segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Visitando a Vila na Terra de Poucas Trancas...

Doutor Kenji compareceu à vila do Chaves para realizar um sonho... Dar uma beliscadinha na coxinha...
























































A região da Barra Funda é conhecida por ser o bairro preferido do famoso delinquente apelidado de Poucas Trancas para cometer seus crimes... Sendo responsável por 98 delitos – seriam 96 – por ter tirado 81 vidas – seriam 18 – assaltado o Express de Chicago, o banco de New York, destruído o museu de Washington e ultrapassado o sinal na Avenida Itaim... Anda sempre com arma – não com 45, apenas uma – e usa máscara de contato...  Indiferente aos riscos, o Doutor Kenji decidiu comparecer ao Memorial da América Latina, na região da Barra Funda, para visitar a réplica da vila do Chaves... A qual não conseguiu comparecer no shopping de Suzano ano passado, devido às grandes filas que se formaram no local, pois a visitação era gratuita... O máximo que nosso colega de rede conseguiu foram algumas fotos, tiradas do lado de fora, além de um desenho do Spectreman feito pelo quadrinhista Eduardo Vetillo, que também cuidava das histórias do Chaves e do Chapolin que saíam nos gibis publicados pela Editora Globo...  Desta vez, com visitação paga e hora marcada, o doutor poderia conhecer de perto a vila... Antes, nosso companheiro de web visitou a exposição “A Turma do Chaves – Caricaturas em Homenagem a Bolaños”... Ficou muito impressionando com uma charge do professor Girafales, que evocava o desenho feito pelo Quico, a cabeça do girafão comprido e o corpo de linguiça, aquele que só falta fritar, mas que fez com que o Chaves merecesse um prêmio, uma caixa de biscoitos... Outro desenho que lhe chamou a atenção foi o do seu Madruga dando aula para as crianças e mostrando na lousa o desenho de uma caveira que quer dizer PRE-RI-GO...  Também se admirou da criatividade do desenhista que fez o corpo do Chaves com a frase “Enquanto houver um sorriso inocente, o Chaves será eterno”...  Solidarizou-se com o cartum que registrava uma das frases mais famosas do Chavinho...  “Prefiero morir antes que perder la vida”...  Continuando a percorrer a exposição, percebeu que Thor não conseguiu erguer a marreta biônica do Chapolin e que uma criança segurava a mesma marreta e apontava para um barril dizendo... “Com isso fez todo mundo rir”...  Opa, este desenho aqui já saiu na capa de um livro sobre as séries de Chespirito... Neste outro, a marreta biônica ganha o logotipo do SBT para fulminar Globo, Record e Band... Aquele ali tem Chespirito caracterizado como o repórter Vicente Chambon e anteninhas de vinil, iguais a do Chapolin, indicando sua data de nascimento... 21 de fevereiro de 1929... E o Doutor que estava certo de Bolaños ter nascido em setembro... Dois desenhos variam a mesma ideia, um barril com a cara e o boné do Chaves... Alis, Kenji ficou impressionado com o fato dos caricaturistas ressaltarem o nariz de Chespirito... Ah, como era grande... Era enorme!!!... Falando sério, lembrança dos 43 estudantes mexicanos desaparecidos no estado de Guerrero, no México, em um dos desenhos é bastante oportuna... Ainda que o internauta esteja prestando atenção no cartum que alude ao episódio do Chaves “A Casa da Bruxa”... E mais adiante, no que cita o filme “O Iluminado”, fazendo Chaves andar no triciclo do Quico e encontrar a Chiquinha e a Pópis bancando as gêmeas... A trouxinha do Chaves com a mensagem “Adiós Bolaños” também é uma excelente sacada... Outros visitantes da exposição preferiam assistir o episódio “Recordações”, que era projetado em uma das paredes do recinto da exposição... Afinal, Frederico não era feio... Era idêntico ao Quico!!!... 





























































Na falta de uma lavadora com roletes, Kenji conferiu se havia porcarias no tanque de lavar roupas...




















































