sexta-feira, 9 de junho de 2017

Copa 2013 (III): Rio aos pés de Pirlo e Mário... Que Mário???...

Pancada esperava mais do México e do metrô carioca, e ainda topou com protestos e polícia em São Cristóvão...




































































Na terceira parte da série de textos originais do seu Bloquinho Virtual sobre a Copa das Confederações da Fifa ™ de 2013, o assunto é a vitória da Itália sobre o México por 2 a 1 no Maracanã, no complemento da primeira rodada do Grupo A (o mesmo do Brasil...) no dia 16 de junho... Que começou num quarto de hotel em Brasília e terminou na fila do ônibus da antiga linha 3707-10 (Metrô Itaquera-Jardim São Francisco), que em setembro deixaria de ser operada pela Novo Horizonte, que deu lugar à Express, e em outubro seria renomeada para 407H-10... A viagem para o Rio de Janeiro teve uma escala em São Paulo... A chegada no Rio aconteceu no Santos Dumont, porém a retirada do ingresso acontecia no Galeão... Mal deu tempo de comparecer na Casa dos Lunáticos, pois era preciso pegar o metrô, que pecou pela ausência de avisos sonoros informando que o transbordo entre as linhas 1 e 2 para chegar até o Maracanã era feito apenas na estação Central, e não na Estácio... Seria melhor ter ido a pé... Na entrada do estádio, Chapolin Colorado tentava encontrar o salvo-conduto para passar pela revista policial... Devia ter pedido ajuda para a voluntária com o Bilhete Único Carioca pendurado no pescoço... Ou para o pessoal que fazia figuração no papel de torcedor para a gravação de um comercial na rampa de acesso... Agora os manifestantes e policiais eram de verdadinha, digo...  Durante o jogo, chamou a atenção o fato do italiano Andrea Pirlo ter comemorado seu gol perto de uma placa da Seara... Seis dias antes do jogo, em 10 de junho, a JBS anunciou a compra da Seara, pertencente ao grupo Marfrig, que enfrentava dificuldades financeiras... As mesmas que fizeram a empresa primeiro atrasar os pagamentos e depois deixar de fazer os repasses do patrocínio da Seleção Brasileira, vide contrato firmado com a CBF em 2010 e que seria válido até 2026... No mesmo dia do anúncio da JBS, a CBF, então presidida por José Maria Marin, acertou um novo patrocínio com o grupo BRF, e a Sadia substituiu a Seara nos uniformes de treino da equipe brasileira... A Marfrig, porém, manteve o patrocínio para a Copa do Mundo de 2014 e durante a Copa das Confederações, a marca da Seara continuou a aparecer nas placas publicitárias nos estádios do torneio... Os anúncios nos placares eletrônicos, porém, eram sempre cortados... A BRF, por sua vez, rompeu com a CBF em janeiro de 2016... Então é por isso que Pancada deixou pela pizza de queijo minas da Parmê... Muito antes da Operação Carne Fraca e da delação dos donos da JBS, ele já sabia que a pizza de estrogonofe de carne ia dar problema... A correria para pegar o voo de volta para São Paulo foi tanta que soubemos do gol de honra de Luisito Suarez para o Uruguai contra a Espanha na Arena Pernambuco no Grupo B - vitória de 2 a 1 para os espanhois, que marcaram com Pedro e Soldado - no ônibus de pista do Galeão, por meio de uma mensagem de texto mandada pelo Pancada...







