quarta-feira, 13 de julho de 2016

Quando o Doutor comparece ao Japão, digo, ao Festival...

Miniatura no espaço da Japan Railways fez o Doutor lembrar da infância, quando fazia trenzinho... Ops!!!...
















































A 19ª edição do Festival do Japão surpreendeu até no espaço expositivo... O antigo e acanhado Centro de Exposições Imigrantes deu lugar ao amplo e arejado SP Exposition Center... Além do novo recinto ter muito mais espaço que o ultrapassado Pavilhão de Exposições do Anhembi, conta com um gigantesco estacionamento vertical... Também destinado aos visitantes do Zoológico de São Paulo, que fica nas proximidades, vide vans da Ponte Orca... Não podemos esquecer que a construção do edifício-garagem desalojou  uma feira livre que era realizada no local e acabou por ser transferida para um apertado estacionamento ao lado da estação Jabaquara do Metrô... Alis, por falar em mobilidade, a imensa construção do SP Expo melhorou até a fluidez do serviço de ônibus gratuito entre o Metrô e o Festival do Japão... Sempre a cargo da Via Sul, que desta vez escalou uma frota de Apache Vip II com cerca de cinco anos em operação... Todos tiveram os logotipos da empresa, da SPTrans e da Prefeitura de São Paulo retirados, o que gerou uma grande controvérsia nas redes sociais entre os adeptos do hobby... Que também se beneficiaram com a ampliação do pavilhão de exposições... Que proporcionou maior movimentação para fazer fotos, além da construção, comparável a dos melhores estádios construídos segundo o padrão FIFA,  ser um excelente plano de fundo para os registros... A poprósito, quando o Doutor Kenji  soube que a Japan Railways, mais conhecida como JR, tinha comparecido ao Festival, fez questão de visitar o espaço da operadora do trem de alta velocidade Shinkansen e também do trem urbano de Tóquio, o Yamanotesen...  Representados por um modelo de ferrovia em miniatura, com trilhos azuis de plástico... Iguaizinhos aos que o Doutor conheceu em sua infância no Japão... É uma pena que daltônicos não possam ser condutores de trens... Em compensação, um folheto distribuído pela JR permitia aos portadores de celular lerem vários “QR Codes” que davam acesso a fotos dos interior de diversos trens de longo percurso operados pela companhia...  Perto do espaço  da JR, dividido com agências de turismo reunidas pela JTB, havia estandes de várias agências do governo japonês, tais como a JICA (cooperação econômica) e a Japan Foundation (intercâmbio acadêmico e cultural), vide anúncios do exame de proficiência no idioma japonês, doutor... E o espaço do Escritório de Comércio Exterior do Japão (JETRO)... Cuja principal atração era o serviço de vídeos sob demanda “WOW”... Chamado de “Netflix Japonês” por oferecer tanto séries de super-heróis e monstros (tokusatsus) quanto os famosos desenhos animados nipônicos (animes)... Vide episódio do Doraemon exibido em um monitor no estande... E tirar foto da tela dá problema de direito autoral???... Do lado oposto, os estandes das montadoras Nissan, Subaru, Toyota e Honda eram muito concorridos... Se bem que... O Doutor, além de preferir o transporte público, apeteceu-se mais pelo motor  híbrido do Toyota Prius – e pelo cortador de grama da Honda... Ali perto havia um espaço alusivo aos Jogos Olímpicos de 2020, que acontecerão em Tóquio... Um aprazível recanto no qual os visitantes podiam descansar seus pés na água ou fazer passarinhos de origami com as folhas de papel que anunciavam a “Japan House” que funcionará durante os Jogos Olímpicos do Rio... O Doutor não sabe se comparecerá à capital fluminense, já no caso da capital japonesa... Afinal, ele acreditou nos anúncios postados no Facebook © que anunciam passagens ida e volta de São Paulo para Tóquio por apenas 1.900 reais... Mais em contra do que ir de ônibus, digo...

















