, se misturou, em todas as situações, quando o jogador brasileiro saía quando já tinha vencido alguma coisa, já tava com 23, 24, 25 anos, a Seleção Brasileira tinha uma estrutura, ela tinha uma estrutura, uma escola brasileira, tinha aquela ginga, aquela coisa, aquela formação nossa, que desbancava os europeus, eles não conseguiam jogar, eles não conseguiam entender como o jogador brasileiro surgia um monte atrás do outro, com ginga, com drible, com tudo mais, os jogadores brasileiros começaram a sair jovens para lá, pra Europa, jovens, e foram se distribuindo pela Europa, o jogador europeu é muito inteligente, o futebol europeu é muito inteligente, eles começaram a aprender essa técnica de jogo que o futebol  brasileiro tem, por isso que na Itália nos anos 80 tinha um monte de brasileiros, agora tem na Inglaterra, e tem na França, e tem na Espanha, sempre teve na Espanha, porque todos os países europeus eles queriam evoluir tecnicamente no futebol, quem ia ensinar isso para eles”... Galvão diz a Ronaldo... “É uma sequência muito grande de resultados para ser uma simples coincidência, também não vamos resolver aqui agora, não vamos resolver aqui agora, mas há que se pensar”... Ronaldo comenta... “É como falamos, é planejamento, é olhar o futuro, é organizar, ver o que tá faltando, ver o que pode melhorar, procurar os exemplos, por que não, nós temos que ter a humildade de aprender com os outros, eu acho que é um bom momento pra gente fazer a nossa autocrítica e buscar uma melhora”... O narrador acrescenta... “Tudo passa por esse momento, volto a dizer, do comando do futebol brasileiro, que não se tome uma atitude precipitada, que não se dê uma canetada, de emoção, trabalho foi bom, não foi bom, tá mostrando aos torcedores, todo mundo apoiando, todo mundo vibrando, grandes audiências, o Brasil inteiro ligado nas transmissões, o trabalho não foi  bom, o técnico alemão, volto a repetir, que errou na avaliação dele, reconhece que errou, saiu na primeira fase, e tá mantido pra Copa de 2022, por que o nosso técnico, que fez um trabalho tão bom, e que trouxe o time aqui, teve, volto a repetir, duas claras oportunidades de chegar ao gol depois do primeiro gol, de empate e levar pra prorrogação, e decidir na prorrogação, e decidir nos pênaltis, se nós não temos um presidente da Confederação Brasileira de Futebol atuante neste momento, se estamos num momento de vácuo, esperando que o eleito assuma só em abril, daqui a nove meses, que por favor, não se dê nenhuma canetada e não se tome nenhuma posição emocional nesse momento, que é um momento de parar, pensar, estudar, tá certo”... Até porque a Seleção Brasileira não aproveitou sequer o fato da Holanda não ter se classificado para a Copa, digo...





























Desabafo de Glenda começou enquanto eram mostradas imagens da torcida deixando o estádio em Kazan...































