segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Mirando Mais o Mundo Mágico de Miguel...


Logo na entrada do parque há um antigo bonde da CMTC de São Paulo que foi transformado em ônibus...






































































(Publicado Originalmente em 27 de dezembro de 2019...) No parque Valdisnei Hollywood Studios, na região de Orlando, há uma exposição chamada “One Man’s Dream” – sonho de um homem – que resgata a trajetória de Valdisnei na busca pela realização de seus sonhos, entre os quais estão os parques temáticos hoje presentes não só apenas nos Estados Unidos, mas também na China, França, Hong Kong e Japão... Embora o Brasil espere pela construção de um parque do Valdisnei em seu território pelo menos desde a inauguração de Brasília, em 1960, o país também possui  exemplos de pessoas visionárias que sonharam em construir um grande centro de entretenimento para os brasileiros... E não estamos falando aqui de José Vasconcelos e sua Vasconcelândia ou de Beto Carreiro e o respectivo Beto Carreiro World... O sonhador neste caso é Walter Miguel, que construiu na região da cidade mineira de Poços de Caldas o parque temático Walter World... Parte de um complexo que inclui o hotel e parque aquático Thermas Resort Walter World...  Ou como está escrito na placa colocada logo abaixo de seu retrato, na entrada do parque... “Pela persistência e fé, respaldadas na sinceridade dos que creem na perfectibilidade humana, não tardará que o impossível mude-se no difícil e este no possível, a depender tão só do que tenhamos  no íntimo... Não importam e nem se contam os tropeços da caminhada,  o importante é caminhar na perseguição consciente da meta a aringir-se mesmo que custosa e por vezes aparentemente inatingível... Nós confiamos em Deus”... Walter, que fundou com os irmãos Waldir e Waldemar a rede de hotéis Nacional Inn, que inclui também as bandeiras Dan Inn e Golden Park Hotel, teve a ideia de construir o parque em 1972... A inspiração confessa é uma visita ao Valdisnei World – no caso de José Vasconcelos foi o comparecimento um parque na Califórnia chamado Knott’s Barry Farm, hoje conhecido como “o parque do Snoopy”, onde foi gravada a série “Os Trapalhões em Los Angeles”, exibida no programa humorístico da Globo em 1985...  Walter perdeu a vida em um acidente de carro, porém os irmãos transformaram seu sonho em realidade no dia 6 de novembro de 1997, com a inauguração oficial do parque... Por apenas 60 reais – menores de 10 anos, maiores de 60 e estudantes com carteirinha atualizada pagam meia – o visitante tem acesso a um parque de lazer completo, que inclui um zoológico, o Zoo World e o Museu do Exército Brasileiro... “Em um parque nada se tira, a não ser fotografias, nada se deixa, a não ser pegadas, e nada se leva, a não ser boas lembranças”,  destaca a placa ao lado da bilheteria... Logo na entrada, é possível apreciar um tanque de guerra e um bonde fechado Centex, que rodou na cidade de São Paulo e foi adaptado para funcionar sobre pneus pela extinta CMTC, antes de ser trazido para Poços de Caldas...  Sendo que dentro do parque há mais dois bondes, abertos, mas também motorizados...  Adquirido o ingresso e atravessada a catraca, temos uma capela, a montanha-russa Dragão – fechada em dias de chuva – e sanitários... Logo depois de um avião original da Esquadrilha da Fumaça da FAB, o Memorial Poços de Caldas, um pavilhão sobre a história do município mineiro e do próprio Walter Miguel, incluindo a exposição de um “Ford de Bigode”, um Jeep modelo 1953, com placa de São Carlos, e dois Fuscas, um bege e um cinza... Então é por isso que Poços de Caldas é conhecida como a “Cidade dos Fuscas” – e aqueles dois veículos são só o começo... 























Walter World possui uma versão da "Splash Mountain" especialmente destinada para a garotada amiga... Ops!!!...
















































































































