 |
Infelizmente, as risadas vão ter fim: em 9 de junho Viva dará lugar a Globoplay Novelas, sem atrações de humor... |
O Canal Viva completa 15 anos de existência com data marcada para acabar, em 9 de junho a emissora paga muda de nome para Globoplay novelas, nenhuma novidade, há um bom tempo o Viva é tratado como um “puxadinho” do “streaming”, basicamente vão tirar a faixa de humor, que se tornou um “loop” eterno, e colocar, conforme observou o Observatório da TV, mais uma novela da Globo, no caso, Além do Tempo, de 2015, uma produção mexicana de 2023, O Amor Invencível, uma turca, “Hercai: Amor e Vingança”, de 2019, e uma trama original da Globoplay, Guerreiros do Sol, na gaveta há um ano e meio… Em julho, quando terminar Roque Santeiro, entra a novela escolhida pelo público na Batalha de Helenas da Faixa Interativa do novo canal, Por Amor, de 1997, ou Laços de Família, do ano 2000... Insistimos, nada de novo além da mudança de nome, em 2014, Tropicaliente foi escolhida para exibição através do voto dos telespectadores, e até hoje os fãs de Lua Cheia de Amor, derrotada na votação, esperam que a trama de 1990 seja programada pelo canal, a partir de 2022, o Viva trouxe uma sequência de novelas mexicanas, as consagradas Marimar, A Usurpadora e Maria do Bairro, aproveitando a sua disponibilização pelo “streaming” do grupo Globo, acrescidas de anúncios feitos pelas próprias protagonistas, Gaby Spanic e Thalia, e em 10 de abril deste ano exibiu o último capítulo da produção turca O Segredo de Feriha, de 2011, sem um décimo da repercussão da conterrânea Força de Mulher na Record, a inclusão de uma trama global mais recente que a média do canal (foi produzida há dez anos, a caçula das histórias em exibição é a temporada 2014 de Palhação, que deve sair do ar com a entrada do novo canal...) e de um original da Globoplay pode parecer novidade, mas se encaixa no longo processo de mudança de perfil do Viva, que começou generalista e agora se consolida como “o seu novo canal de novelas”... O pior dessa mudança é que os "enlatados" sobre novelas, o "loop" dentro do "loop" da faixa de humor, vão continuar, apesar do mais recente deles, "Reviva a Cena", não ter passado do piloto, apesar de ter recordado a surra de cinta que Dóris levou em Mulheres Apaioxnadas com a própria Regiane Alves, e mesmo assim, chamaram a atriz de novo, ela até já antecipou a estreia de "Loucos por Novela" no Globoplay Novelas postando fotos das gravações em suas redes sociais... A dura verdade é que o público das novelas é maior, mais fiel e sobretudo detestou sempre a faixa de humor do Viva, mesmo quando havia maior variedade de atrações, o canal conseguiu fazer A Grande Família, que é inatacável, ser criticada, e desperdiçou a mina de ouro que eram as reprises dos Trapalhões, um fenômeno no YT a partir da digitalização das gravações em VHS das representações da Globo nos anos 1990... Paradoxalmente, o público do Viva, pelo menos o que se manifestava nas redes sociais, preferia novelas não reprisadas, mas a maioria das tramas mostradas pelo canal já tinham passado no Vale a Pena Ver de Novo, o melhor exemplo dessa contradição é Da Cor do Pecado, que devido às duas representações na Globo, teve uma acolhida fria entre os televidentes do Viva...
