sexta-feira, 22 de setembro de 2017

JBlog Ano 15: Gol de Romarinho Imortalizado na Bombonera...

Estádio do Boca Juniors é repleto de locais históricos, como o gol onde Romarinho deixou sua marca na Libertadores em 2012...























































Durante a vitoriosa campanha corinthiana na Libertadores de 2012, um dos momentos mais memoráveis aconteceu em Buenos Aires, no estádio Alberto José Armando, mais conhecido como La Bombonera... No dia 27 de junho, o anfitrião Boca Juniors e o Timão faziam a primeira partida da decisão da competição sul-americana que não é a Copa Sulamericana... Os argentinos venciam por 1 a 0, gol de Roncaglia (28/2º)... Alguns minutos depois, o técnico Tite decidiu substituir o experiente Danilo pela eterna promessa Romarinho... Que entrou em campo faltando nove minutos para o final do segundo tempo, porém não decepcionou e marcou o gol de empate (40/1º), após lançamento de Emerson “Mister Sheik”... Um gol tão marcante que a baliza onde o goleiro Orion foi vazado no estádio projetado por José Luiz Delpini passou ser conhecido como “Gol do Romarinho”... Apesar atacante atuar no exterior há três anos (hoje está no Al Jazira, dos Emirados Árabes...), milhares de turistas vão a Bombonera apenas para ver o lugar exato da façanha, como atestou o seu Bloquinho Virtual quando compareceu a Argentina, em dezembro de 2014...





A visita a Buenos Aires não estará completa sem o comparecimento a dois dos mais míticos estádios de futebol da Argentina... O Monumental de Nuñez e a Bombonera... Consulte sua agência de viagens, elas oferecem o passeio... O estádio do Boca Juniors pode ser alcançado, com o seu cartão SUBE, pela já famosa linha de ônibus 29, Olivos-Boca... Em que o brasileiro se sente em casa toda a vez que o motorista diz – em espanhol – para o pessoal dar um passo a frente, pois ele precisa fechar a porta e o ônibus está vazio... Ou avisa que não pode parar fora do ponto para aqueles passageiros que tocaram a campainha e o veículo não parou... Descendo na Avenida Pedro de Mendoza, que margeia o antigo porto, é só entrar a direita da calçada do Caminito que dois quarteirões adiante se chega a Bombonera... A visita não vale apenas pela peculiar arquitetura do estádio... Que passou a ser comparado com uma caixa de bombons quando deixaram a caixa de chocolates que foi presenteada ao arquiteto responsável ao lado de sua maquete... Então o projetista do Fielzão ganhou uma impressora, digo... O entorno da Bombonera é tão fascinante quanto o estádio propriamente dito... Na rua do estádio, as típicas casas de sobras de metal da Boca são pintadas nas cores azul e amarela... Na rua transversal, a antiga casa do chefe da estação de trem que havia no local, hoje um restaurante de parrilla (o nosso churrasco...) tem a pintura de Maradona, ao lado de Evita Peron, Che Guevara e do Papa Francisco... Don Diego é presença constante nas paredes dos restaurantes e lojas da região... Também há bonecos em tamanho natural para quem quiser se deixa fotografar ao lado do craque... Se for o caso, é possível posar até com Román Riquelme ou mesmo Che Guevara... Ou levar um cachecol do argentino que fez a revolução em Cuba... Isso se os internautas não se apetecerem com os tantos produtos com as cores e o distintivo do Boca... Um CD com os hinos e refrões de “La Doce”, a famosa torcida organizada do clube... Nem todos podem usar biquínis azuis e amarelos... Alis, aquele “X” que representa o centenário do clube – comemorado em 2005 – e que vem da palavra “xeneises”, alusão aos fundadores da equipe, que eram genovevos, digo,genoveses, é muito parecido com o “X” do logotipo da Caixa Econômica Federal... Quem comparecer a Bombonera com o atual uniforme do Timão pode ser obrigado a explicar que se trata de um banco estatal brasileiro... 

























Muitos anos depois da conquista da Libertadores de 2003, Tevez continua a ser o preferido da garotada no Boca...




























































