sexta-feira, 26 de julho de 2024

Saga OlímPICA (II): Os Jogos Vistos de Muito Longe e de Muito Perto...

- Brasil e União Soviética vestindo Adidas (C)... Assim fica difícil de escolher para quem torcer...













































A Coreia do Sul passou por enormes provações antes de sediar os Jogos Olímpicos de 1988 em Seul... Deixou isso bem claro no momento em que a pira olímpica foi acendida por Sohn Kee-Chung... Que venceu a maratona olímpica de 1936 competindo com o nome de Kitei Son pelo Japão... Que ocupava militarmente a península coreana... Por falar em confrontos, Estados Unidos e União Soviética deixaram os boicotes de lado e partiram para as disputas – inclusive no futebol, onde os soviéticos venceram por 4 a 2... Alis, já que o ludopédio foi mencionado, parecia que desta vez o Brasil chegaria lá... Ainda sem a restrição de idade – a participação era vedada a quem tivesse disputado Copas do Mundo – o time de Carlos Alberto Silva conseguia a proeza de juntar Bebeto, Romário e José Ferreira Neto (OG), o maior camisa 10 peixeiro de todos os tempos... No gol , Cláudio Taffarel deu show, defendendo um pênalti no tempo normal e outro nas cobranças alternadas da semifinal com a Alemanha “Occipital”... Galvão Bueno nem precisava dizer... “Vai que sua, Taffarel!!!”... A finalíssima com a União Soviética era a decisão dos sonhos do internauta Chico Melancia... Tanto brasileiros quanto soviéticos vestiam Adidas ©... Romário abriu o placar, de cabeça, aos 29 minutos do primeiro tempo...  Dobrovolski empatou convertendo pênalti, aos 17 minutos da etapa final... Na prorrogação, aos 14 minutos do primeiro tempo, Savitchev encobriu Taffarel e garantiu o ouro dos soviéticos... Ninguém mais aguentava a música “Força Brasil”, que tocava nos intervalos dos jogos – alguns rebatizaram a canção de “Forca Brasil”... Restou a Neto (OG) ficar se perfazendo com a medalha de prata no Instagram ©, muitos anos depois... A única medalha de ouro brasileira foi conquistada pelo judoca Aurélio Miguel, uma figura polêmica – especialmente depois que tornou-se vereador em São Paulo... Da parte do internauta Pedro Henrique, até hoje ele lamenta o doping do canadense Ben Johnson, que o fez perder a medalha de ouro que havia conquistado nos 100 metros ao correr impressionantes 9 segundos e 79 centésimos – mais impressionante, só Galvão Bueno perplexo com a partida de Robson Caetano nessa mesma prova... Não que nosso colega de rede não se apeteça com Carl