Perto da hora marcada para entrar na vila, o Doutor Kenji pega o print do ingresso que comprou pela internet e encara a fila... Um monitor dá as instruções aos visitantes – nesta vizinhança estão proibidos os animais, crianças pequenas, comida e bebida - e confere as entradas antes de dar acesso a réplica da vila, montada dentro do Pavilhão da Criatividade Latino-Americana do Memorial... No lado oposto à porta da vila, há uma réplica do barril do Chaves para fazer fotos... Só que a fila é grande demais... Há outro barril, mais perto da fachada da barbearia... Nesse o Doutor consegue ser registrado, como que se escondendo do boneco de papelão do Chaves ao seu lado... E não adianta bater na porta da barbearia que ela está fechada...  Para entrar na vila, mais fila...  O internauta faz um gesto com as mãos indicando que o pátio está com alta demanda... Nem na Festa da Boa Vizinhança havia tanta gente... O jeito é fotografar as caixas dos revolvíveis... Kenji consegue sentar na escada que da acesso à casa da Dona Paraíso, quer dizer, da Dona Glória, e consegue fazer uma foto...  Também queria ver se a Paty – Pra mim??? – estava, mas foi desaconselhado por um monitor a não subir até a porta do 23... O jeito é olhar para o teto da vila, que na verdade é o do pavilhão do Memorial... Descendo a escada, Kenji vê a fotografa oficial da exposição, mas evita a fila para e vai para o tanque de lavar roupas... Quer saber se tem água na torneira e porcarias – quer dizer, barquinhos – dentro do tanque... Como ele está vazio, é possível que Dona Florinda tenha comprado outra lavadora... Com rodízios ou com roletes???... Essa é uma dúvida que só poderia ser resolvida pelo irmão de Chespirito, Horário Goméz Bolaños, mais conhecido como Godinez, autor de um dos poucos episódios das séries que não foram escritos pelo próprio Roberto...  Em frente à janela da casa 14, há dois triciclos, um amarelo e um azul... Quando um garoto deixa o triciclo amarelo e vai ser esconder debaixo do tanque, nosso colega de rede aproveita para fazer seu registro, depois de se certificar que não se trata do Quico transformado por uma bruxaria da Senhorita Clotilde... E olhar para a garota que está ao lado do triciclo azul, que também não é a Bruxa, quer dizer, a Senhorita Clotilde que realizou um feitiço para ficar jovem e bonita, digo... Lembrando que precisa entregar um jornal à Bruxa, quer dizer, à Senhorita Clotilde, nosso companheiro de web bate na porta da casa 71 da vila... Não está aberta...  Tampouco a da casa 14, onde mora a Velha Coroca... Pelo menos não levou um banhaço de água fria... Também tentou ver se conseguia dar uma beliscadinha na coxinha, entretanto a janela do 71 também estava fechada... Infelizmente, não deu para realizar seu grande sonho... Com certeza, a Dona Clotilde deve ter ido naquela convenção de bruxas em Bogotá com a Clarice Lispector, digo...  O pátio da vila continua cheio e o internauta resolve imitar o Chaves usando o estilingue para caçar lagartixas... Ao ver uma brecha na casa do Seu Madruga, o internauta corre para a casa 72, mais rápido do que o Senhor Barriga quando vem cobrar o aluguel... Na sala, ao lado da porta, está uma cômoda com uma televisão de segunda mão... Que não funciona... Como é que o Doutor vai conseguir ver o jogo na “Lemanha”???... O seu impulso é erguer o televisor e atirá-lo no chão,  porém o monitor avisa que está falando luz em todo o cortiço, quer dizer, não é permitido mexer nos objetos da casa...  Melhor tentar uma foto  na parece onde estão as flâmulas e o retrato da Chiquinha ou fazer um registro ao lado das luvas de boxe e dos troféus conquistados  pelo Seu Madruga em seus tempos de lutador... Posar ao lado do quadro com a foto do Madruguinha também é uma excelente opção... Mas depressa, porque o internauta já está atrasado... O tempo de visitação para cada grupo é de 25 minutos, e os visitantes são renovados a cada meia hora...


















































Tanta fila para visitar a vila e colocaram porcarias de segunda mão na casa do Seu Madruga...





















































































Na saída da réplica da vila, há uma “Loja do Chaves”, com produtos oficiais licenciados alusivos aos personagens de Roberto Gomez Bolaños... Se o Doutor Kenji estivesse cursando o ensino fundamental I, certamente levaria uma mochila do Chaves... Será que seu porta-remédios que também serve como porta-moedas cabe dentro dela???... A mochila com rodinhas custa R$ 129, sem rodinhas R$ 99... A caneca também é bastante apetecível, mesmo sem ter nada dentro para tomar... Nem suco de tamarindo, refresco que é de limão parece limão e tem sabor de limão ou água-de-jamaica... Custa apenas R$ 35... Outra opção de lembrancinhas são o livro-diário, em formato de revista, ilustrado com os personagens do desenho do Chaves... Ao preço de R$ 10... “Compartilhe suas aventuras com a turminha mais animada da vila”... Se bem que... Em se tratando de compartilhar, nosso colega de rede deixa pelo Facebook ©... Por R$ 14,99 é vendido um livro de adesivos... “Curiosidades incríveis sobre a série mais animada da TV!!!”... Além disso... “Mais de 200 stickers para você colecionar!!!”... Que entre os adesivos haja alguns de xícaras de café e pinceis de pintura, nosso companheiro de web até entende... Mas o que as câmeras Polaroid © tem a ver com a série???... Afinal, a única máquina fotográfica que esteve em ação na vila era o jumento de garimpeiro do Seu Madruga, digo...  Também são vendidas camisetas por R$ 35, chaveiros por R$ 15, adesivos avulsos por R$ 5 a unidade e máscaras, também à R$ 5... Daquelas que pedem para você tirar depois que já retirou... Ops!!!... Sem maiores recursos, Kenji  prefere comparecer nos tapumes que cercam o Auditório Simón Bolivar, em reforma depois de ser atingido por um incêndio em novembro de 2013... O Doutor pode não ter um jumento de garimpeiro, mas sua câmera Lumia da Panasonic © serve para registrar os cartazes lambe-lambe pedindo “Mais amor, por favor” e o grafite do Chaves fazendo o gesto do “Isso, isso, isso!!!”... Antes de retornar à estação Porcaria-Barra Funda do Metrô, o internauta encontra-se com “cosplayers” do Chaves, Nnoho e Quico... Estar do lado do bochechudo fez o nosso colega de rede sentir uma irresistível tentação de imitar o Seu Madruga... Ou talvez o Kassamba Urinawa... O fato é que nosso companheiro de web não perdoou o cover do mocorongo almofadinha vestido de marinheiro e tacou-lhe um beliscão... Ainda bem que não tinha nenhuma Dona Florinda por perto, digo...



























Na falta de coxinhas bem gordinhas, o jeito foi dar uns bons beliscões no Quico...

Nenhum comentário:

Postar um comentário