 |
Viva errou, diversão não tá garantida, Grande Família, Toma Lá Dá Cá, Escolinha e Tapas & Beijos sairão do ar... |
A escolha de novelas para exibição no Viva seguia três critérios principais, os mais evidentes eram (I) sucessos absolutos de audiência e (II) reprise no Vale a Pena Ver de Novo, sendo que o segundo item contemplava as novelas que não se encaixavam plenamente no primeiro, e de fato, o Viva exibiu poucas produções fora desses filtros, pois durante toda a década de 1980 as novelas das oito quase não tiveram vez na faixa de reprises da Globo, embora as representações de títulos das seis e da sete no período tenham norteado as escolhas do Viva, que conforme foi se definindo como "seu novo canal de novelas" criou o esquema "duas de 15, uma de 30", para não sobrepor ao padrão que era seguido pelo Vale a Pena ver de Novo, que normalmente priorizava produções mais recentes, e também escapando de questões relativas a produções mais antigas, a aceitação, que levou a um reforço da estratégia quando da exibição da única novela encurtada até pelo canal, a exibição em 2018 de Bebê a Bordo, mesmo entrando nos dois critérios principais, sofreu com a incompreensão de uma geração de telespectadores nas redes sociais que conheceram a obra do autor, Carlos Lombardi, pela opiniões de seis críticos, parte deles associando a novela Uga Uga a criação da classificação indicativa do Ministério da Justiça em 2000, e a substituição por Vale Tudo revela uma prática reeditada com a volta de Quatro por Quatro, da primeira leva de novelas mostrada pelo canal, quando não havia tanto ranço em torno da obra de Lombardi, para suceder Cara e Coroa, e que também já derrubou várias tramas antes da estreia, colocar uma novela inquestionavelmente vinculada ao primeiro critério, ou ao menos enquadrada no segundo, nesse ponto surge ainda a terceira grande diretriz de escolha de novelas, (III) a disponibilidade na íntegra, explicitado com o lançamento do Projeto Fragmentos da Globoplay, antes o Viva deixava de lado até novelas com a versão internacional preservada, com a exceção de Terra Nostra, por questões de direitos, e a temporada 1997 de Palhação, exibida com um capítulo faltante, e Roda de Fogo foi direto para a Globoplay pelo mesmo motivo, prática deixada de lado somente ano passado, na estreia de Corpo a Corpo, onde o canal também reviu os próprios conceitos ao enfatizar na chamada o fato de ser "nunca antes reprisada"... Um excelente exemplo desse esquema é a última novela a estrear (nesse caso, reestrear) no Viva, Quatro por Quatro, substitui Cara e Coroa nesta segunda, 19 de maio, que não se enquadra necessariamente no primeiro critério, e não está dentro do segundo, mas já havia sido anunciada pelo canal, não entrando por questões de direitos, e atendia uma demanda específica, a do "fandom" da atriz Cristiane Torloni, a intérprete das protagonistas Fernanda e Vivi... A princípio, a substituta seria Salsa e Merengue, de 1996, a primeira trama de Miguel Falabella como autor, que não foi um grande sucesso e nem foi reprisada, normalmente o canal vaza a novela proposta, verifica problemas técnicos e de direitos, sente a repercussão nas redes sociais, e oficializa a escolha, ou não, pouco antes da estreia, o que costumava acontecer em cima da hora, felizmente hoje a antecedência é maior, cerca de um mês, porém o histórico de audiência da novela na Globo, mais o desempenho irregular de Cara e Coroa, e também de Plumas e Paetês, de outra faixa, mas também uma novela das sete, além da mudança de nome do canal para Globoplay Novelas, fizeram a emissora tomar uma decisão que considerou menos arriscada, pautar Quatro por Quatro, grande sucesso na exibição original, em 1994, reprisada no Vale a Pena Ver de Novo em 1998, e parte da primeira leva de novelas mostradas pelo Viva, em 2010, mesmo tendo como autor Carlos Lombardi, proscrito da faixa de novelas do Viva desde a exibição mal-sucedida de Bebê a Bordo em 2018, cortada para encaixarem às pressas a reexibição de Vale Tudo, justificando a mudança ao apontar os 30 anos da estreia na Globo, acontecida em 1988...A faixa de humor do Viva é o último vestígio da