Lewis, que herdou o primeiro lugar, mas a partir de então, toda pessoa que fica chapada o pessoal diz... “Tá Ben Johnson”... O mascote dos Jogos de 1988 era Hodori, um tigrinho bigodudo... O “massacote” de Barcelona, em 1992, o cãozinho Cobi, fez mais sucesso no Brasil... Graças a uma série de desenhos animados exaustivamente exibida pela TV Cultura... O Brasil, que nos tempos de Sarney, ganhou seis medalhas, viu seu número de conquistas cair para três sob a gestão de Collor e PC Farias... Talvez por isso o número de medalhas de ouro tenha dobrado... Uma delas ganha pelo judoca Rogério Sampaio, hoje secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem... A influência de Michel Temer na Baixada Santista não se resume apenas à Companhia Docas, digo... A outra, pelo vôlei masculino, Zé Roberto, a primeira de uma equipe de esporte coletivo do Brasil... Popularizando o grito de guerra “em cima embaixo puxa e vai”, em uma torcida que tinha o reforço de ninguém menos que Roberto Marinho... Isso depois que Pedro Bial deu umas instruções a Deus, quer dizer, informou ao presidente das Organizações Globo onde era o ginásio... Saudades da época em que o Mestre tinha um caderno com a foto de Giovane Gavio... E adorava aquela vinheta com o Beto Simas pelado, digo... Da medalha de prata, nosso internauta-mor prefere não comentar, uma vez que foi conquistada por Gustavo Borges, que tirou dele o recorde no “Desafio Bandeirantes”, vide lambança na cronometragem... Já o internauta Pedro Henrique também ficou satisfeito com o ouro do vôlei, tanto que sonhava com o vídeo da série “Manual Show do Esporte” sobre vôlei, apresentado por Marcelo Negrão... Agora, o que levou Pedrinho  ao êxtase foi o Dream Team do basquete masculino dos Estados Unidos, vide Magic Johnson, Michael Jordan, Patrick Ewing, Charles Barkley, Scottie Pippen... O Mestre, por sua vez, não via tanta graça nos cestinhas estadunidenses... Não que fosse fã de Oscar Schmidt – que viu o Brasil perder de 127 a 83 para o Dream Team – mas pela saudade que sentia da União Soviética, substituída pela Comunidade dos Estados Independentes, a CEI... Um sentimento compartilhado por João Havelange, que até ficou doente e sumiu do mapa durante os Jogos, levando a articulação de uma candidatura de oposição à presidência da FIFA, Joseph Blatter... Ops!!!...  Isso porque no futebol o Brasil não passou do Pré-Olímpico... E o ouro, já com restrição etária, ficou com a Espanha de um certo Pep Guardiola...

















