Para quem estava sentindo falta, eis o balanço do BBB 25, não publicamos logo em seguida ao final da temporada pelo motivo de que no ano passado, Davi Brito, apesar de vencer sem a direção sabotar, teve seu pós-BBB inviabilizado um par de dias depois de ser anunciado como campeão do "reality", o que não é exatamente o caso da vencedora deste ano, Renata Saldanha, que acaba de voltar a Fortaleza com sua parceira de balé e de jogo, Eva Pacheco, para desfrutar da popularidade obtida regionalmente, o que inclui um anúncio da dupla para um dos grandes varejistas cearenses, a rede de drogarias Pague Menos... A conquista de Renata teve méritos, ela é a terceira mulher nordestina a triunfar no reality, a primeira cearense, e antes dela, os representantes do Estado nunca tinham passado do primeiro paredão que disputaram, porém a repercussão ficou um pouco abaixo do esperado pela direção, tendo em vista o investimento tanto da produção com a Vitrine, quanto dos patrocinadores do "Team Ballet"... A direção acreditou que com o "hype" em torno da campeã conseguiria declarar que o BBB25 foi um sucesso, porém isso aconteceria com um percentual muito expressivo, considerando o resultado dos últimos paredões, entre 65% e 75%, mais do que os 60,52% de Davi, que tinha uma torcida predominantemente orgânica, no BBB24, e nas duas categorias, porém o que veio foi um título com a faixa carimbada... Houve um momento em que a direção pensou em soltar a mão de Renata, ali pela eliminação de Eva, quando a campanha milionária e robotizada ficou muito escancarada, o ganho secundário também, o iFood fez publis por intermédio dos fãs-clubes da dupla de bailarinas, a debandada não aconteceu porque ainda havia quatro Camarotes na casa, e a meta principal da produção era impedir que alguém do grupo ganhasse o "reality", a direção também subestimou Guilherme porque ele e sua dupla, Dona Joselma, tinham pouca rodagem em paredões na comparação com as Renatas, para não correr riscos, preferiram dar impulso a uma torcida organizada, que tanto temiam nos Camarotes, a esperar que os torcedores orgânicos ganhassem musculatura, e o primeiro lugar no voto único na final mostrou que não era bem assim... A "banca digital" foi em boa parte responsável por essa expectativa que não virou realidade e deu lugar a frustração, ao exagerar nas exaltações a Renata, de modo a compensar o tombo que tomou com a eliminação de Diogo Almeida, seu "fav" anterior, reaproveitando os mesmos elogios, até a educação e a figura da mãe foram usadas a exaustão...
As contestações do resultado levaram a Globo a resguardar Renata, um documentário na Globoplay foi cancelado e uma entrevista já gravada e anunciada para o "Fantástico" acabou transferida de 27 de abril para 4 de maio, quando também será exibida uma participação no “Domingão com Huck”, a pretexto de dar espaço para a cobertura dos funerais do Papa Francisco, e Renata, que compareceu discretamente na plateia do "Show 60 Anos" da Globo, que pouco mencionou o "reality", apesar de ser o grande faturamento da casa (a saída do Bofinho tambem pesou...) já está reservada para o "Criança Esperança", pois a Edisca, projeto social que a introduziu no balé, é um dos beneficiados pela iniciativa, alis, também está claro que a precedência dada aos “financiadores de campanha” regionais é outra razão para essa performance um tanto quanto comedida da campeã, que e muito bem assessorada, indicando uma carreira de “digital influencer” nos moldes de Thelminha Assis e Amandinha Meirelles, e está indo bem na comparação com Davi Brito, que teve documentário, porém perdeu todas as publis que estavam acertadas quando conquistou o título porque o agente de sua namorada na época, tentou inclui-la nos contratos, e obviamente, o setor de agenciamento da Globo não quis pagar mais do que estava acertado, ainda mais diante de uma tentativa explícita de ganho secundário... Felizmente, o interesse pelos outros competidores do “reality” foi maior do que no ano passado, onde basicamente quem recebia pedidos de publis era a Bia do Brás, e Fernanda Bande por venda casada, depois de um tempo perceberam que o potencial maior era de Giovanna Pitel, que virou integrante da Rede BBB, de resto, Alane já estava acertada com outra empresa de agenciamento, embora sua chegada a Belém, mesmo sem ser finalista, tenha mobilizado mais gente que o retorno de Renata e Eva a Fortaleza, enquanto Alegrete e Cunhã eram visto apenas como fenômenos regionais, e nem foram colocados no centro do palco, como as