sábado, 6 de fevereiro de 2016

Um Carnaval à moda mexicana...

Também no México o batuque tradicional marca o ritmo dos que comparecem à rua para dançar...






































































Um anúncio da Globo dá a entender que apenas no Brasil o Carnaval é uma festa repleta de agitação e alegria... O que a emissora não sabe é que em outros países também se trabalha forte na folia... No México, por exemplo, fazem festa até no Dia de Finados... Que são dois, a poprósito... Um comemorado em 1o de novembro, dedicado às crianças e adolescentes, e outro, na data tradicional de 2 de novembro... Uma comemoração multicolorida, como na abertura da série "Pé Na Cova"... É comum comparecer aos cemitérios e deparar com túmulos enfeitados com fitas e balões...  Também estão por toda a parte os personagens que representam essa visão risonha da morte... As "catrinas" (e seu equivalente masculino, o "catrin"), esqueletos vestidos com os mais diversos trajes... Não é dificil encontrar "catrinas" feitas de "talavera" - um tipo de cerâmica - com trajes luxuosos, sombreros, mariachis ou mesmo dirigindo ônibus...  As cerâmicas multicoloridas também costumam retratar simpaticas "ranas", as nossas rãs... Alis, por falar em cores, os trajes que evocam os povos nativos do México são pautados pelo respeito às tradições... Ninguém poderá dizer que a passista represesenta um estereótipo preconceituoso... Muito menos a fantasia será apontada como exemplo de incorreção política, vide a repercussão nas redes sociais da campanha contra o uso da fantasia de "nega maluca"... Alguns pensam que o mundo está ficando muito chato, sem perceber que seu próprio comentário é uma chatice, típica de quem acha que discussão de idéias é que nem Super Trunfo, que você bate uma carta e ganha a parada... O que acontece é um aumento da consciência e da contestação à situações que muitos consideravam parte da ordem natural das coisas... Como bebês fantasiados de policiais com algemas e cassetetes... É possível ter uma diversão saudável no Carnaval com fantasias que não reforcem preconceitos, como é o caso da Alessandra Negrini saindo no bloco do Baixo Augusta... Se bem que... O que pouca gente sabe é que a atriz, conhecida de outros carnavais na região, pegou o vestido de noiva com que o internauta Chico Melancia costuma correr a São Silvestre sem avisar... Só restando ao nosso colega de rede se vestir de Chapolin...























A preparação para a festa é cuidadosa, sendo que nenhum detalhe do visual pode ser esquecido...


























































Assim como no Brasil, a história e a cultura do México é muito rica, servindo como uma grande fonte de inspiração... Os povos nativos possuem muitos mitos e lendas, como a de Quetzacotl... A serpente emplumada... Pense na alegoria que esse ser mítico renderia, tomando cuidado para não acabar com as penas das aves da região... A bateria pode vir caracterizada como os guerreiros atlantes, águias ou pumas... As próprias pirâmides de Teotihuacan, dispostas dos dois lados de um imenso corredor, poderiam ser um cenário como o sambódromo... Há o mito da origem do brasão de armas do México, a águia pousada sobre um cacto, ou a história das aparições da Virgem de Guadalupe... As celebrações pela padroeira do país costumam ter a presença de grupos vestidos com trajes nativos, que fazem apresentações de dança marcadas pelo ritmo da percussão... Os jardins com esculturas representando cenas bíblicas em uma praça de Querétaro lembram as alegorias de nossas escolas de samba... Tem até uma representação do amornado, do costa-oca, do caninana, do sete pele, do rubro...  A história dos povos nativos e da colonização espanhola está repleta de personagens fascinantes... Como Cuhaltemoc Malta Cevada, que fazia cerveja e a quem queimaram os pés... Ou o explorador espanhol que chorou na Árvore da Noite Triste... Sim, Cortez... Alberto Cortez... Chegando a guerra da independência, há a Corregedora, o cura Hidalgo - que criou o estandarte que servia de símbolo para a luta, e hoje em dia temos padres que conduzem estandartes de escolas de samba - Morelios, Guerrero... Temos Benito Juarez, o único indígena a presidir o México e sua Reforma, o imperador Maximiliano de Habsburgo e a imperatriz, os revolucionários Pancho Villa e Emiliano Zapata, Enrique Borja, Hector Bonilla, Ramón Valdés... Ainda que os mexicanos em geral se apeteçam mais pelo irmão dele, Tin Tan... Não podemos nos esquecer do primeiro vice-rei da Nova Espanha, Antônio de Mendoza, e dos de personagens da História do Brasil mencionados nas aulas do Professor Girafales... Uma versão atualizada do famoso "Samba do Crioulo Doido", Stanislaw Ponte Preta... Os tamoios, os caquis, os lambaris...  Tiradentes, cujo maior inimigo era o cara que o desenhou nas notas antigas de 5 cruzeiros... Dom Pedro I, que deu gritos do Ipiranga... Duque de Caxias, que tomou Itororó e repetiu... Tarcísio Meira, o conquistador da Velha Carcomida... Luis Pereira, porque eu quero ser o Luis Pereira, e assim por diante... Alis, como lembram os chavesmaníacos, neste Carnaval não sigam o exemplo do Quico... Nada de comer confetes... 
