Seguindo pelas alamedas do parque, o visitante comparece ao “World Showcase”... Ou seja, lanchonetes e restaurantes instalados nos pavilhões da Argentina, Suíça, Itália, Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha e México... O espaço da Argentina, por exemplo, é uma réplica da Casa Rosada, sede do governo em Buenos Aires... No pavilhão do Japão, vide “tori” na entrada, funciona o restaurante especializado em comida mineira “Japão Country”... No do México, além da lanchonete, há uma sorveteria... Alguns espaços têm outras funções, como o dos Estados Unidos, reprodução em escala menor do “Hall of Presidents” do Valdisneiworld, que abriga uma loja maçônica, e a “Estação do Terror”, vide cabeça ensanguentada na porta... Perto dali, está o Carrossel, Casinha de Bonecas – cercada por Patrícia Espinoza e os sete Churin Churin Fun Flays, digo, Branca de Neve e os Sete Anões – Roda Gigante – que é descrita como o “espelho da vida” – “Momentos por baixo, momentos ao meio, momentos ao alto, Sejamos humildes, Confiamos em Deus”  – Twister, Barco Pirata, Tapete Voador, Free Fall, um  trator Fordson,  estação do Monotrilho – que ao contrário do sistema existente na região central da cidade está em funcionamento...  Descendo, chega-se  ao Castelo Encantado, um espaço especialmente concebido para as crianças pequenas, vide Xícara Maluca, Carrossel, Caminhãozinho e Aviãozinho, além de expor tratores, veículos militares, Pato Donald pistola, Cinema 6-D... No local, Papai Noel comparece com sua “sócia” – Mary Christmas – para fazer fotos e ouvir os pedidos da garotada amiga com vistas ao Natal...  Logo depois, há o Splash, em versões adulta e infantil – este com um único barquinho, com capacidade para duas crianças... Em outro pavilhão, com a Maria Ffumaça infantil, mais Fuscas... Sete ao total... Dois conversíveis, dividindo o palco com uma caminhonete Chevrolet 1929, e dois azuis, para ninguém esquecer de bater na cabeça de outrem... Ops!!!... Os caminhos do parque são percorridos em meio a natureza, com árvores carregadas de castanhas portuguesas  e galinhas d’angola ciscando o chão e dizendo “tô fraco”... Uma escada no arvoredo leva até o Museu do Exército Brasileiro... Em cuja entrada há um toldo com carros de combate – vide caminhão Chevrolet usado no transporte de tropas... Na porta, o “slogan” do Exército – “Braço forte, mão amiga” – e um canhão...  No recinto, exposições de armas, uniformes militares, inclusive o dos alunos do Colégio Militar, ainda que a manequim pareça com Dilma Rousseff na infância, sobre a Força Expedicionária Brasileira, simulador de voo... Sim, aqui também há Fuscas, no caso, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar de Minas Gerais, este último um daqueles que diziam meter medo nos criminosos, digo...  Há um boneco representando o sargento Max Wolf Filho, que lutou na Segunda Guerra Mundial – ou seria Jonh Belushi no filme “1941 – Uma Guerra Muito Louca”??? – busto do Duque de Caxias, patrono da força terrestre brasileira, fotos da missão no Haiti, rituais de vodu incluídos, um boneco do presidente João Figueiredo em trajes civis e ostentando a faixa presidencial... Assim como no museu do Forte de Copacabana, há retrato de todos os presidentes brasileiros militares... Inclusive o atual e seu vice, que são reformados, mas essa parte pula...  






















Em meio a árvores de castanhas portuguesas e galinhas-de-angola temos o Liberty Belle, quer dizer, o Barco Pantanal...



































































Na saída  do Museu do Exército, atravessando a linha da Maria Fumaça para “adúlteros”, está o barco do Pantanal... Uma chalana com escorregador que coloca o “Liberty Belle” do Valdisnei World no chinelo... Um pouco mais à frente, depois dos marrecos de Maringá que se dirigem ao lago com canoas para passeios, encontra-se a estação da Maria Fumaça, toda construída em madeira, que abriga uma sorveteria e um fliperama com jogos clássicos:  X-Men vs. Street Fighter, DC Heroes vs. Mortal Kombat, Cruisin’n’USA, Need for Speed, Rad Rally – vide aviso do diretor do FBI, William Sessions, “Winners Don’t Use Drugs” – The King of Fighters’97...  Na saída, mais um splash, esse destinado a pessoas com alturas entre 1,20m e 1,50m... Bem em frente, temos o Mapa do Brasil, um barco em forma de carruagem da Cinderela percorrendo o contorno do país e passando por manequins com trajes típicos colocados em vitrines, vide gaúcho, baiana... Na sequência, a Auto Pista, com os clássicos carrinhos de bate-bate, o Balãozinho, a Montanha Russa – pelo tamanho, uma “family coaster”, melhor que a do Pica-Pau no Universal Studios -  e o Dino Safari...  Por onde passa a linha da Maria Fumaça e que apresenta o “banner” de “A Casa Assombrada”, uma Variant e um TL tipo “nariz de tubarão” e um Fiat 147, não que sejam representantes dos tempos dos dinossauros, mas, enfim...  Depois do pavilhão de madeira que abriga o Dino Safari, encontra-se o caminho para o Zoo World... Passando a catraca, uma trilha no meio da vegetação fechada, passando por cima de um riacho... O acesso ao zoológico é bem no viveiro das aves, com destaque para o “Pavão do Porta dos Fundos” – uma ave de penas brancas, em cujo viveiro foi colocado uma placa de saída de emergência...  Também há tartarugas em um pequeno lago e macacos-prego... Como deu para perceber, trata-se de um parque completo, com atrações para todos os gostos – na entrada, um aviso alerta para a proibição da entrada de mochilas, lanches e bebidas alcóolicas – a uma distância de 255 quilômetros da cidade de São Paulo... Que nos ónibus da Cometa é superada em quatro horas, vide paradas em Campinas, Mogi Mirim, Mogi Guaçu, São João da Boa Vista e Águas da Prata...  Da região central de Poços de Caldas, onde fica a maior parte dos hotéis da cidade, até o Walter World são dez minutos de ônibus... Na Estação Central – oficialmente denominada Walter Miguel - o visitante pode tomar as linhas R101 (Conjunto Habitacional...),R102 (Jardim Kennedy...), R104 (Jardim Esperança...), R115 (São Bento / Santa Tereza...) e T010 (Estação Sul...), todas operadas pela Auto Omnibus Circullare Poços de Caldas... Que opera basicamente com Caio Apache VIP I e II, além dos micros Caio Foz...  Para os que possuem carro há um estacionamento bem em frente à entrada do parque... Seja qual for a forma de comparecimento, o orgulho de uma realização genuinamente brasileira, gerando empregos e movimentando a economia local, é exatamente o mesmo... 







































Como todo parque temático que se preze, Walter World também tem uma excelente "roller coaster"...



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