- Pô, Hortência!!!... Nós avisamos que íamos comparecer aos Jogos para te ver bem de pertinho!!!...












































O Brasil sentiu-se a própria potência olímpica nos Jogos de Atlanta, em 1996... Não só porque o novo presidente do COB, Carlos Artur Nuzman pretendia sediar a competição em 2004 – vide vídeo promocional com o Tiririca – mas devido à conquista de 15 medalhas... Três delas de ouro... A primeira das mulheres, no vôlei de praia, com Jackie e Sandra...  Numa inédita, e por enquanto única, final brasileira, com Adriana Samuel e Mônica... Isso é para todo mundo que zoava com o Mestre quanto ele torcia para Sinjin Smith e Randy Stoklos nas transmissões do Mundial de Vôlei de Praia nas manhãs dos finais de semana na Globo...  Então é por isso que ele só levava roupa da ACE quando ia na C&A de Santo André... Outro momento de grande emoção com o esporte feminino para nosso internauta-mor foi a medalha de prata do basquete feminino... Inclusive, nosso companheiro de web estava lá, cumprindo uma promessa que fez a Hortência quando ela embarcou para os Jogos Olímpicos de 1992... Isso é amor antigo... As duas outras medalhas de ouro ficaram com os velejadores Marcelo Ferreira e Torben Grael – classe star – e Robert Scheidt – classe laser... Ah, o Bingo Augusta... O mais movimentado na rua em que era gravado o “Sai de Baixo”... Pula o bronze do futebol, em que entramos pelo Kanu, digo...  Melhor o bronze do vôlei feminino, em um tempo que Ana Paula Connely não defendia o impeachment, e Mireya Luis não largava o ouro, digo... A prata e o bronze de Gustavo Borges na natação  também são assuntos incômodos para o Mestre... O bronze de Fernando Scherer, nem tanto, mas só depois que “Xuxa” pegou a Sheila Melo, digo...  Orlando Duarte corneta a organização dos Jogos de Atlanta, que prometeu mundos e fundos para desbancar Atenas como sede – ser a sede mundial da Coca-Cola © também ajudou – mas que acabou metendo os pés pelas mãos durante as disputas, em termos de transporte, notificação de resultados e voluntariado... Vide bomba no Parque Olímpico, um morto e 117 feridos... Nem o fato de Muhammad Ali ter acendido a pira olímpica serviu de compensação...  Função que coube à aborígene Cathy Freeman em Sidney, em 2000, num acerto de contas da Austrália com seu passado...  Já o Brasil, depois da euforia do Plano Real, vivia momentos difíceis no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso... Tanto que das 12 medalhas conquistadas, nenhuma era de ouro... O futebol sequer chegou perto do pódio, Luxa, vide eliminação para Camarões... Nem Robert Scheidt e tampouco os judocas Carlos Honorato e Tiago Camilo conseguiram comparecer ao alto do pódio, limitando-se à medalha de prata... Nem mesmo Renato Aragão, quer dizer, a Shelda do vôlei de praia, obteve ouro... Para contornar o fiasco – e não perder os incentivos fiscais governamentais ao esporte, que começavam a ganhar força nessa época – o COB induziu os jornais a não classificarem os países no quadro de medalhas (sempre um indicador extra-oficial...) pelas medalhas de ouro, mas sim pelo total de medalhas obtidas... Agora, o maior símbolo da decepção brasileira seria o cavalo Baloubet Du Rouet... Que refugou três vezes na final da competição de saltos, deixando o cavaleiro Rodrigo Pessoa na mão...  Assim a edição extra que o Poliana soltava no período da tarde no Brasil, para compensar o fuso horário australiano, não vendia... Pior, só “Placar”, com aquele papo de “Nossa Melhor Olimpíada” – uma patriotada feita com quatro anos de atraso... 
















