sexta-feira, 21 de julho de 2017

Quando a assinatura atesta a qualidade do fake...

No vlog e no Facebook (C), Bel Depressão conta em detalhes como criou a Jequiti em parceria com Silvio Santos...

















































































Fakes abundam na internet... Entre tantas farsas denunciadas ou não pelo E-Farsas e pelo Detetive Virtual do “Fantástico”, alguns “hoaxes” conseguem distinguir-se pela sua construção elaborada... O requinte é tamanho que alguns fakes chegam a colocar algum pequeno erro factual de proprósito, apenas para demonstrar que a farsa estava lá o tempo todo e era fácil de identificar, desde que o internauta prestasse um pouco mais de atenção...  Sid do “Não Salivo” que o diga... Fakes criativos costumam ser baseados em fatos reais e no Facebook © temos um excelente exemplo, o Bel Pesce Depressão... Inspirado na trajetória de Bel Pesce... Formada no MITO, o prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusets, Ohio, com atuação em empresas de tecnologia na região do Vale do Silicone, na Califórnia, Bel era reconhecida como uma entendida... Em empreendedorismo, vide palestras e os dois livros “A Menina do Vale”... Sua figura inovadora forneceu elementos para a criação da novela “Geração Brasil”, Jonas Marra...  Bel era uma unanimidade no mundo real e também no virtual até o dia 25 de agosto do ano passado, quando comunicou que abriria uma hamburgueria em parceria com Leonardo Young, vencedor da terceira temporada do “reality-show” “Masterchef”, exibido pela Band... O empreendimento seria viabilizado por meio de financiamento coletivo, mais conhecido como “crowdfunding”, o mesmo método com que o Timão tentou repatriar o volante Cristian, alguns anos atrás... Bel, uma profunda conhecedora do universo digital, não percebeu que os “realities” são máquinas de produzir ódio... Ainda mais o “Masterchef”, que trabalha forte na repercussão do programa nas redes sociais... Os “haters” se revoltaram com a ideia do “crowdfunding”, especialmente devido ao fato de que Young tinha ganho um prêmio de 150 mil reais... Sem contar que as contrapartidas não incluíam nem um hambúrguer de graça que fosse para os apoiadores do projeto... No dia seguinte, Bel, Young e o vlogueiro Zé Suave, os cabeças da iniciativa, desistiram do financiamento coletivo...  Bel Pesce, no entanto, passou a ter seu currículo questionado... No dia 29 de agosto, Azzy Nobre, em seu vlog “Hoje é um bom dia” e no “Medium”, publicou o texto “Bel Pesce e o empreendedorismo de palco: porque a Menina do Vale não vale tanto assim”... Em que apresentou o resultado de suas pesquisas sobre a formação acadêmica de Bel... Que não tinha cinco diplomas no MITO... Na verdade, era apenas um (engenharia elétrica e ciências da computação...), que desdobrava em dois, e três disciplinas avulsas... E mesmo o único diploma para valer era questionado... Também revelou que as passagens por Microsoft e Google foram simples estágio e que embora dissesse ser fundadora da empresa de planejamento financeiro Lemon, ela trabalhou por lá depois que o verdadeiro fundador abriu as portas da empresa... As descobertas de Azzy serviriam de inspiração para os posts do “Bel Pesce Depressão”, como o que conta a criação da moeda virtual Bitcoin, a partir de um trabalho de faculdade, e o BIT é de "Bel Inteligent Transactions"... A “assinatura” do fake está na legenda de uma foto... “Da esquerda pra direita: Kotuka Oku Dokara (especialista em segurança digital para sites de entretenimento adulto), Rafael Madruga (Intercambista Mexicano), Suzuki Nakamoto (Engenheiro de Software), eu, Satoshi Nakamoto (Engenheiro de Criptografia Digital) e Hideo Ohabo Dokara (Esposo da Kotuka e Empresário Digital de entretenimento)... Essa foto foi tirada no primeiro dia que fomos visitar o Satoshi em uma reunião de empresas digitais japonesas”... Se o Doutor Kenji estava atento, com certeza nunca viu ninguém chamado Kotuka Oku ou Hideo Ohabo... Ops!!!... Bel Depressão retomou o projeto da hamburgueria,  rebatizando-a de "Beleléo"...































