sexta-feira, 13 de maio de 2016

Os nomes importam, sim...

Não bastasse a presença de nomes como Alexandre de Moraes, José Serra e Gilberto Kassab, também teve tal fato...















































































Não há dúvida que os nomes são importantes, assim como as ideias... Por exemplo... Quantos nomes de mulher há no ministério nomeado por Michel Temer???... A poprósito, o principal motor da reforma ministerial não foi o corte de gastos, mas a motivação ideológica... Basicamente Temer cortou tudo o que evocasse o governo anterior, ou seja, que parecesse "coisa de cumunista"... Aquilo que representasse questões de direitos ou de participação popular, rodou... Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos... Vai para o Ministério da Justiça e Cidadania, transformando o punitivismo em resposta às demandas sociais...  Ministério do Desenvolvimento Agrário...  Direito à terra???... Esqueçam???... Ministério da Cultura... Porque cultura não é só alta cultura, é a cultura popular... E ela é importante para  valorizar a diversidade regional no país...  Simplesmente compraram de barato a ideia equivocada de que o ministério financiava apoiadores do governo petista... Ministério das Comunicações... Para que não haja nenhuma chance de se discutir a democratização e a regulação da mídia... Secretaria de Comunicação Social... A fim de impedir que haja uma distribuição mais justa das verbas de publicidade oficiais - e, claro, dar a impressão que o governo não vai mais gastar com propaganda e blogueiros... Ministério da Previdência Social... Incorporado ao Ministério da Fazenda, para facilitar a tarefa de desvincular os benefícios do salário mínimo e também as mudanças nas regras de concessão de aposentadorias... Porque ninguém enxerga a seguridade social, apenas um imenso rombo... Temer até disse em seu discurso de posse que não vai mexer nos programas sociais e tampouco nos direitos adquiridos da população... Pode-se dizer que ele falou para agradar a audiência, que lhe é quase que totalmente hostil... Assim, a retórica da ascensão ao poder, já fustigada por uma enorme falta de legitimidade, nega tudo aquilo que seu governo pretende fazer, para atender as demandas dos grupos que o auxiliaram na conspiração do impeachment... Programas sociais podem até ser mantidos, mas sem serem ampliados, ou o que é pior, caminhando para um progressivo esvaziamento... Direitos trabalhistas podem ser sacrificados em nome de um suposto aumento da competitividade da economia... Mas é aquilo... Isso se chama golpe... E vai ser um cambalacho atrás do outro, cada vez pior... De Pai Temer pode-se esperar tudo... Outra promessa com ares de que será solenemente ignorada é a continuidade da Operação Lava-Jato... Já não basta acabar com a Controladoria-Geral da União... Vão continuar as investigações ou vão parar quando descobrirem um jeito de prenderem o Luis Inácio???...












































O gabinete ministerial ficou muito parecido com alguns desenhos do Pateta... Só tem homem...








































































O IBGE recentemente lançou o site "Nomes no Brasil"... Um levantamento dos nomes mais comuns entre os brasieiros, com base nas informações dos censos demográficos realizados entre 1930 e 2010... Michel, por exemplo, consta com 78.975 registros... É o 368o nome mais popular no país...  O presidente em exercício tem 75 anos... Ou seja, é de uma época em que o número de pessoas registradas com o seu nome no Brasil não passava de 1.000 por década... O crescimento aconteceu entre as décadas de 1960 e 1970 - 7.345 novos registros - e de 1970 a 1980 - 29.041 registros... Depois, a queda, com o número mais recente apontando 14.482 registros...  Dilma tem 40.632 pessoas contabilizadas com o nome da presidenta afastada, sendo o 634o nome mais popular... Os registros de Dilmas  vieram num crescendo desde a década de 1930 - Dilma Rousseff é de 1947 - até o ápice de 10.880 pessoasregistradas  em 1960... A partir daí, o declínio foi sempre constante, chegando ao ponto de apenas 422 novos registros em 2000...  Sim, há 5.190 Aécios em todo o país, 2,675o coloado no ranking... Seu apogeu aconteceu em 1980, com 1.563 nascimentos no decênio anterior...  Em 2000 foram apenas 199 registros... Embora o Estado onde o número de homônimos do candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais seja de fato Minas Gerais (1.158 pessoas), Sergipe  (152 pessoas) tem a maior taxa de Aécios por 100.000 habitantes...  7,35 contra 5,91 de Minas... A ausência de mulheres no ministério de Michel Temer prejudicou seriamente a nossa pesquisa... É certo que há em todo o país 444.097 Alexandres, 213.266 Gilbertos e 5.754.529 Josés, para ficar em três nomes representativos do gabinete ministerial do presidente interino - bem como 8.785 Romeros, 228.718 Henriques, 33.127 Eliseus e 77.126 Wellingtons - mas que representatividade junto à população brasileira pode ter uma composição ministerial que ignora totalmente o gênero feminino... Podemos até constatar que no Brasil há 140.391 Marcelas - mas a primeira-dama se recolheu ao papel de "bela, recatada e do lar"...  Nesse ponto, o governo anterior era muito melhor servido, já que Nilma Lino Gomes representava 16.564 brasileiras... Inês da Silva Magalhães, 85.586... Izabella Teixeira, 6.676... Até mesmo Kátia Abreu carregava o nome de 163.681 mulheres...

































