Em 2016, a exposição em homenagem a Silvio no MIS retratou uma homenagem do apresentador a... Manoel!!!... |
(Publicado em 8 de março de 2017) A exposição “Silvio Santos Vem Aí!!!”, montada no Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, não tem paralelo com nenhuma mostra realizada no Brasil... Na verdade, a comparação mais evidente é com a “Valdisnei One Man’s Dream”, instalada no parque Valdisnei Hollywood Studios, na região de Orlando, nos Estados Unidos... Só que esta é uma mostra permanente, e a exposição sobre Silvio fica em cartaz até 12 de março... Se bem que... A exemplo do que aconteceu com o “Castelo Rá-Tim-Bum”, a exibição poderia ser remontada no Rio de Janeiro... Mais que isso, se tornar uma exposição permanente, instalada no Complexo Anhanguera, onde ficam os estúdios do SBT, quem sabe... Para aqueles que pensam que Maurício de Souza é o Valdisnei brasileiro, a comparação do estadunidense com Silvio Santos é muito mais evidente... Primeiramente, FORA TEMER... Segundo, apesar deles não terem se conhecido pessoalmente, Valdisnei e Silvio sempre tiveram uma relação muito próxima... Tanto quanto a do grupo Valdisnei com a Editora Abril, que desde 1950 publica as revistas de quadrinhos produzidas pelo estúdio... Quando a TV Tupi teve a concessão cassada em 1980, a versão de 1977 do “Clube do Mickey” passou a ser exibido pelo SBT, que iniciou suas transmissões em 1981... Silvio Santos distribuía chapeuzinhos do Mickey, popularizados pelo “Clube”, no “Domingo no Parque”... Inspirado em música de Gilberto Gil – então é por isso que teve o selinho no “Teleton” – e que por sua vez inspirou com seu cenário uma das atrações mais concorridas da Valdisneiworld, o “It’s a Small, Small World”... Então é por isso também que na região de Orlando eles tocam a música-tema do programa em incontáveis idiomas, menos o português... Em 1988, Silvio cedeu todo o espaço de seu programa para a maratona de estreia do desenho “Duck Tales” no Brasil... Não apenas passou toda a saga “O Tesouro do Sol Dourado”, como recebeu o Tio Patinhas e seus sobrinhos Huguinho, Zezinho e Luisinho no palco... Quase dez anos depois, em 1997, o SBT estreou “Valdisnei Club”, com o Comitê Revolucionário Ultrajovem (CRUJ), criação de Cao Hamburger baseado na obra de Carlos Drummond de Andrade, que revolucionou a programação infantil na televisão brasileira e reinou soberano durante uma década e meia na faixa das 18 horas... O “recall” do “Valdisnei Club” – em 2001 rebatizado de “Valdisnei CRUJ” – é maior do que o da “TV Globinho”, mesmo que não tenha exibido animes japoneses... Nos anos seguintes, foi a vez das séries – produzidas ou distribuídas pela Valdisnei – se destacarem na programação, em especial “Eu, A Patroa e As Crianças” (exibida pela ABC e distribuída pela Buena Vista, duas empresas do grupo...), “As Visões da Raven” (original do Valdisnei Channel) e “Cory na Casa Branca”, digo... Uma das músicas da trilha sonora do “Troféu Imprensa” é tocada diariamente na abertura dos trabalhos do Epcot Center, nos Estados Unidos... Hoje, a produção de Valdisnei tem espaço fixo na grade de programação diária do SBT, de segunda a domingo, com o “Mundo Valdisnei”... Enfim, se rasgarmos um pouco a seda, é possível dizer que a matéria-prima do trabalho de Valdisnei e seus seguidores e de Sílvio é a mesma... Não é algo palpável, óbvio... É o sonho, a fantasia, a alegria, o lúdico... O nome da mostra estadunidense – em português, algo como “O Sonho de Um Homem” – também poderia servir para a exposição brasileira... Era bem capaz, caso Silvio não tivesse resolvido os problemas de direitos da música “Silvio Santos Vem Aí”, digo... Logo na entrada da exposição “One Man’s Dream”, o visitante observa fotos de Valdisnei em diversas épocas de sua vida, desde a criação do Mickey, em 1928, até a inauguração do primeiro Reino Mágico, na Califórnia, em 1955... Depois, começa o percurso da vida de Valdisnei, a partir de sua infância na pequena cidade de Marceline, no Misouri... A exibição sobre Silvio Santos começa direto em sua infância no Rio de Janeiro, entre as regiões da Lapa e do Centro... Mais do que isso, a mostra começa em “petro-e-bancro”... Nessa parte estão as idas ao cinema da infância, o trabalho de camelô na adolescência, a atuação nos alto-falantes das barcas entre Rio e Niterói, o começo no rádio em São Paulo, os shows em circos da “Caravana do Peru que Fala”, o início do Baú da Felicidade, os primeiros programas de “tevelisão”... A exposição fica colorida com o surgimento do SBT, com destaque para os programas “Qual é a Música”, “Namoro na TV”, “Show de Calouros”, “Porta da Esperança”, “Topa Tudo por Dinheiro” e “Show do Milhão”... A mostra sobre Valdisnei traz objetos relacionados com sua vida... Tais como a primeira mesa de trabalho em animação, a câmera multiplano usada no filme “Branca de Neve e Os Sete Anões”, primeiro longa de animação do estúdio, o escritório na década de 1940, produtos relacionados aos desenhos, filmes e o “Clube do Mickey”, televisores mostrando cenas dos primeiros programas de televisão, maquetes de atrações da Valdisneilândia da Califórnia, figurinos dos filmes “O Doce Verão dos Meus Sonhos” e “Vinte Mil Léguas Submarinas”, o robô animatrônico de Abraham Lincoln, apresentado na Feira Mundial de Nova York, em 1964... No entanto, a única reconstituição de ambiente da exibição é a do estúdio em que Valdisnei apresentou seu projeto para o Epcot, bem diferente do parque atual, em 1966, poucas semanas antes de render 35 pontos no “Bolão Pé-na-Cova” e ser congelado, Neal Gabler... Na exposição sobre Silvio Santos, há várias réplicas de cenários de programas... Mais do que isso, elas são interativas... O público pode se sentar no trono do “Boa Noite Cinderela” – inspirado no clássico de Valdisnei ou na modalidade de crime??? – falar ao microfone no “Cidade Contra Cidade”, participar da brincadeira do foguetinho no “Domingo no Parque” – não, Doutor Kenji, não foi a Eliana que inventou esse quadro, popularizado no México pelo comediante Chabelo com o nome de “catafixia” – sentar nos bancos do “Namoro na TV”, girar o Pião da Casa Própria no “Qual é a Música”... Um modo bem simples de ilustrar algo que é muito caro a Silvio, a linguagem autoritária da persuasão, quer dizer, o contato com o público... A exposição nos Estados Unidos não tem nenhuma das estatuetas do Oscar (C) ganhas por Valdisnei, enquanto que a mostra no Brasil tem o "Oscar" de Silvio Santos, o Troféu Imprensa, onde os visitantes podem tirar fotos... Levar para casa não dá, porque o troféu está preso em uma bancada de acrílico... A maior semelhança entre as duas exposições é o retrato que fazem da infância de Valdisnei e Silvio... Não só pelas fotos de criança, mas também pelo fato de estarem envolvidos pelo universo do entretenimento desde pequenos... Valdisnei no “Penny Arcade” de Marceline e Silvio Santos na Cinelândia no Rio de Janeiro... O cinema é uma lembrança marcante de ambos... Valdisnei com a versão live-action de “Branca de Neve e Os Sete Anões”, de 1916, Silvio com o filme musical “Sempre no Meu Coração”, de 1942... Porém, se a carreira cinematográfica de Valdisnei seria o alicerce com que construiu seu império, desde as “Comédias de Alice”, em 1923, Silvio teve uma investida solitária no cinema, com o filme “Ninguém Segura Essas Mulheres”, de 1976... Título que é desmentido por seu elenco masculino, encabeçado por Jece Valadão, Jorge Dória e Tony Ramos, que estourava os níveis de testosterona nas telas... Silvio pode não ter feito desenhos animados de longa-metragem baseados em clássicos da literatura infantil, mas registrou a sua versão dessas histórias em disquinhos distribuídos para os compradores dos carnês do Baú, e ilustrados por Eli Barbosa, que não era irmão de Valdisnei, mas de Benedito Ruy Barbosa... Mickey Mouse, Pato Donald, Os Três Porquinhos, Pinóquio e outros personagens valdisneianos serviram de modelo para toda uma série de brinquedos... Silvio começou o Baú da Felicidade ao herdar um negócio de carnês para venda de brinquedos que Manoel de Nóbrega (Manoel!!!) queria fechar... Também emprestou sua imagem para os jogos de tabuleiro “Só Compra Quem Tem”, “Sua Majestade, o Dado” e “Boa Noite Cinderela”... Sem contar os brinquedos da Estrela ® distribuídos durante o “Domingo no Parque”... Outra semelhança é o papel da televisão como impulsionadora de seus empreendimentos... No caso de Valdisnei, o programa “Valdisneilandia” teve grande influência na construção dos parques temáticos... Silvio usou a televisão para expandir o Baú da Felicidade e tornou-se auto-suficiente na produção de programas, o que culminaria nas concessões da TVS carioca, em 1976, e das emissoras do SBT, em 1981... Cujo carro-chefe eram os programas apresentados pelo próprio Silvio... Valdisnei também apareceu na frente das câmeras, no filme “O Dragão Dengoso”, e apresentando documentários sobre a vida selvagem, lembrados na exposição estadunidense... Silvio Santos flertou com a política, algo que Valdisnei, um notório conservador, resumiu a filmes de propaganda de guerra, doações a candidatos e a busca de facilidades para a instalação de seus parques... Embora com finalidades diferentes, não há como ignorar a similaridade das plantas e desenhos do Complexo Anhaguera – que chegou a se chamar “Silviolândia” em um projeto não executado – com os mesmos itens, relacionados à Valdisneilândia... Alis,a fachada da exposição na entrada do MIS ficaria muito bem em qualquer parque temático de Valdisnei nos Estados Unidos... Uma reprodução do terno com que Silvio apresenta seu programa ainda hoje, encimada pelo famoso microfone no colarinho, este substituído por um acessório colocado no rosto do apresentador... A entrada do recinto da exposição de Valdisnei poderia ser confundida com um cinema ou um teatro... Mais um indício que o sonho daqui é maior que o de lá...
(Publicado em 10 de março de 2017) A exposição “Silvio Santos Vem Aí”, montada no Museu da Imagem e do Som (MIS) em São Paulo, começa em preto-e-branco... Como os filmes que o pequeno Senor Abravanel assistia na Cinelândia carioca... Um deles é exibido para os visitantes, “Sempre em meu coração”, de 1942... Típico filme musical dos grandes estúdios estadunidenses da época, que normalmente tinham como protagonistas adolescentes cantoras, Gloria Warren... Eram os grandes campeões de bilheteria de então, ainda que Senor e seu irmão Leon (Léo Santos...) sempre arrumassem algum jeito de entrarem no cinema sem pagar... Até a camisa do Fluzinho, time de coração do garoto nascido na Lapa carioca, morador da Travessa Bem Te Vi, esquina com a Rua do Senado, que fez o primário na Rua do Lavradio e o curso de Contabilidade no Largo do Machado, é em tons de cinza... O pai, Alberto Abravanel, judeu emigrado da Grécia, queria registrá-lo como Don, mas o escrivão do cartório não aceitou, e ele teve que colocar Senor, de Señor, e nome de seu pai... Só que a mãe, Rebeca Caro, preferia chama-lo de Silvio... Alberto possuía uma loja de artigos para turistas, que perdeu devido a dívidas de jogo – a exposição não menciona, mas Silvio não joga quando vai a cassinos no exterior – e levou Silvio, ainda estudando contabilidade, a apostar em jogadores de sinuca dos bilhares da Lapa e depois a ser camelô... Uma indicação do chefe da fiscalização o levou para um teste na Rádio Guanabara, onde tirou o primeiro lugar entre os locutores... (A mostra não cita que Fernanda Montenegro, no mesmo teste, foi primeira colocada na seleção de radioatores...) O nome artístico Silvio Santos surgiu aí... O trabalho de locutor o levou até a Rádio Continental de Niterói – nesse meio tempo, fez serviço militar, onde se tornou paraquedista, vide paraquedas com a foto do recruta Silvio – e lhe deu a ideia de criar um serviço de alto-falantes nas barcas que saíam da Praça 15... Com bar incluído, para assegurar o faturamento... Durante um período que a barca esteve em reparos, Silvio veio para São Paulo e tornou-se locutor da Rádio Nacional, vide rádios aparelhos Saba e Trans-Globe... Ali conheceu Ronald Golias e Manoel de Nóbrega (Manoel!!!...) e seu filho Carlos Alberto, que faziam o humorístico “A Praça da Alegria”... Golias seria uma das atrações da “Caravana do Peru que Falava”... No caso, o “peru” era o próprio Silvio, que ficava com o rosto muito vermelho quando falava... A fase das apresentações em circos é representada por um jipe, cartazes feitos a mãos e uma tenda de circo com um boneco de ventríloquo... Sinforoso, é você???... Manoel oferece para Silvio um negócio de venda de brinquedos por meio de carnês... A ideia era encerrar o empreendimento – que ficava num porão na Rua Quirino de Andrade, no Centro paulistano, a exposição também não cita esse fato , só o porão, em quadrinhos sobre a vida de Silvio – mas Silvio assumiu o Baú da Felicidade... Vide reproduções de carnês com o Zé Apostador... Essa atividade o levou à televisão, com os programas “Vamos Brincar de Forca???” e “Pra Ganhar é Só Rodar”, exibidos pela TV Paulista em horários alugados, que seria adquirida pela Globo em 1965... Então é por isso que Silvio era global... As revistas da época exibidas na mostra atestam que Silvio Santos passou a ser comparado a César de Alencar, considerado o maior apresentador de programas de auditório do rádio brasileiro... Silvio foi além, criando sua própria estrutura de produção televisiva, vide câmera RCA TK-60 igual à da Globo carioca, presente na exposição... Na Globo, e depois na Tupi – vide panelão de luz com o logotipo da emissora - surgem os programas “Boa Noite Cinderela” e “Cidade Contra Cidade”, representados em espaços específicos da mostra... Na parte do “Boa Noite”, junto a discos com marchinhas de Carnaval (vide compacto com “Ia Badá Badú” e “Mata o Véio, Mata”...) e jogos de tabuleiros inspirados nos programas , está o trono da Cinderela, cercado por brinquedos e um boneco de papel de Silvio... Na tela, trechos do programa ao qual compareceu a filha número um, Silvia Abravanel... No setor do “Cidade Contra Cidade”, o palco tem o placar da disputa entre Taquaritinga e Pederneiras... Mas o monitor mostra a disputa entre Pindamonhangaba e Guaratinguetá... Acontecida quando o prefeito de Pinda era Geraldo Alckmin... Vide biografia escrita por Acir Filló... Um painel mostra os vários programas produzidos e apresentados por Silvio na década de 1970 – “Sua Majestade, O Ibope” (no Youtube ©, há uma paródia do “Bronco Total”, com Golias imitando Silvio...), “Ela Disse Ele Disse”, “Silvio Santos Diferente”, “Clube dos Quinze”, “Sinos de Belém” (vide depoimento de Daniel Filho...) – e, ao lado e em frente, fotos de uma premiação que Silvio assumiu em 1970, o