segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Jogos de 2016 (XIII): É duro ser o ET na abertura paralímPICA...

Pira paralímPICA acesa, Kenji, Melancia e Pancada entram no ritmo de Roberto e Erasmo... "É duro ser o ET!!!"...




















































(Publicado originalmente em 7 de setembro de 2016...) O dia 7 de setembro é um feriado nacional no qual é comemorado a Independência do Brasil, proclamada em 1822 pelo príncipe Dom Pedro I na região das margens do Ipiranga, em São Paulo... Ainda assim, o Doutor Kenji e o internauta Chico Melancia trabalharam intensamente para comparecer à abertura dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, no estádio do Maracanã, desde o embarque no ônibus do Expresso do Sul no Terminal Rodoviário Tietê... Nossos colegas de rede estão acostumados a percorrer a Via Dutra de madrugada para desembarcar no começo da manhã no Terminal Rodoviário Novo Rio, onde Melancia não dispensa aquele cafezinho para o despertar... A novidade para os internautas é comprar o Riocard alusivo aos Jogos do Rio e embarcar no moderno Veículo Leve Sobre Trilhos – VLT – para chegar até a Avenida Rio Branco, na altura do Largo da Carioca, e embarcar na ampla estação Carioca do Metrô Rio, uma das primeiras a serem inauguradas no sistema da cidade, em 1979... Para Chico, a estação tem uma aura diferente, porque serviu de locação para a novela “Além do Tempo”... Nosso companheiro de web podia sentir a presença de Rafael Cardoso, quer dizer, de Felipe Santarém, nas plataformas, atento para pegar o trem até Pavuna e evitar o que vai para Uruguai, ou mesmo de Alinne Moraes, ou melhor Lívia Beraldini, dentro do trem... Claro que ele e Kenji estão mais para Valéria e Janete do “Metrô Zorra Brasil” do “Zorra Total”... Ops!!!...  O destino dos dois internautas era a estação de São Cristóvão, pois precisavam fazer o “check-in” do hostel na região da Avenida Paula Souza, atrás do Maracanã... A abertura dos Jogos Paralímpicos pedia uma hospedagem especial e nossos colegas de rede reservaram uma suíte-contêiner, com vista para a Avenida Maracanã e o estádio... Bem dispostos para a abertura paralímPICA, a dupla tomou um café da manhã reforçado no hostel e voltou para o metrô de São Cristóvão, vide passarela da Supervia, com o objetivo de conhecer o Parque Olímpico da Barra... O roteiro já era conhecido, metrô até a estação Vicente de Carvalho e BRT Transcarioca para a Barra, uma parada antes da estação Parque Olímpico, que só será aberta depois dos Jogos, Eduardo Paes... Ninguém questionou Kenji e ele fotografou o morro na região de Vicente de Carvalho e Melancia aproveitou para dar um cochilo no Neobus Mega BRT articulado – em pé... Chegando ao Parque, que não estava aberto, os internautas conheceram uma voluntária da parte operacional dos Jogos... Que recomendou a ambos os dois que comprassem ingressos para o goalball, que é disputado pelos portadores de visão reduzida... É aí que fomos surpreendidos novamente quando Chico disse que já havia reservado ingressos para a modalidade, que será disputada na Arena Carioca 2... Para retornar ao hostel, os internautas pensavam em tomar o BRT no Terminal Centro Olímpico / Morro do Outeiro até a estação Jardim Oceânico, onde fariam o “test-drive” da  recém-inaugurada Linha 4 do Metrô Rio, que segue até Cantagalo, na região de Copacabana...  No entanto, o acesso à nova linha – que na verdade é uma extensão da Linha 1, que vai de Cantagalo até Uruguai, na região da Tijuca – era permitido apenas aos portadores de ingressos para os Jogos... Nada que o Doutor não pudesse resolver chamando um táxi para o Corte do Cantagalo, aproveitando para conversar com o motorista sobre a coleção de moedas comemorativas dos Jogos... No retorno a São Cristóvão, a passarela da estação da Supervia já está vigiada por soldados do Exército armados... Para comparecer ao Maracanã, é melhor não esquecer os ingressos, digo... Vencida a fila para a entrada e seus procedimentos de segurança, Doutor Kenji sobe as rampas do Maracanã olhando fascinado para baixo, onde atletas e artistas aguardam o momento para entrarem no gramado e fazerem a festa da abertura... Aqui os dois internautas se separam, já que na hora de adquirirem os ingressos, não tomaram o cuidado de pedir dois lugares próximos... Pois é, não é... 



















