sexta-feira, 17 de julho de 2020

Saga OlímPICA (III): Romário, Hortência, Cornelius e Bean Olímpicos...

- Brasil e União Soviética vestindo Adidas (C)... Assim fica difícil de escolher para quem torcer...













































(Publicado originalmente em 22 de julho de 2016...) A Coreia do Sul passou por enormes provações antes de sediar os Jogos Olímpicos de 1988 em Seul... Deixou isso bem claro no momento em que a pira olímpica foi acendida por Sohn Kee-Chung... Que venceu a maratona olímpica de 1936 competindo com o nome de Kitei Son pelo Japão... Que ocupava militarmente a península coreana... Por falar em confrontos, Estados Unidos e União Soviética deixaram os boicotes de lado e partiram para as disputas – inclusive no futebol, onde os soviéticos venceram por 4 a 2... Alis, já que o ludopédio foi mencionado, parecia que desta vez o Brasil chegaria lá... Ainda sem a restrição de idade – a participação era vedada a quem tivesse disputado Copas do Mundo – o time de Carlos Alberto Silva conseguia a proeza de juntar Bebeto, Romário e José Ferreira Neto (OG), o maior camisa 10 peixeiro de todos os tempos... No gol , Cláudio Taffarel deu show, defendendo um pênalti no tempo normal e outro nas cobranças alternadas da semifinal com a Alemanha “Occipital”... Galvão Bueno nem precisava dizer... “Vai que sua, Taffarel!!!”... A finalíssima com a União Soviética era a decisão dos sonhos do internauta Chico Melancia... Tanto brasileiros quanto soviéticos vestiam Adidas ©... Romário abriu o placar, de cabeça, aos 29 minutos do primeiro tempo...  Dobrovolski empatou convertendo pênalti, aos 17 minutos da etapa final... Na prorrogação, aos 14 minutos do primeiro tempo, Savitchev encobriu Taffarel e garantiu o ouro dos soviéticos... Ninguém mais aguentava a música “Força Brasil”, que tocava nos intervalos dos jogos – alguns rebatizaram a canção de “Forca Brasil”... Restou a Neto (OG) ficar se perfazendo com a medalha de prata no Instagram ©, muitos anos depois... A única medalha de ouro brasileira foi conquistada pelo judoca Aurélio Miguel, uma figura polêmica – especialmente depois que tornou-se vereador em São Paulo... Da parte do internauta Pedro Henrique, até hoje ele lamenta o doping do canadense Ben Johnson, que o fez perder a medalha de ouro que havia conquistado nos 100 metros ao correr impressionantes 9 segundos e 79 centésimos – mais impressionante, só Galvão Bueno perplexo com a partida de Robson Caetano nessa mesma prova... Não que nosso colega de rede não se apeteça com Carl Lewis, que herdou o primeiro lugar, mas a partir de então, toda pessoa que fica chapada o pessoal diz... “Tá Ben Johnson”... O mascote dos Jogos de 1988 era Hodori, um tigrinho bigodudo... O “massacote” de Barcelona, em 1992, o cãozinho Cobi, fez mais sucesso no Brasil... Graças a uma série de desenhos animados exaustivamente exibida pela TV Cultura... O Brasil, que nos tempos de Sarney, ganhou seis medalhas, viu seu número de conquistas cair para três sob a gestão de Collor e PC Farias... Talvez por isso o número de medalhas de ouro tenha dobrado... Uma delas ganha pelo judoca Rogério Sampaio, hoje secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem... A influência de Michel Temer na Baixada Santista não se resume apenas à Companhia Docas, digo... A outra, pelo vôlei masculino, Zé Roberto, a primeira de uma equipe de esporte coletivo do Brasil... Popularizando o grito de guerra “em cima embaixo puxa e vai”, em uma torcida que tinha o reforço de ninguém menos que Roberto Marinho... Isso depois que Pedro Bial deu umas instruções a Deus, quer dizer, informou ao presidente das Organizações Globo onde era o ginásio... Saudades da época em que o Mestre tinha um caderno com a foto de Giovane Gavio... E adorava aquela vinheta com o Beto Simas pelado, digo... Da medalha de prata, nosso internauta-mor prefere não comentar, uma vez que foi conquistada por Gustavo Borges, que tirou dele o recorde no “Desafio Bandeirantes”, vide lambança na cronometragem... Já o internauta Pedro Henrique também ficou satisfeito com o ouro do vôlei, tanto que sonhava com o vídeo da série “Manual Show do Esporte” sobre vôlei, apresentado por Marcelo Negrão... Agora, o que levou Pedrinho  ao êxtase foi o Dream Team do basquete masculino dos Estados Unidos, vide Magic Johnson, Michael Jordan, Patrick Ewing, Charles Barkley, Scottie Pippen... O Mestre, por sua vez, não via tanta graça nos cestinhas estadunidenses... Não que fosse fã de Oscar Schmidt – que viu o Brasil perder de 127 a 83 para o Dream Team – mas pela saudade que sentia da União Soviética, substituída pela Comunidade dos Estados Independentes, a CEI... Um sentimento compartilhado por João Havelange, que até ficou doente e sumiu do mapa durante os Jogos, levando a articulação de uma candidatura de oposição à presidência da FIFA, Joseph Blatter... Ops!!!...  Isso porque no futebol o Brasil não passou do Pré-Olímpico... E o ouro, já com restrição etária, ficou com a Espanha de um certo Pep Guardiola...

