Kenji fez questão de experimentar a vodka black "Made in Presidente Prudente" e gostou, digo...
















































Ao passar pelo estande da Hinomoto, fabricante dos produtos Azteca,  o doutor decidiu experimentar a Vodka Black Azkov, produzida na região de Presidente Prudente... Entrou na fila, serviu-se de um copo, tomou um gole e... Aprovou!!!...  Sem perder a sobriedade, digo...  Alis, por falar em bebida - e comida-  a Praça de Alimentação do Festival trazia para os visitantes as delicias das províncias japonesas, representadas por suas respectivas associações, as “kenjinkais”... Tais como os saborosos biscoitos da província de Niigata, onde nasceu M.B., quer dizer, a terra natal do nosso colega de rede... Muitos estandes trabalharam forte na propaganda para atrair o público... Vide Kenji conversando animadamente com o rapaz – se tivesse passado mais cedo, encontraria uma garota – que anunciava o “Chicken  Nanban” da província de Miyazaki... Um espetinho de frango frito com molho tártaro e batatas “chips”... Na verdade, nosso colega de rede pensou que o promotor fosse a Galinha Pintadinha... Por isso ficou fazendo “Pó Pó Pó” o tempo todo...  A mesma interação não aconteceu no espaço da província de Iwate, promovido por um Naruto e um cavalo... Quer dizer, um cara com uma cabeça de cavalo...  Kenji ficou perplexo, muito mais do que se tivesse comprado o produto anunciado por ele... Um “Udon”, aquela sopa de macarrão servida em uma tigela, ao preço de 18 reais, digo...  Ao menos o cover do Naruto dizia que eles aceitavam cartões...  Também manteve distância dos dois guerreiros da província de Akita, ao contrário da garota que mostrou a língua enquanto o namorado a fotografava com o celular...  Nem uma “sakepirinha” ele quis beber... Diálogos mais produtivos aconteceram com o homem que expunha pratos de peixe grelhado, curry e “Yakitori” em frente ao estande do Enkyo Pipa... Era anchova???... Um senhor da melhor idade foi ouvido com atenção ao falar da excelência do “Guioza” no espaço da província de Tochigi... Uma massa recheada com carne que parece um capeleti, porém se come frita... Kenji sabe muito bem o que é um “Sukiyaki Domburi” – um tipo de cozido de carne – mas não que uma música de Kyu Sakamoto,  gravada no Brasil com o nome de “Olhando para o céu” foi lançada nos Estados Unidos com o nome de “Sukiyaki” e fez um enorme sucesso.... A propósito, já que mencionamos a pujante cultura pop japonesa, o doutor ficou impressionado com a grande quantidade de “cosplayers” que compareceram ao Festival...  A toda hora ele deparava com os irmãos Mário, o vilão Wario, Zelda, vários Ash Ketchum – e olha que nem lançaram “Pokemon Go” no Brasil ainda – Cavaleiros do Zodíaco,  Sailor Moon, Stormtroopers, Batman, Caça-Fantasmas... Se bem que estes três últimos são criações estadunidenses... Ainda que o homem-morcego estivesse acompanhado de um cão que usava a máscara da Mulher-Gato... Ops!!!...  Havia até um espaço para os “cosplayers” fazerem ensaios fotográficos, um “book” completo...  Como Kenji não é um “otaku”, e sabe distinguir quando o astro da música jovem é coreano, o máximo que ele chega perto em termos de trajes exóticos são os uniformes dos escoteiros... Mesmo que esteja um pouco grandinho para atravessar a “Cama de Gato”, ele conhece e pratica os dez artigos da “Lei Escoteira”, em especial o nono... “O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio”... Além dos grupos de escotismo, o espaço para crianças do Festival tinha um cantinho com desenhos para colorir... Kenji ficou na dúvida se levava o da Peppa Pig – na verdade, do George, o irmão dela – ou o do Goku... Ao mesmo tempo, sem nenhum desembaraço, apreciou bastante os painéis sobre a Hello Kitty... Em especial o avião todo decorado com desenhos da personagem... Sem contar as comissárias e o serviço de bordo...  Tradicionalista, Kenji não compraria uma touca do Pikachu ou uma espada do Minecraft, agora, uma caixa de som do Doraemon... Ainda que  tenha estranhado o fato do robô que veio do futuro para dar um jeito na vida do pequeno Nobita ter orelhas...  Por que o personagem teria que ser amarelo...  O cabeçudo mudou de cor quando um gato comeu suas orelhas...   A dublagem do desenho, também já foi boa nisso... Que coisa, não...