duas bailarinas cearenses do BBB 25... Neste ano, as rejeições não tão altas ajudaram bastante, a dupla Aline e Vinícius tem trabalhado forte nas presenças VIP, Vinícius teve sua camisa laranja requisitada para um anúncio da Seara ®, a cor do patrocinador é a mesma da roupa, também gravou vídeo para o site Receitas da Globo.Com”, Dona Delma foi requisitada para anunciar a transmissão do show de Lady Gaga em Copacabana, e até dois Camarotes, a dupla de “Anta Gonistas” Diego Hypólito e Vitória Strada, vai parar na publicidade do MC Donald’s ©, alis, a irmã do ex-ginasta, a também atleta Daniele Hypólito não entra na conta, por que ela já era comentarista da Sportv antes do BBB, tanto que juntou-se aos seus colegas de bancada na homenagem ao esporte e suas respectivas transmissões, feita no show de 60 anos da Globo... Entretanto, nesse meio o sol não nasce para todos, e agenciadora da Globo já anunciou os ex-competidores dispensados, as duplas Arleane e Marcelo, Edy e Raissa, Camilla e Thamiris, Gabriel e Maike, além de João Gabriel e de uma Camarote, Dona Vilma, a mãe de Diogo Almeida, quase todos eles, em algum momento da temporada pagaram de vilões, a principal exceção é a dupla do circo, mas aí a hipocrisia define, na época da eliminação foram usados para desmoralizar Vitória Strada, que estaria destruindo o sonho de dois Pipocas (com apoio de Juliette, a maior Pipoca campeã do “reality”...), narrativa resgatada no paredão em que Vitória saiu (e Juliette já declarava simpatia pelos dois Pipocas finalistas, os nordestinos Guilherme e Renata...), não que isso implicasse em ajudar a dupla a consertar o circo, mas eles conseguiram recursos, e o fim do contrato de certa forma é um livramento, porque apareceu a mesma queixa ouvida por ocasião da dispensa dos Pipocas ano passado, os preços cobrados pela agenciadora ligada a Globo desestimulam os contratantes exatamente na época que os ex-BBBs são mais procurados para publis e presenças VIP, nas semanas que se seguem ao fim da temporada...
Terminada a temporada, surgem as sugestões para salvar o “reality”, apesar do rumor de encerramento da atração, acompanhado da especulação sobre a troca de apresentador, o vínculo com a Endemol, dona do formato, para a realização do BBB, vai até 2028, e a princípio, Tadeu Schmidt ainda vai apresentar o BBB26, embora durante a temporada tenham surgido comentários que Thiago Oliveira, integrante da Rede BBB e que comandou algumas ações de “merchandsing” na casa este ano, assumiria o posto, o primeiro negro a apresentar o “reality”, antes de Paulo Vieira, também já cotado para o cargo, junto com Ana Clara, no show dos 60 anos da Globo, o stand-up de Fábio Porchat, do próprio Paulo e Tatá Werneck evocou a versão de que Marcos Mion não teria substituído Tiago Leifert na apresentação do programa porque era muito identificado com a Record e o concorrente “A Fazenda”, uma história meio datada, mas a presença dos três humoristas fazendo um número repleto de piadinhas internas usando figuras clássicas da comédia na emissora como escada via chamada de vídeo, reflete uma estagnação do humor global que já tem mais de meia década, desde o fim do “Tá no Ar”, da conturbada saída de Marcius Melhem, da pandemia que levou Paulo Gustavo e da aposta da direção de que o Bozo ia reeleger-se, e a agora na conspiração contra o Luis Inácio, menos pelo conteúdo e mais pela identificação dos humoristas envolvidos com o petismo, Paulo é um dos principais interlocutores do Luis Inácio no meio artístico, mas, enfim, nosso assunto é o “reality” e as ideias de mudança, uma delas, alis, já foi implantada ano passado e sofreu severas críticas nesta temporada, o voto único por CPF, devido a divergências com o voto de torcida que aconteceram até na finalíssima, no BBB24, só houve diferença no primeiro paredão, e apesar da direção não ter conseguido tirar Yasmin Brunet logo de cara, a mobilização orgânica em torno de Davi Brito impediu novas discrepâncias, agora, o mesmo argumento usado para adotarem o voto único, a influência das torcidas organizadas (e robotizadas...), foi usado para defender o voto de torcida, simplesmente porque nas 23 primeiras temporadas era o único existente (na verdade, podia-se votar a vontade...), a questão é bastante complexa, a configuração do jogo, o famoso “arrumadinho”, é para gerar uma, no máximo duas, torcidas mais expressivas que multipliquem os números da votações, isso só passou a ser problema para a produção quando fugiu de seu controle com os cactos de Juliette (não por acaso o Team Ballet foi atrás de outro vencedor que quebrou a “matrix”, Arthur Aguiar, para se apresentar como anti-sistêmico, o que não era, inclusive quanto a postura da direção, quase sempre de apoio...), porém a “carimbada na faixa” de Renata, assim como os paredões em que votos não bateram, evidenciou a real razão da direção ter implantado o voto por CPF, é possível obter o resultado desejado para segurar ou evadir aquele competidor estratégico com uma fração muito menor de votos, então é por isso que seria mais fácil a direção acabar com o voto único e não com o voto de torcida, da mesma forma que em cinco anos, o comparecimento do grupo Camarote, que era uma solução, transformou-se em um grande problema... O sistema de voto por CPF se juntaria a outras mudanças, implantadas ou não, deixadas para trás, o melhor exemplo é o voto para ficar, usado nos primeiros paredões do BBB24 e completamente esquecido na temporada deste ano, a razão real era a mesma, a dificuldade de levar adiante concorrentes essenciais para o controle do jogo que não costumam ter aporte de torcida, no BBB25 o “twist” não foi usado nem no início, nem durante a temporada, este ano usaram um sistema de “cunhas” para conduzir o jogo interno, e foram em frente com as Renatas, que tinham o maior potencial de mobilização entre as duplas do esquema (Aline e Vinícius, Camilla e Thamiris, Eva e Renata), Aline e Vinícius até demonstravam muita organização, porém o foco era em Aline até sua eliminação, também se comentou que o voto para ficar supostamente favoreceria Vitória Strada, e dar moleza ao Camarote estava fora de cogitação da parte do novo “Big Boss”, também é razoável imaginar que daria fôlego aos irmãos Hypólito, lembrem de Yasmin Brunet ficando lá no comecinho da edição anterior, e esse ano, nenhum Camarote foi enquadrado na categoria “malvadão”, Gracyanne Barbosa, vá lá, é que Diogo não ficou tempo o bastante para resolver a rivalidade mal-traçada pelo Quarto Secreto, todavia nada comparado ao cancelamento dos Camarotes do ano passado, vide agregação de ranço por meio do “mutirão do Rodriguinho”... Alis, a proposta do fim do Camarote volta a ganhar força, depois de ser salvo pelo gongo pela troca do “Big Boss”, o grupo era solução no BBB 20, começou a virar problema com as polêmicas do BBB21, virou meta do diretor de núcleo no BBB22 e foi inviabilizado no BBB24, assim como no ano passado, que a disputa em duplas era o pretexto para a extinção do Camarote, agora é a entrada de ex-BBBs na disputa, que também compensaria o fato de não terem realizado uma temporada “all-stars” neste ano (a disposição do Douradão de não arriscar-se no primeiro ano no comando do “reality” explica muita coisa...), um “twist” já testado e reprovado, mas que funcionaria como uma transição para um BBB só de Pipocas, como era até 2019, na temporada de 2027, quem sabe com um novo apresentador... Outra mudança prometida e nunca concretizada é a volta da plateia nos paredões, este ano até fizeram um simulacro de público na final, colocando poltronas no gramado para acomodar os eliminados, as atrações musicais e o time da Rede BBB, porém nem de longe é a mesma coisa, inclusive no que diz respeito à verba necessária para trazer as caravanas que compareciam na plateia, que ainda por cima estragavam paredões falsos e transmitiam informações sobre a popularidade dos competidores com sua vibração nas arquibancadas, a direção era menos flexível com essas interferências... Ops!!!... Um caso exemplar de modificação que não deu pé é o reajuste do prêmio principal, é certo que a dinâmica desse ano, o Pegar ou Guardar, não contemplava a diminuição do prêmio, como no Bota pra Girar no Modo Stone ®, que dava margem ao muquirana do Bofinho reduzir o valor quando não ia com a cara do favorito da vez, entretanto também não aumentou significativamente a quantia paga ao campeão (e os valores pagos ao segundo e terceiro colocados seguem sem reajuste, um estímulo ignorado...), a grande promessa de elevar o prêmio para 3 milhões de reais ainda não foi cumprida, os números não mentem, Amandinha Tadeu ganhou 2,88 milhões de reais, Davi Brito recebeu 2,92 milhões e Renata Saldanha faturou 2,72 milhões de reais, aí as mesmas pessoas que ficam reclamando que os prêmios de ações, provas e patrocinadores desestimulam a competição dentro da casa ficam somando apartamentos, carros e caixas de amaciante para fazer o prêmio passar de 3 milhões... Ops de novo!!!...
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