No primeiro jogo da Copa das Confederações da Fifa ™ realizado no Maracanã, a Itália venceu o México por 2 a 1, gols de Pirlo, Chicharito Hernandez e Balotelli... Os italianos conquistaram a torcida com seu maior ímpeto ofensivo e abriram o placar com uma cobrança de falta impecável de Andrea Pirlo... No entanto, entregaram de graça o empate aos mexicanos com um pênalti desnecessário, convertido por Javier Hernandez... Felizmente, para a alegria do internauta Pedro Henrique, Mário Balotelli definiu o placar em favor de uma vitória merecida da Azzurra e não de um empate injusto de La Selección... Que começou a cantar o hino diante da demora do sistema de som do estádio... Não devem saber que o hino nacional do México é a música triste do Chaves... O hino da Itália entrou na hora certa... Nem precisava, ele foi cantado em alto e bom som por um torcedor próximo de nossa cadeira, na fileira Q do setor 502... Que é no alto no estádio, setor da preferência dos estrangeiros... Enquanto isso, havia vários claros nos lugares mais próximos do gramado, que apetecem mais os brasileiros, segundo a Fifa... Ainda assim, havia bastante torcida para engrossar os gritos de “México! México! México!”... Que passaram para “Itália! Itália! Itália!” depois de quatro estocadas de Balotelli contra o gol mexicano em 15 minutos... Quando enfim a equipe mexicana foi ao ataque e conseguiu marcar melhor os italianos, que desfrutavam de uma avenida pelo lado esquerdo da área adversária... Mais pegado, o jogo ficou monótono e os torcedores resolveram reeditar a velha disputa entre os gritos das torcidas do Bacalhau e do Menguinho, tão típicas do velho Maracanã... Um “Saaan-tosss” se ouviu antes de uma falta cobrada por Giovani dos Santos... Alis, a Itália abriu o placar com uma cobrança de falta chutada com perfeição por Pirlo... Uma alegria que parecia se perder no pênalti cometido no esforço para recuperar uma bola mal recuada... O primeiro tempo terminou empatado, um resultado caído do céu para os mexicanos, que já colocaram os mariachis cantando “Cielito Lindo”... Para não contar apenas com a sorte, começaram a parar os italianos com faltas perto da área... Nenhuma aproveitada por Pirlo... O México novamente levou 15 minutos para ir ao ataque, vindo com duas arrancadas em velocidade da própria área, uma delas seguida de um contragolpe quase fatal do time da Itália... Que disse não ao empate com Mário Balotelli... Que tirou a camisa para comemorar o gol... Que motivou um cartão amarelo... E logo depois a substituição por Gilardino... Que fria... Não que o ídolo do internauta Pedro Henrique seja suscetível a provocações que levam a cartões, como Totti, mas o técnico Cesare Prandelli deve ter sentido que a vitória estava garantida, faltando mais de dez minutos para o fim do jogo, preferindo poupar seu principal atacante e colocar uma figura que ninguém sabe muito bem porque há duas Copas do Mundo figura na Azzurra... Quanto ao México, seria mais fácil a Globo focalizar torcedores vestidos de Chapolin do que conseguir um resultado melhor que o empate... 




























Pirlo, ao comemorar seu golaço de falta, não se importou com as dificuldades financeiras enfrentadas pela Seara...




































































O jogo acabou e rumamos para a rampa de acesso ao Maracanã... Deparamos com pessoas usando camisas de todos os clubes do Brasil, mexicanas entusiasmadas mesmo com a derrota de “La Tri”, mariachis cantando,  homens de sombrero posando para fotos com torcedores italianos, o homem azul da Itália fazendo o "quadradinho de oito" e aprontando com um cosplay do Super Mario, quer dizer, do Balotelli, brasileiros com a camisa da Seleção com cartazes dizendo que “Não é por 20 centavos”, policiais armados e parapetados... Pensamos em chegar ao Metrô pela passarela, só que a fila já se estendia da estação até o Maracanã... Aí lembramos do Fuleco na parede externa da estação e da escada em frente ao mascote... Assim conseguimos ganhar um tempo precioso... E depois dizem que Fuleco de Copa é caxirola... Melhor, a catraca do Metrô estava totalmente liberada... Uma providência mais cautelosa do que generosa... Imagina na Copa aquela multidão passando cartão nas catracas, vai que dá pau... Tivemos tempo suficiente para voltar a estação Afonso Pena e jantarmos com o Luis Paulo na pizzaria Parmê, na Rua Campos Sales, em frente ao Ameriquinha, com uma pizza de queijo minas no rodízio que é muito melhor do que mulher... Ele, que voltou ao apartamento para gravar o jogo a nosso pedido, disse que o encontro da vez entre a polícia e os manifestantes aconteceu em São Cristóvão... E que o incômodo da fumaça das bombas chegou até o seu prédio, na Praça da Bandeira, obrigando a mãe dele a recorrer ao ventilador... Como passava de 20 horas e nosso voo partiria do Galeão 21h38, dispensamos as pizzas doces e voltamos ao apartamento do Luis Paulo, chamar o taxi do aeroporto... Quando dissemos que a corrida ia sair da Praça da Bandeira, ela disse que não seria possível, pois pelas normas da frota, todos os táxis saem para atender chamadas da Zona Sul, de onde os veículos não estavam saindo devido as complicações do trânsito decorrentes do jogo... Foi aí que vimos o placar do jogo da Espanha – 2 a 0 para a Fúria sobre o Uruguai - e descemos para a rua a fim de parar o primeiro táxi que passasse... Graças ao Roberto, formado em educação física e torcedor do Ameriquinha, conseguimos chegar ao Galeão em tempo de fazer nosso check-in e escolher a última poltrona disponível no avião... E andar no Busscar Urbanuss Pluss da Infraero até a aeronave, de graça, sem medo de aumento da passagem... 































