quarta-feira, 22 de maio de 2019

Saga da Copa América (II): Brasil espera 40 anos para voltar a ser campeão...

Contribuição do massagista para o terceiro título sul-americano da Seleção Brasileira não foi esquecida, digo...




















































O Brasil voltou a ser sede do Campeonato Sul-Americano de Futebol em abril e maio de 1949, um ano antes da Copa do Mundo de 1950, que também aconteceria no país governado pelo general Eurico Gaspar Dutra... Na verdade, quando o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial, em 1946, a realização do torneio deveria acontecer em 1949... Porém, a construção do Maracanã, iniciada com a colocação da pedra fundamental em janeiro de 1948, levou ao adiamento da disputa para 1950... As partidas da competição continental aconteceram no Rio de Janeiro – nos estádios de General Severiano e São Januário (o maior da cidade na época) – e pela primeira vez fora da então capital do país, em Belo Horizonte (Independência), Santos (Urbano Caldeira) e São Paulo (Pacaembu, inaugurado em 1940)...  A Argentina, devido aos incidentes acontecidos em 1946, não compareceu,  devolvendo também a ausência brasileira do torneio de 1947... O Brasil, dirigido pelo técnico Flávio Costa, que fez do "Expresso da Vitória" do Bacalhau a base da Seleção, venceu na estreia o Equador em São Januário por 9 a 1 - dois gols de Tesourinha, dois de Jair Rosa Pinto (OG), dois de Simão, um de Otávio, um de Zizinho e um de Ademir Menezes... Contra a Bolívia, no Pacaembu,  nova goleada, por 10 a 1, a maior da Seleção até os 14 a 0 em cima da Nicarágua no Pan de 1975 – três gols de Nininho, dois de Zizinho, dois de Cláudio Christóvam de Pinho (OG), dois de Simão e um de Jair (OG)... Seguindo no Pacaembu, os brasileiros ganharam da Colômbia por 5 a 0 – gols de Tesourinha, Canhotinho, Orlando Pingo de Ouro (OG) e dois de Ademir... De volta a São Januário, 7 a 1 no Peru, gols de  Arce (contra), Augusto, dois de Jair (OG), Simão, Ademir e Orlando (OG)... Também no estádio do Bacalhau, 5 a 1 no Uruguai, dois gols de Jair (OG), um de Zizinho, um de Danilo Alvim e um de Tesourinha... Na partida contra o Paraguai de Manoel Fleitas Solich, em São Januário, aconteceu a única derrota, por 2 a 1, de virada – Avalos e Benítez marcaram depois de Tesourinha abrir o placar... Ao fim do torneio, ambas as duas seleções, com seis vitórias, estavam empatadas com 12 pontos - antes da vitória sobre o Brasil, o Paraguai perdeu para o Uruguai...  O regulamento previa uma partida de desempate, realizada em São Januário, em 11 de maio de 1949... Vitória brasileira por 7 a 0, três gols de Ademir  dois de Tesourinha e dois de Jair (OG) – artilheiro da competição com nove gols... O Brasil voltava a ser campeão sul-americano após 18 anos... Em oito partidas, marcou 46 gols e sofreu sete... O próximo título, porém, aconteceria só 40 anos depois... Depois da Copa do Mundo de 1950, em que o Uruguai conquistou o título em pleno Maracanã, com uma vitória sobre o Brasil por 2 a 1, o torneio voltou a acontecer em 1953, no Peru (deveria ser no Paraguai, mas outra vez o país apenas foi organizador...), durante o segundo governo de Getúlio Vargas... Argentina e Colômbia não participaram, vide liga pirata colombiana que atraía vários astros argentinos...  O Brasil, que substituiu Flávio Costa por Zezé Moreira, venceu Bolívia, Equador e Uruguai (8 a 1, 2 a 0 e 1 a 0), perdeu para o Peru (1 a 0), recuperou-se contra o Chile (3 a 2) e perdeu novamente no último jogo, com o Paraguai (2 a 1)... Ambos terminaram o torneio empatados com nove pontos – os paraguaios estavam invictos, com três vitórias e três empates... Sendo que nessa época as vitórias valiam dois pontos... Ou seja, houve a necessidade de um jogo-desempate, exatamente como na edição anterior... Só que desta vez o Paraguai venceu por 3 a 2, no estádio Nacional de Lima... Terminado o primeiro tempo, já vencia por 3 a 0, gols de  López, Gavilán e Fernández... Baltazar, o “Cabecinha de Ouro” do Timão marcou dois na etapa final, sem impedir o primeiro título paraguaio na competição... As atuações da seleção levaram o técnico Don Fleitas Solich a trabalhar por vários anos no futebol brasileiro, vide tricampeonato carioca do Menguinho em 1953, 1954 e 1955... Em 1955, no Chile, foi a vez do Brasil se ausentar, junto com Bolívia e Colômbia... A Argentina de Guillhermo Stábile foi campeã, com cinco vitórias e um empate... No jogo decisivo, venceram os donos da casa por 1 a 0, gol de Rodolfo Michelli, artilheiro da disputa com oito gols... Os próprios chilenos foram vice-campeões, apesar de ostentaram o melhor ataque da competição, com 19 gols – vide 7 a 1 no Equador no jogo de abertura... No ano seguinte, o Chile levaria a melhor sobre a Argentina na escolha da sede da Copa do Mundo de 1962...




