Troféu Imprensa... O irmão clonado do Oscar ©, presente na sua versão gigante – e popozuda – e na estatueta em tamanho natural, ao qual os visitantes da exposição podem tirar fotos e depois dizerem que é o Oscar ©... Aqui os vídeos mostram Jack Lemmon, quer dizer, Ronald Golias sendo premiado com o smoking dado pelo próprio Silvio – vide Youtube ©... Outro grande amigo, Manoel de Nóbrega, está sentado no famoso banco da “Praça da Alegria” – que em 1973 se tornou parte do programa “Sorria” - com Silvio ao lado... A sede dos estúdios de Silvio Santos, na região da Rua Dona Santa Veloso, na Vila Guilherme (“Versão MAGA... Dublada nos estúdios da TVS) e o único filme realizado por sua produtora, “Ninguém Segura Essas Mulheres” são mencionados, vide fotos e câmera Arriflex... Mas bem que poderia ter alguma foto ou anúncio da primeira novela que Silvio produziu, “O Espantalho”, de 1976, Marqueneto... A parte “colorida” da exposição começa com os programas “Qual é a Música” e “Namoro na TV”... Os visitantes podem tentar adivinhar quem canta “A Banda” ou “Xica da Silva”, em perguntas gravadas pelo próprio Silvio... Ou, o que é melhor, girar o Pião da Casa Própria... Só não tem a música-tema do quadro, Holiday for Strings, de Henry Jerome... Na parte do “Namoro da TV”, são exibidos depoimentos de pretendentes, atrás das cortinas, e há um banco reproduzindo o local onde acontecia a “negociação”... A infância do SBT é retratada no espaço que remete ao programa “Domingo no Parque”... Onde eletrodomésticos e brinquedos do início da década de 1980 se misturam – o discurso de Silvio Santos no início das transmissões do SBT, em 19 de agosto de 1981 – é mostrando em um monitor no interior de uma secadora de roupas... As primeiras vinhetas do SBT, fortemente trabalhadas no Scanimate ©, aparecem no campo de uma mesa de pebolim... Entre os brinquedos da Estrela ® expostos estão o minifliperama Valdisnei, o carrinho Colossus, o jogo Detetive – cadê o Coronel Mostarda, pô!!! – o robô Ar-Tur e itens pertencentes à coleção particular do Mestre cedidos especialmente para a exposição – Coleção Sorvetinho, a boneca Susi e a pipoqueira Pip-Pop... Bem que a gente desconfiava que naquele peixeiro bate um coração bambi... Na sequência aparecem os programas “Roletrando”, onde está o microfone Sennheizer usado pelo apresentador, “Bozo” e “Porta da Esperança”... Na parte dedicada ao palhaço de origem estadunidense que virou sinônimo de SBT – Sistema Bozo de Televisão – quadros expõem fotos de Rony Cócegas no papel do palhaço Kuki e monitores exibem trechos do programa do 236-0873... Vide Silvio Santos encontrando a Vovó Mafalda e aproveitando para trollar seu intérprete, Valentino Guzzo, que era produtor do “Show de Calouros”... Vovô Mafalda e Salsi Fufu – Valentino e Pedro de Lara – apresentando o “Bozo Notícias”... Bons tempos em que o jornalismo do SBT transmitia mais credibilidade... Bozo no palco com sua assistente Bozolinda... Flor e Luis Ricardo em seus verdes anos, digo... Outros programas infantis do SBT não mereceram o mesmo destaque... O que para o Mestre é um pouco frustrante, no que diz respeito a Mara Maravilha, e para o internauta Chico Melancia, quanto a Sérgio Mallandro... Felizmente, há fotos de Mara nas seções dedicadas à “Porta da Esperança” e o “Show de Calouros” – onde ela aparece muito apetecível e mais simpática do que nos dias atuais – e Sérgio aparece nos vídeos do “Show de Calouros”... Ao qual se chega passando pela vinheta de calendário do SBT nos anos 1980... O cenário reproduzido na exposição é o do final dessa década... Os organizadores da exposição o usaram como gancho para mostrar as incursões de Silvio pela política, pois era no palco desse programa que ele discutia a possibilidade de ser candidato a prefeitura de São Paulo em 1988 – o curador da Mostra, André Sturm, é o secretário de Cultura de João Dória – e depois à presidência da república, em 1989... Vide página dupla da revista “Semanário”... “Silvio Santos, O Ronald Reagan Brasileiro”... Ainda bem que ficou só no sonho, Eduardo Cunha, digo... De volta ao “Show de Calouros”, há uma reprodução da bancada, com alguns de seus jurados mais ilustres... Wagner Montes, Nelson Rubens, Sônia Lima – premiada com o selo Olavo Gosta - Pedro de Lara, Aracy de Almeida – também detentora de um Olavo Gosta – Leão Lobo e Décio Piccinini... O cenário lembra imediatamente a versão de Those Were The Days, canção russa popularizada por Mary Hopkin em 1968, que precedia a entrada dos jurados... E substituiu “Cosa Nostra”, de Jorge Ben Jor, em que até o presidente Figueiredo era saudado, vide vídeo de 1982 no Youtube ©... Questões políticas podem desinteressar o público... Ou simplesmente fugir de sua compreensão, como a recente autorização oficial para Silvio transferir as concessões de televisão em seu nome para as filhas... A fase contemporânea de Silvio começa com o “Chaves” – vide fachada da casa do Seu Madruga e o monitor exibindo o episódio da lagartixa, o primeiro exibido no Brasil, em 1984, José Salathiel Lage... Que dirigia o setor de dublagem do SBT, na região da Rua Dona Santa Veloso, na Vila Guilherme, e convenceu Silvio a dublar “comédia em videotape”... Só depois é que Silvio persuadiu os “produtores brasileiros”, conforme relata o catálogo da exposição... Um deles era o Magrão – Roberto Manzoni, não o nosso professor... Do outro lado, está o “Topa Tudo por Dinheiro”, de 1991, que um painel aponta ser originário da fusão dos programas “Topa Tudo” (1982) e “Tudo por Dinheiro” (1986)... Ao mesmo tempo, recorda alguns dos maiores importantes atores que participaram do quadro mais famoso do programa, o das câmeras escondidas... Adellia Del Sent, Carlinhos Aguiar, Celso Portiolli, Fernando Benini, Gell Correia, Gibe, Lucélia Machiavelli, Rogério Oliveira, Ruth Romcy e principalmente, Ivo Holanda... Que aprendeu tudo o que sabe de câmeras escondidas com o nosso docente da área de estatística... Pensaram que fosse o diretor Detto Costa no programa “Alegria 81”, hein???... Destaque para a merecida citação à filha de Ivo Holanda, Fernanda Spadotti... Bem melhor que as câmeras escondidas atuais, exceto talvez aquela da menina fantasma, sucesso até o Japão... O teto está forrado de aviõezinhos de dinheiro – fake, naturalmente – iguais aos produzidos pelo contra-regra Assis... Abaixo dessa esquadrilha de cédulas, está a seção do “Show do Milhão”, destacando o “Computador do Milhão”, e os especiais com políticos – vide Marcelo Crivella – e artistas – vide Bárbara Paz... Alis, buracos na parede exibem cenas das quatro edições da “Casa dos Artistas”... No monitor, a marra de Alexandre Frota, nesse tempo bem longe da política – o CHOLA MAIS de Mari Alexandre e a eterna DR de Supla e a vencedora Bárbara Paz... Esse é o “reality” que Bofinho queria fazer quando crescesse... Numa bancada ao centro, fotos e vídeos do Complexo Anhanguera – inaugurado por Fernando Henrique em 1996 – e a evolução do logotipo da emissora... Descendo a escada, antes da saída, uma reprodução em tamanho gigante da foto de Silvio Santos desfilando na escola de samba tradição, que o homenageou no Carnaval carioca de 2001... Bem pertinente para um sábado de Carnaval, em que os ônibus não desciam a Augusta – para não se encontrar com os blocos que desfilam entre o Centro e a Paulista – e na subida pegavam a Alameda Santos para chegar ao Centro pela Brigadeiro... Na saída, dá para comprar por R$ 54 o catálogo da exposição... Excelente opção para quem queria registrar os ambientes da exposição, porém não conseguia pela grande quantidade de “miguelitos” que a visitavam... Os fotógrafos do catálogo tiveram mais sorte... Clicaram tudo antes da exposição abrir, digo...
Em 2023, especial de 60 anos do Programa Silvio Santos mostrou Silvinha dizendo ser filha do Luciano Callegari... |
(Publicado em 5 de junho de 2023) Não há muito o que criticar no especial de 60 anos do "Programa Sílvio Santos", fortemente trabalhado nos gatilhos, uma memória afetiva atrás da outra, até de atrações não necessariamente mostradas pelo programa, como o figurino "Garibaldo" de Patrícia Abravanel, evocando os tempos em que "Vila Sésamo" foi gravado nos estúdios da região da Vila Guilherme, há 50 anos... É sabido também que Silvio frequentemente veta e engaveta homenagens a si próprio, por não querer se ver no passado ou por pensar que estão tirando ele de cena antes do tempo, embora as imagens de época tenham compensado a ausência do homenageado, ao menos para quem teve o SBT como "babá eletrônica" nas décadas de 1980 e 1990, um público que a emissora de Sílvio "formou" e ainda garante alguma audiência ao canal... O roteiro usou a estrutura do "Almanaque do SBT 35 Anos", que reuniu em 2017 informações dispersas em livros, publicações, sites de fãs e vídeos no YT, e o resultado ficou entre a exposição do MIS, no mesmo ano, e as biografias em livro de Senor, particularmente a de Anna Medeiros e Márcia Batista, em que o personagem perfilado não se pronúncia e é retratado por seus contemporâneos, e quanto a pesquisa de imagens, graças ao uso de arquivos da Globo e da Record TV, ficou próximo ao do livro de edição limitada "Silvio Santos 90"... Então é por isso que o programa começa com um casal de telespectadores vendo Silvio Santos dizer as emissoras que está se apresentando, Globo, TVS, Record e SBT, com o "Silvio Santos Vem Aí" sonorizando Senor em diversas épocas, e sua filha Patrícia abrindo os fortes trabalhos de comemoração dos 60 anos do "Programa Silvio Santos", "o programa de auditório e variedades mais duradouro da televisão mundial", e que por acaso atualmente é apresentado pela própria Patrícia, que comparece na plateia vestida de Garibaldo, porque afinal "Vila Sesamo" também foi gravada nos estúdios da região da Vila Guilherme quando era tudo lixo onde hoje está o Shopping Center Norte, digo, usando um vestido amarelo de mangas compridas com boás, cantando o tema da atração ajudado pelo balé de Rafinha Viscardi no palco... Patrícia dedica o programa ao pai, que acredita estar acompanhando tudo no sofá e nem gostaria de estar ali, ressaltando a presença de jornalistas e homens, nessa ordem, no auditório, foca em Fefito, Otávio Mesquita e Sônia Abrão (não foi dessa vez que ela fez o "hat-trick"... Ops!!!...), além das caravanistas, pessoal das regiões de Itaim Paulista e Guarulhos, e dá a deixa para o balé cantar e dançar o tema do "Show de Calouros" na primeira metade dos anos 1980, "Cosa Nostra", homenageando Liminha, Roque, auditório, balé, Patrícia, Silvio Santos - um tema não tão marcante para a maioria do público, que se acostumou com o outro tema do quadro, "These Are The Days", por ser o do apogeu do “Show de Calouros” embora sempre haja um Maurício Stycer para lembrar, e sempre havia um Marqueneto para postar, que essa canção está diretamente relacionada com as gestões políticas para a obtenção da concessão das emissoras do SBT no final do regime militar, razão das citações ao presidente João Figueiredo, ao ministro Delfim Netto e ao governador Paulo Maluf no vídeo que é um clássico do YT... Patrícia mata a vontade de reverenciar o pai lançando aviõezinhos de 20 e 100 reais para a plateia, e chama um vídeo com depoimentos de crianças (um público hoje distante do programa, apesar de ser contemplado com quadros de “talent shows” e algumas Câmeras Escondidas...) para conjecturar como era o mundo quando o programa começou, em 1963, com as pessoas andando a cavalo, usando Nokia "tijolão" (diga, quem escreve seu texto???...) e assistindo televisão preto e branco, se é que já tinha sido inventada, afinal, o Tio Silvio Santos dava dinheirinho pras pessoas (!!!), segue a farofa com Patrícia lembrando de João Goulart, do cruzeiro, o filme "Cleópatra" (que foi, em termos de hoje, um "flop", não pela cor da protagonista, mas, enfim...), a Avenida Paulo VI, digo, o Papa Paulo VI, o assassinato de John Kennedy (no YT tem os plantões das emissoras estadunidenses, ficadica...), o bicampeonato mundial da Peixaria, o Miss Universo de Yeda Maria Vargas (o primeiro e o penúltimo conquistado pelo Brasil em 70 anos de concurso...), o lançamento da primeira novela diária na TV Excelsior, as emissoras fora do ar na maior parte dos domingos, situação que mudou em 2 de junho daquele ano, com a estreia do "Programa Silvio Santos" na TV Paulista, vide vinheta da assinatura, "Cuidado com a Buzina", o primeiro programa de calouros, "Pra Ganhar é Só Rodar", "Festival da Casa Própria" e "Corrida da Bola Branca" (não confundir com a empresa de ônibus, Melancia...) - basicamente fotos, pois o acervo audiovisual dos primeiros anos de programa se foi num incêndio na Vila Guilherme em 1972... Patrícia prossegue lembrando a "compra" (há controvérsias...) da TV Paulista por Roberto Marinho em 1965, transformando-a em TV Globo e colocando Silvio para cantar "Um Novo Tempo" na vinheta de final de ano de 1971, disputar ponto a ponto a audiência com a chegada do homem a Lua apresentando o "Cidade Contra Cidade" dois anos antes, em 1969, comparação feita pela revista "Realidade" que foi reproduzida nas biografias de Silvio e confirmada agora pela consulta aos arquivos do Ibope, que também atestam dois programas com 100% de audiência em 1973, o que é o gancho para introduzir o depoimento de um dos principais executivos da Globo na ocasião, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Bofão, abrindo o jogo, a televisão brasileira deve muito a ele (literalmente, no caso da própria Globo...), criou um personagem extraordinário, apresentador com estilo inigualável, um dos melhores do mundo, empresário que criou do nada a segunda rede de televisão do Brasil (Edir Macedo, corre aqui...) e agradece em nome da Globo o dinheiro emprestado para pagar a folha de pagamento da Globo quando a emissora estava engatinhando, e pessoalmente pelo espaço dado para promover as novelas, sem o qual seria difícil a Globo ser o que é hoje - claro que quando a situação da emissora melhorou, por volta de 1973, Bofão acreditou que Silvio era parte de mais um ciclo de programas de auditório que de tempos em tempos marcavam a televisão brasileira desde que o gênero começou a dividir a liderança em audiência com as novelas, no fim da década de 1960, e decidiu que não renovaria o contrato de locação de horário de Silvio, também porque o vínculo permitia ficar com toda a receita publicitária, comercializando e faturando anúncios fora dos padrões e preços adotados pela direção da Globo, o plano funcionou em parte, Silvio saiu, porém o seu esquema empresarial permitiu a continuidade do programa e a obtenção de emissoras próprias, tanto que hoje, em mais um fim de ciclo dos programas de