Galvão resolve chamar a repórter Glenda Kozlowski, que está no lado de fora do estádio... “Vamos ver como é que a torcida tá saindo, Glenda Kozlowski, eu queria falar com você naquela alegria, naquela festa, mas eu quero repetir, tem muito jogo bom, tem muita Copa pela frente, nós estamos firmes aqui, tem semifinal de Bélgica e França, tem quartas-de-final de Russia amanhã e Croácia, tem quartas-de-final de Inglaterra e Suécia, tem a outra semifinal, tem a grande final do dia 15, isso é esporte, no esporte se ganha, se perde, o povo tá saindo triste, né, Glenda”... A repórter começa a falar enquanto são mostradas imagens de torcedores brasileiros descendo a rampa de acesso do estádio em Kazan... “Oi, Galvão, tá, infelizmente não era, não era sobre isso que eu gostaria de estar falando agora, mas, eu saí um pouquinho antes do jogo terminar, até pra vir aqui pra esse ponto, e o jogo terminou, a música começou a tocar, a torcida brasileira saiu do estádio num silêncio absoluto, num silêncio muito triste, num silêncio profundo, e eu tava aqui distante, eles tão saindo um pouquinho ali, tem um cordão de seguranças ali, que é, dá a direção pra torcida sair do estádio, e realmente foi muito, muito triste estar aqui vendo a torcida sair assim, eu acho que a torcida brasileira trouxe muita alegria durante esses dias, né, infelizmente a torcida brasileira não vai estar mais na Copa, né, acompanhando a Seleção Brasil, mas eu acho que fez um papel tão bonito durante todos esses dias, né, iluminando, deixando o ambiente mais feliz, eu acho, a torcida brasileira realmente tá de parabéns, dentro do estádio, Galvão, é, em nenhum momento a torcida deixou de cantar, em nenhum momento a torcida deixou de acreditar, mesmo quando fez 2 a 0 a torcida continuou cantando, e quanto a torcida ficava um pouco mais calada, a torcida russa, os russos que estavam torcendo pelo Brasil, começavam a falar, Brasil em russo, e e rapidamente a torcida começava a cantar de novo, eu tava, eu tava na área dos familiares, e tava sentada ao lado da Anne, a mãe do Fernandinho”... Glenda começa a ficar emocionada e faz uma pequena pausa... “E quando aconteceu tudo, a gente não entendeu direito, né, quem tinha feito o gol, o primeiro gol da Bélgica, e aí quando apareceu no telão”... A repórter para de falar mais uma vez... “Que tinha passado assim, né, no ombro do Fernandinho”... Mais uma pausa... “A Anne, botou a mão da cabeça e falou, meu Deus, foi o meu filho... foi no meu filho, puxa vida, o Fernandinho não merece isso, e foi assim, um momento, eu não sei se é porque eu acompanhei tanto as famílias por perto, né, eu fiquei tão perto deles e a gente gravou o Matrioskas, né, com a Anne, a Vera Lúcia, mãe do Gabriel, a Nadine, mãe do Neymar (OG), então foi um momento assim”... Glenda respira fundo... “nossa, eu não sei se misturou a minha emoção de mãe, também, ao mesmo tempo, mas vê-la daquele jeito, vendo o que aconteceu, naquele momento, né, 1 a 0 para Bélgica, e infelizmente a bola, num toque quase que cruel pra quem entende de esporte, bateu no ombro dele e entrou no gol do Brasil, a Anne deixou o estádio, o estádio não, deixou ali a arquibancada um pouquinho, foi lá pra cima, ficou respirando, e foi muito bonito, na hora do intervalo... porque as famílias se juntaram, parte, e começaram a rezar, sabe, foi um momento muito bonito, Galvão, foi um momento realmente muito especial, em nenhum momento eles... duvidaram que o Brasil poderia virar, em nenhum momento, mesmo alguns torcedores mais, né, mais exaltados, né, em nenhum momento eles deixaram a peteca cair, sabe”... A repórter sorri... “As famílias acreditavam nos seus filhos, nos seus pais, as crianças acreditavam nos seus filhos, eu tava bem pertinho dos dois filhos do Fagner, que são pequenininhos ainda, o menorzinho ficava olhando, assim, não, a gente vai ganhar, a gente vai”... Faltam palavras a ela... “É, o esporte é assim, né, Galvão, eu sou uma ex-atleta, o esporte às vezes é cruel, não tem muito jeito, um ganha, um perde, um classifica, um vai embora, se pra gente a gente olha pra esse resultado com tristeza, até com um toque, uma falta de sorte enorme, por que é que a bola bateu no travessão e não entrou, logo no  início do jogo, e a história poderia ter sido diferente, o esporte não vive de ‘se’, o esporte vive de resultado, por outro lado a Bélgica tá comemorando agora uma classificação tão espetacular, né, pro povo todo, pros jogadores também”... A tela se divide mostrando as imagens de Galvão e Glenda... “É, o que eu posso dizer é que aqui” – olha para trás – “a torcida continua deixando o estádio aos pouquinhos, o silêncio permanece”... Nova pausa da repórter... “E é isso, Copa do Mundo, daqui a quatro anos começa tudo de novo, daqui a quatro anos tem uma nova convocação, e vocês vem falando durante a nossa transmissão, pós-jogo, o Tite fez realmente um excelente trabalho, são 20 vitórias, duas derrotas apenas, então é bola pra frente, e é isso mesmo, o esporte é isso, um dia feliz, um dia mais triste, mas sempre tem um amanhã, não é isso, Galvão, um beijo pra você, viu, parabéns pelo trabalho de todo mundo”... A imagem volta para o estádio e o narrador agradece... “Um beijo para você também, parabéns, parabéns por suas palavras, também me emocionei aqui”... Galvão pigarreia e prossegue... “Vamos lá, parabéns por suas palavras, parabéns por tudo que você disse, Glenda pra quem não sabe, é uma atleta campeã mundial de bodyboarding, ganhou muito, perdeu também, sabe muito bem como são esses momentos, essa diferença entre vitória e derrota, as inevitáveis derrotas” – a tela se divide de novo, para mostrar a repórter balançando a cabeça, emocionada, concordando com o locutor – “foi muito bacana, foi muito legal, foi uma emoção muito bacana e foi muito bacana você trazer pro Brasil inteiro o que você conseguiu pegar da emoção das famílias” – Glenda começa a chorar e enxuga as lágrimas com a mão – “nós somos profissionais falando aqui, eu sou um profissional de comunicação, Ronaldo é um fenômeno do futebol, Casagrande, um grande jogador de futebol, hoje trabalhamos em comunicação, você também há tantos anos, mas você também com essa vivência no esporte, conviveu com as famílias, é muito importante, é muito bacana você passar esse sentimento, que as lágrimas venham, é bacana, é bom a gente chorar, um beijo grande, obrigado, obrigado” – a repórter balança a cabeça novamente, em agradecimento... 




















Glenda até segurou a emoção ao falar da mãe de Fernandinho, mas caiu no choro com as palavras do Galvão...


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