Irritado com as provocações dos uruguaios, Edson (OG) partiu para a briga em pleno Monumental de Nuñez, entende???...




















































Brasil e Argentina voltaram a se enfrentar pelo Campeonato Sul-Americano de Futebol apenas no torneio de 1956, realizado no Uruguai, vide ampliação das tribunas Colombes e Amsterdam do Estádio Centenário, em Montevidéu... A Argentina, já sem Perón na presidência, era a favorita... Treinada por Stábile, vice-campeão mundial em 1930, venceu Peru (2 a 1), Chile (2 a 0) e Paraguai (1 a 0) antes do confronto com os brasileiros... Que sofreram uma goleada do Chile (4 a 1), empataram com o Paraguai (0 a 0) e venceram apenas o Peru (1 a 0)... No confronto entre as duas equipes, porém, o Brasil, comandado por Osvaldo Brandão, venceu por 1 a 0, gol do corinthiano Luizinho, o “Pequeno Polegar”... O título ficaria com o Uruguai – o primeiro desde 1942 – que empatou sem gols com os brasileiros e venceu a Argentina por 1 a 0, gol de Ambrois... Uma campanha invicta, com quatro vitórias e um empate... Tanto Brasil quanto Argentina terminaram a competição com seis pontos, assim como o Chile, que ficou com o vice-campeonato graças ao melhor saldo de gols – os chilenos tiveram o melhor ataque do torneio, com 11 gols, e o artilheiro, Enrique Hormazabal, com quatro gols...  A edição de 1957 aconteceu no Peru... A Argentina dominou a competição, graças ao “Trio de Morte” Sívori, Angelillo e Maschio (artilheiro do torneio com nove gols, ao lado do uruguaio Ambrois...), goleando Colômbia (8 a 2), Equador (3 a 0), Uruguai (4 a 0), Chile (6 a 2) e Brasil (3 a 0)...  Os comandados de Guillermo Stábile marcaram 24 gols e sofreram apenas quatro... Não que o Brasil de Osvaldo Brandão, que contava com o experiente Zizinho e boa parte dos jogadores que estariam na Copa do Mundo do ano seguinte, vide Didi e Garrincha, tenha dado vexame... Goleou Chile (4 a 2), Equador (7 a 1), Colômbia (9 a 0) – maior goleada do torneio, vide cinco gols de Evaristo de Macedo  - e venceu o Peru (1 a 0)... No entanto, a derrota para a Argentina causou uma enorme frustração nos brasileiros, ao mesmo tempo em que deu a certeza aos argentinos de que brilhariam na Copa do Mundo na Suécia, no ano seguinte... Tanto que abriram mão de convocar os jogadores que atuavam na Europa – inclusive o “Trio da Morte”, negociado com o futebol italiano... A “Albiceleste” não passou da primeira fase... Quanto a equipe brasileira, a eleição de João Havelange para a presidência da CBF trouxe Vicente Feola para o comando da Seleção – que conquistou o título mundial na Suécia... Um ano depois, em 1959, o torneio continental aconteceria justamente na Argentina, nos meses de março e abril... A Albiceleste, comandada por um trio de treinadores – José Barreiro, José Della Torre e Victório Spinetto – venceu seus seis primeiros jogos e conquistou o título ao empatar com o Brasil em 1 a 1... A Seleção Brasileira teve o artilheiro do torneio – Edson (OG), com 8 gols  - porém empatou na estreia com