quarta-feira, 14 de junho de 2017

Copa 2013 (V): E agora, quem poderá defender o Brasil???...

Além de apoiar a seleção mexicana, Chapolin Colorado também reivindicava o direito de voltar a ser exibido no SBT...




























































Na quinta parte da série de postagens originais do seu Bloquinho Virtual sobre a Copa das Confederações da Fifa ™ de 2013, os protestos contra o aumento das tarifas de ônibus e Metrô em São Paulo chegam ao ápice no dia 18 de junho, com José Luiz Datena tomando o horário dos Simpsons na Band para desqualificar os manifestantes... Criticada pela mídia corporativa devido à repressão na chamada “Batalha do Vinagre”, quatro dias antes, a Polícia Militar paulista decidiu não intervir nos protestos... Um recuo estratégico que se revelou desastroso, pois o prédio da Prefeitura na região do Anhangabaú acabou sendo atacado e um carro de reportagem da Record foi incendiado, Marcelo Rezende... Não necessariamente pelos manifestantes que defendiam a redução do preço da passagem, vide o integrante da X-9 Paulistana que interrompeu a apuração do Carnaval para rasgar os envelopes com as notas das escolas de samba que eram lidas pelo Zulu em 2012 e um ano depois tentava forçar a porta da Prefeitura... Nessa noite,  o prefeito Fernando Haddad teve de deixar seu gabinete de helicóptero – que também era a forma da Globo fazer a cobertura dos acontecimentos sem ser hostilizada - e propor ao governador Geraldo Alckmin a redução conjunta das tarifas, no que se imaginava ser a solução para por fim aos protestos... Não foi... O número de manifestantes e suas reivindicações tinham se ampliado exponencialmente, em um fenômeno de difícil compreensão naquela época e ainda hoje... Mas já em 2013, as percepções mais apuradas sobre o que se passava no país eram do internauta Paulo Belushi... Que em um artigo recente, motivado pelo longo depoimento de Haddad para a revista Piauí e pela absolvição de Michel Temer no julgamento do TSE, aponta que a onda conservadora que se seguiu aos protestos de junho de 2013 foi impulsionada não pela classe média tradicional, receosa pela perda de status na era Luis Inácio, mas pelos setores que ascenderam socialmente no mesmo período, insatisfeitos com a qualidade dos serviços públicos... Faz sentido... Agora, para alguns internautas, diante dos pedidos de Alfafa para Dona Florinda, Uma Torta Para Jaiminho e um salário para o Chaves, o único que poderia defender o Brasil seria o Chapolin Colorado...






Luis Paulo não compareceu ao jogo entre a Itália e o México, no Maracanã, pela Copa das Confederações da Fifa ... Porém ele sentiu de perto os efeitos do confronto entre a Polícia Militar do Rio de Janeiro e os manifestantes contrários à realização do torneio antes da partida, realizada no domingo... Ele nos contou enquanto jantávamos à noite na pizzaria Parmê, na Rua Campos Sales (em frente ao Ameriquinha...), onde inclusive fez um convite ao internauta Chico Melancia para validar o rodízio de pizzas da casa... Mas voltando ao jogo, a chegada dos torcedores foi distribuída em três estações de Metrô, conforme o setor do ingresso... Cuja apresentação garantia a viagem gratuita nos trens... Algo a se pensar para o Metrô e a CPTM no Fielzão, hein... Os locais eram as estações Maracanã (onde ficamos...), São Francisco Xavier e São Cristóvão... Luis Paulo pegou o Metrô com a gente na Estação Afonso Pena e desceu em São Cristóvão, pois iria voltar a seu apartamento na Praça da Bandeira , a fim de gravar o jogo da Itália a nosso pedido... Vestia uma camisa Adidas da Seleção Mexicana que ganhara de presente e nunca havia usado... Na ida, descemos na estação Estácio para fazer baldeação... Só ali soubemos, em um aviso escrito a mão, que a integração seria feita apenas na estação Central... Faltou um aviso sonoro durante a viagem... Ao sair da estação São Cristóvão, deparou com a manifestação e a polícia devidamente armada e parapetada... Quando viu um policial armado, não teve dúvidas... Saiu correndo para sua casa... Os manifestantes, por sua vez, tentaram se refugiar na Quinta da Boa Vista, onde aconteceu o show do Quico em maio... Tudo a um viaduto de distância do Maracanã, ao contrário de Brasília, onde o protesto chegou na entrada do Mané Garrincha e até os torcedores, que alguns definem apenas como “endinheirados”, tiveram de aguentar primeiro o cheiro do cocô dos cavalos da polícia e depois das bombas, pois ninguém trouxe vinagre para assistir o jogo... 
