O traje das passistas está perfeitamente em sintonia com os valores históricos da cultura local...
























































Em termos de fantasias,  o México também apresenta múltiplas e variadas opções... O Mestre há muitos anos usa no Baile Gala OG, realizado na Estância Alto da Serra, em São Bernardo do Campo, o modelito "mocorongo almofadinha vestido de marinheirinho", em homenagem a seu ídolo Carlos Villagrán... Alis, como os internautas devem saber, nosso internauta-mor sera dublê de Villagrán, que fará o papel de Melquior, quer dizer, de malfeitor, no filme "Como se tornar o pior aluno da escola", de Danilo Gentili...  O internauta Chico Melancia é a sensação do Baile Ipirangay, no Clube Atlético Ypiranga, com seu traje de Colorin Chaporado, quer dizer, de Chapolin Colorado... Todo mundo pensa que ele é o Chato Resto, que não emagreceu para a filmagem da série, digo... As meninas pintam sardas no rosto, colocam um óculos sem lentes, vestido verde, casaquinho vermelho e estão prontas para encarnarem a Chiquinha... Uma máscara no rosto e o folião se transforma em um astro da luta livre, como o Santo, pronto para enfrentar a perestroika de Gorbachev - ou comparecer aos jogos da seleção mexicana, nem que seja para cornetar o Osorio... Para o pessoal mais "cabeça", uma opção é se vestir de Frida Kahlo... Até o internauta Chico Melancia se fantasiaria como a pintora... É só colocar uma saia longa, uma bata, flores no cabelo e fazer a sobrancelha... Isso se o nosso colega de rede não preferir se fantasiar de ave-do-paraíso, quer dizer, de torcedor da Colômbia, ou melhor, de guerreiro azteca... Porque os aztecas não se dedicavam apenas ao futebol, Quico... Não podemos nos esquecer também das "piñatas"... Chamadas na dublagem da MAGA para o episódio em que a vila é enfeitada como se fosse um botequim de roça de "pichorras"... Nas cidades mexicanas, é comum ver na entrada de estabelecimentos comerciais várias "piñatas" dependuradas, para fazer a alegria da garotada... Elas também são utilizadas com finalidades decorativas, até mesmo no hotel que o pessoal da vila do Chaves ficou em Acapulco... Porque como diz o título em português do referido episódio... "Sem pichorra não há festa"... Então, para que comece a diversão, vamos quebrar a "pichorrinha", Senhorita Clotilde... Mas sempre tomando o cuidado de não confundir a "pichorra" com a mulher do Senhor Barriga...



































E como lembra aquele famoso episódio do "Chaves", "Sem pichorra não há festa"...

Nenhum comentário:

Postar um comentário