Vanderlei Teixeira de Lima, o popular Teixeirinha, liderava a maratona até encontrar com o mito Cornelius Horan...
















































O vôlei masculino voltou ao alto do pódio nos Jogos de 2004, em Atenas, Bernardinho... Campanha acompanhada de perto por Galvão Bueno – que não estava na Globo em 1992 – e pelo internauta Pedro Henrique... Que exercia múltiplas funções na capital grega... Animador de torcida nos jogos de vôlei, ao lado de seu amigo “Homem-Grito”, transportador do barco de Robert Scheidt – ouro na classe laser da vela – sparring do judoca Carlos Honorato, carregador das sapatilhas do saltador Jadel Gregório, incentivador do protesto do lutador de taekwondo Diogo Silva, monitor da lan house da Casa Brasil, acompanhante do ator Bruno de Lucca nas baladas atenienses, repletas de futebolistas iraquianos e jogadoras de handebol húngaras... Diz a lenda que ele até conheceu Priscila Fantin pessoalmente, vide bicos para a produção do programa “Mundo Afora”...  Pedrinho também estava no estádio Panathenaic, esperando pela chegada da maratona... Ele e os demais torcedores presentes não sabiam que o brasileiro Vanderlei Teixeira de Lima, o popular “Teixeirnha”, liderava a maratona... Isso até o seu percurso ser interrompido por um fã do piloto de Fórmula-1 Rubens Barrichello, que pensou estar diante de seu ídolo... Ele mesmo, o padre irlandês Cornelius Horan, uma das primeiras celebridades do Orkut (Beta)... “Teixeirinha” conseguiu desvencilhar-se de Horan, ajudado por algumas pessoas que acompanhavam as provas, e ainda conseguiu a medalha de bronze... Quem também deu a volta por cima foi o cavalo Baloubet Du Rouet, já que Rodrigo Pessoa conquistou ouro na prova de saltos do hipismo... Um ano depois dos Jogos, quando se confirmou o doping do cavalo vencedor, Waterford Cristal, montado pelo irlandês Cian O’Connor, que perdeu a medalha de ouro, entregue ao conjunto brasileiro, que havia ficado em segundo lugar...  Assim, das dez medalhas obtidas pelo país na Grécia, cinco eram de ouro – contando aí com as de Torben Grael e Marcelo Ferreira na vela e de Ricardo e Emanuel no vôlei de praia, Leila...  Claro que não podemos nos esquecer de mais uma prata de Shelda e Adriana Behar, da primeira medalha do futebol feminino, e dos bronzes dos judocas Flávio Canto – o próprio – e Leandro Guilheiro... Não deu, Daiane dos Santos, a qual o internauta Pedro Henrique sempre confundia com Ronaldinho Gaúcho, apesar do futebol masculino outra vez ter ficado no Pré-Olímpico...  A situação melhorou para o Mestre nos Jogos de 2008, em Pequim, com o ouro de Maurren Maggi no salto em distância... Nosso colega de rede era a única pessoa que levava a sério o cãozinho de pelúcia da atleta, mesmo quando ficou de fora das competições em Atenas por doping ou que permutou um apartamento em troca de fazer o merchan do empreendimento... Tanto que a encorajou a contracenar com Juninho Play no “Zorra Total” em 2007... O internauta Chico Melancia, que conferia de perto os ônibus e trólebus da frota da capital chinesa, vibrou com o bronze de Ketelyn Quadros no judô, uma prima distante...  Também ficou satisfeito com o ouro no vôlei feminino, Zé Roberto, mas só porque o treinador trouxe para a China sua aprazível Sheilla Castro...  Melhor, só se a Daniele Hypólito tivesse levado medalha... O futebol, Carlos Dunga (OG), parou no Riquelme – a Argentina chegou ao bi, depois da conquista de 2004, comandada por Tevez e Mascherano – e deixou pelo bronze... Assim como time feminino de Marta e companhia voltou a ganhar prata... O vôlei masculino e Robert Scheidt voltaram para o segundo lugar... Flávio Canto e Leandro Guilheiro também mantiveram o bronze...  Priscila Fantin não compareceu a Pequim, mas sua participação no “Casos e Casos” seria interrompida pela transmissão da prova em que César Cielo conquistou o outro nos 50 metros livres da natação... Muito antes de entrar para o negócio de máquinas de cartão, digo...  Já então, o internauta Pedro Henrique deixava por Usain Bolt... A poprósito, por falar em programas de humor, o Rio de Janeiro tentou sediar os Jogos Olímpicos de 2012, mas perdeu a disputa para Londres... Assim, a abertura do evento não teve Renato Aragão, mas Rowan Atkinson, o popular “Senhor Feijão”...  O mesmo que nos episódios da série “Mister Bean” enfatiza a importância da prática esportiva, vide  aula de judô em que derruba o sensei e o enrola no tatame, a partida de golf em que vai atrás da bolinha que embarcou em um ônibus ou de sua demonstração de saltos ornamentais e natação sem calção... Ops!!!... Talvez por isso o comparecimento de Bean seja a única lembrança que Pancada tem daquela edição dos Jogos... Ou seria um trauma pela derrota da Seleção de Mano Menezes para o México na final do futebol... Ou algum bloqueio devido à transmissão exclusiva da Record, que obrigava a Globo a fazer matérias com fotos da Getty Images, quem sabe...






