o Peru em 2 a 2, o que apesar das vitórias nos jogos seguintes - sobre Chile (3 a 0), Bolívia (4 a 2), Paraguai (4 a 1), e inclusive sobre o Uruguai, por 3 a 1, quando houve uma batalha campal em que Almir Pernambuquinho (OG) trabalhou forte contra os jogadores da Celeste, socorrendo o Edson (OG) – a deixou em desvantagem na partida decisiva, repetindo o vice-campeonato de dois anos antes... Desta vez, com uma campanha invicta... Em dezembro do mesmo ano, aconteceu uma edição extra do campeonato sul-americano, disputada no Equador, com apenas cinco seleções – os anfitriões, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai...  O Brasil, dirigido pelo “moço negro” Gentil Cardoso, era representado pela seleção pernambucana - que em janeiro do ano seguinte seria vice-campeã brasileira de seleções, atrás de São Paulo... O campeão foi o Uruguai, vencendo três partidas e empatando uma –a última delas, com o Paraguai, quando também sofreu seu único gol na competição (13 marcados)...  A Celeste, sob o comando de Juan Carlos Corazzo, não teve jogadores do Peñarol, que recusaram-se a atender a convocação... Goleada por Uruguai (3 a 0) e Argentina (4 a 1), a Seleção Brasileira ficou em terceiro lugar...  A Bolívia sediou o torneio pela primeira vez em 1963... Coincidentemente, conquistou ali seu único título... Dirigida pelo brasileiro Danilo Alvim, o “Príncipe” da Copa do Mundo de 1950... O título veio com uma campanha invicta – cinco vitórias e um empate... Na última partida, vitória sobre o Brasil de Aymoré “Biscoito” Moreira – na verdade, uma seleção de Minas Gerais, que vencera o Campeonato Brasileiro de Seleções no ano anterior, com alguns reforços - por 5 a 4... Bicampeã mundial, a Seleção Brasileira foi a quarta colocada entre sete seleções, ficando atrás da campeã, do Paraguai e da Argentina – as três derrotaram os brasileiros, os argentinos com uma equipe sem jogadores de Boca Juniors e River Plate... Pior que o Brasil, só Peru, Equador e Colômbia... O título foi comemorado pelo presidente boliviano Victor Paz Estenssoro, que no ano seguinte seria tirado do cargo por um golpe militar... O Uruguai volta a receber – e disputar - a competição em 1967, em uma edição que não teve a participação de Brasil (vide fiasco no Mundial de 1966...) e Peru – e marcou a estreia da Venezuela... Pela primeira – e única vez – houve uma fase eliminatória... Na qual Chile e Paraguai se classificaram, superando Colômbia e Equador... Novamente dirigido por Juan Carlos Corazzo, o time uruguaio sagrou-se campeão com cinco vitórias e um empate... No último jogo, vitória por 1 a 0 sobre a Argentina, vice-campeã - gol do futuro bambi Pedro Rocha...  Que contundido, não atuou na derrota para o Brasil por 3 a 1 na Copa do Mundo de 1970, no México... Onde a Seleção Brasileira conquistou o tricampeonato mundial...  

























Sem sede fixa, Copa América chegou ao Maracanã em 1979, para confronto do Brasil de Zico com Argentina de Maradona...




















