Internauta Pedro Henrique não conseguiu avisar Balotelli que tirar a camisa para festejar o gol dava cartão amarelo...




































































Chegamos ao Rio de Janeiro na hora marcada, 11h22 ao contrário do dia que comparecemos ao show do Quico... Um alívio tão grande que o pai corinthiano notou nossa calma... Também ficou impressionado com a estética do aeroporto Santos Dumont, recém-reformado... Com a adesão de um palmeirense ao nosso grupo, debatemos se deveríamos ir de ônibus executivo até o Galeão, ao custo de R$ 13 por pessoa... Infelizmente, internauta Chico Melancia, escolhemos o táxi, receosos de que o trânsito estivesse ruim... E não estava... Passamos pela zona portuária, a via expressa com muros cobrindo as comunidades carentes, o Hospital do Fundão – Olavo Gosta do Fundão – as pilastras do Transcarioca, BRT que só deve estar pronto para os Jogos Olímpicos de 2016... Chagamos ao Galeão meio-dia, dividimos os 49 reais do pagamento da corrida e fomos encarar a fila... Aquela fila famosa, da retirada dos ingressos... A previsão era de uma hora e 40 minutos de espera... Cumprida à risca... Nosso companheiro palestrino até descobriu uma versão de Larissa Riquelme vinda de Rondônia enquanto esperávamos.... Ainda teve tempo de criticar o esquema da Fifa para o SporTV... Quanto a nossa pessoa, ficamos contentes de poder retirar também o ingresso para o jogo Japão X México, em Belo Horizonte... O pequeno e persistente grupo se dispersou depois de pegar os ingressos... Enquanto os outros foram comer, nós corremos para comparecer na casa do Luis Paulo, na região da Praça da Bandeira... Alis, a localização da rua Teixeira Soares, onde fica o prédio de nosso humorista e fornecedor de DVDs, continua a ser um dos grandes mistérios da humanidade para os taxistas cariocas... Tanto que o motorista desconfiou que o preço combinado para a corrida fosse realmente 47 reais, professor... Ele até falou pelo rádio com a coordenação da frota... E de fato havia um erro... O preço correto era 46 reais... E a estação da Leopoldina está em ruínas... Chegamos ao apartamento do Luis Paulo, recebemos nossa encomenda do mês – assim ele economiza no envio pelo correio – utilizamos o banheiro, vimos Caco Antibes falar “Pôxa, que coxa” no remake do “Sai de Baixo”, deixamos nossas coisas no apartamento porque as normas da Fifa para torcedores não permitem laptops nos estádio – o regulamento não fala em vinagre – vestimos uma camiseta do Chapolin e fomos pegar o Metrô na estação Afonso Pena... Nem precisamos pagar, privilégio concedido a todos que apresentassem ingressos para os jogos... A estação, bem como a Central, onde fizemos baldeação para a estação Maracanã, conta com cartazes alusivos à Copa das Confederações... Todos eles com um adesivo em cima do horário da final, que é às 19 horas, e não 16 horas, como as duas outras partidas no Rio de Janeiro... Chegamos no Maracanã, atravessamos a passarela e apesar do grande movimento, não enfrentamos filas para entrar no estádio... E muito menos o Chapolin, que trouxe a família para apoiar seus conterrâneos mexicanos...  Nosso dia começou no Airam Brasília Hotel, quarto 702, mais ou menos na hora que o SBT exibia o “Arnold”... O episodio em que o pequeno ídolo do internauta Pedro Henrique encontra Muhammad Ali... Tomamos um banho, arrumamos nossas coisas e descemos para fazer o check-out na recepção... Pagamos as três garrafinhas de água mineral que consumimos no frigobar, RS 3 cada uma... O mesmo preço cobrado pelos vendedores credenciados nas proximidades do estádio Mané Garrincha... Ao toque de uma campainha, o taxi chegou, cobrando 46 reais pela corrida até o Aeroporto Juscelino Kubitschek... Aquele cômodo ônibus executivo a R$ 8 da ida só começa a rodar 6h30... Horário em que deveríamos comparecer no aeroporto para o check-in... Não teve jeito... Nem mesmo com a falta de Lance! na Laselva... Ao menos o voo da Gol não atrasou e chegou 8h40 no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos... Numa aeronave que ainda ostenta o logotipo da Varig... Até nós demos ao luxo de comer um sanduíche de R$ 13 no voo... Porque o café da manhã do Airam Brasília Palace só começava 6 horas, e precisaríamos sair de lá antes... Pelo menos a água e o gelinho são cortesias da companhia aérea... Desembarcamos e corremos para a Laselva, que felizmente tinha o Poliana... Aí fomos fazer o check-in... A E-destinos também funciona... Mais uma paradinha para pegar alfajores e um sanduíche Recoleta na Havanna... Nosso embarque estava marcado para o portão 5... No entanto, foi remarcado para o 27, nos obrigando a uma longa caminhada e tirando um pouco do tempo para fazermos as Lançadas do dia... Na fila encontramos pai e filhos corinthianos, preocupados com a retirada de ingressos para o jogo Itália e México no Aeroporto do Galeão... Nosso voo desceria no Santos Dumont... Ali mesmo combinamos de dividir a despesa com o táxi assim que chegássemos ao Rio de Janeiro... E vamos voar...



































































Torcedores no Maracanã ignoraram conselhos de Sérgio Cabral pai e misturaram futebol com politica...

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