Na entrada do “Museo De La Passión Boquense”, a direita da loja oficial do clube, está um painel com as fotos de todos os jogadores que defenderam o Boca ao longo de sua história... O internauta Pedro Henrique não terá dificuldades para encontrar Domingos da Guia ou Paulo Valentim ... Almir Albuquerque (OG) está bem abaixo de Dino Sani... Lá estão também Charles Fabien, que jogou no Bahia, e Luis Toffoli, o Gaúcho, do Menguinho, o próprio... E Mancuso, que tantas alegrias proporcionou aos torcedores do Verdinho... Ao final da galeria, as estátuas de quatro mitos que atuaram no Boca... Maradona, Schelotto, Palermo e Riquelme... E ao lado, o pessoal que oferece a própria taça da Libertadores – certamente uma réplica – para o internauta realizar fotos dentro do campo... Deve ser outro caso de “preciosos médicos”... A esquerda das estátuas, quadros com todas as camisas da história do Boca... A primeira era alvinegra... Como o Timão, a Peixaria, o Galo, o Ceará, explicam os guias das excursões... Porém, como já havia outro clube com essa cor em Buenos Aires, o uniforme teve de ser trocado... Sem saber o que fazer, decidiram adotar as cores da bandeira do primeiro navio que ancorasse no porto... Que veio da Suécia... Assim, a equipe adotou o azul e o amarelo... Dizem que também já jogou de rosa, cor usada em um camisa comemorativa... O apelido xeneizes, como já dissemos, veio dos genovevos, quer dizer, dos genoveses, mas os torcedores do seu principal rival, o River Plate, preferem “bosteros”, já que o pessoal do Boca trabalhava forte no ramo de esterco... Subindo uma bola de futebol gigante onde há projeção de audiovisuais sobre o time, há uma maquete reproduzindo o bairro Boca no início do século XX – inclusive a Ponte Velha... Descendo, pode se ver objetos e taças relacionadas à história do clube, com vídeos relacionando seus títulos à história argentina e mundial... É possível ver as luvas do goleiro Córdoba, responsável direito pela eliminação da Porcaria na Libertadores de 2000, a ficha de Gabriel Batistuta e até uma camisa da Peixaria autografada pelo Edson (OG), doada pelo internauta Pedro Henrique quando esteve na Bombonera alguns anos atrás... Só não nos perguntem como ele conseguiu... Há ainda um livro com recortes de jornais sobre a excursão à Europa de 1925... Acompanhada por um solitário torcedor, logo apelidado de “camisa 12”... Origem da famosa torcida “La Doce”... Que ocupa o setor atrás do gol oposto ao do Romarinho, acima da geral, onde acontece a “avalanche”, tão copiada pelas torcidas gaúchas... Na lateral do campo onde fica a entrada do museu no lado externo há as “preferenciais” (cadeiras) e, acima delas, os camarotes... Todos alugados pelo clube, exceto um, propriedade de Diego Armando Maradona, concedido a ele no ano do centenário... Calcula-se que a capacidade da Bombonera seja de 55 mil pessoas – lembrem-se que na geral ficam todos em pé – mas conseguir ingresso, só por meio dos programas de sócio-torcedor... Uma alternativa é o tour guiado, onde se conhecem todos os setores, sendo possível tirar fotos no nível do campo e visitar os vestiários – há um quadro com a foto do presidente do clube com o Papa Francisco, que é San Lorenzo... Os brasileiros fazem questão de ver o “gol de Romarinho”, imortalizado na Libertadores de 2012... Não fosse isso, a inacreditável inclinação das arquibancadas atrás dos gols já seria suficiente para impressionar os visitantes... Na cafeteria, fotografam a camiseta de Carlitos Tevez, usada na conquista da Libertadores em 2003, na vitória sobre a Peixaria, sem dar muita bola para o anúncio do argentino Ramon Díaz como novo técnico da seleção do Paraguai... Na parte em que são retratadas as conquistas mais recentes do Boca Juniors, e expostos seus respectivos troféus, a foto de Carlitos tem lugar destacado... Sendo a mais procurada pela garotada amiga para fazer fotos... La pregunta???... 

























Em um tempo onde o acesso aos estádios é muito discutido, River Plate tem uma locomotiva dentro de seu museu...
































































O Monumental, estádio do River Plate, está localizado no bairro de Nuñez, próximo ao Aeroparque Jorge Newbery e da Cidade Universitária, quase nos limites de Buenos Aires... Apesar da equipe ter nascido na Boca... Mas ao perder um jogo para seu rival, teria sido obrigado a se mudar... O “Museu River”, instalado em um prédio ao lado do estádio, é bem mais ambicioso... Inclusive no que diz respeito a venda de artigos sobre o clube, entre os quais os uniformes da Adidas ©... Possui um “túnel do tempo” , em que a história do clube é colocada lado a lado com objetivos representativos da história da Argentina... Além de reconstituições de locais como o camarim de Carlos Gardel, a sacada de onde Juan Domingo Perón lia seus discursos, uma banca de jornais da época da final da Copa do Mundo de 1978, uma seção eleitoral do pleito presidencial de 1983, o primeiro depois da ditadura militar instalada em 1976... Há o espaço dos troféus, onde taças de torneios de verão (além de Libertadores e Mundiais, óbvio...) dividem espaço com uma curiosa escultura retratando uma mulher e um cavalo... Curiosamente, a frequência feminina é bem maior do que no estádio do Boca... Lembrando que os torcedores do River se intitulam “Milionários”, mas os adversários preferem chama-los de “Galinhas”... Há o espaço dos craques, dos artilheiros e dos técnicos – Ramón Díaz está entre eles... Camisas históricas do clube – e outras, como a que o colombiano Teo Gutierrez usou na Copa do Mundo de 2014 – trata-se de um dos atuais astros do time, capa de novembro da revista “El Gráfico” – e a de Mascherano, o próprio, vestida na decisão entre Argentina e Alemanha... Alis, como o Monumental recebeu uma final de Copa do Mundo, em 1978, há uma seção do museu especialmente dedicada aos jogadores que o River cedeu para os times argentinos que conquistaram o Mundial... Vide Daniel Passarella... E não só apenas isso... Dentro do “Museu River” há uma locomotiva em tamanho natural, homenagem a “La Maquina”, a equipe da década de 1940 – Labruna, que fez parte daquele grupo, até vai ganhar estátua... Vale a comparação da maria-fumaça com os trens de subúrbio movidos a diesel que rodam ali perto – até são vermelhos, uma das cores do River... Nos quais as pessoas viajam tranquilamente ao ar livre, sentadas nos degraus de embarque das composições... Temos ainda uma exposição com jornais e revistas antigos sobre o clube... Tão históricos quanto as cadeiras de madeira no estádio... Que ainda tinha muita sujeira da “fan fest” promovida no dia anterior para a torcida acompanhar o jogo com o Nacional de Medellin, pela Copa Sulamericana... Semana que vem o estádio voltará a encher, agora com a bola rolando... 


































No memorial dedicado ao River, percebe-se o comparecimento de torcedoras que vestem a camisa do clube...

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