A Copa América passou a ter essa denominação em 1975, quando o torneio, retornando após uma ausência de oito anos, deixou de ter sede fixa e passou a ser disputada, em partidas de ida e volta, nos países membros da Conmebol... A primeira fase contava com três grupos de três equipes... Apenas a primeira colocada se classificava com as semifinais... Onde o campeão anterior já tinha vaga garantida...  O Brasil, representando por uma seleção mineira, era dirigido por Osvaldo Brandão... Todas as partidas em casa aconteceram em Belo Horizonte... Os adversários na fase inicial foram Venezuela e Argentina, já comandada por Cesar Menotti (o outro, o outro!!!...), e a vaga veio com a vitória em Santa Fé por 1 a 0...  Nas semifinais, o Brasil perdeu para o Peru por 3 a 1 no Mineirão, o que levou à convocação de jogadores de outros Estados para partida em Lima – vencida por 2 a 0... Porém, a classificação foi decidida no cara ou coroa, e a equipe brasileira acabou eliminada na moedinha... A seleção peruana, comandada por Marcos Calderón, conquistaria o título em uma melhor de três jogos com a Colômbia – na última partida, realizada em Caracas, vitória por 1 a 0... Calderón foi o técnico do Peru na Copa do Mundo de 1978, disputada na Argentina, vide 6 a 0 dos argentinos, que se classificaram para a finalíssima e conquistaram o título mundial... Ao Brasil de Cláudio Coutinho restou o terceiro lugar, que chamou de “título moral”... O pai do Cascão continua à frente da Seleção Brasileira na Copa América de 1979... Logo na primeira fase, reencontraria a Argentina de Menotti, vide empate em 0 a 0 na “Batalha de Rosário” no Mundial do ano anterior... O outro integrante do grupo era a Bolívia – que jogando em La Paz, venceu ambas as duas seleções, perdendo fora de casa – a volta contra os brasileiros aconteceu no Morumbi, derrota por 2 a 0... No Maracanã, o Brasil levou a melhor sobre os argentinos – vitória por 2 a 1, em jogo muito lembrado pelo confronto entre Zico e Don Diego Armando Maradona – e empatou em 2 a 2 na partida de Buenos Aires, classificando-se para as semifinais...  Nas semifinais, o Paraguai eliminou os brasileiros, vencendo por 2 a 1 no Defensores Del Chaco e empatando em 2 a 2 no Maracanã... O Paraguai de Stroessner ganhou o primeiro título sul-americano vencendo o Chile de Pinochet na melhor de três – apesar do empate em 0 a 0 em Buenos Aires, o resultado do primeiro jogo, em Assunção (3 a 0), garantiu a conquista...  Quanto ao Brasil, a CBD tinha dado lugar à CBF em setembro de 1979... Em 1980, com a eleição de Giulite Coutinho para suceder Heleno Nunes, Cláudio Coutinho foi substituído por Telê Santana... Que saiu após a eliminação na Copa do Mundo de 1982, na Espanha... O técnico da Seleção na Copa América de 1983 foi Carlos Alberto Parreira... Outra vez o Brasil encarava a Argentina na primeira fase... Derrotada no Monumental de Nuñez – 1 a 0, gol de Ricardo Gareca, o próprio – empatou em 0 a 0 no Maracanã... Felizmente a vaga veio com as vitórias sobre o Equador – 1 a 0 em Quito e 5 a 0 no Serra Dourada, em Goiânia...  Nas semifinais, a revanche contra o Paraguai – 1 a 1 no Defensores Del Chaco e 0 a 0 no Parque do Sabiá, em Uberlândia... Ah, o gol fora...  Na final, a Seleção enfrentou o Uruguai de Omar Borrás, que vinha de uma sequência de títulos sul-americanos juvenis, mas não vencia no profissional desde 1967...  No primeiro jogo, no estádio Centenário, em Montevidéu, vitória da Celeste por 2 a 0, gols da jovem promessa Enzo Francescoli – cobrança de falta, que teve de ser batida duas vezes - e Vitor Diogo... Na finalíssima, jogada na Fonte Nova, em Salvador, empate em 1 a 1, com gols de Jorginho Putinatti e Aguilera, e o título ficou para a equipe do goleiro Rodolfo Rodriguez (OG)...  Parreira deixou a Seleção Brasileira, que passou pelas mãos de Edu Coimbra, Evaristo de Macedo e Telê Santana – derrotado na Copa do Mundo do México, em 1986... Aquela, que originalmente seria na Colômbia, decisão tomada ainda na gestão de Stanley Rous como presidente da FIFA, e que João Havelange levou para o México três anos antes do torneio...  