auditório, Fausto Silva fora da Band, Raul Gil doente, Rodrigo Faro em baixa, Eliana sem novidades, o "Jogo dos Pontinhos" e as "Câmeras Escondidas" ainda dão a maior canseira no BBB da Globo, dirigido pelo filho do Bofão, o Bofinho, que não deu um segundo de paz ao neto de Silvio, Tiago Abravanel, até ele apertar o botão no BBB22... Com imagens da apresentação da TVS Rio em 1976, reparem em Luciano Callegari sorridente de safari (há excelentes depoimentos dele no YT sobre a trajetória do “Programa Silvio Santos” e o início do SBT...), ilustrando um comentário sobre os documentários internacionais a respeito de Silvio, Patrícia muda de assunto e coloca o "Namoro na TV" como precursor dos aplicativos, bem como seus sucessores, "Quer Namorar Comigo", "Se Rolar Rolou", "Xaveco" (Ellen Roche avulsa...) e "Em Nome do Amor", com binóculo, bailinho e o binômio, "é namoro ou amizade", inclusive nos casos de Ronald Golias, Jô Soares, Roberto Carlos, Leandro e Leonardo, Dercy Gonçalves, Ratinho, Carlos Alberto de Nóbrega, Clodovil, Gaby Spanic e Thalia (que abriu o coração enquanto seu vestido se abria ao cantar "Maria La Del Barrio"...), tudo isso como pretexto para trazer ao palco, com o balé de binóculo, Cleide e Waldir, que deram "match" no programa "Casamento na TV", de 1967, ele, com seus olhos azuis, escolheu uma preta entre 50 pretendentes, que ela considerou serem bem mais bonitas (leia-se, brancas...) e casaram-se no ano seguinte, na Igreja da Consolação, o que levou a três filhos e seis netos, com Silvio de padrinho, braços dados com uma mulher que a filha número 1, Cintia Abravanel, identificou como uma produtora do programa, Maria Helena ou Marlene - ou seja, ainda a fase que Silvio escondia o casamento com a mãe de Cintia, Cidinha Honório... Falando em família, depois do casal receber o primeiro Troféu Silvinho da noite e de se juntar ao balinho do balé com beijo e tudo, e do próprio pessoal da Rafinha dançar "É Tempo de Sorrir, Sorria", Patrícia ouve o depoimento de outra de suas irmãs, a filha número 2, Silvinha Abravanel, não só apenas produtora do programa, "sino" participante do "Boa Noite Cinderela", aos 4 anos de idade, em 1975, dizendo ser filha de Luciano Callegari quando na verdade foi adotada por Silvio após ter sido oferecida a Manoel de Nóbrega, o próprio, o que talvez explique porque Silvio perguntou se o pai dela era careca, ou isso ou aquela capa da revista “Melodias”, pois conforme visto alguns minutos atrás, naquele tempo, Luciano Callegari tinha bastante cabelo, vide fita salva da enchente - Silvinha, desde os 16 anos espiã de Silvio nos bastidores do SBT, quer dizer, produtora de programas, inclusive da "Casa dos Artistas", contra a vontade do Carelli, também por isso nunca levada muito a sério, foi a primeira filha a tentar ser apresentadora, com "Casos da Vida Real" (teleteatro da Televisa...) e "Programa Cor de Rosa" (formato também trazido do México...), em 2004, bem antes das primeiras investidas de Patrícia, então conhecida apenas pelo sequestro, o "Bom Dia e Companhia" viria muito depois, quando se tornou diretora do programa infantil e partiu para o acúmulo de funções, digo... Patrícia quer ver mais "momentos inesquecíveis", entra a abertura animada pelo Ely Barbosa, "Pegue o Chinelo e Fique a Vontade", chegando na década de 1970 com sucesso na Globo aos domingos e durante a semana na Tupi, o "homem sorriso" canta uma marchinha de Carnaval (nada de coração corinthiano, pipa do vovô ou cachimbo da vovó...), "é coisa nossa", trabalhando forte para garantir a diversão nos programas "Cidade Contra Cidade", "Show da Loteria Esportiva", conforme depoimentos de Zagallo e do Edson (OG), este dizendo que a atração "deveria ser um exemplo para todas as estações de TV brasileira", "Os Galãs Cantam e Dançam aos Domingos" (muito lembrado, mas sem vídeos, só fotos...), "Sinos de Belém" e "Boa Noite Cinderela" - no caso, a abertura do programa da Globo que Silvinha participou... Alis, Silvio deixa a emissora após dez anos para realizar um sonho, abrir seu canal (!!!), como mostra o bolo adornado com antena de TV simbolizando o início das transmissões do canal 11 do Rio de Janeiro em 1976, usando o famoso transmissor da TV Continental, Silvio de camisa colorida ao lado, fase em que apresentou "Ela Disse, Ele Disse" (este com João Nogueira e a mãe do Diogo...), prometendo Golias e "Clube dos Quinze", "Quem Sabe Mais, o Homem ou a Mulher" (faltaram Adão, Eva e a serpente no traço de Ely Barbosa...), "Festival de Sucessos" com Mussum nos Originais do Samba (alis, viram o que fizeram com a biografia dele???...), e entrevistando a sério Jece Valadão no "Silvio Santos Diferente" - no cenário onde anunciou a programação da primeira semana da TVS Rio, vídeo conhecidíssimo no YT, e que uma foto no especial da revista "Caras" sobre os 90 anos de Senor mostrou ser gravado no estúdio da Record, na região do Aeroporto, em São Paulo... Patrícia lembra que essa colcha de retalhos de emissoras, Tupi (vide chamadas no Arquivo Nacional...), TVS Rio e Record TV chega ao fim em 19 de agosto de 1981, quando o SBT inicia suas atividades transmitindo a própria outorga da concessão de suas primeiras emissoras, Silvio põe no ar a TVS canal 4 de São Paulo, vide vinheta em "scanimation" de segunda mão da ABC estadunidense ao som de "Apollo 15", tudo isso numa quarta-feira, e no domingo, lá está ele em "O Preço Certo" (formato preferido do Bofão, só que não...), "Jogo das Famílias", não a do Carlos Imperial, Marqueneto, mas com "Don't Stop Till Get Enough" antes do "Vidio Xô", "Corrida de Fórmula B" (ressuscitada no "Roda a Roda Jequiti"...), "O Dia que Você Nasceu", com Teobaldo vestido de Guarda Juju, chamado para cavalgar num cavalo de pau (!!!), "Vamos Nessa", no caso com Alcione (Dudu França, corre aqui...), e “o divertido Qual é a Música", Maria Alcina uniformizada como Fio Maravilha e Ronnie Von tocando o sino, sem alusões a audiência presente, vitrine desde 1976 para a própria Maria Alcina, Vanusa, Agnaldo Timóteo (Felipeh Campos, corre aqui...), Leandro e Leonardo (após o "debut" no "Clube do Bolinha"...), Gilliard (vide "Festa dos Insetos" no LP da Chispita...), Sidney Magal (no auge da forma...), Silvio Brito (sem Raul Seixas reclamando que ele parou o mundo pra poder descer...), Nahim (Coração de Melão...), Gretchen (no tempo da Fábrica de Móveis Brasil, mexendo as cadeiras e antecipando em alguns anos a crise conjugal desencadeada pela irmã, Sula Miranda...), "o maior campeão de todos, Ronnie Von", vencendo 25 programas seguidos em 1977 (e sendo trollado até o talo por Silvio em 1990...), Eliana transformando sua vida aos 17 anos ao encantar Silvio (olha a "censíris", como diria Livia Andrade, alis, o programa não falou dela em nenhum momento, que coisa, não...), e após uma primeira fase de 15 anos de sucesso, o quadro retorna em 1999, com Ivete Sangalo descendo a madeira (!!!), olha o Felipeh Campos de Pablo, repaginado com apresentadores, atores e modelos (e o Jorge Kajuru...), a imitação autorizada de Silvio feita por Wellington Muniz, o Ceará (Pânico, teu presente te condena...), Sérgio Malandro faturando Ivete (!!!), Moacyr Franco enfrentando Ratinho no famoso programa do "Só Limão", olha a Ellen Roche de Virgínia, e a competitiva Hebe Camargo, para negociar com Silvio, então, digo - vários programas dessa fase foram reprisados em 2021, no auge da pandemia, e eram o pico de audiência , um estímulo para o retorno do quadro como "Disputa Musical", apresentado por Patrícia, de nome trocado para despistar os detentores dos direitos sobre o formato, chamado nos Estados Unidos de "Name That Tune", na fase anterior, o "Qual é a Música" era o quadro mais importante do programa, pois concentrava os sorteios do Baú da Felicidade, sendo desbancado pelo "Show de Calouros" quando começou a concorrer diretamente com o "Fantástico" da Globo em 1985 (quase que por acaso, porque o SBT começou a transmitir futebol às 11 da madrugada, jogando o final do programa de Silvio das 20 para as 22 horas...) e tirado do ar para dar espaço a Gugu Liberato, "Domingo Legal" começou assim... Para homenagear a atração, entra o tema de 1999, um Lombardi genérico anuncia Patrícia e ela comanda a disputa entre Jane, (sem Herondy...) , Lilian Knapp (a do Pica-Pau...), Gilliard, Márcio Mendes (do Trio Los Angeles...), Nahim e Marquinhos Moura (que ela quase esqueceu de anunciar...) contra Ovelha (da época da região da Vila Guilherme...) , Sarajane (vamos abrir a roda...), Marcia Ferreira (chorando se foi...), Silvio Brito (segundo maior campeão, com 24 vitórias...) , Sylvinho Blau Blau e Lady Zu (que cantou no programa com oito anos de idade...), um confronto que ficou a cara do desenho da Hanna Barbera que era uma competição entre personagens, tinha o time do Zé Colmeia e o do Scooby-Doo, a diferença é que lá não havia Felipeh Campos e Patrícia Salvador (a queridinha do SBT antes de Patrícia...) voltando a encarnar Pablo e Virgínia... E tome "Não Erre a Letra", "Relógio Musical", "Leilão das Notas Musicais" (quantas notas???), com "W/Brasil" garantindo a vitória do time de Silvio Brito por 26 a 20, mil reais para cada competidor, o pessoal de Nahim recebeu 500 reais, com Silvinho para todo mundo, precedendo o comparecimento do Titio Ronnie cantando "A Praça" e, ainda traumatizado por aquela participação em 1990, revelando a origem estadunidense do quadro e contando o trabalho forte de preparação com assinatura do Ibope durante sua série invicta, apesar de que "as músicas se repetiam", a derrota forçada pelo empresário argentino Marcos Lázaro para Silvio Brito , e game shows, nunca mais, quase o argumento do filme "Quiz Show, A Verdade dos Bastidores”... Ops!!!... Antes do intervalo, tome depoimentos sobre as atrações de Silvio tomados no calçadão coberto da região de Osasco e um Top 5 com "Em Nome do Amor" (“namoro ou amizade” com Dercy, digo...), "Show de Calouros" (Homem Avestruz, que saudade do Marqueneto...), "Porta da Esperança" (com Leandro e Leonardo para os cantores mirins e mobília completa para o jovem casal...), "Show do Milhão" (com Ione Borges...) e "Topa Tudo por Dinheiro" (aviãozinho e boca da garrafa em ritmo de festa...) - todos na fase que o SBT formava seu público na base da babá eletrônica com programas infantis, "Chaves" e "Chapolin", e o que sobrou desse segmento hoje é atendido por reprises de "Um Maluco no Pedaço", a exibição de "Fuller House", o "reboot" de "Três é Demais", cancelado pela saída de cena do protagonista da série original, Bob Saget, e por divergências com a produção da parte da personagem principal do “remake”, Candace Cameron Bure, e a anunciada volta de "Rebelde", com o papel formador assumido de forma mais modesta pelas novelas infantis de Íris Abravanel, afinal, Silvinha Abravanel no "Bom Dia e Companhia" ninguém merece, nem o cara do ar-condicionado... Ops!!!... A segunda parte do especial começa com o tema musical que introduzia o júri do "Show de Calouros" em seu auge no final da década de 1980, "These Are The Days", para Patrícia receber os respectivos, Sérgio Mallandro, Décio Piccinini, Sônia Lima, Leão Lobo (recém-demitido da Gazeta...), Nelson Rubens, Flor, Luis Ricardo, Mara, e no telão, Aracy de Almeida, Pedro de Lara, Elke Maravilha, Wagner Montes, emocionando Sônia (faltou falarem com a Mamma Bruschetta para a Condessa Giovanna comparecer, digo...), isso sem contar o auditório e o próprio Silvio Santos, levando Patrícia às lágrimas, vem o coro "Silvio, Silvio, Silvio", ela fala da "saudade boa", Sônia concorda, Mallandro ressalta a importância de Senor na vida de todos ali presentes, a pedido de Patrícia, Sônia lembra que conheceu Wagner no "PSS" e aprendeu tudo com Silvio, Leão afirma ter visto a estreia do programa em 1963, embora só assistisse a TV Excelsior, onde o sincero Senor queria ajuda para comprar mais horas na emissora mais barata que tinha, a TV Paulista, prometendo presentes do Baú da Felicidade em troca, Décio somou as idades dos amigos, chegou quase na era cristã, tem 53 anos de programa, apontou para a "sobrinha" Cintia Abravanel, Nelson Rubens menciona o apoio dado ao artista e ao júri no "Show de Jurados" fazendo escada, virando colorido na saída da Globo (comprovado pela vinheta "Fofocas com Nelson Rubens" da TVS Rio...) e puxando aplausos, Luis é do tempo da “Caravana do Peru que Fala” no circo do avô, empurrando a Rural que não pegava, sendo introduzido como cantor por Valentino Guzzo aos 15 anos (!!!) e em seguida dublando o Bozo a pedido do próprio Silvio, que o considerou "bonitinho" e assinou a carteira de trabalho aos 17, recebendo nesse momento o diploma na escola que frequenta desde então, Flor o conheceu quando o avô ganhou um carro do Baú em 1968 (!!!), e só tem registro em carteira da TVS e do SBT, vide confissão de Sérgio de que se jogou no carro de Senor (!!!) quando era coelhinha do "Vamos Nessa" para trabalhar com ele, Patrícia estranha o silêncio de Mara, que confirma ter começado no SBT como jurada, um sonho desde a Bahia, vide chamada para a mãe comparecer no camarim (!!!), e a notícia "mais ou menos" de que ia ganhar o próprio programa, no caso o "Show Maravilha" (que a tornou o "esparro" entre os fãs dos programas infantis dos anos 1980, a morena no reino das loiras...), Mallandro pega o gancho e conta que Silvio batizou seu infantil, "Oradukapeta", ele e Sônia acharam horrível, mas na frente de Senor, adorou, e ela também - dando a maior canseira no "Xou da Xuxa", como mostra a disputa de pênaltis copiada do Mallandrovsky nas exibições do Viva... Patrícia chama o vídeo dos "momentos incríveis" do "divertido e irreverente" "Show de Calouros" (inclusive o Homem Avestruz, Marqueneto...), a partir do lançamento em 1977, com modelos, entrevistas, calouros, jurados cantando o tema de encerramento do quadro, "There Is No Business Like Show Business", o mau humor de Pedro de Lara contra os livrinhos de piadas de Ary Toledo (concorrentes de seu famoso Livro dos Sonhos...), Silvio cortejando Aracy de Almeida, os charmosos Wagner e Sônia, Mara e sua doçura (pigarro), Luis Ricardo se acabando na bateria, a fofura de Leão Lobo ao falar dos transformistas, Flor sorridente chamando Carlos Alberto de Nóbrega de "paixão", Nelson Rubens indagando Xuxa sobre as esculturas de cabelo de Luiz Miguel (!!!), o poder de Elke Maravilha, a experiência de Décio Piccinini na avaliação das dançarinas (!!!) e a esculhambação promovida por Sérgio Mallandro, pisando em ovos e arremessando na plateia, corta para a "Sala do Artista" com Paulo Autran, Luis Inácio, Fernando Collor, Gilberto Gil, Dercy Gonçalves (pagando peito com prazer para Sérgio Mallandro...), Cazalbé lembrando de quando escrevia "Os Trapalhões" na Globo (os vídeos do Pancada que o digam...), Roberta Close, Xuxa confessando a Pedro de Lara que queria ter gêmeos, ele partindo para o sacrifício (!!!), Clodovil na base do amor só de mãe, Jô Soares dizendo que Íris Abravanel é uma "gracinha de pessoa", Marília Gabriela e Luis Ricardo falando sobre gravar discos e a crítica comendo seu fígado (!!!) na sequência, Pinóquio, o próprio, e Tio Patinhas e seus sobrinhos (num domingo que o "Programa Silvio Santos" foi a premiere do desenho "Duck Tales", em 1988...), vide Silvio pedindo foto com o pato mais rico do mundo, não confundir com seu genro, o encontro da pequena Patrícia com o ET (a foto de que deu origem ao meme onde perguntam quem é quem, digo...) e a entrevista com Gaby Rivero vestida de professora Helena e dublada por Marlene Costa (pena que não houve o mesmo empenho para trazer o Chespirito, as entrevistas com Gugu Liberato, mesmo dubladas pelo MAGA, eram sempre no México...), as piadas de Ary Toledo e sua eterna indagação sobre como o elefante se suicida (!!!), e para fechar o VT em grande estilo, os concursos de transformistas, que Patrícia afirma comparecerem no programa desde a década de 1960, revelando nomes como Leo Aquila, embora a própria Patrícia não os realize, corta para o "Cosa Nostra" do Marqueneto - falando em canais do YT, o Buzity lembra que a campanha presidencial de Silvio em 1989 foi praticamente toda feita no "Show de Calouros", que terminou em 1992, pouco depois de premiar o saudoso Batoré e seu "stand-up" sobre peidos no trem... Ops!!!... Passada a vinheta de "scanimation" dos calouros, Sérgio garante que Silvio sempre dizia que Patrícia seria sua substituta (depois da saída de Gugu Liberato do SBT, em 2009, talvez...), ela deixa pela entrega do Troféu Silvinho e a convocatória de dona Íris para abraçar os jurados - e entregar que Silvio contratou Nelson depois dele revelar o romance dos dois - além de chamar ao palco Ary Toledo, que comparece de cadeira de rodas, emocionado, contando que Patrícia era espermatozóide quando conheceu Silvio, concluindo depois de duas décadas de "Show de Calouros", que o mundo é muito pequeno e muito curto, lembrando que era desafiado por Silvio e nunca perdeu piada, Senor foi padrinho do casamento com a saudosa Marly (vide Ary anunciando a peça "O Vison Voador" e algumas participações dela no júri...), tem um coração que transborda sentimento e generosidade, concluindo que Silvio é a própria televisão brasileira... Ainda há tempo para um vídeo em que Ary conta as piadas da onda que molhou a canela da Julieta, do lápis que entra grande e sai pequeno (!!!), de comparar a dor do parto com a de um chute no saco (!!!), de explicar a diferença entre o pau do rico e do pobre (!!!), lembrar do gago que não gosta de arroz doce, e ao vivo, de contar a piada do funcionário do SBT que regula cachê e não conhece o Sílvio e ser impedido de responder a Patrícia porque o elefante se suicida - quem mandou ela ser proibida de assistir o SBT em casa, não vai ficar sabendo... Ops!!!... Patrícia chama mais um vídeo, que começa lembrando os oito anos de "Miss Brasil" apresentados por Silvio, na década de 1980, recordando que o Bozo (no caso, o palhaço...) dançava valsa com as candidatas e que Xuxa fez parte do júri, e esquecendo a primeira preta vencedora (Deise Nunes, em 1986...) ou a marmelada que tirou a coroa e a faixa de Suzy Rego em 1984, logo depois, em meio às fotos de Silvio com a filha Cintia e o pequeno Guto Franco no "Essas Crianças", o assunto é "Cinderela", reedição do "Boa Noite Cinderela" (a mudança de nome, óbvio, porque já na década de 1980, a atração era associada ao delito...), desta vez usando uma fita defeituosa do arquivo do SBT para não "kibar" nenhum vídeo do YT, como aconteceu em 2021, apesar da menina preta ter perdido para uma loira, na sequência, "Silvio Santos de Natal", "onde ele distribuía brinquedos e realizava sonhos, tanto de crianças quanto de adultos", além de oferecer o icônico televisor Philco preto e branco de pezinho e promover um reencontro de mãe e filha com a ajuda do Bozo (o palhaço, o palhaço...), "Natal das Crianças do SBT", com Hebe Camargo, banquete para as crianças órfãs, o Papai Noel oficial do SBT na época , Alberto Tangel, e o "amai-vos uns aos outros" do “menino que nasceu numa estrebaria” - faltou lembrar de "Silvio Santos e Bozo", exibido nos domingos de manhã entre 1982 e 1984, ainda mais depois de derrubarem o vídeo do Marqueneto onde Silvio zoava Valentino Guzzo vestido como Vovó Mafalda... O VT chega ao "Domingo no Parque", com a abertura da Tupi de 1979, que o "Vídio Xô" chegou a exibir como se fosse da Globo, a ampla distribuição de tênis Montreal, escolas representando times de futebol, a prova das bexigas, a brincadeira do saco (!!!), a disputa com os bebês o "foguetinho", Trem da Alegria cantando a música do He-Man que virou refrão de torcida, Adriane Galisteu trabalhando forte no "playback" do trio Chispitas, Lucerito, corre aqui - faltou alguma cena sonorizada com "Mundo Pequenino", mas se Rogério Cardoso quando era vivo reclamava que não recebia os direitos pela versão em português de "It's a Small, Small World", imagina agora, digo... Patrícia tenta convencer o auditório de que assistia ao "Domingo no Parque", e sem êxito, pede a plateia que faça como na atração é conte uma piada, nesse momento, se oferece para a tarefa Milene Pavorô, quer dizer, Daiza, que lembra da piada do bambu, a qual não quer contar, e logo a apresentadora se prontifica a questionar a dona Livia a diferença do poste, da mulher grávida e do bambu - depois da rima... Ops!!!... Sim, a produção encontrou a menina que mandou Silvio Santos enfiar o bambu no... PIIIIIIII... no vídeo que se tornou um dos primeiros virais do YT, revelando que o chiste "vai muito contra os princípios que eu tenho" (atualmente, Daiza é evangélica, como Patrícia, quase um testemunho...), isso sem contar a bronca que tomou na ocasião da diretora da escola, lamentando a falta de noção de seus oito anos em 1985, sendo elogiada por Patrícia por atualmente ser mãe de família e ministrar a palavra (não disse???...), e a participação de Daiza termina com o vídeo da piada, que fez Patrícia rir litros apesar do constrangimento da convidada, Patricia contorna a saia justa dizendo que Daiza está "ressignificando o momento" e, ao receber o Silvinho, ela relata que o marido ex-atleta olímpico mantém uma instituição que proporciona cultura e esporte a crianças carentes (Instituto Lino Barros...) e a incentivou a comparecer no programa, alertando que "os pequenos estão expostos a tudo" e pedindo desculpas a Silvio - dada a ausência do próprio, Daiza era o grande trunfo do especial, não com esse anticlímax fortemente trabalhado na culpa cristã, mas enfim, então é por isso que o diretor do SBT, Fernando Pelégio, declarou que essa cena nunca foi ao ar, alegando saber porque estava lá como câmera, justificando sua aparição posterior no YT, ou a ausência nos arquivos do SBT, com uma prática muito comum na década de 1980, gravações feitas dentro da própria emissora, por baixo dos panos, e que circulavam no mercado paralelo de "home video", então carente de opções de fitas seladas, em resumo, a mesma trajetória do vídeo de Natal que "trollava" o SBT de ponta a ponta em 1982, que ressurgiu num canal com outras produções para consumo interno, como a filmagem do casamento de Silvio Santos com Íris em fevereiro de 1981 ou uma homenagem aos funcionários que se mantinham na casa nos 15 anos de SBT, realizado em 1996, sem contar que a revelação de Pelégio foi contestada porque o programa teria sido exibido ao vivo, porém é preciso lembrar que ainda vigorava a censura oficial, que tornou usual a exibição de programas de auditório gravados, especialmente depois da "tour" do Seu Sete da Lira, em 1971, e um palavrão falado no ar poderia render multa, pois a própria Daiza lamentou sua falta de autocensura... Ops!!!... O "revival" da atração infantil segue com Patrícia chamando sua irmã Daniela para reeditar no palco sua histórica participação na brincadeira do foguetinho, supostamente motivada por uma crítica às crianças que participavam da brincadeira, e ela também era uma criança, comparações com Elon Musk à parte - inclusive dizem que Daniela ainda hoje lança mão desse recurso para tomar decisões na direção do SBT, por exemplo, "você quer demitir o Dudu Camargo, sim ou não???", "você quer contratar o Faustão, o Geraldo Luis, sim ou não"... Ops!!!... As irmãs rasgam a seda uma da outra, Daniela ganha um Silvinho de presente e Patrícia anuncia o vídeo sobre a "Porta da Esperança", que aborda a origem do quadro, um especial de Natal em 1984, as cartas pedindo sonhos (ignorando que alguns não eram realizados de primeira, para segurar a audiência...), os encontros de fãs com Gretchen, Bozo (o palhaço, que compareceu na carruagem do "Cinderela"...), Sandy e Junior, Turma da Mônica (e o garoto felizardo ainda ganhou uma coleção de gibis, cortesia da Abril, que editava tudo na época, Maurício de Sousa, Valdisnei, Marvel, DC, Hanna Barbera, Pica-Pau, Luluzinha...), cantores da Jovem Guarda (vide abraço em Jerry Adriani...), terminando com o icônico "Jesus do SBT"... Que Patrícia leva muito a sério, ao contrário do momento em que conversa com Antônio Gianotti, que nunca tinha ido a um motel com a esposa e ganhou na "Porta da Esperança" uma coleção de filmes pornôs e um videocassete, embora hoje, aos 93 anos, preferisse pedir a volta de sua saudosa mulher - o que é o filme "Up!!!" perto dessa cálida história de amor, digo... No final do bloco, um Top 5 com os maiores ganhadores do Troféu Imprensa, Gugu e Jô Soares, sete estatuetas cada, Chico Anysio, 21 estatuetas (uma delas oferecida a um dos integrantes do elenco da "Escolinha", como veremos mais adiante...), Roberto Carlos, 22 estatuetas (algumas entregues no "Topa Tudo por Dinheiro", em 1994, quando Roberto cantou "Coisa Gostosa"...), Hebe Camargo, 24 estatuetas, e, claro, Silvio Santos, com 33 estatuetas - e só não tem mais porque em meados da década de 1990 ele proibiu a si mesmo de receber o prêmio, que invariavelmente ganhava dos jurados por unanimidade, norma que acabou sendo deixada de lado com o surgimento do Troféu Internet e foi descartada de vez na medida em que aumentavam os rumores sobre a aposentadoria de Silvio, e agora, que ela é uma virtual realidade, a própria existência do Troféu Imprensa está em risco, exceto no caso de Patrícia receber mais essa herança do pai... A coreografia da abertura do terceiro bloco é "Ritmo de Festa", lembrando o "Topa Tudo por Dinheiro", e fazendo Patrícia chamar um VT sobre o sucesso do programa na década de 1990, desde o tema de abertura, "Banjo Billy", mostrando as brincadeiras que rendiam um milhão de cruzeiros para a plateia (!!!), a criação dos aviõezinhos de dinheiro (que Patrícia transformou em troféu para seus convidados...), no palco, bola do Indiana Jones (!!!), corrida de baldes, tocar o sino na esteira, tanque com água e o atento Moisés - que não foi resgatado para o especial... As "Câmeras Escondidas" vem com a velhinha (fake...) varrendo a rua e os pedestres em seus primórdios, ainda como "Câmera Indiscreta", colada com uma, literalmente, surra de cenas com Ivo Holanda apanhando, na fila do gás, na barraca de pastel e principalmente quando se meteu a roubar toalhas na praia, onde a banhista o deixou empanado pela areia e com um braço quebrado, o jovem Celso Portiolli sendo gratificado por Silvio pelas ideias para as "Câmeras Escondidas", Carla Perez "abduzida" por ETs (recentemente, rendeu um "remake" com a Juliana do "The Noite"...), Angélica e a fã desmaiada, Flor presa na cabine telefônica, Christina Rocha tomando enquadro da polícia rodoviária (e a própria, insistimos, também não foi convidada para a festa...), o avião do Katinguelê, o repórter japonês do Ratinho, Glória Pires em pessoa avaliando seus desenhos, o telefonema do Golias e, “last but not least”, Luis Sales, o fã do Raça Negra, antes de Silvio cair no tanque de água, naquela época que não havia sino, mas a atração liderava a audiência... Ops!!!... Então é por isso que Patrícia chama para comparecer ao palco os dois pilares das "Câmeras Escondidas", Fernando Benini e Ivo Holanda, que recordaram a origem em comum, o "Show de Calouros", onde Ivo imitava cachorros grandes e pequenos, e conferiram uma pequena amostra de seus estilos bem distintos, Ivo apanhando na Panificadora Dengosa, na escadaria da igreja do Bonfim, em Salvador, na frente da padaria onde foi vender seus pãezinhos, no supermercado Nagumo, onde amassou ovos de Páscoa, na região do Center Norte, depois de estourar o saco (!!!) atrás dos pedestres, na praia, por razões de roubo de toalha (a cena fez Ivo sentir o braço doendo no palco...), tirando a camisa de força, e Benini pagando os pedestres para dançar, empinar a pipa na região da Consolação com os Vitórias brancos e vermelhos da Municipalização passando, conseguir cabelo para cobrir a falha no pelo de um cachorro tosado, fazer o funeral de um peixe de estimação e dar nele um belo banho de bacia (!!!) - Fernando Benini era um dos principais nomes das "Câmeras Escondidas" do "Topa Tudo por Dinheiro", embora tenha ficado mais conhecido depois por interpretar o Firmino na versão de Íris Abravanel para Carrossel e pelo personagem principal de "Um Pistoleiro Chamado Papaco", quando o filme virou meme na Internet, agora Ivo Holanda é sinônimo de "Câmeras Escondidas", tanto que a cada domingo, ele sempre é pautado pelo quadro, seja com uma gravação da época do "Topa Tudo por Dinheiro" ou alguma mais recente, umas adaptadas do "Just For Laugh Gags" canadense, outras no consagrado estilo de pedir para apanhar e chamar a produção... Antes da dupla deixar o palco com o Silvinho na mão (!!!), Patrícia exibiu um depoimento de Celso Portiolli onde o atual apresentador do "Domingo Legal" lembrou da primeira vez com Silvio - nas "Câmeras Escondidas" - e quando pediu para apresentar o "Passa ou Repassa", hoje uma das principais atrações de seu programa (alis, Celso não compareceu a homenagem, claro, está acertando a ida para a Globo, onde vai apresentar o BBB, como veremos mais a frente...), trouxe Luis Sales em pessoa para lembrar da flor que murchava quando ele cantava Raça Negra, e intimou a irmã mais nova, Renata, a lembrar do dia que desceu o tobogã do "Topa Tudo por Dinheiro" - embora ela estivesse toda trabalhada na timidez, e irmã e irmão mais novos são os "esparros" das famílias numerosas, apesar de ter zoado as irmãs mais velhas dizendo que elas foram o "rascunho" da "obra-prima" de Silvio, ficou a impressão de que estão preparando algo para ela