quarta-feira, 28 de junho de 2017

Copa 2013 (XI): Rio de Janeiro, 30 de junho de 2013...

Triste como em 1982 ele não estava... Nem alegre, como em 1994 e 2002... Será que já pressentia 2014???...





































































A conquista do tetracampeonato da Copa das Confederações da FIFA ™ pelo Brasil em 2013 é o tema da penúltima parte da série de postagens originais do Seu Bloquinho Virtual sobre o torneio realizado em terras brasileiras... Sabemos porque estivemos lá, no Maracanã... Nossa viagem para o Rio de Janeiro foi pela TAM, às 9 horas de um domingo nublado, mas ela realmente começou no “Airport Bus Service” no Metrô Tatuapé... Millenium piso baixo com ar-condicionado... Apesar da tarifa, um meio rápido e confiável de se chegar ao aeroporto de Cumbica – e ao CDP de Guarulhos... No aeroporto, todas as nossas compras na Laselva foram pagas “cash”, o Poliana e um DVD da Hannah Montana – ah, Miley Cirus – o que não evitou de lidarmos com o mau-humor de atendentes que tiveram certamente de aguentar dezenas de outros clientes que tentaram pagar com cartão e não conseguiram por falta de sistema... Esperando o voo de volta, no Galeão, vimos uma mexicana ter todos os seus cartões de créditos recusados quando ia comprar um simples Fuleco ©... Pô, chefia...  Antes de comparecermos ao estádio, pegamos nosso ingresso em Copacabana... Comparecendo de táxi, que seria R$ 105, mas ficou por R$ 100 devido a falta de troco do posto da frota no Galeão... A indicação mandada por email dizia “Rua Xavier da Silveira esquina Aires Saldanha”... Que na verdade era Aires DE Saldanha, detalhe que fez o logradouro não ser encontrado no GPS do policial a quem perguntamos do local... Que era na última esquina antes da praia... Retirada a entrada, tempo para dar uma olhadinha no calçadão de Copacabana, com seus escultores de areia, ciclistas, skatistas, cachorros passeando com os donos, patrulhamento policial, vendedores de Biscoito Globo e o quiosque da Globo, oferecendo bonecos do Loro José e o livro com o resumo da história de “Roque Santeiro”... Podia ter o DVD de “As Noivas de Copacabana”, para todos aqueles que comparecem ao bairro seguindo os passos de Donato Menezes...  Na entrada do Rio Othon Palace encontramos um dos guias que compareceu no Japão com o grupo e torcedores cointhianos que adquiriram pacotes para assistir o Mundial de Clubes da Fifa ™... Eram todos majoritariamente cariocas, então o reencontro não era tão improvável assim... E ele estava a serviço, claro... A manchete do jornal “Meia Hora”, que vimos numa banca na região de Copacabana era “Te amo espanhola”... No caso, nada a ver com a música de Kleiton e Kledir, mas com a Mulher-Melão... Seguimos de metrô para a Casa dos Lunáticos, onde Pancada ganhou uma camisa da Seleção Brasileira e nós fomos com a camisa do Japão, presente de Shiku Kagawa... Que também deve ter ofertado seu uniforme ao colecionador de ingressos usados, que está em todas... Alis, até autoridades viram nossa camisa e acharam que a gente é gringo... No apartamento do Pancada vimos a decisão do terceiro lugar, em que a Itália venceu o Uruguai por 3 a 2 nos pênaltis, depois do empate em 2 a 2 no tempo normal... Mas só comparecemos no prédio no final do primeiro tempo, quando os italianos venciam por 1 a 0, gol de Astori... Bom, também tinha um uruguaio perdido na região da estação Cantagalo do Metrô Rio... Enquanto comíamos o pão com salsicha da mãe do Luis, vimos o golaço de falta de Diamanti e os dois de Cavani, que levaram o jogo para a prorrogação... Na decisão por pênaltis, apesar de Muslera ter defendido a cobrança do italiano De Sciglio, Buffon mostrou porque é Mestre pegando os chutes de Forlan – pô, de novo!!! – Cáceres e Gargano... Fim de jogo, hora de ir ao Maracanã...