Entre tantas delícias das províncias japonesas, o Doutor se apeteceu com a Galinha Pintadinha... Ops de novo!!!...



















































O sinal de celular no pavilhão do Festival era excelente e as fotos feitas com o aparelho imediatamente chegavam ao Facebook ©... O problema é que a carga da bateria acaba muito depressa... Mas o Doutor Kenji descobriu a solução em um dos estandes... Um dispositivo que acoplado à uma bicicleta comum, faz com que as pedaladas – nada a ver com crime de responsabilidade, segundo os peritos – gerem energia para o telefone... O internauta fez questão de oferecer-se para um test-drive... Seu esforço foi recompensado ao ver que a carga do celular subiu dois pauzinhos... Ops!!!... Alis, o doutor, embora tenha se arriscado no bilboquê,  no melhor estilo Chaves, não quis participar do “Campeonato de Hashis”... Ao contrário, ele se revoltou pelo fato de usarem feijão cru na competição... Ao preço que está, é quase um desperdício... Talvez por isso ele tenha comprado dois pacotes do feijão produzido pela comunidade Yuba... Cujas moradoras ofereciam cocada com maracujá falando com um forte sotaque japonês... O feijão estava mais em conta, por exemplo, que o papel de arroz ou o licor “Midori”, vendido no estande de uma loja de produtos orientais... Mesmo a laranja e o tomate-cereja oferecido por feirantes excediam as possibilidades orçamentárias do Doutor...  Yuba adota um estilo de vida tradicional, muito ligado ao campo, contrastando com a modernidade das facas da Kyocera ou dos filtros de água da Panasonic... Beber ou lavar as mãos com água ionizada é uma experiência única... Assim como experimentar os chapéus de um estande de confecções... A boina deixou Kenji com a cara do Ozamu Tezuka – ou seria o Capitão Bacalhau???... Isso não faz o menor sentido... O chapéu faria ele ser confundido com Akira Kurosawa – ou talvez com o Tripa-Seca... E o bonezinho???... Quase o pai da Joana, que trabalhava com o Clodovil...  O chapéu “cata-ovo” seria perfeito para encarar o sol durante uma partida de “Gateball”... O esporte, alis, era um dos atrativos do estande da Band, parceira da emissora japonesa NHK... Que em um monitor de televisão, exibia uma luta de sumô, assistida por uma audiência atenta... Claro que a comunidade japonesa não se esqueceu da decisão da Eurocopa em Paris... E festejou muito o título de Portugal...  Assim que o juiz apitou o final do jogo no Stade de France, em Paris, os tambores do Olodum, quer dizer, do “Taiko” começaram a tocar no palco do “Bon Odori”... Com os patrícios funcionou, Galvão Bueno...  O público que acompanhava a apresentação começou a dançar o “vira”... Ou seria o “kuduro”, Tufão, já que um dos trechos da música fala em “Oi Oi Oi”... Depois de aproveitar a festa por alguns minutos e apreciar a arquitetura  do SP Expo adornado com lanternas de papel no cair da tarde, o Doutor foi pegar o ônibus para a estação Jabaquara do Metrô... Qual não foi a sua surpresa ao deparar com o Apache Vip 51 964... Um velho conhecido da linha 574J-10, Terminal Carrão-Metrô Conceição... Não que as lembranças do veículo fossem lá muito boas, porém ele estava tão empolgado com uma publicação do governo japonês sobre trens que a viagem foi tranquila a favorável...  No terminal rodoviário do Jabaquara, ele pensou em comprar o “Estadão”, mas deixou pela “Tribuna” de Santos... Vide casamento do Edson (OG) na primeira página... Virou membro do CAJÁ, supôs o Doutor... Mal sabe que o primeiro casamento do Rei, 50 anos atrás, era um segredo, revelado apenas pelo “Jornal da Tarde”, no primeiro dia em que circulou, em  4 de janeiro de 1966... O fato de um repórter do vespertino namorar a irmã do Edson (OG)... Afora que o ex-peixeiro namorou na infância com uma garota chamada Neusa Sakai... Kenji devia ter comprado o livro do Andrew Jennings, “Jogo Sujo”... Ou as memórias futebolísticas do Nelsinho Motta, reclamando que Guadalajara cresceu demais entre 1970 e 1986... Isso é porque a cidade tinha apenas  1 milhão de habitantes  há 30 anos atrás – e hoje tem 8 milhões... Assim, o Doutor estaria bem informado, digo...


















Kenji aprovou a caixa de som, mas considerou o Doraemon com orelhas uma impropriedade...

Nenhum comentário:

Postar um comentário