no SBT, agora vai, digo... Patrícia muda de assunto e começa a falar do Troféu Imprensa, com música da abertura dos portões do parque Epcot Center na região de Orlando e tudo, lembrando as chamadas do Lombardi para o "Oscar da Televisão Brasileira" que a premiação começou em 1958 com Plácido Manaia Nunes, o próprio, Silvio adquiriu os direitos em 1969, apresentou pela primeira vez na Tupi, e o exibiu em rede nacional na Globo em 1970, como atesta a manchinha do programa de 1976, em seguida são enumeradas as atrizes premiadas que receberam o troféu, Vera Fischer (na verdade, anunciando a premiação de 1974...), Eva Wilma, Marília Pêra, Glória Menezes, Aracy Balabanian, Débora Bloch, Thais Araújo, Ana Paula Arósio, Bruna Marquezine, Patrícia Pillar, Larissa Manoela, Mariana Ximenes, Sophia Valverde e Tatá Werneck fazendo "selfie", enquanto o jornalista Ricardo Feltrin esperava para entregar o prêmio, então é por isso que ele não sente saudades de ter sido jurado - a lista com várias revelações do SBT indica uma das tradições do troféu, puxar a brasa para a sardinha de Silvio, digo... Entre os atores, são lembrados Luis Fernando Guimarães, Osmar Prado, Raul Cortez, Ary Fontoura, Lima Duarte, Sérgio Guizé, Cauã Reymond, Marcos Caruso e Tony Ramos, na parte musical, em preto-e-branco, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Clara Nunes (ao lado do fundador da editora Abril, Victor Civita...), e a cores, Chitaozinho e Xororó, Branco Mello (representado os Titãs...), Leonardo, Cassia Eller, O Rappa, Skank, Rouge (atenção, “haters”, sem a Luciana...), Zeca Pagodinho, Seu Jorge, Pitty, Luan Santana, Ivete Sangalo (quando se declarou a Decio Piccinini...) e Roberto Carlos em preto e branco (pois já tinham mostrado a entrega no "Topa Tudo por Dinheiro" em 1994, mas sem a parte que ele cantou "Coisa Gostosa", que coisa, não...), e no humor, Chico Anysio (o carro que ganhou sem conseguir dar a partida em 1976 e o troféu que mostrou na "Escolinha" em 1991, dedicando-o ao decano da classe, Antônio Carlos Pires...), Jô Soares (o desabafo de 1988 e a despedida de 2017...), Ronald Golias, Tom Cavalcante, Miguel Falabella e o elenco do "Sai de Baixo" (concorrentes diretos de Silvio...) Hubert Aranha (representando o Casseta e Planeta...), Marcelo Tas e a trupe do CQC, Pânico (leia-se, a Mulher Samambaia, e Carioca fazendo o Silvio...) e Danilo Gentili, quando Léo Lins ainda estava no "The Noite" - terra arrasada em que se tornou o humor televisivo brasileiro à parte, olhando essa lista de atores, atrizes e comediantes, nem parece que a Globo no tempo dos contratos vitalícios regulava a liberação de seu elenco para o "Troféu Imprensa"... A seguir, o jornalismo, com Cid Moreira, na Globo em 1976, e já no SBT, Sérgio Chapelin (Mara, corre aqui...), Celso Freitas, Boris Casoy, Silvio Luiz, Luciano do Valle, Paulo Henrique Amorim, Marília Gabriela, Roberto Cabrini e Carlos Nascimento (esqueceram da Rachel, coincidência???, eu acho que não!!!...), e defendendo o lado do SBT, Ratinho, Raul (hoje adoentado, em meio aos rumores sobre o fim de seu programa...), Adriane Galisteu, Serginho Groisman, Eliana, Maísa, Rodrigo Faro (que não é da casa, mas era cantado todo ano para sair da Record até fazer aquele comentário sobre Gugu...), Carlos Alberto de Nóbrega, Celso Portiolli (que demorou 20 anos para ser premiado pela primeira vez...), Sílvia Abravanel, Rebeca Abravanel, Patrícia Abravanel, adivinhem só - e houve um tempo que Silvio se proibiu de ser premiado - e claro, Gugu Liberato e Hebe Camargo, para rebater, menção aos verdes anos de Sônia Abrão, Leão Lobo, Paulo Barboza, Eli Corrêa, Ferreira Neto, Carlos Imperial (das antigas, não mencionaram, entre outros, os saudosos Alik Kostakis e Petrúcio "Ispicizê" Melo, além de Cinira Arruda, hoje com 81 anos...), em tempos mais recentes, Ricardo Feltrin (pois é, não é...), José Armando Vannucci, Marcia Piovesan, Cristina Padiglione, Flávio Ricco, Keila Jimenez, Nelson Rubens, para terminar, o criador da zorra toda, Plácido Manaia Nunes - por que choras, Fabíola Reipert??? – e fechando com o “not-so-fun fact” de que que José Fernandes queria ser enterrado com o troféu e outra premiação realizada por Silvio em tempos idos, "O Rei e a Rainha da TV", ganho em 1973 por Wanderley Cardoso e Glória Menezes, e em 1975, por Tarcisio Meira e Susana Vieira, de longe os vídeos mais raros do programa - e pensar que com a virtual aposentadoria de Silvio, o "Troféu Imprensa" está ameaçado de sair de cena, e caso aconteça esse ano, deverá ser sem o apresentador, que coisa, não... Mas agora o assunto são os prêmios, contextualizando o início do "Jogo do Milhão", depois "Show do Milhão" entre o "bug do milênio" e a primeira vitória de Rubinho Barrichello na Fórmula-1, pois "os 22 dias estão chegando" em novembro de 1999, mudando de nome em 2000, as 75 milhões de cartas da Nestlé, os picos de 35 pontos no Ibope, o erro do professor Jair na pergunta do milhão sobre o lema da bandeira nacional, e o acerto de Sidney Moraes, graças ao Luís Inácio (teve a mineira Rosane, mas aí foi por sorteio...), afora as edições com celebridades - e com políticos, esquecida na última temporada de reprises do programa, em 2021... Nessa altura, o assunto de Patrícia eram os sorteios de Silvio entre os compradores do carnê do Baú, e os games "Pra Ganhar é Só Rodar" (um milhão no pião...), "Só Compra Quem Tem" (com Puma GTE de prêmio...), "Pião da Casa Própria" (toca "Holiday For Strings", Percy Feith...), "Sorteio da Tele Sena", "Tentação" ("não sei se fico ou se vou, não sei se vou ou se fico"...), "Todos Contra Um", "Show de Prêmios" (os anos passam depressa para Silvio no tobogã...Ops!!!...), "Roletrando" (um programa com Gugu...) e seu sucedâneo, o "Roda a Roda", depois "Roda a Roda Jequiti" (aqui com Anitta, Eliana e Patrícia...), "Topa ou Não Topa" (apenas o formato mais vendido da Endemol, superando até o BBB, vide Yumi, concorrente desclassificada por estar no time de garotas com as maletas, Meghan Markle começou assim, e que permitiu a Flávia Viana participar do “reality”, mesmo com a fama de “Marquinho de saias” que ganhou na Rede TV!...), "Gente que Brilha" (não exatamente um game, mas, enfim...), "O Grande Perdedor" (depois apresentado por Jorge Kajuru...), "Family Feud" (o uso do nome original indica que Silvio não economizou com direitos...), "Rei Majestade" (o preferido do saudoso Marqueneto...), "Eu Compro Seu Televisor", "Você é Mais Esperto que um Aluno da Quinta Série???" e para fechar, Eduardo marcando gol em cima de Chilavert e o milionário pioneiro Eliseu no "Gol Show" do Teleton de 1998, recebido por Patrícia no palco - nem parece o mesmo quadro que hoje pontifica no Ratinho, digo, alis, por falar em formatos, o final do vídeo retrata a fase "millenial" de Silvio, quando começou a comprar formatos depois dos problemas legais com o "Jogo do Milhão" e a "Casa dos Artistas"... Melhor mostrar os "bloppers" de Silvio que foram ao ar, as descidas de tobogã, o passeio de velocípede, a queda no tanque de água que estragou o microfone de lapela Sennheiser, o tombo na esteira, outra queda na distribuição de dinheiro, mais uma tentando montar num burro, Larissa Manoela com o popozão no chão no "Não Erre a Letra" (!!!), Silvio derrubado por Flor quando dançava lambada (mais uma crise no casamento...), dançando na boquinha da garrafa em frente a Carla Perez (outro abalo na relação com Íris...), ou seguindo a "dança do caranguejo" do Pânico (aqui com Ceará no papel de Silvio...), requebrando para Gretchen, imitando Sidney Magal, levando bolada da plateia (!!!), entrando no armário com Luis Ricardo (!!!), deixando cair as calças (!!!), não uma, "sino" duas vezes (!!!), o "é peruca!!!" de Maísa, que apesar de ter sido cômico, decretou o fim do quadro dela no "Programa Silvio Santos", em 2009, retornando apenas em participações pontuais, como quando foi assediada por Dudu Camargo no “Jogo das Três Pistas” em 2017 (e que foi afastado do noticiário "Primeiro Impacto" em janeiro porque lembrou do caso ao comentar uma ocorrência de feminicídio e vem cumprindo férias vencidas na expectativa de ser mandado embora de vez da emissora...), Mariana soletrando "gorjeta" e Silvio de bigode (como na capa da “IstoÉ” que o apontava como candidato do presidente Sarney em 1989...) em momentos inusitados, que Patrícia emenda partindo para a resenha com as colegas de trabalho Ana Luiza - do riso sinistro cantando Djavan que virou meme - Juraci - a que falou "Natiquini", não confundir com Nat King Cole cantando "Ninguém me Ama, Ninguém me Quer", Antônio Maria, corre aqui - e Claudete, aquela que imitou Silvio na sua frente e fez ele desconfiar que não era mulher, ou melhor, que fazia parte da “polícia montada”, forma com que se referia “carinhosamente” aos crossdressers, drags e trans no auditório - entre outros comentários menos convenientes sobre as pessoas de plateia, de sorte que, para o alívio do Feltrin, não lembraram da garota do piano... Ops!!!... Patrícia fica passada ao receber Geraldo Alckmin, a dúvida é se compareceu por ser vice-presidente da República ou porque participou do "Cidade Contra Cidade" quando era prefeito de Pindamonhangaba, em 1977, com Lu na plateia inclusive, e tome VT com rápidos "flashs" do "Show do Milhão" com Paulo Maluf, Marcondes Gadelha (o vice de 1989...), Aloisio Mercadante (Haddad, corre aqui...) e Roberto Jefferson (!!!), a vinheta de "A Semana do Presidente", para a alegria do Maurício Stycer, as entrevistas no "Show de Calouros" com Luis Inácio, Collor e Zélia, FHC no "Topa Tudo por Dinheiro", Michel Temer (defendendo a reforma da Previdência...) e Bozo (esse pula...), o telefonema de Janio Quadros no "Show de Calouros", e Geraldo Alckmin em 1977 e 2011, hoje fã do "Jogo dos Pontinhos", que ganhou o Silvinho das mãos de Íris Abravanel, num agradecimento velado a atuação de Alckmin nos sequestros de Patrícia e Silvio, em 2001 - o governo anterior, além da menção ao Bozo, estava representado nos bastidores pelo marido de Patrícia e genro de Silvio, o ex-ministro Fábio Faria... Patrícia se anima para introduzir o vídeo sobre a parceria entre Silvio Santos e Gugu Liberato, que "revolucionou a televisão brasileira", desde quando Gugu fazia pose como assistente de produção de Silvio na apresentação da TVS Rio, em 1976, passando pela apresentação da "Sessão Premiada" (sim, é o trecho que aparece naquele vídeo interno de final de ano que o próprio Gugu era um dos alvos da esculhambação, "tudo ele, tudo ele"...), o surgimento do "Viva a Noite", a conversa com Roberto Marinho para trazer ele de volta à Globo em 1987, nas próprias palavras de Silvio sobre o problema nas cordas vocais (episódio muito familiar para quem assistiu a série "O Rei da TV", exageros do Barcinski à parte...), vide elogio de Sonia Abrão na flor da idade, vem o depoimento da fonaudiologa Mara Behlau, de volta a Gugu, as interações com Silvio no auge do "Domingo Legal" servem de gancho para a exibição de cenas da primeira "Casa dos Artistas", com a chegada dos concorrentes ao confinamento, montado na casa vizinha a de Silvio na região do Morumbi, que Otávio Mesquita tentou comprar, antes do apresentador a adquirir, sendo transformada em ponto de apoio para as negociações do sequestro e depois, em cenário da "Casa dos Artistas", que começou a ser produzida quando o SBT não chegou a um acordo com a Endemol para adquirir os direitos do "Big Brother", que seria apresentado por Celso Portiolli - alis, no início de maio, o atual titular do "Domingo Legal" encontrou-se com Bofinho e foi flagrado dividindo a cama com Tadeu Schmidt (!!!), o que foi interpretado como um forte sinal de que o BBB24 terá um novo apresentador... Ops!!!... E a saída de cena de Gugu em 2019 serve de gancho para um "cantinho da saudade" com outras figuras que passaram pelos programas de Silvio, os jurados Marcia de Windsor (que só dava 10...), Gilmara Sanches, José Fernandes (só nota 0...), Celso Teixeira, Sylvinha Araújo, Wilza Carla (a própria...), Aracy de Almeida ("vale dez paus, patrão"...), Pedro de Lara, Wagner Montes, Elke Maravilha, Ferreira Neto, Carlos Imperial, Plácido Manaia Nunes, Paulo Barboza, a atriz Ruth Romcy (que ainda tem algumas “Câmeras Escondidas” indo ao ar, como Dentadura no Copo...), o ator Marquinhos Martini (ficou de fora Gibe, o Papai Papudo, que fazia o tripé do "Topa Tudo por Dinheiro" com Benini e Ivo, por razões de problemas de direitos com a família do comediante...), a atriz Therry Klotzel, o ator Milton Franceschini e atriz Cidinha Milan (os três de "Os Velhinhos Se Divertem", que voltou a ser exibido, digo, reprisado...), o apresentador Leo Santos (irmão e substituto de Silvio, mostrado numa foto colorida, lembrando que o plantão sobre a morte de Elis Regina, que ele fez de óculos escuros, poucos dias antes de sair de cena, em 1982, foi pretexto para Silvio tesourar o "Festival SBT 30 Anos" em 2011, o cantor e humorista Renato Barbosa (o Rei das Paródias...), o apresentador Ademar Dutra (também repórter...), o apresentador Manoel de Nóbrega (o próprio, que saiu de cena antes de assumir a direção da TVS Rio, em 1976...), a humorista Consuelo Leandro, o humorista Ronald Golias, a diretora de programas Therezinha de Giacomo (também secretária de Silvio...), o locutor Lombardi, o produtor Valentino Guzzo (e nem convidaram a Beth...), a astróloga Zora Yonara (dos tempos do canal 11 do Rio...), Maestro Zezinho, os músicos Bira e Rubinho e, para encerrar, o apresentador Gugu Liberato - a "Guerra dos Domingos" deixou muitos órfãos, e essa lembrança de Gugu vem justamente quando seu grande concorrente nos domingos, Fausto Silva, trazido a Globo em 1989 para ocupar o espaço que seria dele, está se despedindo da Band, pois é, não é... No último bloco, Garibaldo, quer dizer, Patrícia e o balé da Rafinha dançam a música-tema do programa "Hot Hot Hot" e a apresentadora chama um vídeo sobre a atual fase do programa, que começou em junho de 2008... Porém o vídeo começa com um registro mais antigo e bem mais raro, Silvio apresentando o carro elétrico da Gurgel no palco durante a década de 1970, não que ele fosse inovador como está no texto dito pela filha, a ponto de trocar as Kombis do Baú por veículos elétricos ou substituir os carros a gasolina de sua concessionária dados como prêmio em seus programas, mas, enfim... Corta para cenas do programa de "cara nova" - que já tem 15 anos - carteado com Liminha, “Jogo dos Pontinhos”, a primeira apresentação de Pyong Lee, o próprio, em 2010, Marlei Cevada de Nina no “Concurso de Novos Humoristas” (Faustão, corre aqui...), Zezé Di Camargo e Luciano cantando "É o Amor" no tempo que a Pavorô era do balé, “Nada