Para comparecer ao Maracanã, o Polegar Vermelho teve de enfrentar a temível Polícia Militar de Sérgio Cabral Filho...




























































Mesmo julgando estar seguro em seu apartamento no 12º andar do “Edifício Radial Oeste”, na região da Praça Bandeira, Luis Paulo teve de aguentar a fumaça das bombas que vinham de São Cristóvão... A mãe dele teve de ligar um ventilador para escapar dos efeitos do gás lacrimogêneo... Mesmo quando voltamos ao apartamento, por volta de 20 horas, ela ainda se queixava do ar carregado... No Maracanã, o clima era mais tranquilo, porém havia a grande preocupação de pegar a condução de volta... O acesso direto de ônibus, táxis e carros de passeio só era possível na Rua São Francisco Xavier, junto à UERJ... Assim, só havia o Metrô Rio e a Supervia como opções... Só que a passarela do Metrô ficou completamente tomada de torcedores, de ponta a ponta... Nessa hora, o mascote da Copa do Mundo, o Fuleco, mostrou que cumpre uma importante função social... Assinalando a escada na parede lateral da estação Maracanã, na Avenida Presidente Castello Branco... Um atalho de valor inestimável para ganhar tempo... Nessa hora o “massacote” da Copa merecia os aplausos que a toda hora são pedidos no estádio aos voluntários, que também os merecem, e muito... Subindo e chegando na estação, as catracas estavam liberadas... Generosidade? Cautela... A medida ajudava na fluidez dos torcedores para as plataformas da estação... É só imaginar que algum dos bloqueios poderia dar defeito, o acumulo de gente seria tenso... É outro exemplo que fica para o Fielzão em Itaquera e região... Graças a forcinha do Fuleco e a liberação da entrada do Metrô, chegamos 19 horas na pizzaria... Nada mal para um jogo que acabou 17h50 e o tempo que a gente ficou fotografando a saída dos torcedores do estádio... E a Polícia removendo torcedores sentados na grade que cerca o canal do Rio Maracanã... O Metrô está bem sinalizado, em português e inglês, com informações sobre os jogos (inclusive com a mudança improvisada no horário da final...) ainda que seja preciso atenção da hora de trocar de trem na Central, pois as duas linhas do Metrô compartilham a mesma plataforma... E não há no Rio o aviso de “Paramos para aguardar a movimentação do trem à frente”, tão típico de São Paulo... 
























Graças ao salvo-conduto que usou para atravessar a fronteira, o Vermelhinho finalmente penetrou... No estádio...




























































Descemos enfim na estação Afonso Pena, atravessamos uma praça com crianças brincando – muitos skates, mas também meninos jogando bola – e esperamos o Luis Paulo para jantar no Parmê... Vários simpatizantes da Itália também optaram pelo rodízio de pizzas... Tivemos de sair às 20 horas, sem comer as pizzas doces, porque nosso avião sairia do Galeão 21h38 e, conforme as normas, o check-in termina uma hora antes... Voltamos ao apartamento do Luis e ligamos para o táxi do Galeão... Foi aí que ouvimos que por “normas da empresa”, não poderiam mandar o táxi, porque tinha de vir da Zona Sul, havia protesto no caminho, etc, etc, etc... Ainda bem que existem taxistas torcedores do Ameriquinha... É trabalho para justificar o nome do Moreira Franco... Claro, ele vai dizer, táxi é mobilidade urbana, fala com o Paes... Que não é tão calminho quanto aquele cara com colete da Prefeitura do Rio que tentava acalmar a turma da fila no Galeão... O prefeito vai dizer que está fazendo o Transcarioca, ligando a Barra ao Aeroporto Tom Jobim... Para 2016, né... Podia ser metrô, já que estão erguendo aquelas pilastras de Frei Serapião, grandes, enormes... Mas mesmo sendo um BRT, é bem mais por exemplo do que a ligação de Cumbica até o Fielzão... O prometido corredor de Cumbica a São Mateus, via Jacu-Pêssego, obra estadual, não deve sair para 2014... Será que acham o “Airport Service” dos Millenium com ar-condicionado que vão para o Metrô Tatuapé a R$ 4,60 suficientes... Se não se importarem de viajarem na área de cadeirantes que também serve para as bagagens... Ou de pagar os R$ 122 do Guarucoop até a região de Itaquera... Pô, Sebastião Almeida, só porque não fizeram o Fielzão em Guarulhos... Será que vão liberar as catracas do Metrô e da CPTM nos dias de jogos... Porque a fila ocupar toda a passarela da Radial é um acontecimento corriqueiro... E se fizerem o trem ir até Artur Alvim???... A gente não tem nada contra obras viárias, como as que estão em andamento na região do Fielzão, porém o mais lógico é que se interdite todas as ruas das proximidades... O pessoal que venha de transporte público e chegue ao estádio a pé... Assim vimos no Rio, que parece ser o caso mais similar ao Fielzão... Nem sabemos se seria o caso de chamar o Luis Paulo para cá...


































Motivos de protestos se ampliavam: tarifas dos transportes, gastos com a Copa, salário mínimo para o Chaves servir a torta...

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