A CBF, presidida por Otávio Pinto Guimarães – Nabi Abi Chedid era o vice – depois da derrota no Mundial mexicano, colocou Carlos Alberto  Silva como treinador do time brasileiro... Estando à frente da equipe na Copa América de 1987, realizada na Argentina... O torneio voltava a ter sede fixa exatamente um ano depois da Traffic ter assinado com a Conmebol, já presidida por Nicolas Leoz, o contrato para comercializar o torneio...  O sistema de disputa foi o mesmo das edições anteriores, sem partidas de ida e volta, óbvio... O Brasil estreou contra a Venezuela em Rosário, vento forte à parte, goleando por 5 a 0 – Edu Marangon (OG), Morovic (contra), Careca (OG), Nelsinho Kerchner e Romário... Contra o Chile, ainda sob a administração autoritária de Pinochet, em Córdoba, veio o 7 a 1, quer dizer, um 4 a 0 – dois gols de Basay e dois de Letellier, decretando a eliminação brasileira na primeira fase...  O Chile do goleiro Roberto Rojas venceria a Colômbia nas semifinais por 2 a 1 e se defrontaria com o Uruguai na decisão... A Celeste, dirigida por Roberto Fleitas, entrou na disputa apenas nas semifinais, mas eliminou a Argentina, então bicampeã mundial, de Maradona e Carlos Billardo, vencendo no Monumental de Nuñez por 1 a 0, gol de Alzamendi... Placar que se repetiu no mesmo estádio, diante dos chilenos, desta vez com gol de Bengochea... O torneio disputado na Argentina deu início a um revezamento dos países membros da Conmebol para sediar a competição, que passaria a acontecer nos anos ímpares... O próximo na lista, em 1989, seria o Brasil, que não sediava a Copa América há 40 anos...  No começo desse ano, Ricardo Teixeira elegeu-se presidente da CBF, ajudado pela força nos bastidores de seu sogro, João Havelange, presidente da FIFA... Empossado no cargo, queria colocar Carlos Alberto Parreira como técnico da Seleção Brasileira, mas acabou convencido por Eurico Miranda a indicar o treinador do Bacalhau, Sebastião Lazaroni... A Copa América brasileira tinha como mascote um sabiá chamado Tico – que aparece na tabela do torneio publicada pela revista “Placar”... Os jogos da primeira fase foram realizados em Goiânia (Serra Dourada), Recife (Arruda) e Salvador (Fonte Nova), com as dez seleções divididas em dois grupos de cinco... Os dois melhores times de cada grupo passariam para o quadrangular final, disputado no Maracanã...  Que não foi reformado para receber o torneio... Ah, sim, São Paulo foi excluída do grupo das cidades-sedes por razões políticas... Na fase inicial, o Brasil jogou três partidas em Salvador, com Venezuela (3 a 1, gols de Bebeto, Geovani e Baltazar), Peru e Colômbia (ambas empatadas em 0 a 0)... O mau futebol da equipe de Lazaroni causou apreensão e uma avalanche de vaias na capital baiana... Faltava Careca (OG), diziam os críticos...  Porém, a acolhida calorosa da torcida em Recife de algum modo ajudou a Seleção a vencer o Paraguai por 2 a 0 (dois gols de Bebeto) e se classificar para a fase decisiva, ainda que em segundo lugar – os paraguaios, naquele mesmo ano já sem Stroessner na presidência -  venceram as três partidas anteriores, contra Peru, Colômbia e Venezuela...  No quadrangular final, o primeiro adversário foi a Argentina de Maradona... Vitória por 2 a 0, graças aos gols de Bebeto e Romário no segundo tempo... Contra o Paraguai, outra vitória, 3 a 0, dois gols de Bebeto e um de Romário... No último jogo, em 16 de julho, o Brasil enfrentaria o Uruguai... A coincidência com a Copa do Mundo de 1950 se limitava à data e ao sistema de disputa... Os uruguaios haviam vencido paraguaios e argentinos pelos mesmos placares dos brasileiros... Ou seja, para ambos os dois interessava apenas a vitória... Com a bola rolando, outra similaridade com 1950 – Romário marcou o gol do Brasil no começo do segundo tempo... Mas o fantasma do Maracanã não voltou a aprontar, e a Seleção Brasileira ganhou a Copa América depois de 40 anos... Vide o capitão Ricardo Gomes levantando a taça... Careca (OG) voltaria nas Eliminatórias para a Copa de 1990, marcando o gol que garantiu a classificação brasileira diante do Chile, vide farsa de Rojas... 





















Seleção só "quebrou o tatu" de 40 anos sem vencer Copa América quando ela voltou a ser sediada no Brasil, em 1989...

Nenhum comentário:

Postar um comentário