Além de Um Minuto” (esse pula...), “Os Velhinhos se Divertem”, nossa resposta ao “Só Rindo com Betty White”, que foi relançando, ou melhor vem sendo reprisado neste ano, “Vale Tudo”, “Igualzinho a Seu Cãozinho”, “Não Erre a Letra” com Eliana cometendo o vacilo em plena edição “all-stars”, enfrentando Celso Portiolli e Ratinho, “Para ou Continua”, a origem do “Jogo dos Pontinhos” em “Quem Sabe Mais, O Homem ou a Mulher” (no “Show de Prêmios” era “Jogo do Plim-Plim”, sem alusões a concorrência...), e o presente do quadro com Juliana do "The Noite", “Jogo das Três Pistas” entre Neymar (OG) e Patrícia, “Concurso de Transformistas” (que Silvio fazia e Patrícia não faz...), “Gincana” no parque aquático da Anhanguera, auditório fazendo rir, “Câmeras Escondidas”, com a inovação da Menina Fantasma no Elevador, de 2012, as inspiradas em filmes de terror (que se tornaram propaganda dos mesmos...), como Brinquedo Assassino, que dividem espaço com as de humor, lideradas por Ivo Holanda e seus 43 anos de programa, vide trem de fachada e caixão no ônibus da Urubupungá... E eis então que somos surpreendidos com cenas do quadro “Pergunte Para Maísa”, que insistimos, não foi convidada para o especial de 60 anos, bem rapidamente, pois a prioridade do VT nesse momento são os "game shows" fora do programa e as participações de Patrícia e Rebeca em "Um Milhão na Mesa", Renata no "Vamos Brincar de Forca", "Pra Ganhar é Só Rodar" , com Patrícia no pião, o "Jogo das Fichas" (muito copiado pela Globo, até em algumas provas do BBB...), "Bolsa Família" e "Roda a Roda", com participação de Anitta (!!!), mais “Troféu Imprensa” (que se acontecer este ano, deverá ser sem Silvio, repetimos...), e o “Sorteio da Telesena”, hoje a cargo de Luiz Ricardo – em tempo, Maísa não teria participado do especial por razões de não liberação pela Globo, uma justificativa que também serve para Lívia Andrade, embora tenha sido ignorada durante todo o programa, num excelente exemplo do que ela mesma chama de “Censíris”... Ops!!!... Assim chegamos a 2021, com Patrícia começando a dividir a apresentação do programa com o pai, depois de participações no "Jogo dos Pontinhos" e no "Tá na Rua", vide tela dividida com o pai na hora do "Silvio Santos Vem Aí" com o auditório, e o próprio Senor disputando o "Jogo das Três Pistas", enquanto Patrícia, sagaz, assume que o "Disputa Musical" é uma "adaptação do "Qual é a Música", além de mencionar "Cantando em Família", "Nada Além de Um Minuto", "Tá na Rua" com Helen Ganzarolli e a renovação do balé com dançarinos - por coincidência, o momento que Silvio "desencanou" de fazer o programa, no ano passado, assim temos que ver Patrícia rindo do Kankan vestido de palhaço e dando tortadas, digo... Na plateia, Patrícia entrega que a irmã Cintia também está completando 60 anos, ela rebate dizendo que testemunhou o parto de Patrícia, e depois da apresentadora ficar implorando por gravações caseiras da atração, ignorando o "strike" que várias delas levaram no YT, as duas lembraram das participações da “filha número 1” no programa, inclusive com o filho Tiago Abravanel, alis, outro grande ausente do especial de 60 anos (quem mandou ele ser o “esparro” do BBB22...), a reunião de família continua com o reconhecimento da distância de Cintia do pai (na época que Silvio se declarava solteiro...), a denúncia dos privilégios da irmã mais nova, Renata, o encontro das filhas com Silvio na região de Orlando, a conversa de Patrícia com a mãe, Íris Abravanel, com cenas de Silvio e a esposa que não gosta de tirar foto, e a irmã Rebeca, atual "rival" na apresentação de programas no SBT, respondendo perguntas sobre a proclamação da República para o pai na Prova do Relógio, quando ganhou 500 reais para gastar no Carnaval, e no, palco, repetindo a disputa contra o relógio, agora sendo arguida pela irmã - e na interação com Silvio, a senhora Patolino já deu pistas de seu estilo como apresentadora, mais despojada e menos "patricinha" que a irmã... Na sequência, "Jogo das Três Pistas" com Adriane Galisteu e Eliana, que puderam rever seus encontros em cena com Silvio, e ao partirem para a briga, a vitória foi de Galisteu (que antecedeu Celso Portiolli na apresentação do programa "Charme"...), por 50 a 33, o auditório marcou 20 pontos, Patrícia distribuiu aviõezinhos, trocou uma ideia com a “colega de trabalho” Juraci antes do vídeo em homenagem às "colegas de trabalho" no auditório mais feminino do Brasil, também a deixa para render tributo aos assistentes de palco Liminha (tem culpa ele... Ops!!!...) e principalmente Gonçalo Roque, o próprio, e seu departamento de caravanas, chamado para cortar o bolo dos 60 anos com Silvinho no topo, ao lado de toda a equipe de produção, inclusive aquele a quem Patrícia culpou por essa farofa toda, o diretor Fabiano Wicher, que realmente herdou o cargo do professoral Roberto Manzoni, o Magrão, em 2009, mais um esquecido no churrasco... Cantando e dançado o "Shalom" e cortado o bolo (cenográfico...) por Patrícia, o programa termina com um depoimento de Silvio dizendo para se fazer o que se gosta, e no caso dele, a apresentação do programa não está incluída... Ops!!!...
Silvio Santos, que posou com o Tio Patinhas e seus sobrinhos na estreia de "Duck Tales", era genro do Patolino... |
(Publicado em 21 de fevereiro de 2024) Por que o SBT exibiu no sábado à noite a transmissão da Globo do desfile da escola de samba Tradição que homenageou Silvio Santos em 2001 no Sambódromo carioca???... A resposta vai além de apontar a excentricidade do aposentado apresentador e ainda proprietário da emissora, passando por dois fatos inesperados acontecidos na tarde daquele mesmo dia, o anúncio da saída do humorista Matheus Ceará de “A Praça é Nossa” e a revelação de que a principal executiva do canal, Daniela Beyruti, filha de Silvio, recusou uma proposta do Valdisnei para exibir “Os Simpsons” com a alegação de que a série, apresentada pelo SBT entre 1997 e 2003, o que motivou a troca do dublador do Homer, com Waldyr Santanna cedendo lugar a Júlio César Barreiros, não se adequa ao perfil da programação da casa... De qualquer forma, sempre dá para dizer que se tratam de IMAGENS DA INTERNET, como a emissora sinalizou em vários momentos do desfile, melhor que afirmar, por exemplo, que as imagens são do acervo pessoal de Cléber Machado, hoje narrador esportivo do SBT, responsável pelo comando da transmissão original ao lado da saudosa Glória Maria... Também era mais negócio mostrar um vídeo mais raro e que não envolvesse questões de direitos, além do Pancada ter localizado o desfile na íntegra no "Cata Zorra" ano passado, ele é facilmente encontrado no YT, ao contrário do “SBT Repórter” com os bastidores, que tem apenas alguns trechos disponíveis, e a exibição de sábado começou com a Tradição entrando no Sambódromo, cortando as entrevistas de Isabela Scalabrini com Carla Perez, a de Renata Capucci com Hebe Camargo, e principalmente a de Ari Peixoto com o locutor Lombardi, cujo rosto era um segredo mantido a sete chaves por Silvio Santos, mas que felizmente podem ser vistas numa das versões do desfile postadas no YT, e depois de uma transmissão em que Bofinho dispensou do desfile os repórteres, os mais desavisados, com esses cortes, podem achar que o desfile aconteceu agora, digo... O samba-enredo e Silvio empolgaram o Sambódromo, o desfile nem tanto, o carnavalesco teve uma excelente sacada com as citações da mitologia grega, intuitiva, é verdade, a origem profunda do Carnaval são as festas pagãs da Grécia antiga, mas não deixando a apresentação com cara de comercial do SBT, sem perder de vista a memória afetiva, ainda que a referência ao Zé Apostador não alcançasse o enorme público que teve a emissora como babá eletrônica nas décadas de 1980 e 1990, porém, colocar no desfile Fênix, Mercúrio, Midas e um unicórnio não casou muito com o samba-enredo, que é menos metafórico e mais focado em passagens da vida de Silvio, um verso forte como "com muito orgulho, foi camelô" se perdeu na falta de referências mais diretas ao período que foi vendedor ambulante, daí se explica o oitavo lugar da Tradição na apuração, o que não invalida a homenagem nem a reapresentação do desfile, muito pelo contrário... Não foi por total falta de aviso, a reapresentação foi anunciada no final do telejornal “SBT Brasil”, a primeira imagem do desfile, com as bolinhas da Globo e do SBT lado a lado, mostra Silvio Santos de frente para a arquibancada do sambódromo e de costas para a câmera, paletó prateado e cabelo com tintura castanho-escura, Glória Maria comenta, “quem é que resiste a ser homenageado e participar de um carro como esse”, foca no carro Abre-Alas, uma águia, quer dizer, um condor pousado no nome da escola, usando uma coroa na cabeça, rodeado de estrelas azuis, como que protegendo Silvio, atrás da ave, uma grande coluna grega onde vai o destaque que representa o Deus Mercúrio, ou melhor, Hermes, pois estamos falando da mitologia da antiga Grécia, com uma rica fantasia de plumas vermelhas, encobrindo o letreiro O HOMEM DO BAÚ, ou seja aquela pequena dissonância entre enredo e alegorias já comentada, corta para a passista de branco da ala das deusas gregas, voltamos a Silvio, que canta o samba, acena e agradece a manifestação da plateia, Cléber Machado observa que o cronômetro já foi acionado e temos oito minutos de desfile, o salve de Silvio para o Sambódromo é visto de outro ângulo, na tela, IMAGENS DA INTERNET, o carro Abre Alas começa a se movimentar, corta para o Arlequim de computação gráfica, que samba em cima do outdoor que estampa a marca do Açúcar União na concentração, segundo Cléber, “o rei do ritmo, escolhendo os lugares mais fantásticos do Sambódromo para mostrar sua alegria”, Glória aponta que o carnavalesco Orlando Junior afirmou que quer surpreender as pessoas na Sapucaí, não trazendo a programação do canal de Silvio Santos, “sino”, fazendo questão, o Silvio Santos empresário, homem de televisão “e principalmente o lado infantil de Silvio Santos, aquele lado do parque, criança, colorido”, nem é preciso repetir que o desfile ficou tempo demais na Grécia, digo, Silvio segue na Sapucaí, sempre que o “flash” das câmeras permite, corta para as baianas com “sotaque” grego, Machado diz que a carreira de Silvio é conhecida por muita gente, “começou como camelô, depois foi animador, apresentador de rádio e televisão, hoje é dono de uma emissora de televisão, o Sistema Brasileiro de Televisão”, tanto didatismo lembra quando Patrícia Poeta fez um comentário no “Jornal Nacional” sobre as imagens de uma caminhonete do canal de Silvio incendiada durante os protestos de junho de 2013, “o SBT é uma emissora de TV”, depois do Abre-Alas no sambódromo, é focalizado o mestre de bateria da Tradição, uma das madrinhas de bateria, “discostas”, de baixo para cima (!!!), então é por isso que Silvio aparece novamente visto por trás (!!!), para captar a alegria dos convidados do Camarote da Brahma, vide abadá vermelho, com o comparecimento do apresentador, Glória volta a lembrar que a tradição nasceu de uma dissidência da Portela em 1984, foca na ala das gregas e baianas (!!!), na deusa de biquíni branco que manda um beijo para a câmera, na passista com capacete de gladiador, mais carro Abre-Alas, Cléber aponta que Silvio nasceu ali mesmo no Rio, na região da Lapa, agora a deusa focalizada lembra um pouco Jacky Petkovic e pisca para o “cameraman”, as baianas passam pela arquibancada, a retransmissão do SBT começou depois da conversa de Ari Peixoto com Lombardi, que introduzia o samba-enredo na gravação em CD, onde o locutor não conseguiu ouvir as perguntas do repórter e economizou nas palavras ao responder, e na concentração, Isabela Scalabrini entrevistou Carla Perez depois de mencionar as quatro rainhas de bateria da Tradição, no caso, Adriana Bombom e Fabiana Andrade, e dar as costas para uma delas, Babi Xavier, enquanto a loira do Tchan revela ser Mangueira de coração, também rodaram as entrevistas de Ari com Mestre Dagoberto e de Renata Capucci com Hebe Camargo... Os narradores da Globo repassam as informações sobre a Tradição que aparecem na tela, presidente Nésio Nascimento, carnavalesco Orlando Júnior, intérprete Celino Dias, enredo, “O Homem do Baú – Hoje é Domingo, é Alegria, Vamos Sorrir e Cantar”, 30 alas, 8 carros alegóricos e 3.600 componentes, todos nas cores azul royal, azul turquesa, branco, ouro e prata, e entre imagens aéreas do Sambódromo e das alas na Sapucaí, Cléber Machado convida, “agora a gente vai ler e cantar junto com a Tradição, o samba-enredo da escola em 2001”... Corta para a passista loira com seios à mostra, focalizada de cima a baixo, “nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro, esse artista é o enredo da nossa tradição, foi do rádio minha gente, hoje na televisão, oi patrão, faz o dia mais contente, alegria do povão, qual é o prêmio, Lombardi, diz aí, qual é a música, quem sabe, canta aí”, close em Carla Perez, madrinha de bateria, que em seu trio elétrico no Carnaval da Bahia neste ano fantasiou-se de Naruto, “quem quer dinheiro, o aviãozinho vai subir”, entra a ala com cadeirantes, “qual é o prêmio, Lombardi, diz aí, qual é a música, quem sabe, canta aí, o aviãozinho vai subir”, Gugu Liberato aparece, ou melhor, quase não aparece, atrás de um destaque no carro alegórico, “minhas colegas de trabalho, que beleza de auditório, abre a Porta da Esperança, é Namoro na TV”, Gugu ergue os braços para conseguir ser visto, “Boa Noite Cinderela (eu gosto muito), gosto de você, Em Nome do Amor, eu quero morrer de prazer”, Gugu continua agitando os braços e pulando, caiu com o Pintinho Amarelinho no chão, Gugu ficou meio escondido no carro alegórico, algo estranho para alguém que estava no auge, ganhando do Faustão todas os domingos, não se pode falar em indisposição da Globo, as câmeras o procuraram o tempo todo, e sua contratação era o sonho secreto de Marluce Dias da Silva, a principal executiva global da época, uma utopia, pois Gugu era então indiscutivelmente o herdeiro artístico de Silvio Santos, as filhas eram conhecidas apenas pelas poucas citações que Silvio fazia em seus programas, e ainda não havia acontecido o sequestro de Patrícia Abravanel, que começaria a mudar a situação, primeiro em termos administrativos e depois, com a ida de Gugu para a Record em 2009, no plano artístico... O carro abre alas é focalizado num plano mais aberto, letra do samba continua na tela, “laiá laiá, oi, laiá laiá oi, vamos cantar, vamos brincar, vamos sorrir, é domingo, é alegria, Silvio Santos vem aí”, Gugu também, quase perdido na alegoria, porém muito empolgado, “vamos cantar, vamos brincar, vamos sorrir, é domingo, é alegria, Silvio Santos vem