Ninguém imaginava que Mister Bean dos Teclados lançaria a selfie... Se o celular estivesse do lado certo...


















































































Abertura dos Jogos do Rio não teve Edson (OG), Doutor Renato e Roberto Carlos, só Bonecão do Posto e Treme...

















No dia 5 de agosto de 2016, o Brasil assombrou o mundo com o bonecão de posto, o treme e Anitta na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, claro, também compareceram ao Maracanã Jorge Ben Jor, Paulinho da Viola, Zeca Pagodinho, Fernanda Montenegro declamando Carlos Drummond de Andrade, “Construção” de Chico Buarque, Karol Conká cantou e ninguém cancelou, a única música vaiada foi “Emoções”, de Roberto Carlos, fossem os jogos realizados em Brasília no ano 2000 ou no próprio Rio de Janeiro em 2004, provavelmente o próprio Roberto cantaria na abertura, ao lado de outros dois ícones esquecidos na cerimônia de 2016, Edson (OG) e Doutor Renato Aragão, mesmo assim, Pancada abriu mão de uma maratona da série “Toma Lá Dá Cá” no Viva para acompanhar a abertura, que achou deliciosa, principalmente porque comeu os confetes que foram lançados no final da solenidade... Ops!!!... A primeira medalha do Brasil veio no dia seguinte ao da abertura, 6 de agosto, como assinalou seu ganhador, o atirador Felipe Wu, prata na pistola de ar 10 metros, com a torcida brasileira no Centro Nacional de Tiro na região de Deodoro vibrando como se estivesse futebol, conforme constatou a atiradora Rosane Budag, sua namorada, após o vietnamita Xuan Vinh Hoang ganhar o ouro... A festa da torcida foi maior na Arena Carioca 2, no Parque Olímpico da Barra, antigo Autódromo Internacional Nelson Piquet, antes de Jacarepaguá, quando a judoca Rafaela Silva, da região da Cidade de Deus, derrotou Sumiya Dorjsuren, da Mongólia, com um wazari na final da categoria peso-leve e conquistou a medalha de ouro, a vigésima do judô brasileiro nos jogos, que também contabilizou o bronze da gaúcha Mayra Aguiar na categoria-meio pesado, ganhando com um yuko da cubana Yalenis Castillo, repetindo a conquista nos Jogos de Londres em 2012, assim como o sul-mato-grossense Rafael Silva, mais conhecido como Baby, na categoria peso-pesado, ao ganhar também com Yuko, de Abdullo Tangriev, do Uzbequistão, numa trajetória que incluiu uma passagem pela repescagem após perder para o medalhista de ouro, o francês Teddy Riner... Na ginástica artística, realizada na Arena Olímpica da Barra, o país conseguiu duas medalhas na competição de solo, a prata do experiente Diego Hypólito, então com 3.0, e o bronze do jovem Arthur Nory, 2,2, pena que não tem mais “Turma do Didi” para o irmão de Daniele Hypólito ser homenageado, não é, Pancada, e a modalidade ainda ganhou mais uma medalha, a prata de Arthur Zanetti, o “argolinha”, campeão olímpico em Londres, mas que no Rio foi superado pelo Eleftherios Petrounias, o que não o impediu de bater continência no pódio, a contragosto do treinador, a situação estava ficando mais difícil no Brasil, a presidenta Dilma Rousseff tinha sido afastada em abril e seria removida em definitivo do cargo logo após os Jogos, quem ficou se escondendo na cerimônia de abertura foi o “presidento”, então interino e depois, nos Jogos Paralímpicos, em definitivo, Michel Temer...  Falando em turbulências, na maratona aquática, realizada nas águas um tanto quanto turvas da Baía da Guanabara, a nadadora paulista Poliana Okimoto deixou o desmaio devido a hipotermia no lago do Hyde Park em 2012 de lado e conquistou  a medalha de bronze, também pela desclassificação francesa Aurelie Muller na chegada, ao segurar a italiana Rachele Bruni, o primeiro pódio de uma brasileira nos esportes aquáticos em toda a história dos Jogos... A torcida brasileira que compareceu ao Engenhão testemunhou a façanha de Thiago Braz, paulista, 2.2, que superou o favorito francês Renaud Lavillenie no salto com vara e conquistou a medalha de ouro com a marca de 6,03 metros, recorde olímpico... Quem conseguiu encarar o trânsito e comparecer a região da Lagoa Rodrigo de Freitas assistiu de perto a consagração do canoísta Isaquias Queiroz, baiano da região de Ubaitaba, prata no C1 1.000 metros, após uma dura disputa