- Pô, Hortência!!!... Nós avisamos que íamos comparecer aos Jogos para te ver bem de pertinho!!!...












































O Brasil sentiu-se a própria potência olímpica nos Jogos de Atlanta, em 1996... Não só porque o novo presidente do COB, Carlos Artur Nuzman pretendia sediar a competição em 2004 – vide vídeo promocional com o Tiririca – mas devido à conquista de 15 medalhas... Três delas de ouro... A primeira das mulheres, no vôlei de praia, com Jackie e Sandra...  Numa inédita, e por enquanto única, final brasileira, com Adriana Samuel e Mônica... Isso é para todo mundo que zoava com o Mestre quanto ele torcia para Sinjin Smith e Randy Stoklos nas transmissões do Mundial de Vôlei de Praia nas manhãs dos finais de semana na Globo...  Então é por isso que ele só levava roupa da ACE quando ia na C&A de Santo André... Outro momento de grande emoção com o esporte feminino para nosso internauta-mor foi a medalha de prata do basquete feminino... Inclusive, nosso companheiro de web estava lá, cumprindo uma promessa que fez a Hortência quando ela embarcou para os Jogos Olímpicos de 1992... Isso é amor antigo... As duas outras medalhas de ouro ficaram com os velejadores Marcelo Ferreira e Torben Grael – classe star – e Robert Scheidt – classe laser... Ah, o Bingo Augusta... O mais movimentado na rua em que era gravado o “Sai de Baixo”... Pula o bronze do futebol, em que entramos pelo Kanu, digo...  Melhor o bronze do vôlei feminino, em um tempo que Ana Paula Connely não defendia o impeachment, e Mireya Luis não largava o ouro, digo... A prata e o bronze de Gustavo Borges na natação  também são assuntos incômodos para o Mestre... O bronze de Fernando Scherer, nem tanto, mas só depois que “Xuxa” pegou a Sheila Melo, digo...  Orlando Duarte corneta a organização dos Jogos de Atlanta, que prometeu mundos e fundos para desbancar Atenas como sede – ser a sede mundial da Coca-Cola © também ajudou – mas que acabou metendo os pés pelas mãos durante as disputas, em termos de transporte, notificação de resultados e voluntariado... Vide bomba no Parque Olímpico, um morto e 117 feridos... Nem o fato de Muhammad Ali ter acendido a pira olímpica serviu de compensação...  Função que coube à aborígene Cathy Freeman em Sidney, em 2000, num acerto de contas da Austrália com seu passado...  Já o Brasil, depois da euforia do Plano Real, vivia momentos difíceis no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso... Tanto que das 12 medalhas conquistadas, nenhuma era de ouro... O futebol sequer chegou perto do pódio, Luxa, vide eliminação para Camarões... Nem Robert Scheidt e tampouco os judocas Carlos Honorato e Tiago Camilo conseguiram comparecer ao alto do pódio, limitando-se à medalha de prata... Nem mesmo Renato Aragão, quer dizer, a Shelda do vôlei de praia, obteve ouro... Para contornar o fiasco – e não perder os incentivos fiscais governamentais ao esporte, que começavam a ganhar força nessa época – o COB induziu os jornais a não classificarem os países no quadro de medalhas (sempre um indicador extra-oficial...) pelas medalhas de ouro, mas sim pelo total de medalhas obtidas... Agora, o maior símbolo da decepção brasileira seria o cavalo Baloubet Du Rouet... Que refugou três vezes na final da competição de saltos, deixando o cavaleiro Rodrigo Pessoa na mão...  Assim a edição extra que o Poliana soltava no período da tarde no Brasil, para compensar o fuso horário australiano, não vendia... Pior, só “Placar”, com aquele papo de “Nossa Melhor Olimpíada” – uma patriotada feita com quatro anos de atraso... 
