aí”, agora o apresentador do “Domingo Legal” limpa o suor da testa, corta para a ala das deusas gregas, “olha que glória que glória, que beleza de destino, pra esse menino, Deus reservou, ele cresceu, ele venceu, vive sorrindo, com muito orgulho, foi camelô”, em seguida vem o carro alegórico das barcas da Praça 15, “nasceu na Lapa, no Rio de Janeiro, esse artista é o enredo da nossa Tradição”, entram os ritmistas da bateria cheia de moedas na cabeça, “foi do rádio minha gente, hoje na televisão, oi patrão, faz o dia mais contente, alegria do povão”, acharam o Gugu de novo, “qual é o prêmio, Lombardi, diz aí, Qual é a Música, quem sabe, canta aí, quem quer dinheiro, o aviãozinho vai subir”, o apresentador ergue o dedo indicador, fazendo o gesto com que assinala os momentos em que o “Domingo Legal” liderava a audiência no domingo, “minhas colegas de trabalho, que beleza de auditório, abre a Porta da Esperança, é Namoro na TV”... A direção de imagem da transmissão alterna-se entre closes de câmera escondida (!!!) em Gugu e as destaques do carro alegórico em que está desfilando, Cléber fala que o samba é de Lourenço e Arnaldo Magalha, acreditando que Gugu canta direitinho, close na destaque seminua, o narrador acredita também que a Tradição veio cheia de alegria... Cléber e Glória Maria são focalizados na cabine de transmissão da Globo, apontando que a escola vem vindo da concentração para a Sapucaí em 16 minutos de desfile e a presença de Silvio no carro abre-alas, mais uma vista do alto do Sambódromo, Glória chama o Arlequim que a abre a cortina da Tradição para mostrar os destaques do carro das barcas, close no repique, voltamos a bateria... Foca no abre-alas, Machado lembra que a Tradição ficou em 12º lugar no desfile do ano anterior, demorou oito anos para chegar o Grupo Especial após sua fundação, em 1984, quando teve início “um certo vai e vem”, Glória observa que a posição conseguida em 2000 com o enredo “Liberdade!!! Sou Negro, Raça e Tradição” a manteve no grupo principal, corta para a Comissão de Frente, com o tema “Midas – O Deus do Ouro”, Cleber conta que é a história do rei que tudo o que tocava virava ouro, da mitologia grega, acreditando ter relação com a trajetória bem sucedida de Silvio Santos, afinal, ele é de família grega, de judeus gregos, dos tempos do Império Turco Otomano, mas, enfim... Glória acrescenta que Silvio nasceu numa região boêmia do Rio, a Lapa, e informa que a comissão de frente da Tradição conta com 14 bailarinos do Teatro Municipal do Rio, de onde vem o autor da coreografia, Roberto Lima, com paradinha e tudo (!!!), IMAGENS DA INTERNET na tela, Cléber conta da origem do nome Senor Abravanel, das cortes espanholas para a Grécia, Glória deixa pela crescente sofisticação da comissão de frente, antes só pedia passagem, agora está se transformando num espetáculo à parte no Carnaval... Voltamos a Silvio, que ergue os braços quando é cantado “quem quer dinheiro” e em seguida faz com a mão o voo do aviãozinho de dinheiro, o sagaz narrador acreditou que o apresentador está fazendo sua própria coreografia, Glória crê que ele aprendeu o samba direitinho, “desde o início do desfile traz ele no gogó”, na realidade, Silvio movimenta principalmente os braços, o resto do corpo fica parado, um tanto quanto rígido, uma panorâmica da comissão de frente, Machado diz que a Tradição é uma dissidência da Portela, que por coincidência foi a pioneira no trabalho forte da comissão de frente, tome coreografia dos Midas, que transformam tudo em ouro mas são prateados, mais alguns destaques e chega o carro Abre-Alas, a águia acima do nome da escola, como que protegendo Silvio, cercado ainda por estrelas azuis, e no alto, em neon, “O HOMEM DO BAÚ”, dividindo o espaço com o destaque... Voltando a passarela, foca no destaque de chão, Vilma Nascimento, que representa outra figura mitológica, o Pássaro Fênix, não só apenas fundadora da escola como, desfilando na Portela, “a maior porta-bandeira que o Rio já viu”, nas palavras de Glória Maria, seu colega de transmissão chama a atenção para o Abre-Alas, intitulado “O Homem do Baú”, sagaz o Cleber, Silvio Santos acena e cumprimenta o público nas arquibancadas, Glória comenta a rivalidade de Vilma com a mangueirense Neide, o apresentador do “Programa Silvio Santos” percebe que alguma coisa caiu ao seu lado e a devolve para a plateia, o próximo aceno revela o seu inseparável relógio digital preto saindo pela manga do paletó prateado, Silvio vira para saudar o público do lado oposto, na hora do “Em Nome do Amor” ergue os braços, a jornalista aproveita para mencionar que o dono do SBT não chegou a comparecer no barracão da Tradição durante a preparação do desfile, apenas “a filha e outros representantes” (provavelmente a número 1, Cintia Abravanel...), forneceu documentos para ajudar nas pesquisas, porém não teve nenhum contato mais direto com a escola, preocupando o carnavalesco, sentimento bem diferente do próprio Silvio, que dá seu alô para o pessoal do Camarote, e Glória acreditou que ele está gostando, faz sentido, o importante era impactar no desfile, e o carro Abre-Alas conseguiu, ressaltando com o brilho da prata da águia coroada e do terno do homenageado a grandiosidade de sua presença na passarela, contando que isso seria suficiente para garantir uma vaga entre as primeiras colocadas no desfile, o que não ocorreu, a escola ficou em oitavo lugar num ano em que teve a vitória da Imperatriz Leopoldinense, conhecida por privilegiar o apuro técnico diante dos jurados à força dos enredos ou o peso dos homenageados, dois itens muito bem contemplados na Tradição, o outro, um pouco menos, o carnavalesco optou por dar ares de epopeia a saga de Silvio, o resultado não ficou tão original, e acabou por não investir tanto no filão da memória afetiva, para o desfile não parecer um anúncio do SBT em plena Globo, digo... Então é por isso que Glória Maria introduz uma importante questão, com uma ponta de inveja, “resta saber se ele vai levantar a Sapucaí como faz com o auditório dele”, com ele entronizado no carro Abre-Alas e o samba-enredo, fácil de cantar, Silvio conseguiu, o problema, como dissemos anteriormente, é o restante do desfile, a câmera focaliza o destaque do Abre-Alas, Nil D Yemona, representando o Deus Mercúrio, mensageiro entre os seus e protetor do comerciantes, viajantes e assaltantes (!!!), que para não prejudicar a centralidade de Silvio no carro foi colocado lá no alto, atrás da águia, junto com o neon do “Homem do Baú”, aí complica... Tem mais Silvio no desfile, agora ele descansa os braços na sacada do carro, sempre cantando o samba-enredo, não deixando de acenar, é a vez de Cléber explicar que a expressão “Homem do Baú” vem do “empreendimento” em sociedade com Manoel de Nóbrega, que acredita ser o “alicerce financeiro e empresarial” de Silvio, quase isso, Manoel na verdade queria se desfazer de um negócio de carnês que entregava um baú de brinquedos ao final do pagamento das prestações, e confiou a tarefa a Silvio, que pediu para ficar com a empresa, certo de que conseguiria faturar alto com ela, inclusive anunciando os carnês em seu programa de rádio, e depois na televisão... Tudo isso em 1959, agora o apresentador está empenhado em acompanhar com sorrisos e gestos para o público o samba-enredo, e o público vibra, no que é possível ver por trás dos holofotes, foca na águia, close em Silvio, que discretamente enxuga o suor do rosto antes de cantar para a câmera, antes que faça um “ton sur ton” com o terno, Machado nem precisava dizer, “suando e cantando o homenageado da Tradição”, corta para o destaque, cujas plumas rosas e vermelhas destoam do prateado do restante do carro... Familiarizado com as câmeras, Silvio tira os braços da sacada ao perceber que é focalizado e começa a gesticular e sorrir, Cléber aponta que a águia da Tradição, de olhos verdes, é um condor, retornando ao apresentador do SBT, mais acenos e uma discreta sambadinha (!!!) antes de se virar para cumprimentar o pessoal do outro lado da Sapucaí, balões de pensamento se enchem de cerveja para fazer “merchan” da Brahma e o futuro titular da narração esportiva do SBT fala da descoberta do talento para a comunicação de Silvio, o sistema de som nas barcas, os programas de rádio, o auditório na TV Globo (TV Paulista, originalmente...), “hoje é um empresário de comunicação, e continua aí com seu programa, não abandonou nunca o auditório, a câmera”, não a tempo de receber o próprio Cleber no “Programa Silvio Santos”, tarefa desempenhada por sua filha Patrícia, mas, enfim... Glória Maria chama a atenção para a Nega Maluca, que traz Carla Perez trabalhando forte como madrinha de bateria, uma das quatro, ressalta, o próximo primeiro plano de Silvio Santos vem com IMAGENS DA INTERNET na tela, a jornalista é perspicaz, “samba com as mãos, tentando improvisar um samba”, o carro abre-alas passa pela cabine da Globo e Glória comenta sobre a Ala das Baianas, “uma mensagem de boa sorte que pretendem trazer”, Machado contabiliza 150 baianas, Glória recorre a descrição do desfile para dizer que elas comunicam a realização da profecia de Midas com o nascimento de um descendente de gregos no Brasil com o dom de transformar tudo em ouro, intenção interessante, talvez melhor embasada com a opção de abordar as raízes judaicas de Silvio, porém Cleber curtiu as baianas, “emocionante”, e a jornalista lembra que a Ala concentra as integrantes mais idosas da escola, que num desfile cada vez mais ligeiro conseguem evoluir “com mais elegância e suavidade na Sapucaí”... Enquanto as baianas comparecem na pista, o narrador já deixa pelo segundo carro alegórico “Grécia, Início de Tudo”, Glória revela que as baianas da Tradição tem entre 32 e 62 anos, Cleber quer apontar a presença no carro da Grécia de Gugu Liberato, no entanto ele desparece por trás do costeiro de uma das destaques, também, ele é descendente de portugueses, digo, melhor falar das bênçãos dos deuses da mitologia grega, enquanto é focalizado o unicórnio alado da alegoria, “montado” por Patrícia, a outra, uma destaque com um singelo adorno de cabeça e nada mais (!!!), Glória Maria acha Gugu, acreditando que ele representa um deus grego, embora seja mais fácil ver o pessoal que movimenta o unicórnio do que o próprio apresentador, na tela, “Gugu Liberato Deus Grego”, dando seus acenos e arriscando alguns passos de samba, enquanto é identificado por Machado como “um dos muitos discípulos” de Silvio, antes dele, fecha no unicórnio e sua amazona, é mitologia grega, não é mesmo, o Rei Momo em pessoa “sopra” a destaque loira dos seios à mostra, antes de mais um close no unicórnio, muito antes da figura mitológica aportar no mundo empresarial, ou seja, não dá para associar o cavalo alado com chifre na testa ao primeiro bilhão ganho por Silvio e todas essas alusões à antiga Grécia acabaram ficando meio “hã???”, dava para chegar mais rápido ao "com muito orgulho foi camelô", que mal é citado no desfile... Ops!!!... O relojão da Brahma aparece para lembrar a Cléber Machado que já foram cumpridos 38 minutos de desfile, foca na destaque seminua em cima do unicórnio e na ala com colunas gregas em cima dos ombros, referências a arte e a cultura do país de origem dos antepassados mais próximos de Silvio, deixaram de lado a estrela de Davi, mas, enfim, tome “travelling” do desfile, Cléber aponta a barca representando o tempo em que o apresentador trabalhava forte no serviço de alto-falantes na rota do Rio a Paquetá... Um plano mais afastado mostra a cabine de transmissão da Globo, destacada por sua estrutura com neon, mais colunas na passarela, Machado crava a metade do tempo de desfile, 40 minutos, e pede a opinião dos comentaristas, Haroldo Costa afirma que a apresentação é completamente diferente do ano passado, “que foi um desastre”, a escola começou fortemente trabalhada no prateado, vide terno de Silvio, em seguida virá uma quebra cromática com o azul da agremiação, “é um desfile bonito, é a saga do Silvio Santos, que está sendo aplaudido pela plateia, é um desfile muito diferente do ano passado e tem a possibilidade de até o final a gente julgar se ela fica ou se ela desce” – a essa altura, um pacote de açúcar sambava no canto da tela... O narrador dá “spoiler” do azul e do colorido que vem a seguir no desfile, Glória Maria apresenta a ala das deusas gregas, as passistas todas de branco, adornadas com moedas estilizadas, a jornalista explica que elas representam o papel das mulheres na vida do “jovem Abravanel”, acreditando que “deu certo”, porque ele teve dois casamentos e seis filhas, adotou uma, é verdade, porém insistimos, naquela época ninguém pensava que Patrícia, Rebeca e Silvia se tornariam apresentadoras, tampouco que Patrícia seria sequestrada alguns meses depois, e anos mais adiante, uma pandemia faria ela suceder o pai no comando do “Programa Silvio Santos”... Logo depois, Glória nota a Colombina empoleirada na cabine da Globo e diz que ela é “mais uma das mulheres do Silvio Santos”, num tempo que isso significava notícias sobre o fim do casamento com Íris Abravanel, que a propósito não aparece em nenhum momento do desfile, devia estar escondida no camarote ou em retiro espiritual, digo, close na cabine, Cleber aponta para o lugar onde a Colombina estava sentada, risos amarelos, e na sequência a ala representando a Lapa boêmia, fortemente trabalhada no azul com um rápido primeiro plano da passista com os seios à mostra... Há muitas outras, o atual locutor esportivo do SBT prefere falar dos “deficientes físicos” – aqui cabia um “disclaimer”, digo – e do desempenho dos paratletas nos jogos de Sidney – “um exemplo para a gente pensar bem e agradecer tudo o que tem” – “disclaimer”, rápido!!! – e entre passistas cadeirantes e de “topless”, Machado explica que depois da reverência aos antepassados, vão se aproximando outras passagens da vida de Silvio, como o nascimento na região da Lapa, o trabalho forte como camelô e nas barcas, e na ala “Vem Dançar Comigo”, os tempos de paraquedista quando cumpriu o serviço militar, o narrador até lembra que viu no “Programa do Jô” que Silvio serviu na mesma época que Tony Tornado, não confundir com Toninho Tornado, calabreso... Foca na barca da Cantareira, Silvio aparece na empilhadeira do Carvalhão, já fora do carro abre-alas, percorrendo nele a dispersão, de volta a barca, lugar onde Gloria diz que Silvio começou a trabalhar forte, dentro, um desenho de Silvio entre os passageiros, dando a entender que foram seu primeiro auditório, do lado de fora, destaques lotando a embarcação com suas fantasias azuis, Cléber lembra do sistema de som, acreditando que as barcas atuais são mais rápidas (e os alto-falantes não tocam música...), Glória diz que a barca de Silvio era a de Niterói, o nome Cantareira lembra a revolta popular que destruiu as barcas em 1959, quando Silvio já morava em São Paulo, “actually”, era a de Paquetá, onde o futuro apresentador realizava um bingo para impulsionar as vendas de cerveja, melhor falar da principal destaque da alegoria, a baronesa Helena Cardoso, que deve o título ao casamento com um nobre alemão, de chapéu de capitão e tudo... A Nega Maluca resgata a imagem de uma passista da ala das deusas gregas, na volta, depois de barca, uma ala enfeitada com sorrisos, pois como explica Cléber, essa é a marca registrada de Silvio Santos, seguida pela Ala “Jongo da Serrinha”, representando os “vendedores de ilusão”, todos de branco com vasos de flores na cabeça, o próximo carro alegórico, o quarto da escola, é o “Circo Musical”, notem os animais de cartola ao redor de um imenso microfone de rádio, com um palhaço descabelado em cima (!!!), Glória Maria explica que o “animador profissional” surgiu aí, nos shows em circos, quanto até se arriscava a contar algumas piadas, eis então que entre as plumas e paetês dos destaques comparece no carro alegórico Carlos Roberto Massa, o Ratinho, o terror da Globo, agora apresentado de forma protocolar por Cléber, de fraque azul bebê e cartola, acompanhado dos seguranças Azeitona e Caroço, e de Marquito em pessoa, que infelizmente não estava fantasiado de vaga-lume... Ops!!!... O letreiro IMAGENS DA INTERNET aparece novamente, o locutor ressalta o colorido do carro, da nossa parte fica evidente o esforço do carnavalesco para que o desfile não ficasse com cara de propaganda do SBT, a maioria dos grandes cartazes da emissora na ocasião estão perdidos no meio dos carros alegóricos, Ratinho mais que Gugu Liberato, o sambódromo é tomado por balões de pensamento cheios de cerveja – ação de “merchandsing” da Brahma – e Glória introduz a enquete, “você é a favor de um júri popular para definir o resultado dos desfiles???”