com o alemão Sebastian Brendel, bronze no C1 200 metros, vindo lá de trás (!!!) e bronze de novo no C2 1.000 metros, remando com Erlon de Souza, nunca antes nesse país um brasileiro ganhou três medalhas numa única edição dos Jogos, só faltou o ouro, mas o corte de cabelo virou moda, digo... Mais um momento memorável aconteceu para quem compareceu no Pavilhão 6 do Riocentro, com a medalha de ouro do boxeador baiano Robson Conceição, na categoria peso-leve, ao derrotar por pontos o francês Sofiane Oumiha, numa trajetória que incluiu o trabalho forte como feirante e servente de pedreiro e uma noite sem sono antes da luta decisiva, para orgulho de seu esparro, nosso colega de rede... Ops!!!... Na arena montada na região da praia de Copacabana, o vôlei de praia foi ouro com Alison e Bruno Schmidt, sobrinho de Oscar e Tadeu Schmidt, que queria pedir música pelos “três choros” do parente, substituto do parceiro de Alison na prata em Londres, Emanuel, ganhando dos italianos Nicolai e Lupo, no feminino, Ágatha e Bárbara Seixas ficaram com a prata após serem derrotadas pelas alemãs Walkenhorst e Ludwig, isso depois de terem despachado nas semifinais a experiente estadunidense Kerri Walsh, que disse adeus a uma invencibilidade de 26 partidas nos Jogos Olímpicos, junto com sua parceira April Ross... A vela, disputada na região da Marina da Glória, sem alusões aos presentes, teve o ouro de Martine Grael e Kahena Kunze, na categoria 49er FX, mantendo para a modalidade a tradição de sempre comparecer ao pódio desde os Jogos de Atlanta em 1996, e na Arena Carioca 3, o mineiro Maicon Siqueira, mineiro da região de Ribeirão das Neves, caçula de 8 irmãos, conquistou o bronze na categoria até 80 quilos ao derrotar o britânico Mahama Cho, sendo que o ex-pedreiro e ex-garçom é o primeiro homem a conquistar medalha na modalidade, que já contava com o bronze de Natália Falavigna em 2008, nos Jogos de Pequim... Por falar em quebrar o tatu, o futebol masculino finalmente conquistou a medalha de ouro, em pleno Maracanã, isso depois de empatar em 0 a 0 com África do Sul  e Iraque em Brasília, ganhar de 4 a 0 da Dinamarca na Arena Fonte Nova, em Salvador, vencer a Colômbia por 2 a 0 numa partida tumultuada no Fielzão e golear Honduras de 6 a 0 na semifinal no Maracanã, onde também aconteceu o jogo decisivo contra a Alemanha, ao qual não comparecemos, embora tenhamos visto o Canadá fazer 2 a 1 no Brasil e ficar com o bronze do futebol feminino no Fielzão, porque estávamos na região de Deodoro vendo o Mountain Bike entre torcedores poloneses, eslovenos e mexicanos, todos eles assistindo a vitória da ciclista sueca Jenny Rissveds, no caminho para a Casa dos Lunáticos, via BRT Transolímpica e metrô, soubemos que o time de Rogério Micale abriu o placar com Neymar (OG) e os alemães, que vimos classificarem-se para a final fazendo 2 a 0 na Nigéria no Itaquerão, Porpetone que o diga, empataram com Meyer, a partida foi para os pênaltis e acompanhamos as cobranças em um telão na praça da estação Afonso Pena do metrô, na região da Tijuca, o primeiro pênalti brasileiro convertido por Renato Augusto, que cresceu perto do Maracanã, na Rua Ibituruna, o último por Neymar (OG), e o goleiro Weverton, revelado pelo Timão, defendeu a cobrança de Petersen e garantiu a vitória por 5 a 4 e a medalha de ouro, que Pancada comemorou agitando uma bandeira do México que sobrou da derrota brasileira na final olímpica de Londres, em 2012... Ops!!!... O Brasil ganhou mais um ouro em esportes coletivos com o vôlei masculino, vencendo a Itália por 3 sets a 0 no Maracanãzinho, após triunfos sobre o México (3 sets a 1), Canadá (3 a 1), uma derrota para os Estados Unidos (3 a 1), outra para a Itália (3 a 1), novas vitórias diante de França (3 a 1), Argentina (3 a 1) e Rússia (3 a 0), outra medalha que não vimos ao vivo, porque tínhamos comparecido ao Sambódromo para assistir a largada e a chegada da maratona masculina, vencida pelo queniano Eliud Kipchoge (e o jordaniano Metkal Abu Grais chegou em último), e com passagem marcada para voltar a São Paulo, encontramos os “torcedores de rodoviária” acompanhando a partida nos televisores da praça de alimentação do Terminal Novo Rio, que coisa, não...
