O Brasil conquistou o tetracampeonato da Copa das Confederações da Fifa ™ ao vencer a Espanha por 3 a 0 no Maracanã, com gols de Fred, aos 2 minutos de jogo, Neymar, aos 44 do primeiro tempo, e Fred novamente aos 3 minutos da segunda etapa... Fora o baile, como diria M.B.... Com 73.571 pagantes no Rio de Janeiro, a torcida veio com a vaia para os espanhóis durante seu aquecimento e a já tradicional versão “semi-estendida” do Hino Nacional, pois ainda falta cantar a segunda parte para superar de vez o “padrão Fifa”... O time brasileiro entrou fazendo aquilo tudo, sem parar... MEU AMOR!!!... Da intermediária brasileira, pela esquerda, David Luiz fez um lançamento longo para Hulk na linha de fundo do outro lado do campo, à direita... O atacante passou a Oscar, que devolveu a bola, cruzada para Neymar, que deixou para Fred a tarefa de abrir o placar... Em menos de dez minutos de partida, os gritos de “O campeão voltou” e de “Olé” dominavam o Maracanã... A tradicional prática da escola gaúcha de fazer o resultado no comecinho do jogo e segurar o placar no resto da partida funciona, Felipão... Alis, aqui cabe apontar nosso posicionamento no estádio... Estavamos do lado oposto aos postos de transmissão, à direita, onde a Espanha atacou na primeira etapa... Na verdade, apenas três vezes os torcedores brasileiros tiveram a oportunidade de prestigiar Xavi cobrando lateral ou escanteio... Apenas uma vez conseguiram driblar os stewards e ficar com uma bola isolada para a lateral... Os espanhóis tiveram mais posse de bola, como de costume, porém era só olhar para Iniesta marcado forte para perceber que poucas vezes a "Fúria" compareceu na grande área... Na melhor chance do primeiro tempo, aos 40 minutos, David Luiz tirou uma bola que se encaminhava ao gol quase em cima da linha... Teve o nome aclamado pela torcida... Um privilégio que se repetiria quatro minutos depois, com o gol de Neymar (OG), após tabela com Oscar... Agora o homenageado era o ex-peixeiro, que vai jogar no Barcelona que serve de base para a Fúria... Sem contar as comparações que prestigiam Shakira diante da Bruna Marquezine, Piqué...







































Pancada comemorou o título com seu ventilador, indispensável para dispersar o gás das bombas da polícia...





































































No segundo tempo, era a vez do Brasil atacar perto da nossa cadeira no Maracanã... E logo com três minutos, Fred compareceu fazendo gol e comemorando perto da bandeira de escanteio... Embora a presença brasileira não tenha se repetido muitas vezes mais, também a Espanha não conseguiu comparecer assiduamente do outro lado do campo... A não ser com o pênalti cobrado por Sérgio Ramos e defendido por Júlio César, mas um jogador cujo nome foi gritado pela torcida... E tome mais “O campeão voltou”, Hino Nacional versão “semi-estendida”, “Olé”, “Arerê, Espanha veio aqui pra se... PIIIIIIIIIIIIIIIIIIII”, “O time da Espanha só tem viado... O Iniesta dá o … PIIIIIIIIIIIIIIIII para o soldado... Com a expulsão de Piqué, a homenagem veio certeira... “Piqué, não é mentira, o Neymar comeu o … PIIIIIIIIIIIIIIII da Shakira...” Em nosso setor, um torcedor espanhol com sua camisa da Adidas (C) vivia os mesmos momentos de solidão do internauta Chico Melancia quando está na torcida pelas seleções que usam a marca das três listras... Enquanto isso, Felipão ganhava tempo trocando Hulk por Jadson – que segundo o Poliana, dificilmente seria aproveitado na decisão – Fred por Jô e Paulinho por Hernanes... Aí não, Roscão... Ainda bem que o jogo já estava resolvido desde o pênalti defendido por Júlio César... Mesmo que Jô tenha tentado fazer de quatro... Quer dizer, fazer o quarto gol do Brasil... Mais ou menos quando a torcida entoava mais alguns “Olé” e evocava o “Tá chegando a hora”...  Quando o juiz holandês encerrou o jogo, os brasileiros mal tiveram tempo de comemorar o título... O locutor do Maracanã anunciou que a cerimônia de premiação começaria dentro de instantes, depois de revelar que Neymar venceu o “Man of the Match” da Budweiser... E colocou para tocar um clássico da música popular brasileira... "Billie Jean", do Michael Jackson... Emendando com "Maracatu Atômico" – versão Chico Science – e um trechinho de “É uma partida de futebol”, do Skank... Aí começou a entrega de medalhas, sem medo de José Maria Marin levar os prêmios dos árbitros... Alis, como o Blatter não se fez anunciar, a peruquinha do presidente da CBF e do COL foi o motor das vaias... Que não vieram quando a Espanha recebeu o “Troféu Fair Play”... Para revolta do internauta Pedro Henrique, que não entendeu como os espanhóis receberam o título se o Piqué foi expulso na final... Pergunta para a Shakira, Pedrinho... E não precisa invadir o campo, né... Júlio César recebeu a Luva de Ouro da Adidas como melhor goleiro... A performance na final não deixou dúvidas, ainda mais depois dos três pênaltis defendidos por Buffon na decisão do terceiro lugar na região de Salvador... Os artilheiros Fernando Torres, Fred e Neymar receberam as Chuteiras de Ouro, Prata e Bronze da Adidas... O espanhol foi vaiado... Desaprovação que não se repetiria com Iniesta na hora das Bolas de Ouro, Prata e Bronze da Adidas... Neymar em primeiro, o espanhol em segundo e Paulinho em terceiro... Essa valeu ouro, apesar do esquecimento de Shiku Kagawa, maior talento do Japão... Depois das medalhas dos espanhóis, as dos brasileiros... Com direito a participação especial dos filhos do goleiro Júlio César... A foto oficial da conquista teve “Descobridor dos Sete Mares” como fundo musical, Lulu Santos... E o pequeno Cauet deu cambalhotas enquanto o capitão Thiago Silva conduzia a volta olímpica da Seleção Brasileira... Ao som de outro clássico da MPB, o remix de “A little less conversation”, de Elvis Presley... A gente aproveitou para fotografar o garotinho que contemplava tudo nos ombros do pai com um olhar surpreso, tendo na cabeça a imagem que o Reginaldo Manente fez na eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982... O título do nosso post evoca a manchete que acompanhou a foto, “Barceona, 5 de julho de 1982”... Só que desta vez não havia tristeza no rosto da criança... Só um semblante intrigado com uma vitória que parecia impossível ao Brasil antes da bola rolar no Maracanã... 



