O primeiro discurso de Temer deixou claro uma grandes carências do país... A de Anapyon (R)...















































E quanto aos nossos colegas de rede???... O levantamento considera apenas o primeiro nome... Assim, digitar "Olavo Gosta" ou "Chico Melancia" não surtirá efeito... No que diz respeito ao Mestre, ele divide seu nome com outras 19.404 pessoas... Na lista de popularidade, Olavo ocupa a 1059a posição... Pode parecer pouca gente, no entanto, apenas na cidade onde nosso internauta-mor reside, São Bernardo do Campo, foram contabilizados 74 Olavos... Claro que o número de crianças registradas com o nome de nosso companheiro de web no município tem diminuído... Tanto que a última menção de nascimento de Olavos no gráfico do IBGE é de 1960, com 20 nascimentos contabilizados na década... Como o critério do órgão conta nos municípios apenas os nomes com mais de dez registros, nos últimos 50 anos há  poucos pais em São Bernardo dispostos a batizarem seu filho em homenagem ao Mestre... Considerando-se o Brasil como um todo, houve até um certo crescimento... De 1.559 nascimentos em 1990, chegou-se a 2.000 nascimentos em 2000... O estado onde há o maior número de Olavos é o Rio Grande do Sul... No caso do Melancia, não é difícil entender o motivo porque ele prefere ser chamado de Francisco... 1.772.196 pessoas são seus xarás... Estamos diante do 6o nome mais popular no país... Mais comum no Ceará... Em 1960, registrou-se durante a década anterior 331.643 nascimentos, o ápice de Francisco nos recenseamentos do IBGE... Houve uma queda ligeira, mas ainda assim nosso colega de rede entrou na estatística junto com os 285.827 nascimentos acontecidos entre 1970 e 1980... O decréscimo continuou, e tivemos apenas 124.071 novos registros em 2000... Nisso lembra a novela "Velho Chico"... Entrou em declínio quando chegou a fase contemporânea, digo... Uma observação... Há 1.023 pessoas registradas como Chico...  O Doutor Kenji, ao verificar o site do IBGE, constatou que há 761 pessoas no Brasil com seu nome...  Na lista de popularidade, é o 10.095o colocado... Ao contrário de muitos nomes mais populares, o registro de novos Kenjis está em alta... O ápice foram as 162 pessoas nascidas entre 1930 e 1940... A queda aconteceu até 1970, quando havia apenas 56 novos registros... Depois, a tendência é sempre de aumento...  60 pessoas em 1980, 86 em 1990 - lembrando que o doutor não nasceu no Brasil, país para onde veio com seis anos de idade - e 113 em 2000... Um avanço que muito alegra o nosso companheiro de web... Tanto quanto o fato de haverem 225 xarás na cidade de São Paulo... Júlio, com 336.030 homônimos em todo território nacional (81o mais comum), teve uma ascensão meteórica até 1980 - quando entramos na lista entre os 75.580 nascimentos registrados na década anterior - e depois caiu para 58.593 em 1990 e 57.084 em 2000... Cabe lembrar que a pesquisa não considera a utilização de acento no nome, o que geraria uma estatística à parte... Ao contrário do que o Boninho imagina, Juliana é um nome bem mais popular - 564.706 pessoas, 29o colocado na lista... Até 1960, o aumento de registros seguia um ritmo muito baixo... A disparada aconteceu entre 1970 - 55.257 nascimentos - e 1980 - 229.182 nascimentos... Ainda assim, o registro de novas Julianas sofreu também uma queda forte - apenas 89.910 registros em 2000... O diretor de núcleo do BBB tem outras preferências de nomes, como Munik, por exemplo, que dá nome à vencedora da última edição do "reality-show" e a outras 171 brasileiras... Ops!!!... O primeiro registro expressivo é de 1980, com 55 nascimentos na década anterior... O auge ocorreu em 1990, 60 registros - certamente influenciados pela presença ilustre de Monique Evans ao longo da década de 1980 - e em 2000, queda - 41 nascimentos... Como a pesquisa só considera os estados com mais de 15 pessoas que tenham um mesmo nome, sabemos que há 30 Muniks no Rio de Janeiro e 50 em São Paulo... Goiás, estado de origem da campeã da BBB, ficou de fora da estatísica... Mais representado é o seu quase-ficante Renan, com 171.593 homônimos... 75.506 nascidos durante a década de 1980, justamente no apogeu do jogador de vôlei que o Bial citou no paredão que eliminou Juliana, e certamente serviu de inspiração para o nome do modelo...  Para quem curte dupla sertaneja, o Brasil tem 13.180 Ronans... Ainda bem que há em benefício de Munik 3.089.850 Anas - terceiro nome mais popular - e 92.288 Geraldas... 


























































Pode por no gráfico... Depois de uma queda constante, o nome Olavo voltou a ser muito utilizado...

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