Robson Conceição conquistou o primeiro ouro do Brasil no boxe, para a alegria do internauta seu esparro, digo...


















































Para compensar bobagens do Brasil na pandemia, em Tóquio delegação desfilou na abertura de quatro... Ops!!!...












































Os Jogos Olímpicos de Tóquio deveriam ter começado no dia 24 de julho de 2020, com a cerimônia de abertura no Estádio Nacional da capital do Japão, no entanto, semanas antes, em 30 de março, diante da pandemia de Covid-19 alastrando-se por todo o planeta, a realização dos Jogos foi adiada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para o período entre 23 de julho e 8 de agosto de 2021, o que mantinha o nosso plano de acompanhar as duas semanas de competições, passagem aérea, hospedagem e ingressos já estavam comprados, que foi frustrado em 20 de março de 2021, com a decisão do Comitê Organizador do Jogos de proibir a entrada de torcedores estrangeiros, também devido a pandemia, e em 8 de julho, pouco depois da empresa responsável pela venda de ingressos ter feito o reembolso, o Comitê decidiu vedar o acesso do público local nos locais de competição da região de Tóquio, onde havia maior incidência de Covid-19, as restrições limitaram até a cobertura da Globo, que enviou apenas produtores e repórteres ao Japão, o próprio narrador Galvão Bueno teve de trabalhar forte nos estúdios da emissora na região de Curicica... A própria delegação brasileira, devido aos desatinos que disseminaram a pandemia no país, desfilou com apenas quatro componentes na cerimônia de abertura, no entanto, as medalhas vieram em número muito maior... O skate street, que fazia sua estreia no programa olímpico teve a medalha de prata de Kevin Hoefler, vindo diretamente da região de Acapulco, quer dizer, do Guarujá, agora, emoção digna do final do episódio “Os Farofeiros” do “Chaves”, série que saiu do ar mundialmente, aconteceu com uma forte dose de encantamento na medalha de prata da “Fadinha” Rayssa Leal no skate street feminino, a conquista da maranhense veio aos 13 anos, a mais jovem medalhista do Brasil em todos os tempos, superando inclusive a falta de uma pista oficial em sua cidade natal, Imperatriz, e a galeria de medalhas do skate brasileiro foi completada com mais uma prata, a do experiente catarinense Pedro Barros na categoria park... Em outra modalidade disputada pela primeira vez nos jogos, o surfe, o país teve a suprema honra da consagração na região de Tsurigasaki do primeiro campeão olímpico, o potiguar Ítalo Ferreira, também o primeiro medalhista de seu Estado, que tempos depois alcançaria outra façanha memorável, namorar a paraibana Juliette Freire, a campeã do BBB21, que na época dos Jogos do Rio anunciava o evento para a Globoplay, isso depois de ter sido impulsionada a vencer o “reality” pelo “bullying” de Karol Conká, que cantou e dançou na abertura da competição em 2016, no Maracanã... Por falar em coreografia, a ginasta guarulhense Rebeca Andrade trabalhou forte no ritmo do baile de favela e conseguiu prata no individual geral feminino e ouro nos saltos, vide Amanar e Cheng, tornando-se a primeira ginasta brasileira a subir no pódio da modalidade... O judô do Brasil se fez presente no ginásio Nippon Budokan com o bronze do gaúcho Daniel Cargnin na categoria meio-leve, com a também gaúcha Mayra Aguiar, da categoria meio-pesado feminino, a primeira mulher medalhista do Brasil em três edições dos Jogos, superando as dificuldades da recuperação de sete cirurgias... Por falar em superar obstáculos, o nadador Fernando Scheffer, o Monet, treinou em uma represa durante a pandemia devido ao fechamento das piscinas, e conquistou o bronze nos 200 metros livres masculino, enquanto o experiente Bruno Fratus, com 32 anos, tornou-se o nadador de piscina