fase "generalista" do canal, mais do que isso, a partir de julho de 2020, quando a emissora deixou de exibir programas produzidos fora do grupo Globo, passou a ser praticamente a única alternativa aos produtos de dramaturgia, e desde então, poucas atrações apresentadas pelo Viva não estavam enquadradas nesses dois gêneros...Os especiais de fim de ano de Roberto Carlos, que já eram mostrados desde 2016, em abril e maio, época do aniversário do cantor, seguiram até 2022 e voltaram em 2024, numa exibição que pretendia resgatar todos os programas produzidos entre 1974 e 2016, porém foi prejudicada pelo impasse da renovação de contrato do Rei com a Globo (resolvida apenas na época do Show 60 anos, no último mês de abril), desse modo, mostraram os especiais de 1974 a 1990, inclusive os que o Viva ainda estava devendo (1980, 1982, 1984, 1987 e 1990), e depois de um hiato de cinco meses, os programas de 2010 a 2013, sendo que os de 2011 em diante ainda eram inéditos no canal...Os Shows do Criança Esperança, em 2020, com os fãs de Xuxa pensando que por ela ter sido homenageada em 1992, ela era a apresentadora, e não os Trapalhões, as cinco primeiras temporadas do BBB, de 2021 a 2023, no embalo do fenômeno Juliette, as duas primeiras exibidas de domingo a domingo, a terceira e a quarta semanalmente, a razão de uma semana de confinamento por sábado e a quinta, em outubro de 2023, às 7 horas da madrugada (!!!), o Xou da Xuxa aos sábados, entre fevereiro e junho de 2023, comemorando os 6.0 da apresentadora, sem maiores novidades, apenas um programa não estava disponível na Internet, além de um trecho inédito não mostrado em dezembro de 1992, e outro programa infantil, TV Colosso, em outubro de 2024, às 9 horas da madrugada, estes dois últimos sofrendo com as queixas de que a exibição não incluía os desenhos...O Viva não passou por aquela transição comum a outros canais pagos, de uma programação de reprises para uma linha de produções próprias, em especial quando as novelas começam a ser o carro-chefe do canal, mesmo com o surgimento da Globoplay em 2015 (e a atual mudança de nome pode ser um passo no abandono dos canais por assinatura em favor do "streaming" como fez a Valdisnei nos Estados Unidos...), e aqui a exceção, depois da fase de "remakes" do Globo de Ouro e do TV Mulher, e dos programas Rebobina, sobre as novelas exibidas pelo canal, Viva o Sucesso, com a trajetória de celebridades, Os Anos 80 Estão de Volta, um game show apresentado pelo DJ Zé Pedro, são os programas sobre as próprias novelas, em parceria com a produtora de Hermes Frederico, Damas da TV, Grandes Atores, Os Donos da História, As Vilãs que Amamos, Os Casais que Amamos, As Crianças Que Amamos e o efêmero Reviva a Cena... No caso dos programas de humor, a rigor, a única produção própria foi a série Meu Amigo Encosto, de 2014, que deveria ser o ponto inicial dessa transição, porém era uma "sitcom" (na verdade, era divulgada como "série de ficção ") num estilo muito diferente dos bordões da Escolinha do Professor Raimundo ou do escracho do Sai de Baixo e do Toma Lá Da Cá, e o lançamento da Globoplay, como já vimos, mudou prioridades... Também foram ao ar no Viva os quatro episódios especiais do Sai de Baixo, reunindo parte do elenco original do programa, em 2013, um reconhecimento do sucesso da atração nos primórdios do canal, em especial quando foi mostrado diariamente, entre maio e outubro de 2010, embora a exibição na Globo não tenha ido bem na audiência, em boa parte devido aos cortes, algo que também aconteceu com a série original em 2017, os "remakes" da Escolinha do Profesor Raimundo, de 2015, e de Os Trapalhões, de 2017, foram concebidos, por Marcius Melhem, e apesar de terem passado primeiro no Viva, destinavam-se prioritariamente a exibição na Globo, ambos tiveram êxito no Viva, porém só a Escolinha fez sucesso na televisão aberta, onde o trabalho de caracterização dos atores conseguiu superar o obstáculo da fisionomia inimitável dos comediantes, o que no caso dos Trapalhões era dificultado pela presença dos próprios Doutor Renato e Dedé em cena... Programada para três temporadas, a nova versão parou na