segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Pancada nos Museus, Antes que se Incendeiem...

Conversa com burro na região do Forte de Copacabana foi tão animada que Pancada até fez "selfie"... Ops!!!...
















































Pancada ficou profundamente impressionado com o incêndio no Museu Nacional no Rio de Janeiro, acontecido no último dia 2 de setembro... Nosso humorista e fornecedor de DVDs decidiu conhecer o maior número possível de museus na capital fluminense, antes que aconteçam outras tragédias... O percurso do Pancada começou na região da Quinta da Boa Vista, com um passeio a pé que começou na Casa dos Lunáticos e passou pela estação de São Cristóvão da Supervia, vide Kombis de lotação...  No portão da Quinta, o internauta encontrou com o homem da jiboia, mas apesar da tentação, não quis pagar 3 reais para pegar na cobra... Ops!!!... Dentro do parque, festinhas de aniversário, vide garota vestida de Chaves, ambulantes, carrinhos a pedal, moradores de rua, “cosplayers” de “La Casa de Papel” e do Homem-Aranha, este de capa, skatista com a camisa do Menguinho, trenzinho na subida para o Museu Nacional, o museu cercado e com obras para manter a estrutura do antigo Paço de São Cristóvão de pé, uma foto ao lado da “estalta” de Dom Pedro II e  recordação do esqueleto de dinossauro que quase caiu em sua cabeça quando visitou o museu,  gato circulando entre bombinhas na descida... O circo do Frota – Marcos Frota – faz Pancada lembrar que já esteve ali com Tatá Werneck assistindo um show do Quico... Também passou pela “Capela Imperial” – na verdade, um restaurante – pelo Zoo Rio, em reforma, o lago com canoagem e pedalinhos, o templo de Apolo, até chegar a saída da Avenida Dom Pedro II, onde está o portão original do Paço... Ali está o Museu Militar Conde de Linhares... A placa e a fachada externa pode fotografar à vontade, ok, mas lá dentro... No salão que mostra a evolução da guerra, havia um soldado... No que mostra a participação da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial também, vide o jipe do general Mascarenhas de Moraes, que recebeu o nome de sua neta, Liliana, e as bandeiras nazistas e fascistas capturadas em combate... Tampouco na sala Major Elza, em homenagem à chefe das enfermeiras da FEB, inclusive com retrato ao lado do último presidente militar do Brasil, João Figueiredo... No pátio externo, mais um soldado vigiava as viaturas, carros de combate e baterias antiaéreas, uma delas montada sobre um vagão ferroviário... Ou seja, nenhum registro do furgão GMC que servia de sala de comando para Mascarenhas de Moraes na campanha da Itália, ou do Toyota Bandeirante das Forças de Paz da ONU que sofreram uma emboscada em Angola, vide buracos feitos pelas balas que vitimaram um militar brasileiro... Não deu para comparecer ao Museu do Primeiro Reinado, também conhecido como Casa da Marquesa de Santos, pois está fechado... Só foi possível registrar a fachada e, na Praça Pedro Segundo, em cujo centro há um obelisco doado pelo presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, réplica de um momento de Persépolis, os ônibus com a nova pintura da Novacap... Se bem que... O celular do Pancada deu problema e ele teve que levar o aparelho para consertar na região da Rua General Roca, na Tijuca... 
















Definitivamente não, Pancada... O acionamento dessa alavanca não irá colocar em você o cérebro da mocinha, digo...
















