Apesar da economia de papel picado, sentir a pira paralímPICA de perto é uma sensação inigualável... Ops!!!...






















































O “esquenta” da cerimônia de abertura dos Jogos é feito não por Regina Casé, mas por Fernanda Lima e Marcelo Rubens Paiva, que é cadeirante e escreveu o roteiro do espetáculo... A “guria” foi pensada pela Globo para ser a cara da emissora nos grandes eventos esportivos que o Brasil receberia em 2014 e 2016... Mas depois que a Globo trabalhou abertamente pela queda de Dilma Rousseff, consumada entre os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos, Fernanda se viu obrigada a mudar seu discurso, que terminou enfatizando a palavra democracia... Faz sentido... A cerimônia propriamente dita começa com um vídeo em que o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, o inglês Phillip Craven, viaja com sua cadeira de rodas pelo Brasil até chegar ao Rio de Janeiro... Antes de consultar o programa da abertura, Melancia imaginou que o vídeo fosse estrelado por Jô Soares... Se bem que... O apresentador do “Programa do Jô” não é cadeirante, e em nenhum momento ele repetiu o bordão do personagem Décio, do “Viva o Gordo”... “Não se deprecie, mulher!!!”... Ops!!!... Começa a contagem regressiva e ao terminar, o dublê Aaaron Wheelz, desce uma rampa com sua cadeira de rodas e atravessa um imenso número zero... Enquanto o Doutor Kenji tentava entender o simbolismo por trás da apresentação, no gramado é feita uma reverência à invenção da roda, vide roda de samba com cadeirantes... A trilha sonora nesse momento ficou a cargo de Diogo Nogueira, Hamílton de Holanda, Maria Rita, Monarco, Pretinho da Serrinha e Xande de Pilares, internauta, Pedro Henrique...  Aqui Melancia lembrou da operação especial de Carnaval da SPTrans, levando o público e os componentes das escolas de samba para o Sambódromo na região do Anhembi... Projeções holográficas ajudam a recriar o ambiente das praias cariocas, ao som de “Aquele Abraço”  – não, Doutor, aqueles vendedores de mate são apenas simbólicos...  A projeção de uma piscina serve para introduzir o vídeo com o nadador Daniel Dias... E tome funk para agitar a torcida... A bandeira brasileira é trazida por Roseane Miccolis, herdeira de um pioneiro do esporte paralímpico no país, Aldo Miccolis... Na hora do hasteamento, Doutor Kenji com a mão no peito, o Hino Nacional Brasileiro é tocado no piano por João Carlos Martins, o próprio... Que devido a problemas de saúde que comprometeram os movimentos de sua mão, tornou-se maestro... Isso porque já era um Mestre, integrante da torcida da Burra do Canindé, digo... O desfile das delegações começa, e embora o internauta Chico Melancia considere esse o momento menos interessante da cerimônia – tanto que aproveitou o tempo para fiscalizar as instalações sanitárias do Maracanã, comprar um copo comemorativo da Coca-Cola © e tentar pechinchar no preço das lembrancinhas – o Doutor Kenji ficou com a música instrumental que introduzia cada um dos países na cabeça, uma tecnobrega a cargo do DJ João Brasil... Os primeiros a desfilar foram os atletas paralímpicos independentes – a maioria da Rússia, que foi banida como nação dos Jogos devido ao escândalo de doping, Vladimir Putin... Isso explica ao Melancia porque havia poucos russos e russas na região do Maracanã, em comparação com a abertura dos Jogos Olímpicos... Apesar da exclusão da Rússia, a delegação da Bielorrússia desfilou com a bandeira do país, em protesto contra a decisão do Comitê Paralímpico Internacional... Quando a delegação do Japão foi introduzida no gramado do Maracanã, Kenji se emocionou e fez questão de postar uma foto de seus conterrâneos desfilando no Facebook ©...  O locutor oficial do desfile deu uma derrapada ao confundir a delegação do Níger com a da Nigéria... Uma falha imperdoável, segundo o internauta Pedro Henrique, digo... O Brasil encerra a apresentação dos atletas com a bandeira nacional levada pela campeã paralímpica de arremesso de dardo Shirlene Coelho... Cada um dos 176 países trouxe uma peça para um quebra-cabeça que, no final do desfile, formou um grande painel em forma de coração, com o rosto de todos os mais de 4 mil atletas presentes aos Jogos...  Que graças aos focos de luz, começa a pulsar no gramado... Artes de Vik Muniz, que Melancia conhece da abertura da novela “Passione”... O presidente do Comitê Organizador dos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, discursa e dá a deixa para as vaias ao mencionar a contribuição dos governos municipal, estadual e federal para a realização da competição... Sendo que os apupos dirigidos a Nuzman já tinham acontecido na abertura dos Jogos Olímpicos, em agosto... O próprio discurso é de Jô Soares, ou melhor, de Philip Craven... Que passou a palavra ao presidente da república... Mais uma vez, o “presidento” Michel Temer tentou fazer segredo sobre o seu comparecimento ao Maracanã até o último momento, para tentar esconder as circunstâncias que o levaram a alcançar a presidência... Mas bastou Temer ser chamado para declarar que os Jogos estão abertos e ele voltou a ser vaiado pelo público que compareceu ao Maracanã... Nesse momento, o internauta Chico Melancia, sempre muito bem informado sobre os acontecimentos políticos do país, apesar de não ter feito objeções ao impeachment de Dilma, fez questão de puxar o coro de “Fora Temer”... Afinal, o que custa realizarem novas eleições, não é mesmo???...



