primeira, pelo menos foram resolvidos alguns problemas de direitos que permitiram que o Viva estreasse o programa original em janeiro de 2018, depois de ser prometido para dezembro de 2012, era um momento crucial para o Viva, em dezembro de 2017 o canal deixou de mostrar a noite o Mais Você da manhã e o Vidio Xô da tarde, e a justificativa era aumentar os acessos dessas atrações na Globoplay, a chegada de Os Trapalhões era importante porque o humorístico sempre teve boa audiência até com reprises, tanto que a Globo preservou todos os programas produzidos de 1977 a 1995 (sabe-se de um caso de programa perdido, de mais de 800 gravados, por deterioração da fita...) e pautou reprises de 1994 a 2000, mas na hora de colocar no Viva, usaram o recorte da Globo Portugal, que mostra os episódios de 1988 em diante, quando o grupo já está em declínio, acentuado pela saída de cena de Zacarias em 1990, e sobraram algumas pendências jurídicas, que impedem a exibição de quadros com Ted Boy Marino e Terezinha Eliza, tudo isso impediu que o público do Viva pegasse gosto pelo programa, que deixou de ser exibido diariamente em 2020, exatamente quando o Doutor Renato Aragão completou 85 anos, voltando em exibições tapa-buraco, dos especiais natalinos e de homenagens a Roberto Guilherme e a Mussum... Acrescentamos que o Viva também apresentou alguns programas de humor estrangeiros, o Just For Laughs Gags, a atração canadense de pegadinhas que inspira boa parte da produção contemporânea de "Câmeras Escondidas" do SBT, junto com os anúncios de filmes e os "remakes" do Topa Tudo por Dinheiro feitos por razões de Gibe, porque as reprises resultariam em problemas com os herdeiros do saudoso Papai Papudo, Gargalhadas, um programa que não necessariamente refletia seu título, ao contrário do efêmero porém icônico Mister Bean, de 1990, 15 episódios que valem por 1.500, e as clássicas "sitcoms" estadunidenses A Feiticeira e Jeannie é Um Gênio, que saíram do ar quando houve em 2020 a unificação dos "streamings" dos canais da Globo em um só "player", depois incorporado a Globoplay, tudo isso, quando se faz a retrospectiva da história do canal, tão insólito quanto a transmissão dos desfiles de Carnaval de 2014 ou as reprises da Santa Missa em Seu Lar, que começaram com a emissora, em 2010 e seguiram até 2021...
 |
E A Grande Família provocava treta e confusão centre os noveleiros ao avançar sobre a faixa noturna de novelas... |
Apesar da mudança de nome do canal Viva ter sido noticiada pelo site do jornal O Globo no último dia 7 de maio, os sinais da alteração estavam presentes desde o início do ano, uma vez que a emissora paga não colocou no ar nenhum anúncio ou vinheta alusiva aos seus 15 anos de existência, apenas mantendo as peças publicitárias mostrando todos os tipos de fãs do canal (por mais imaginários que sejam...) ou que garantia a diversão com os programas de humor, ligeiramente modificada quando saiu do ar Escolinha do Professor Raimundo Nova Geração, as cenas com o humorístico deram lugar às da versão clássica, que não tem perspectiva de ser alocada na Multishow, ao contrário de A Grande Família, Toma Lá Dá Cá e Tapas e Beijos, e a programação seguiu seu fluxo normal de estreias de novelas... Em 6 de janeiro, aproveitando o Globo de Ouro ganho por Fernanda Torres, o Viva voltou a exibir Tapas & Beijos, chamada nos Estados Unidos de Slaps & Kisses, desde o Natal do ano passado, a serie tinha sido substituída por uma exibição adicional do Toma Lá Dá Cá após a novela O Segredo de Feriha, sendo que o humorístico já passava antes do dizi turco... No dia 13 de janeiro, dois programas da “Escolinha do Professor Raimundo” são a homenagem do Viva aos 9.0 do Doutor Renato Aragão, o do Véio como pai do Baltazar da Rocha, de 1990, e o salve de Didi, Dedé e Mussum nos 25 anos dos Trapalhões, em 1991, nada dos programas de Renato, e o Viva, além de Os Trapalhões, também exibiu A Turma do Didi e Aventuras do Didi, nem mesmo uma reapresentação do especial de tributo mostrado pela Globo foi programada... A primeira estreia de novela do ano acontece em janeiro, com Plumas e Paetês, de 1980 (reapresentada no Vale a Pena de Novo