No dia seguinte, Pancada acordou cedo e foi para o ponto de ônibus em frente à casa lotérica "O Salvador da Patría", na Praça da Bandeira, onde tomaria a condução para a região do forte de Copacabana...  Esperava pelo ônibus 455 (Méier / Copacabana via Flamengo), que costuma passar com mais frequência, porém teve que deixar pelo 456 ( Norte Shopping / Copacabana via Túnel Santa Bárbara Circular)...  Em pouco mais de meia hora, nosso colega de rede desembarcou na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, próximo ao Bar Tio Patinhas, e pela Avenida Atlântica chegou à Rua Francisco Otaviano,  em frente ao Forte, justamente às 10 horas da manhã, horário da abertura para visitação...  A fila da entrada era grande e o calor maior ainda... Nosso companheiro de web já se arrependia de não ter trazido um calção para dar um mergulhinho na praia... Enquanto aguardava a vez de adquirir o ingresso, apreciou a pintura em um muro com os “18 do Forte” e painéis sobre Marechal Deodoro e a Proclamação da República... Faz sentido, dois movimentos militares...  A Proclamação aconteceu num lugar muito caro ao Pancada, o Campo de Santana, ao lado do Hospital Souza Aguiar... Além do mais, estiveram envolvidos vários nomes de ruas, como Sena Madureira, Barão de Jaceguai, Silveira Martins... Chega a vez de comprar o ingresso, que custa 6 reais, e vem com o slogan “Canhões que atiram cultura e civismo”... E pensar que ele foi dispensado do exército devido a um problema de coluna, digo... Logo depois da entrada do forte está a vista da praia de Copacabana – mar, areia, banhistas, Avenida Atlântica, prédios, Morro do Cantagalo, e mais uma fila... Mas essa é só para quem vai comparecer à filial da Confeitaria Colombo localizada no forte... Para o Museu Histórico do Exército – que como o prédio do Museu Conde de Linhares, foi construído na gestão de Pandiá Calógeras, primeiro civil a ocupar o Ministério da Guerra,  não tem fila, é só subir uma escada, o que para Pancada é sempre um grande esforço... Como os painéis explicativos tem QRCode, é um sinal de que as fotos são permitidas...  Por exemplo, na sala com objetos de todos os presidentes militares que o Brasil teve, desde Deodoro da Fonseca até João Figueiredo – será que vai ter “upgrade”??? – ou no “Gabinete de Curiosidades”, em que o internauta apreciou um modelo clássico de televisor, objetos militares da República Democrática Alemã e a espada do patrono da Engenharia do Exército, Villagran Cabrita... Na exposição “O Exército na Formação da Nacionalidade: O Período Republicano, 1889-1945”, predominam os dioramas, estilo Valdisnei, sobre Floriano Peixoto (vide escarradeira, Policarpo Quaresma...), Canudos, Rondon, 18 do Forte, FEB...  No “Salão Colônia Império”, os temas são as grandes navegações – não, essas caravelas não são as do episódio sobre Cristóvão Colombo do Chapolin, Pancada – colonização, União Ibérica, Conde de Linhares, Dom Pedro I – que está a cara do Marcius Melhem, segundo o internauta – Maria Quitéria, a do Troféu e Duque de Caxias – depois de ver os painéis sobre a Revolução Farroupilha – bordão do Vavá no “Sai de Baixo” começou assim – e a maquete da Batalha de Tuiuti – nosso companheiro de web conversou longamente com um dos burros que puxava uma liteira no diorama sobre os últimos anos da vida do patrono do Exército brasileiro... Certamente queria saber se vendem jornal nas bancas da região, digo... Ao sair do museu, Pancada descansou um pouco em um banco com vista para a praia, até as formigas – grandes como as do desenho do Tom e Jerry – comparecerem... O jeito é visitar o forte em si... O pórtico de entrada rende uma excelente foto, porém o internauta considerou as galerias sinistras, em especial a de número 7, fechada ao público... O depósito de bombas, cheio delas, lembrou “Meu Malvado Favorito” e os Minions... O piso de ladrilho hidráulico chama a atenção tanto quanto a base dos canhões e a usina de força, também vedada aos visitantes... Nosso colega de rede observa o acumulador, a capela de Nossa Senhora de Copacabana, a alavanca que faz troca de cérebros no Chapolin, um fragmento de granada de 1924, um almoxarifado com o quadro de um dos 18 do forte... Na verdade eram mais de 18, aponta um painel, todos militares, exceto o civil Octávio Correa... Afora as referências encontradas pelo nosso companheiro de web... Enfermaria do Doutor Chapatin, alojamento do pelotão do Sargento Pincel, lavatório para “Praças” e “Inferiores”... Também lamentou que não pudesse sentar nos sofás da sala do comandante, nem que fosse para esperar o Jorge Cherques...  Sem contar a porta do xadrez e a câmara de tiro, onde sabem muito bem disfarçar um boneco... Conhecido o interior do forte, faltava subir até a boca dos canhões... Por algum motivo, a subida pela escada o lembrou aquele episódio em que Mister Bean comparece no hotel... No alto, depois da ponte do rio que cai, quer dizer, uma passarela instável,  depois de sentar (hum, ele senta...) para apreciar a vista do mar e torcia para que algum iate – não confundir com tênis iate – explodir, como aconteceu na novela “Cambalacho”, Pancada chegou perto da boca de um dos canhões e repetiu aquela frase dita por Didi Mocó em um quadro dos Trapalhões ambientado num campo de batalha... “Grande canhão, tudo bem???”... Felizmente, ou não, o chiste ficou incompleto, pois não houve disparo... Mas dá para citar o Geoffrey declamando poesia em “Um Maluco no Pedaço”... “Canhões, a direita deles... Canhões, a esquerda deles”... Isso é o que se pode chamar de uma “criança grande”... Faz sentido, pois quando era pequeno, residiu ali mesmo na região de Copacabana, nas ruas Hilário de Gouveia - vide seu vizinho de porta, Rogério Cardoso - e Figueiredo de Magalhães... Agora, a fome na hora de almoçar na região da Domingos Ferreira é de gente grande... Ops!!!...
