Na criação da Bitcoin, Bel registra a contribuição de Kotuka Oku e Hideo Ohabo,,, Conhece, Doutor Kenji???...

















































































Azzy não poupa críticas ao “empreendedorismo de palco” e a carreira de fachada de Bel, como demonstra seu texto, que caracteriza como uma verdadeira investigação com metodologia científica... “Observei sistematicamente, verifiquei a veracidade dos fatos propostos, e elaborei uma hipótese passiva da revisão por pares (...) Eu paro pra pensar que esse texto seria bem menor e mais fácil de escrever se a Bel não tivesse inventado TANTA história... Eis a minha hipótese... O mérito real da Bel resume-se a ser aceita e formar-se (?) no MITO... Lá ela tentou entrar na indústria da tecnologia, e aparentemente não obteve muito êxito, porque tudo que ela conseguiu fazer foi estágios curtos e sites mal-acabados sem muito propósito ou sequer usuários... A empresa que ela supostamente fundou foi vendida por US$ 42 milhões e a menina não recebeu um centavo sequer, aparentemente não manteve equidade na empresa, nadica de nada... Com o visto de estudante expirando e nenhum prospecto trabalhístico concreto que a permitisse estender sua estadia na gringa (em um vídeo que agora não encontro, ela deixa esse detalhe escapar, chegando a brincar que cogitou casar com um americano pra permanecer nos EUA), o jeito foi voltar ao Brasil... Foi aí que ela decidiu reinventar a ‘Bel Pesce que se formou numa das mais prestigiosas instituições de ensino tecnológico do mundo e que não conseguiu transformar esse diploma em NADA rentável e sequer permanecer nos EUA’ pra ‘Bel Pesce prodígio com cinco formações, quarenta startups de sucesso, posições prestitiosas no Google e na Microsoft, autora de inúmeros produtos e serviços’... Não importa quão absurda seja a sua lorota — alguém vai cair nela... Tem gente que acredita no Inri Cristo, afinal de contas... Eu não esperava é que a porra do nosso jornalismo nacional (mesmo tão sedento por histórias de brasileiros vencedores...) deixasse a peteca cair tão lamentavelmente, repetindo feito papagaio o suposto sucesso da mulher, inquestionavelmente (...)  Diga-se de passagem, esse negócio de empreendedorismo de palco lembra muito o esoterismo de rituais religiosos. O culto de personalidade em volta dos”líderes” dos quais não se pode falar mal, lendas passadas de boca a boca sobre seus feitos magnânimos, essa histeria de SIGA SEU SONHO REALIZE SEU POTENCIAL…  Algumas pessoas obtém reconhecimento (merecido ou não) e usam isso pra vender o ilusório... Parece exatamente ser o caso da Bel Pesce — foi aos EUA, frequentou uma instituição prestigiosa, passou (rapidamente) por várias empresas, apareceu em algumas matérias na gringa, o que a conferiu o verniz da legitimidade, e pronto: mesmo sem jamais ter empreendido na vida, faz pose e fala como especialista... E pior, vende como especialista. Ela não fala muito sobre isso porque talvez ainda esteja explorando a validade do modelo de negócios (...)  Bel Pesce não tem literalmente conteúdo algum... Esta é a verdade inconveniente (...) Ela tentou enturmar-se no Vale do Silicone, mas nem a formação no MITO ajudou...  Sem sucesso, voltou ao Brasil enaltecendo os próprios feitos na Meca Tecnológica tipo o Alfaiate Valente que anuncia “matei sete!”, omitindo que foram na verdade sete moscas — e como o protagonista da fábula, uma vez que a patuléia acreditou no homicídio séptuplo, manter a fama foi só uma questão de malandragem... Seus livros são repletos de anedotas que, a julgar pelo sua característica de falta de compromisso com a verdade, tem o valor histórico das estorinhas do Sítio do Picapau Amarelo... Os conselhos de ‘empreendimento’ não chegam nem a ser rebuscados como os dos outros autores de auto-ajuda venerados por piramideiros e outras amebas intelectuais...  Eu te digo pra ‘acreditar nos seus sonhos’ e ‘continuar perseverando’ de graça... A moça não fez nem metade do que é atribuído a ela, e seus “empreendimentos” são transparentemente um veículo pra reafirmar sua habilidade de empreendedora... Empreendedorismo vindo do nada e servindo pra alimentar o próprio empreendedorismo: há algo quase termodinamicamente errado com essa equação... E nem precisei ir pro MITO pra perceber isso”...

