Vanderlei Teixeira de Lima, o popular Teixeirinha, liderava a maratona até encontrar com o mito Cornelius Horan...
















































O vôlei masculino voltou ao alto do pódio nos Jogos de 2004, em Atenas, Bernardinho... Campanha acompanhada de perto por Galvão Bueno – que não estava na Globo em 1992 – e pelo internauta Pedro Henrique... Que exercia múltiplas funções na capital grega... Animador de torcida nos jogos de vôlei, ao lado de seu amigo “Homem-Grito”, transportador do barco de Robert Scheidt – ouro na classe laser da vela – sparring do judoca Carlos Honorato, carregador das sapatilhas do saltador Jadel Gregório, incentivador do protesto do lutador de taekwondo Diogo Silva, monitor da lan house da Casa Brasil, acompanhante do ator Bruno de Lucca nas baladas atenienses, repletas de futebolistas iraquianos e jogadoras de handebol húngaras... Diz a lenda que ele até conheceu Priscila Fantin pessoalmente, vide bicos para a produção do programa “Mundo Afora”...  Pedrinho também estava no estádio Panathenaic, esperando pela chegada da maratona... Ele e os demais torcedores presentes não sabiam que o brasileiro Vanderlei Teixeira de Lima, o popular “Teixeirnha”, liderava a maratona... Isso até o seu percurso ser interrompido por um fã do piloto de Fórmula-1 Rubens Barrichello, que pensou estar diante de seu ídolo... Ele mesmo, o padre irlandês Cornelius Horan, uma das primeiras celebridades do Orkut (Beta)... “Teixeirinha” conseguiu desvencilhar-se de Horan, ajudado por algumas pessoas que acompanhavam as provas, e ainda conseguiu a medalha de bronze... Quem também deu a volta por cima foi o cavalo Baloubet Du Rouet, já que Rodrigo Pessoa conquistou ouro na prova de saltos do hipismo... Um ano depois dos Jogos, quando se confirmou o doping do cavalo vencedor, Waterford Cristal, montado pelo irlandês Cian O’Connor, que perdeu a medalha de ouro, entregue ao conjunto brasileiro, que havia ficado em segundo lugar...  Assim, das dez medalhas obtidas pelo país na Grécia, cinco eram de ouro – contando aí com as de Torben Grael e Marcelo Ferreira na vela e de Ricardo e Emanuel no vôlei de praia, Leila...  Claro que não podemos nos esquecer de mais uma prata de Shelda e Adriana Behar, da primeira medalha do futebol feminino, e dos bronzes dos judocas Flávio Canto – o próprio – e Leandro Guilheiro... Não deu, Daiane dos Santos, a qual o internauta Pedro Henrique sempre confundia com Ronaldinho Gaúcho, apesar do futebol masculino outra vez ter ficado no Pré-Olímpico...  A situação melhorou para o Mestre nos Jogos de 2008, em Pequim, com o ouro de Maurren Maggi no salto em distância... Nosso colega de rede era a única pessoa que levava a sério o cãozinho de pelúcia da atleta, mesmo quando ficou de fora das competições em Atenas por doping ou que permutou um apartamento em troca de fazer o merchan do empreendimento... Tanto que a encorajou a contracenar com Juninho Play no “Zorra Total” em 2007... O internauta Chico Melancia, que conferia de perto os ônibus e trólebus da frota da capital chinesa, vibrou com o bronze de Ketelyn Quadros no judô, uma prima distante...  Também ficou satisfeito com o ouro no vôlei feminino, Zé Roberto, mas só porque o treinador trouxe para a China sua aprazível Sheilla Castro...  Melhor, só se a Daniele Hypólito tivesse levado medalha... O futebol, Carlos Dunga (OG), parou no Riquelme – a Argentina chegou ao bi, depois da conquista de 2004, comandada por Tevez e Mascherano – e deixou pelo bronze... Assim como time feminino de Marta e companhia voltou a ganhar prata... O vôlei masculino e Robert Scheidt voltaram para o segundo lugar... Flávio Canto e Leandro Guilheiro também mantiveram o bronze...  Priscila Fantin não compareceu a Pequim, mas sua participação no “Casos e Casos” seria interrompida pela transmissão da prova em que César Cielo conquistou o outro nos 50 metros livres da natação... Muito antes de entrar para o negócio de máquinas de cartão, digo...  Já então, o internauta Pedro Henrique deixava por Usain Bolt... A poprósito, por falar em programas de humor, o Rio de Janeiro tentou sediar os Jogos Olímpicos de 2012, mas perdeu a disputa para Londres... Assim, a abertura do evento não teve Renato Aragão, mas Rowan Atkinson, o popular “Senhor Feijão”...  O mesmo que nos episódios da série “Mister Bean” enfatiza a importância da prática esportiva, vide  aula de judô em que derruba o sensei e o enrola no tatame, a partida de golf em que vai atrás da bolinha que embarcou em um ônibus ou de sua demonstração de saltos ornamentais e natação sem calção... Ops!!!... Talvez por isso o comparecimento de Bean seja a única lembrança que Pancada tem daquela edição dos Jogos... Ou seria um trauma pela derrota da Seleção de Mano Menezes para o México na final do futebol... Ou algum bloqueio devido à transmissão exclusiva da Record, que obrigava a Globo a fazer matérias com fotos da Getty Images, quem sabe...















Ninguém imaginava que Mister Bean dos Teclados lançaria a selfie... Se o celular estivesse do lado certo...

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