Quando a delegação japonesa penetrou no Maracanã, o Doutor Kenji vibrou muito... Ops!!!...



















































Uma chuvinha no gramado do Maracanã e as apresentações recomeçam... Os sentidos dos paratletas são representados  por bailarinos vestidos de preto,  erguendo bastões luminosos brancos – nem é preciso dizer que Kenji ficou impressionado com tanto gente segurando o pauzinho.... Ops!!! – e uma dupla de dançarinos com visão reduzida, Renata Maria Fonseca e Oscar Martins, dançam em um piso tátil, que pelas observações do internauta Chico Melancia, segue os padrões estabelecidos pela SPTrans...  Em suas evoluções pelos gramados, os dançarinos formaram desenhos de jangadas, os pictogramas representando cada uma das modalidades dos jogos paralimpicos e o próprio símbolo do paralimpismo... E eis que o pavilhão paralímpico penetra o gramado do Maracanã trazido por crianças com paralisia cerebral atendidas pela AACD e acompanhadas de seus respectivos pais, andando em pares graças a um sistema conhecido como “Bota no Mundo”... Não estamos na época do Teleton, mas Melancia sentiu o próprio Silvio Santos e até cantarolou uma versão do tema da maratona beneficente televisiva... “Depende de nós... Quem deu o toba ainda criança... Quem é velho e libera a poupança”... Ops!!!...  Enquanto os telões exibem imagens de edições anteriores dos Jogos, a bandeira paralímpica é hasteda, ao som do respectivo hino... Mais interessante que o olímpico, pensa o Doutor...  Seguem-se os juramentos... O dos atletas, feito pelo nadador  Phelipe Rodrigues, o  dos técnicos pelo treinador de atletismo Amaury Veríssimo e o dos árbitros por Raquel Daffre... Agora, juras de amor sinceras foram feitas pelo internauta Chico Melancia quando a atleta estadunidense de snowboard Amy Purdy, com próteses nas duas pernas, começou a dançar no gramado usando um figurino produzido pela estilista israelense Danit Peleg em uma impressora 3-D... A performance de Amy, que já havia conquistado o mundo na “Dança dos Famosos”, quer dizer, no “Dancing With The Stars”, fascinou o Melancia... “Ela é meu número”, repetia a todo o instante...  No caso de Kenji, ele ficou impressionado com seu parceiro de dança, Kuka... Um braço robótico, igual aos que existem nas linhas de montagem das indústrias automobilísticas japonesas... Chega a hora do momento mais aguardado pelos internautas – a tocha... Ops!!!... Quem introduz a tocha paralímpica no estádio é o velocista Antônio Delfino, medalhista em 2004... Que a entrega a Márcia Malsar, primeira campeã paralímpica brasileira, em 1984... Que conduz a tocha com grande dificuldade, apoiada em uma bengala... Até que, em um momento de grande tensão – nós dissemos tensão!!! – a  chuva faz ela escorregar, derrubar a tocha e cair em seguida... Com grande dificuldade, Márcia se levanta, socorrida por voluntários, e entrega a tocha a velocista Ádria Santos, que perdeu completamente a visão aos 20 anos e ganhou 13 medalhas paralímpicas... Que por sua vez, a repassa ao nadador Clodoaldo Silva, mais conhecido como “Olha o Tuba!!!”, quer dizer, Tubarão...  