mais velho a conseguir sua primeira medalha olímpica, com o bronze nos 50 metros estilo livre, em sua terceira participação nos Jogos, recebendo um merecido beijo da esposa, Michelle Lenhardt... E como o assunto é primazia, o tênis, nós dissemos tênis, ganhou sua primeira medalha olímpica com o bronze de Laura Pigossi e Luiza Stefani no torneio de duplas feminino, isso porque um par de semanas antes dos Jogos elas sequer sabiam se compareceriam na competição, mais ou menos como aconteceu com a nossa residência, onde acompanhamos as disputas em Tóquio pela internet depois de recebermos o reembolso da viagem que não pudemos fazer o Japão, ate o Carnaval a gente sequer desconfiava da existência da casa, que fomos conhecer na Quarta-Feira de Cinzas por intermédio de um site especializado em comercialização de imóveis... Outra dupla brasileira, Martine Grael e Kahena Cruze, conquistou o bicampeonato olímpico na categoria 49er FX da vela, exatamente uma das modalidades que tínhamos adquirido ingresso para acompanhar “in loco” em Tóquio, mais precisamente no Enoshima Yacht Club, situado numa ilha na região de Kanagawa, a 55 quilômetros da capital japonesa,  que coisa, não... No atletismo, disputado no Estádio Nacional de Tóquio, onde o Manchester venceu o Verdinho no Mundial de Clubes de 1999, o corredor Alison dos Santos, também conhecido como Piu, da região de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, obteve o bronze nos 400 metros com barreiras, marcando o quarto melhor tempo de toda a história, e Thiago Braz, ouro no salto com vara nos Jogos do Rio, desta vez conseguiu o bronze, com sua melhor marca no ano... Mais um ouro veio na maratona aquática de 10 quilômetros feminino, realizada na ilha artificial de Odaiba, na baía de Tóquio, com Ana Marcela Cunha, com direito a “sprint” no final, sendo que o nome do local da prova significa “forte”, pois ali ficavam os canhões que defendiam a cidade dos navios de guerra estrangeiros, o alto do pódio também foi conquistado pelo canoísta Isaquias Queiroz, o próprio, na prova do C1 1.000 metros masculinos, no Sea Forest Waterway, em Odaiba, depois de ter chegado perto na região de Deodoro, no Rio de Janeiro, em 2016, e pelo boxeador baiano Herbert Conceição, na categoria peso-médio, o qual teve a companhia dos pugilistas Abner Teixeira, da região de Osasco, bronze no peso-pesado após perder a semifinal para o tetracampeão cubano Julio Cesar La Cruz, e da baiana Beatriz Ferreira, prata no peso-leve feminino, tudo isso no ginásio Ryōgoku Kokugikan, uma arena construída para lutas de sumô às margens do Rio Sumida... Nos esportes coletivos, o Brasil foi prata no vôlei feminino, chegando invicta à final após vencer Coreia do Sul (3 sets a 0), República Domicana (3 a 2), Japão (3 a 0), Sérvia (3 a 1), Quênia (3 a 0), Comitê Olímpico da Rússia (3 a 1) e Coreia do Sul de novo (3 a 0), perdendo a decisão para os Estados Unidos por 3 sets a 0, e conquistou o bicampeonato no futebol masculino, na primeira fase, a equipe de André Jardine venceu a Alemanha por 4 a 2, empatou em 0 a 0 com a Costa do Marfim e ganhou da Arábia Saudita por 3 a 1, nas quartas-de-final ganhou do Egito por 1 a 0 e superou o México nos pênaltis por 4 a 1 nos pênaltis, depois do 0 a 0 no tempo normal, faturando o ouro ao ganhar da Espanha por 2 a 1, gols de Matheus Cunha, Oyarzabal – o próprio, que marcou o gol do título espanhol na Eurocopa de 2024, contra a Inglaterra – e Malcom, este na prorrogação, sendo que a partida foi disputada no Yokohama International Stadium, local da última conquista de Copa do Mundo e de Mundial de Clubes do Brasil, pois é, não é... 















Primeiro campeão olímpico de surfe, Ítalo Ferreira partiria para uma conquista ainda maior - a Juliette, né, PA... 


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