Demonstrando talento para a música, a empreendedora compôs a letra de "Amizades Virtuais" para Celso Portiolli...

















































































A revelação de Azzy Noble  serviu de inspiração para a criação do vlog (e da página do Facebook ©...) Bel Pesce Depressão... Que teve sua primeira postagem no dia 1º de setembro de 2016, três dias depois das revelações sobre a verdadeira trajetória de Bel nos setor acadêmico e na área de empreendedorismo...  Na página, a versão alternativa da autora de “A Menina do Vale”, que se descreve no cabeçalho como “emprrendedora, escritora, redatora, sonhadora,  incentivadora, palestradora, negociadora, fundidora, diretora e lacradora”, relata sua participação não apenas na criação do Bitcoin, mas também na fundação do Uber e da Jequiti... O relato de sua parceria com Silvio Santos é excelente, vide troca de mensagens no Twitter ©...  “Na época que eu estava colhendo os documentos e tudo que precisava para conseguir ir pra Boston, minha vó foi sorteada pelo carnê do Baú para participar do programa ‘Pião da Casa Própria’, com Silvio Santos... Quando ela me contou que tinha recebido um telefone informando que foi contemplada eu fiquei extremamente feliz por ela e disse que queria lhe acompanhar ao SBT para assistir ela tendo a oportunidade de ganhar uma casa e ainda por cima conhecer o Silvio Santos, do qual, sempre fui admiradora pela sua carreira íntegra e de sucesso (...) Eu não consegui me controlar, já sabia de toda a história dele, sabia das mais de 30 empresas que ele tinha e ficaria horas conversando com ele sobre empreendedorismo... Eu disse pra ele que essa oportunidade era muito boa pra minha vó, pois se ela ganhasse a casa, ele iria preferir ficar com o dinheiro e que me daria uma parte dele para que eu pudesse ir para os EUA se conseguisse a aplicação no MIT... Não sei o que aconteceu, mas o SIlvio ficou interessando em saber mais sobre isso, e acabei contando tudo (...)O Silvio me disse que depois que eu me formasse, eu poderia tentar arrumar um emprego no SBT como diretora de projetos para mulheres ou algo nessa área... Que ele sentia falta de engenheiras e mulheres com alto cargo no SBT, que talvez poderia até verificar a possibilidade de criar uma cargo específico para alguma mulher... E que minha história acendeu nele a vontade de criar algo para a mulher brasileira... Ele disse que iria verificar  qual tipo de produto feminino está indo bem no Brasil e que poderia investir nisso também, pois as mulheres são o principal público dos seus programas, sua platéia e os produtos do Baú (...)Minha vó acabou não conseguindo ganhar a casa própria, mas voltamos com um prêmio de 25 mil reais em dinheiro, do qual também foi excelente (...)Depois de formada e morando no Vale, acabei recebendo um contato por e-mail de um assessor do Silvio Santos... Ele disse que o Silvio tentou me contatar, mas como eu tinha mudado de número de telefone não conseguiu e como ele não tinha a informação de nenhum familiar ele não conseguiu avisar ninguém que estava me procurando... Então ele pediu que um assessor pesquisasse sobre mim e tentasse me encontrar, esse assessor encontrou a minha irmã mais nova que depois passou meu telefone daqui dos EUA... Conversamos um pouco e depois de confirmado que era eu mesma, eu