Ganhador de treze medalhas em Jogos Paralímpicos – seis de ouro - o nadador aparentemente terá que vencer uma escada para acender a pira... O que seria um grande problema, porque ele é cadeirante... Porém, a escada rapidamente se transformou em uma rampa – mais uma vez os padrões de acessibilidade da SPTrans foram cumpridos à risca, Chico – e o atleta pode subir até a pira e acendê-la... O papel picado cai sobre o público do Maracanã, em menor quantidade do que na abertura dos Jogos Olímpicos, e para a alegria do internauta Pedro Henrique, Seu Jorge, o próprio, canta “E vamos a luta” – que Melancia conhece de seus rolês por pontos finais de linhas de ônibus em São Paulo como “Eu Acredito é Na Rapazida”, vide abertura da novela “Duas Caras” -  “É Preciso Saber Viver”...  Música para a qual Pancada fez uma versão chamada “É Duro Ser o ET”, em homenagem a Cláudio Chirinhan, o ET da dupla com Rodolfo, consagrada no “Domingo Legal” do SBT, nos tempos em que era apresentado por Gugu Liberato... Para Pedrinho, o comparecimento de Seu Jorge é uma chance de apreciar o seu grande talento e também se constatar sua superação pessoal, já que ele chegou a viver como sem-teto na região do Maracanã, antes de conseguir uma chance na Companhia de Teatro da UERJ, vide rampa...  O internauta Chico Melancia, por sua vez, ficou satisfeito porque enfim  os organizadores dos Jogos fizeram justiça a Roberto Carlos, pois ao contrário do Doutor Kenji, que atribuiu a autoria da música a Nando Reis, por causa da versão dos Titãs, ele sabe muito bem que a canção foi composta por Roberto e Erasmo Carlos, vide Rua do Matoso, em 1968... Terminada a cerimônia de abertura, nossos colegas de rede descem as rampas do Maracanã exibindo os copos comemorativos da Coca-Cola © como prova de que sobreviveram ao espetáculo... Kenji também aproveitou para realizar um sonho e fazer uma foto com a moça do pauzinho de fogo... Ops!!!... A festa terminou, mas os internautas ainda tinham um importante compromisso agendado...  Um reencontro com Pancada na pizzaria Parmê, na região da Rua Afonso Pena, na Tijuca, onde repetiram juntos o seu grito de guerra - Parmê não!!!... Ops!!!!...























Copos comemorativos simbolizam a grande vitória de sobreviver a abertura paralímPICA...

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