em 1983), em versão internacional, como a antecessora, Corpo a Corpo, mas ao contrário desta, mal recebida pelo público, que não perdoou nem as cores esmaecidas das cenas gravadas há 45 anos... Os Normais, série escrita em 2001 por Alexandre Machado e Fernanda Young, que tem Fernanda Torres e Luiz Fernando Guimarães nos papeis de Vanilce Alencar (Vani) e Rui Muniz dos Santos Oliveira, volta a ser exibida no período da manhã, depois de ter feito parte da programação do canal entre 2013 e 2018, e entre junho e agosto de 2021... Em 22 de janeiro, para assinalar a indicação de Fátima Regina, quer dizer, de Fernanda Torres ao Oscar ©, o Viva promove uma sessão dupla de Tapas e Beijos, fazendo A Grande Família (no caso, o episódio O Velhinho Pocotó, versão com a homenagem a Rogério Cardoso) se estender até 23h10, repetindo a situação que fez o publico das novelas pegar ranço de uma série que é unanimidade nacional... Pé na Cova é substituída em 28 de janeiro por Os Normais no horário das 17h30, mudança que durou apenas um dia... Em fevereiro, deixa de ser exibida Escolinha do Professor
Raimundo – Nova Geração, de 2015 e o Viva segue com a versão clássica,
produzida entre 1990 e 1995, apesar de um dos anúncios alusivos aos 100 anos do
Grupo Globo reunir cenas dos dois intérpretes do Cabecinha, Chico Anysio e seu
filho Bruno Mazzeo... A Escolinha não foi o primeiro programa de Chico mostrado
pela emissora paga, a primazia coube ao Chico Total, em maio de 2010, a atração
só apareceu meses depois, em outubro, quando o canal suprimiu a versão diária
do Sai de Baixo, sob a alegação que estava tirando audiência da Globo, apesar
do Viva nem fazer parte do pacote básico das operadoras de TV por assinatura na
ocasião... Outros programas com o humorista foram apresentados, O Belo e As
Feras, Chico City, Chico Anysio, o próprio Zorra Total, onde figurou em vários
quadros, como Rosto a Rosto, com Alberto Roberto, uma nova versão da Escolinha
e o Condomínio dos Vampiros, onde Bento Carneiro era o síndico, porém a versão
diária da Escolinha do Professor Raimundo de longe é o que fez mais sucesso no
Viva, formando uma trinca imbatível de sucesso com o Sai de Baixo e o Toma Lá Dá
Cá, apesar da emissora não ter passado quase 200 episódios, a maior parte de
1994 e 1995, porque a exibição sempre foi concentrada entre as temporadas de
1991 a 1993... Na véspera da entrega do Oscar ©, em 1º de março, o Viva estreia a série de humor Filhos da Pátria, ambientada na época da independência do Brasil e estrelada por Fernanda Torres e Alexandre Nero, numa maratona no sábado à tarde, tendo sequência na semana seguinte, depois do filme Ainda Estou Aqui ter ganho a estatueta de Melhor Filme Internacional... Dois dias depois, estreia a novela Caras e Bocas, de 2009, substituta de Cobras e Lagartos, de 2006, já mostrada no Vale A Pena Ver de Novo em 2014, e servindo para o Viva manter por perto o “fandom” do autor, Walcyr Carrasco, com direito a vinheta imitando as manchas de tinta que aparecem na abertura, trama em que não falta comédia pastelão e nem protagonistas animais tão ao gosto do novelista, chimpanzé Xiko, corre aqui... Em 21 de março, é exibido o último capítulo de Viver a Vida, de Manoel Carlos, autor que tem um público muito fiel entre os telespectadores do Viva, tanto que a rinha de Helenas entre Por Amor e Laços de Família que será realizada pelo novo canal junto ao público é uma sinalização da retomada do “loop” ensaiado com a exibição em sequência de A Sucessora e História de Amor para assinalar os 9.0 do autor... No dia 24, estreia Celebridade, de Gilberto Braga, novelista desprezado pela Globo no final da vida, mas que se manteve em cartaz no Viva com as recentes exibições de Paraíso Tropical, Força de Um Desejo e Corpo a Corpo, esquecida no churrasco por ter sido a antecessora de Roque Santeiro, e tome vinheta reproduzindo os holofotes da abertura da saga de Maria Clara Diniz e Laura Prudente da Costa... Em 26 e 28 de março, reaparece o Plantão Zorra Total, surgido em agosto de 2021, herdeiro da tradição do Viva de tapar buracos na programação com quadros de humor do Fantástico, tais como Retrato