passei todos meus contatos e redes sociais para o caso de eu perder o número que estava usando ou voltasse para o Brasil (...)Realizei um Crowdfounding no Vale, do qual se tornou a maior arrecadação de valores na época e entrei como co-fundadora da marca Jequiti junto com o Silvio... Eu era uma das criadoras de uma marca que iria transformar a vida da mulher típica brasileira... A arrecadação nos EUA foi destaque em algumas revistas de empoderamento da mulher empreendedora e acabei dando algumas entrevistas... Por causa da repercussão, algumas celebridades como Jenifer Lopez, Mariah Carey, Akon e até Beyoncé entraram em contato comigo para que criássemos produtos de cosméticos exclusivos com seu nome. Em troca eles seriam garotos propaganda destes produtos (...) Nos meus intervalos dos estágios que estava fazendo no Vale, eu ia sempre ao Brasil para participar das reuniões com Silvio e toda a equipe de criação da empresa para falarmos sobre os novos produtos, nomes, marketing e fragrâncias... Vale mencionar que uma das minhas formações no MIT foi de “Botanics for Cosmetics”, do qual aprendemos sobre o uso de plantas e flores para a produção de cosméticos... Então eu poderia mais do que ajudar na composição de novos produtos excelentes... Era muito cansativo esse vai e volta do Brasil para os EUA, cheguei a comentar com o Silvio que apesar do cansaço eu estava radiante e muito feliz com a parceria... Então ele informou que talvez fosse melhor que eu largasse meus estágios e ficasse apenas na matriz da Jequiti em São Paulo... Dessa forma, eu não precisaria mais ficar me deslocando para o Brasil e nem para Miami (pois o Silvio tem uma casa lá e quando estava de folga das gravações dos programas ele sempre ia pra lá e fazíamos reuniões também) (...) Foi ai que me vi em uma dúvida cruel, não sabia que continuava com meu sonho de empreender e participar de novos projetos inovadores ou se mergulhava de cabeça em uma empresa voltada para o público feminino... Pensei muito, acho que pensei por uns 4 meses antes de seguir o meu coração e abandonar a parceria”... Nesse caso, a “assinatura” da farsa é a formação no MIT e a residência estadunidense de Silvio Santos, que fica em Orlando, não em Miami... Alis, por falar em celebridades televisivas, entre 2013 e 2016, Bel Pesce (sem depressão...) participou como colunista do quadro “Brasil Empreendedor”, do programa “Show Business”, apresentado pelo atual prefeito de São Paulo, João Dória Júnior, Wikipedia... Fica então nossa sugestão para a versão depressiva de Bel... Contar sua participação nas parcerias da Prefeitura com a iniciativa privada, a custo zero e sem contrapartidas... Como aquela firmada com a Amazon, que a mãe criou nos Estados Unidos em 1994 e ela ajudou a trazer para o Brasil em 2012, depois que a empresa lançou um anúncio do leitor digital Kindle, dizendo que pintara a cidade de cinza... Uma polêmica cuja viralização foi planejada cuidadosamente por Bel, e que resultou na disponibilização de livros digitais para download gratuito e, dizem, na doação de Kindles para escolas e bibliotecas municipais... Acredite se quiser, Jack Palance...























































Bel Depressão também armou todo o esquema com a Amazon para doar Kindles à prefeitura de João Dória...

Nenhum comentário:

Postar um comentário