Fred comemorou seu segundo gol tão pertinho da gente que até pensamos que ele ia nos pegar... Ops!!!...





































































Terminadas as cerimônias de premiação, era hora de deixar o Maracanã e comparecer na pizzaria Parmê, na região da Tijuca, para jantar com o Luis Paulo... Que desta vez não sofreu com a fumaça das bombas, apesar da repressão aos protestos e a presença maciça da cavalaria da PM fluminense na região do Maracanã... Porque os cavalos tem uma arma que só eles sabem fazer... Mesmo na tranquila praça tijucana onde se localiza a estação Afonso Pena do Metrô Rio, antes da partida, as crianças que costumam brincar no playground tinham a companhia de carros dos bombeiros e de inúmeros policiais com suas granadas que não são de brinquedo... Tenso demais... Indo com o Luis Paulo até a estação, vimos as agências bancárias danificadas pelas manifestações na Rua Mariz e Barros – os Correios também sofreram – enquanto a presença do policiamento fazia o Luis ficar aliviado, pois pelo menos não corria o risco de ser assaltado... Quando ao nosso retorno do estádio, embora tenhamos entrado por trás da estátua do Bellini (Ops!!!...), não pudemos voltar pela estação de Metrô correspondente – São Francisco Xavier, que estava fechada, conforme anúncios do sistema de som do Maracanã ao final do jogo... Só restou tentar nosso atalho para a estação Maracanã, driblando a passarela... Aqui a PM foi mais ligeira e bloqueou a escada lateral da estação... A única maneira de encurtar o caminho para a plataforma foi chegar na rampa pela UERJ... Funcionou, enquanto os seguranças do Metrô avisavam as pessoas para seguirem para dentro da estação, pois a catraca estava liberada... Operação comandada pessoalmente, em mangas de camisa e em alto e bom som, pelo próprio secretário municipal de transportes do Rio de Janeiro, Carlos Roberto Osório... Olhaí, Jilmar Tatto... Da nossa parte, embarcamos no Metrô lotado cantando que o Iniesta dá o PIIIIIIIIIIIIIIII para o Soldado, fizemos a baldeação na Central e descemos na Afonso Pena, a tempo de encomendar as pizzas – salgadas e doces - no Parmê para saborear no apartamento do Luis Paulo na companhia de sua mãe... Que com seu exclusivo pão com salsicha nos dispensou de se submeter aos preços dos cachorros quentes do Maracanã... Também não tivemos de ir na correria para o aeroporto, pois o voo da volta estava marcado para às 6h48 desta segunda-feira... Deu para ver o finalzinho do Silvio Santos – que era reprise, pô, Patrão, a volta da “Escolinha do Professor Raimundo” com uma hora de duração no Viva aos domingos – inclusive com o Seu Eugênio, que na manhã deste sábado compareceu a região da Santa Efigênia – e um dos epis do remake do Sai de Baixo, notando que Márcia Cabrita está muito apetecível para o internauta Chico Melancia... Pelo telefone, o pessoal do ponto da Praça da Bandeira informou que já haveria táxi disponível às 4h30 da manhã... E de fato, um motorista de 79 anos, descendente de italianos e apreciador das confecções da região da Rua Teresa, em Petrópolis, nos deixou na hora exata no Galeão... 









































Teve cambalhotas de Cauet ao som de Elvis Presley durante a volta olímpica da Seleção Brasileira tetracampeã da Copa...

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