Entrada gratuita aos domingos foi excelente argumento para internauta comparecer no Museu Histórico Nacional...
















































O calor de 33 graus no domingo à tarde – Tatá Werneck até fazia bico no anúncio do “Lady Night” não impediu que Pancada pegasse o ônibus da linha Troncal I e comparecesse no Museu Histórico Nacional, na região central da cidade... Ali, atrás do Museu da Imagem e do Som, fechado para reformas... Logo na entrada, uma agradável surpresa... Aos domingos, a entrada no Museu é gratuita... Entre as escadas rolantes, em frente ao guarda-volumes, uma estátua equestre de Dom Pedro II... Subindo, após um salão com enormes espelhos e uma porta de vidro, o espaço exposicional, todo climatizado na gestão do Luis Inácio – quando Gilberto Gil era ministro da Cultura... Reproduções de arte rupestre, artesanato indígena, mineração (inclusive o Pré-Sal, digo...), barroco, Dona Maria I... O internauta ouviu a narração da carta de Pero Vaz de Caminha e reconheceu a voz de Paulo Autran... Na parte sobre cultura negra, com tipos das ruas e o trono de Xangô, outra voz familiar a nosso colega de rede lia um trecho da obra de Gilberto Freyre... Era Maria Bethânia, a consagrada interprete de “Terezinha” , vide musical de “Os Trapalhões”... A reprodução da Farmácia Homeopática Teixeira Novaes, aberta em 1847, é tão perfeita que Pancada até pensou em comprar um remédio ali, como bom hipocondríaco que é... Chegando à época da independência, nosso companheiro de web observou a “estalta” de Dom João VI  e não o considerou parecido com André Mattos... Tampouco o quadro de Dom Pedro I lhe lembrou Marcos Pasquim... Nem mesmo considerou o Chalaça parecido com Humberto Martins... Nem a Marquesa de Santos com Luana Piovani...  O percurso pela história continua com exibições sobre Dom Pedro II, os barões do café, a escravidão negra e a abolição, a Guerra do Paraguai com vários nomes de rua implicados, o baile da Ilha Fiscal, a proclamação da república... Na entrada da mostra sobre o período republicano, atrás do banco onde duas chinesas descansam, um grande painel de “pop art”, em que Pancada reconheceu as figuras de Caetano Veloso e do Tio Patinhas...  E o distintivo do Menguinho, o que lembra a ele que precisa voltar em tempo de ver o jogo de seu time contra o Sport... Na mostra “Direito Político”, material de campanha das eleições realizadas entre 1989 e 2018, até porque já foram incluídos santinhos de Érica Malunguinho, Janaína Paschoal e Tábata Amaral... Também colocaram uma placa da Rua Marielle Franco, uma excelente homenagem, bem distante dos candidatos cretinos que destruíram a original... Pena que a urna eletrônica não estava funcionando... No entanto, o internauta viu a vitrine com cédulas brasileiras de todos os tempos e lembrou do bordão de André Mattos na “Escolinha do Professor Raimundo”... “Vai ter dim dim”... Na parte sobre “Direito Social”, duas exposições, uma de utensílios domésticos e outra de brinquedos... Pena que nosso colega de rede não pode levar aquela boneca... Ops!!!...  Nas paredes, relógios de ponto evocavam as leis trabalhistas, enquanto o sistema de som reproduzia a versão radiofônica do “Repórter Esso”...  Antes da saída, Tiradentes, tema constante das aulas do Professor Raimundo, com citação de Hélio Oiticica... “Seja Marginal, Seja Heroi”... Então é por isso que Pancada correu para pegar o ônibus 422 e voltar para a Casa dos Lunáticos... Na verdade, ele queria ver o jogo do Menguinho pela televisão... Nem reparou no salão com as carruagens imperiais e a limousine do Barão do Rio... Muito menos que o New Torino da Transurb em que embarcou era um dos carros com pintura nova... Menos mal que o Menguinho venceu o Sport na Ilha do Retiro, mantendo o cheirinho, quer dizer, a chance de vencer o Brasileirão... Na segunda-feira, uma chuvinha na região de Engenho de Dentro,  não impediu o comparecimento no Museu do Trem, ao lado do estádio Nilton Santos, mais conhecido como Engenhão... Um dos poucos museus que abrem às segundas-feiras, com acesso facilitado pelos trens da Supervia... Ali está o começo de tudo, a locomotiva Baroneza, com a qual o Barão de Mauá inaugurou a primeira estrada de ferro no Brasil, em 1854... Hoje também servindo como refúgio de macaquinhos, digo... Fazem parte da mostra ainda o carro imperial de Dom Pedro II, construído na França em 1886, o carro Rei Alberto, fabricado nas oficinas da Central do Brasil em 1920, especialmente para a visita do rei da Bélgica, e o carro especial Getúlio Vargas... Aquele mesmo em que Charles Aznavour cantou “She” em um célebre musical do “Fantástico”, em 1974... Do lado de fora, com vista para o Engenhão, uma locomotiva da “The Leopoldina Railway” e duas da Central, uma das quais uma Baldwin... Todas elas cercadas por flores... O internauta Chico Melancia deixaria pela maquete do TUE da Mafersa, exposta dentro do museu... Ou pela “Festa das Patroas”, um show com Marília Mendonça e a dupla Maiara e Maraísa, a ser realizada no estádio da Cachorrada... Ops!!!...

















Tão compenetrado no celular, impressão é que nosso colega de rede está lado a lado com personagens históricos...

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