Falado, Sitcom.Br, As 50 Leis do Amor, Damas e Cavalheiros, O Super Sincero e Bicho Homem, exibindo quadros do programa de humor mostrado pela Globo entre 1999 e 2015 (sem contar a fase que foi apenas Zorra), que o Viva apresentou de 2016 a 2020, do primeiro ao antepenúltimo ano, o de 2013, também com a finalidade de evitar aparições de Marcius Melhem, demitido da Globo por razões de acusações de assédio sexual em 2019 (quando o Viva deixou de exibir Os Caras de Pau, programa em que fazia dupla com Leandro Hassum e tinha um supertime de atores coadjuvantes...), o canal registrou 30 esquetes na Ancine, porém além de ficar devendo sete deles, transformou o Plantão num “loop” da Lady Kate, nesses dois dias passaram os quadros da selva e o da ressaca de réveillon, até parece que ela "tá pagano" por isso, digo... Pé na Cova é substituída, agora em definitivo, por Chapa Quente, em 31 de março, em termos de programas com Miguel Falabella, o Sai de Baixo foi o grande sucesso dos primórdios do Viva, merecendo um “revival” em 2013, porém as reprises com cortes da Globo a partir de 2017 desgastaram a imagem da “sitcom”, que começou a ser rotulada como “datada”, e o Viva a tirou do ar no final de 2021, voltando a apresentar alguns episódios nas homenagens a Claudia Jimenez e Aracy Balabanian, o Toma Lá Dá Cá, que começou com uma exibição às sextas-feiras em 2012, não só apenas manteve-se como um grande sucesso mesmo com as tantas reprises de suas três temporadas, de 2007 a 2009, como passou a ser exibido diariamente, e a razão de dois episódios seguidos em sequência após o final da novela O Segredo de Feriha... Ah, sim, não custa lembrar que a primeira novela de Miguel, Salsa e Merengue, de 1996, foi substituída por Quatro por Quatro como substituta de Cara e Coroa, claro, nada melhor do que começar a nova era do canal com uma das primeiras novelas apresentadas na fase anterior, um sucesso muito maior que a implicância com seu autor, não por acaso, um dos programas da série Os Casais que Amamos era só sobre Babalu e Raí, Pedro Novaes incluso… Voltando á trama turca, ela sucedeu a conterrânea Fatmagul, que por sua vez veio depois do ciclo de novelas mexicanas iniciado com as clássicas Marimar, A Usurpadora e Maria do Bairro e encerrado com as contemporâneas Amar a Morte, de 2018, e Cair em Tentação, de 2017, foi, na realidade, como todas as tramas estrangeiras que a precederam, um corpo estranho no meio da faixa de humor, não só para o pessoal que curte comédia, mas para os noveleiros, que tem paladar infantil e só querem consumir certos produtos da Globo, o que é comprovado por outra invasão da faixa, quando tentaram retomar a exibição diária de minisséries em 2022, com A Casa das Sete Mulheres, Presença de Anita e Chiquinha Gonzaga, desistindo com O Quinto dos Infernos, tinham esquecido que o público do canal garrou ódio de Carlos Lombardi na exibição de Bebê a Bordo em 2018… Falando em formatos de teledramaturgia, Palhação Sonhos, a temporada de 2014 da “soap opera” estreou em 29 de abril, repetindo a fórmula do triângulo amoroso da temporada anterior, agora com as irmãs Bianca e Karina, Bruna Hamu e Bella Santoni, disputando o amor de Duca, papel de Arthur Aguiar, o próprio, mas com um esquema caro a autora Rosane Svartsman, que repetiu o modelo de protagonismo revezado da temporada de 2012, mas em versão masculina, com Duca, Pedro e Cobra, o Pãozinho, Rafael Vitti, antes da Tatá Werneck, chamando Karina de “Esquentadinha”, e Felipe Simas, agregando às protagonistas femininas a Sol de Jennifer Nascimento e trazendo de volta Léo Jaime como Nando, apesar da carpintaria promissora, Palhação, que era atração do Viva desde o primeiro dia do canal, em maio de 2010, quando estreou a primeira temporada da fase Múltipla Escolha, de 1999, não deve figurar na grade de programação do novo canal, tudo bem a temporada de 2014 está na Globoplay, mas assim como os humorísticos, ela será apenas uma lembrança viva na memória dos telespectadores... Ops!!!...
 |
Sinceramente, os prêmios de Fernanda Torres e Ainda Estou Aqui deram novo fôlego a Slaps & Kisses no Viva... |
Nenhum comentário:
Postar um comentário