... Cleber pede que os televidentes respondam a pergunta do site, explicando o sistema atual, dez quesitos, 40 jurados, uma nota é descartada por sorteio, acreditando que o público vai abrir mão da apuração, que é o melhor do Carnaval (!!!), aparece a parte de trás do carro alegórico, um grande globo de bingo – na época os bingos ainda eram permitidos no Brasil – corta para o Sambódromo vindo de cima, Cléber vê no próximo carro o Zé Apostador, e como ele sacou a referência, elogia o carnavalesco por citar o personagem dos anúncios do Baú da Felicidade que sempre pagava o carnê em dia, uma criação de Ely Barbosa nos anos 1970, e como veremos depois, é aí que a coisa desanda um pouco, que dividia os comerciais com uma figura que ficou de fora do desfile, o inadimplente Atrasildo, que só voltou a dar as caras num anuncio em 2002... Na tela, o primeiro casal de Mestre-Sala e Porta Bandeira da Tradição, Julinho e Daniele, fantasiados de “Qual é a Música”, vide teclados de piano, Glória afirma que eles nunca desfilaram por outra escola, Cléber pergunta a Ricardo Cravo Albin, “o samba parece ter uma letra fácil, usando alguns bordões do Silvio Santos, como é que está o samba-enredo, como é que está o desfile da Tradição???”, o comentarista responde, “o enredo tá muito bem, é uma surpresa para uma escola que há dois anos está na corda bamba, periclitante, se manteve a duras penas, a última homenagem foi uma homenagem frustrada, a Beto Carrero, mas parece que as chaves do baú estão abrindo, estão revitalizando a escola, que até aqui, pelo meu campo de visão, está muito bem”, claro que não era difícil prever que o samba-enredo ia pegar, posto que foi executado várias vezes antes do desfile na programação do SBT... Glória Maria fala da bateria da Tradição, com os ritmistas de cabeça adornada por plumas alaranjadas, liderados por Mestre Dagoberto, que começou no samba com nove anos de idade, foca na passista que samba fazendo dança do ventre, a bateria foi batizada como “Quanto Vale”, o que explica as moedinhas na tiara e as bolinhas de bingo nos paletós dos ritmistas, Cleber aponta que a ala está perto do recuo da bateria... As madrinhas de bateria aparecem e o locutor pede a opinião de Ivo Meireles sobre a bateria da Tradição, e o músico não curtiu, “tá um pouco enrolada, especialmente os de segunda com uma afinação que eu particularmente não gosto, não me contagiou a bateria da Tradição, agora sobre o terno do Silvio Santos, como ele conseguiu guardar o terno da Ducal por tanto tempo???”, se é da Ducal, há controvérsias, Silvio era freguês assíduo da Camelo, o fato é que depois de ter guardado o paletó, ele esqueceu de colocar de volta no baú e o perdeu, chegando a oferecer 3 mil reais pela vestimenta em 2015 (depois 3.500...), a fim de coloca-la no Hall da Fama da Anhanguera... Glória Maria aproveita para destacar a presença de Carla Perez como madrinha de bateria, aqui a propaganda da programação do SBT é inevitável, mas Adriana Bombom está ali do lado para representar a Globo, Cléber aponta a introdução da bateria no recuo, que Ivo considera “complicado”, não tanto quanto concorrer em “A Fazenda”, como fez em 2013, vide panela de feijão, não, pera... Cleber Machado aponta o recuo da bateria e afirma que Silvio vai vir “nas ondas do rádio”, foca no carro alegórico “Folia Brasileira”, todo trabalhado, alegorias e fantasias, no preto e branco, então é por isso que o locutor lembrou das marchinhas de Carnaval gravadas por Silvio Santos, não que fosse preciso citar alguma delas, porém sempre é bom lembrar, por exemplo da “Marcha do Barrigudinho”, de 1968, “o homem pode ser careca, baixinho e barrigudo, mas se tiver dinheiro, ele tá com tudo”, ou “O Metrô”, de 1977, “tá todo mundo andando de Metrô, tá todo mundo andando de Metrô, e eu também vou com meu amor”, e também “Marcha do Furunfa”, de 1982, “tim tim, tim tim, tim tim olalá, furunfa, furunfa, que é bom furunfar”... O relojão do Açúcar União marca 59 minutos de desfile, 21 para o final do desfile da segunda escola da noite, observa o locutor, Ivo Meireles desconfia que a escola está um pouco grandinha demais para o tempo e vai precisar dar uma corridinha e mesmo assim vai embolar na harmonia, Glória Maria contemporiza, a escola tem 3.600 componentes, mas com Silvio Santos tudo tem que ser grandioso, razão que aponta para o gigantismo da Tradição neste ano... O arlequim, que Glória chama de pierrô, resgata a imagem da porta-bandeira, o triângulo amoroso confunde Cléber, assim como os integrantes da Ala Família Nascimento, cujos adornos de cabeça representam as marchinhas “Transplante de Corinthiano” – distintivos do Timão, que o narrador primeiro apresenta como o time de Silvio, que era Flu na infância – e “A Pipa do Vovô” – papagaios e pandorgas, no caso... Corta para o carro alegórico que representa o “Domingo no Parque”, que Glória observa ser “o programa preferido das manhãs de domingo”, apesar de ter na frente o trenzinho de outra atração infantil do SBT, “Show Maravilha”, bem embaixo de um carrossel, que pode simbolizar tanto a sessão de desenhos que passava depois do programa de Mara, quanto a novela mexicana, mas nessa altura a jornalista já falava que o carro representava a infância e as apresentações em circos feitas por Silvio, na falta do “Peru que Fala”, tem a fantasia Alegria, da destaque Nívea Oliveira, maiô dourado e costeiro com plumas nas cores do arco-íris, igual a de outro destaque que encobre a placa com o nome “Domingo no Parque”, programa inspirado na música e na atração do Valdisnei, “It’s a Small World”, que aqui se tornou “Mundo Pequenino” graças a Rogério Cardoso, o próprio, canção que por algum tempo foi o tema de abertura do “Programa Silvio Santos”, Cléber ressalta, “toda experiência dele somada se transformou nos programas que ele comandou no dia de sorrir e cantar, no dia de domingo”, falando em experiência, é uma pena que o desfile tenha acontecido antes do surgimento do YT, as alegorias ficariam ainda mais ricas com menções e a presença dos apresentadores de programas infantis do SBT, nem que fosse a maior aduladora de Silvio, Mara Maravilha, digo... A colombina vem com o destaque do carro do Carnaval, que Machado confunde com a do carro Domingo no Parque, antes de apresentar os Vendedores Infantis da Ala Samba Legal, onde seus componentes estão caracterizados como vendedores de balões, sem referências ao Seu Madruga, infelizmente, e pirulitos, Chaves, corre aqui, foca no segundo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, Vinícius e Camila, Glória explica que eles representam o Carnaval de contos de fadas, Cleber lembra que eles começaram na Ala das Crianças... Surge na tela uma ala com passistas vestidos com o boné do Zé Apostador, personagem dos anúncios do carnê do Baú da Felicidade na década de 1970, e logo depois a própria Ala das Crianças, com o tema “e o palhaço, quem é”, representando o circo, vejam só, tiveram a sacada de pegar uma referência mais antiga, anterior ao surgimento do SBT, porém citaram vagamente nas fantasias da ala o Bozo, figura indispensável quando se fala da fase de “babá eletrônica” da emissora, nos anos 1980, alheio a isso, Machado resgata um comentário de Haroldo Costa, o desfile começou com o Silvio prateado, passou pelo azul e branco da escola e agora “absolutamente colorida”... Entra o sétimo carro alegórico da Tradição, “A Sorte Está Lançada”, dominado pela figura do Zé Apostador, destaques que lembram a roleta do “Roletrando”, a primeira versão de Silvio para o “Wheel of Fortune” estadunidense, e ele, o Pião da Casa Própria, bem atrás de Luis Ricardo, que mesmo em close não é identificado por Glória Maria, devia ter vindo de Bozo (!!!), a jornalista prefere lembrar que o carnavalesco quis mostrar um Silvio criança e trouxe para a avenida uma escola “alegre, colorida, leve e cheia de graça”, Cléber começa a falar do Zé Apostador, mas interrompe o comentário ao ver a vinheta da Nega Maluca, sambando em cima dos camarotes durante um plano geral do Sambódromo, constrangendo Glória um pouco, “ela samba na Tradição desde pequenininha, né”, Cléber diz que o carro, que tem como destaques Roberta e Fabiano, sintetiza toda a relação entre as apostas, bingos, jogos e Silvio, que vai aos cassinos na suas viagens ao exterior para tomar frapê de coco, e finalmente descobre o Luis Ricardo na alegoria... A ala seguinte vem fantasiada de Troféu Imprensa, Danilo Gentili, corre aqui, também o tema do último carro alegórico do desfile, de acordo com o locutor, “repleto de loiras”, o carro “Troféu Imprensa”, que tem reproduções da estatueta feita na Troféus Piazza e uma das maiores ganhadoras da mesma, Hebe Camargo, vestida de bailarina, tendo sua estreia no Sambódromo saudada efusivamente por Glória Maria, “exuberante, linda, alegre como sempre”, bem ao lado de um destaque que é o próprio Troféu Imprensa, com o corpo todo pintado de dourado, a alegoria é um reconhecimento a relevância da premiação, que também é internacional, como a promessa feita pelo representante da então controladora da Universal, a MCA, de entregar a Walter Lantz o troféu ganho pelo desenho do Pica-Pau em 1981, algo aparentemente anacrônico, porque o último desenho clássico do “Pajaro Loco” foi lançado em 1972, aquele do cachorrinho na escola da Meany Ranheta, que só estreou no SBT em 1985, mas passa a fazer todo o sentido quando nos atentamos ao fato de que Walter Lantz foi indicado dez vezes para o Oscar, inclusive pela música “The Wooody Woodpecker Song”, em 1950, entretanto não venceu nenhuma vez... E Plácido Manaia Nunes ainda era vivo e pode ouvir Cléber falando que o seu Troféu Imprensa foi criado por Silvio Santos, Glória emenda dizendo que nesta noite, a premiação pelo conjunto da obra vai para o apresentador, justamente na época em que ele se proibiu de receber o troféu, decisão tomada em 1996, que caiu em desuso com o Troféu Internet e os prêmios entregues a ele e as filhas nas últimas edições exibidas pelo SBT... O relojão da Brahma retorna para assinalar 1 hora e 9 minutos de desfile, só faltam 11, Ivo Meireles acreditando que a Tradição vai terminar no tempo depois de ter visto o recuo da bateria, foca no fundo do carro do Troféu Imprensa, um televisor com a imagem de Silvio, os componentes da bateria começam a sair do recuo, Glória acreditou que a escola está fazendo tudo certinho, a bateria volta ao desfile, a jornalista também acredita que a Paraíso do Tuiuti e a Tradição se renovaram para o terceiro milênio, um telão no lugar daquele televisor ajudaria mais ainda, digo, então é por isso que Ivo chama a atenção para a última ala da Tradição, que trocou a velha guarda por um mosaico humano, que visto do alto forma o rosto de Silvio Santos... E volta o relojão, agora do Açúcar União, para sinalizar 1 hora e 11 minutos de desfile, Clebão curtiu a homenagem a seu futuro patrão, Ivo ressalta a criatividade da ala, Glória lembra de novo o carnavalesco, “que queria trazer uma escola jovem, alegre, com cara de criança”, o locutor sagaz fala que a escola acabou de passar e a jornalista pede aos telespectadores que ouçam a bateria... Nesse ponto terminou a reapresentação do desfile no SBT para entrar o programa “Esquadrão da Moda”, no YT, após um plano geral da Marquês de Sapucaí, e de serem focalizados os Camarotes e a cabine de transmissão da Globo, com Cléber Machado anunciando que o desfile da Unidos da Tijuca, a próxima a desfilar, sobre a obra de Nelson Rodrigues, tem “um enredo que promete pegar”, Haroldo Costa comenta que “quem tem padrinho não morre pagão, e quem tem baú, é muito melhor, a diferença do Beto Carrero do ano passado pro Silvio Santos desse ano é incomensurável”, Cleber corta para o finzinho do desfile da Tradição e chama “Luciano Huck e seu Caldeirão”, na verdade, uma entrevista do futuro marido de Angélica com o casal Glória Pires e Orlando Moraes, Luciano diz que o negócio dele é Camarote, Glória quase não foi capaz de opinar sobre Silvio, que já estava longe quando chegou e só viu pelo vídeo, bem mais distante do que quando foi ser modelo vivo no “Topa Tudo por Dinheiro”, demonstrando interesse por um dos adereços oferecidos pelo apresentador, um par de seios de borracha, anos depois do filme “Índia Filha do Sol” e bem antes de Cléo Pires fazer “Benjamim”, digo, Orlando deixou por uma banana que colocou na orelha (!!!), ainda é tempo de ver Cláudia Rodrigues e Lucio Mauro como Ofélia e Fernandinho lado a lado com Elza Soares, que Ofélia chamou de “viúva do Edson (OG)”, mas tudo isso o SBT não mostra... Ops!!!...
Reprise de 2024 do desfile de 2001 mostra que Globo se preocupou com o seu público não ligar o nome à pessoa... |
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