sexta-feira, 17 de maio de 2024

Sem Silvio Luiz, o que é que eu vou dizer lá em casa???...

E nos últimos minutos da finalíssima do Paulistão, Silvio Luiz foi retirado pela produção numa cadeira de rodas... 



 

















Silvio Luiz saiu de cena na última quinta-feira, faturando 11 pontos no Bolão Pé-na-Cova, depois de oito dias internado na UTI do Hospital Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo, e pouco mais de um mês após sua última transmissão esportiva, a finalíssima do Campeonato Paulista, onde a Porcaria conquistou o título vencendo o Peixinho por 2 a 0, no último dia 7 de abril... Silvio fazia a cobertura do jogo transmitida pelo portal R7, o site PlayPlus e o Youtube ®, na companhia dos humoristas Marcos Chiesa, o Bola, e Márvio Lúcio, o Carioca, com apresentação de Zé Luiz, o próprio, o papi de Manu Gavassi, o Verdinho já ganhava por 2 a 0 quando Carioca, imitando a voz de Silvio, diz, “que jogo nervoso”, Silvio Luiz faz uma graça ao microfone, pega o vidro de chicletes de Bola, fica olhando e devolve para o humorista... Carioca, imitando Silvio, faz as contas, 80 minutos de jogo, são 90, faltam 10, Bola acrescenta os acréscimos, Carioca acreditou que seriam cinco minutos, Bola deixa por mais, Silvio leva a mão a boca e boceja, “teve substituição pra caramba, mais a cera”, Carioca disse que no primeiro tempo teve mais cera, Silvio concorda e dá mais uma tossida... Carioca comenta “começou o futevôlei”, os dois humoristas narram um ataque de Flaco Lopez, Silvio Luiz fala, “calma, calma”, Carioca responde, “quer calma, tô calmo, tamo calmo”, Bola intervém, “segura, segura aí”, Silvo repete, gesticulando com a mão, “calma, calma”, Carioca diz de novo, “tamo calmo”, olha para o lado e pergunta, “o Bola tá nervoso, Silvio???”, o próprio Bola se antecipa em responder, “eu tô, só pra variar”... Silvio Luiz balbucia palavras incompreensíveis no microfone, Carioca o imita, “tá nervoso, atenção”, lance de ataque do Peixinho, Bola pede, “sai, Weverton”, Carioca olha para o lado e prossegue, “olha aí, lá vem o Peixinho”, Bola comenta, “nossa, prensou bonito”, Carioca olha para o lado de novo e começa a conversar com meio de gestos com a produção, apontando para Silvio, que pergunta, “quando falta???”... Entra uma sonoplastia de vidro quebrado, Carioca continua a conversa, sinalizando que não, Silvio levanta a mão, Bola observa Silvio, Carioca ajeita o fone de ouvido, Bola observa, “não tá fácil esse jogo não”, Carioca imita Silvio, “não tá nada fácil não”, Bola prossegue, “o Peixinho está em cima do Verdinho”, Silvio Luiz pronuncia um “é!!!”, Bola faz sinal para a produção, Carioca tira o fone, se aproxima de Silvio, fala em seu ouvido, Bola continua a narrar o jogo, “quero nem ver, substituição no Verdinho, Carica”, Silvio faz sinal de positivo, Carioca recoloca o fone... Bola diz, “vai entrar o Rony”, Silvio faz mais um sinal de positivo, Bola pergunta, “quem vai sair???”, Carioca responde imitando Silvio, “vai sair o Flaco”, Bola confirma, “vai sair o ‘Fraco’ e entrar o Rony”, um funcionário da produção se posiciona atrás de Silvio Luiz, que ergue o braço, a imagem da transmissão é cortada, Carioca fala, “vamos dar uma descansada aí, Silvio???”, Bola pede, “vai tomar um ar, Silvio”, Carioca insiste, “vai tomar um arzinho e você volta”... Os dois humoristas comentam sobre mais uma substituição do Verdinho, discutem se é a terceira ou a quinta, ouve-se o barulho da torcida, Bola repete um bordão de Silvio Luiz, “pelo amor dos meus filhinhos, vamos lá”, ele e Carioca repetem que Silvio “precisa tomar um arzinho e já volta”, Bola acrescenta, “ele vai tomar um vento, ele tá nervoso”,  a imagem volta quando Silvio passa na frente da dupla numa cadeira de rodas, levado pelo brigadista de incêndio do estúdio,  Carioca faz sinal de positivo, “vai lá, Silvão, tamos te esperando”, Bola segue a narração, “ê, chutão pra cima” – Silvio Luiz não voltou, tinha sofrido um AVC e foi internado, ficando 23 dias sob observação, voltando ao hospital em 11 de maio, quando foi intubado, em coma induzido, e saiu de cena por falência múltipla dos órgãos às 9h40 de 16 de maio...  A história de Silvio Luiz é contada em uma biografia escrita por Wagner William, lançada em 2002, a qual mostra que muito além da narração esportiva,  Silvio Luiz teve uma participação significativa nos primeiros anos da televisão brasileira,  seja diante das câmeras ou por trás delas, nas TVs Paulista,  Record (duas passagens)  e Excelsior...  Posteriormente,  já dedicado exclusivamente ao esporte,  esteve na Band (duas passagens),   SBT e após a publicação do livro,  na Band Sports, na Rede TV!, e desde 2022, novamente na Record... Uma carreira mais de sete décadas que não inclui passagens pela Globo... Sylvio Luiz Perez Machado de Sousa tinha 17 anos de idade quando, depois de muito insistir com o diretor Waldemar de Moraes,  entrou para o elenco da Rádio São Paulo,  onde sua mãe,  Elizabeth Darcy, trabalhava como locutora... Fazia pequenas participações em radionovelas e algumas locuções... Silvio aproveitou que a mãe  foi contratada como garota propaganda da TV Paulista,  inaugurada em 14 de março de 1952, e pediu emprego ao narrador esportivo Moacir Pacheco Torres... Além de puxar cabos,  arrumar fiação,  trocar lâmpadas e organizar cenários no pequeno estúdio montado num apartamento na região da Rua da Consolação,  Silvio atuava como locutor - vide "Tarde Esportiva no Trote" - repórter de campo, o primeiro da televisão brasileira - vide transmissor carregado pelo repórter e entrevistas com atletas sul-americanos na São Silvestre, usando o espanhol que aprendeu no período que viveu na Argentina com a mãe e seu segundo marido - e participava como ator da novela "Sinhá das Dores", do seriado "Raffles,  O Ladrão de Casaca" e no especial de Natal "A Vida de Jesus Cristo"...  Quando a TV Record foi inaugurada,  em 27 de setembro de 1953, o comentarista Leônidas da Silva foi tirado da TV Paulista e indicou Silvio para a vaga de repórter de campo ao responsável pelas transmissões esportivas,  Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta... Produziu e apresentou o programa "Sete Dias no Prado",  sobre turfe, trabalhou como câmera de estúdio e também atuou como ator, no teleteatro "Sob a Luz dos Refletores" - foi o vilão em "Cela 2477 - Corredor da Morte",  interpretando ainda o Julinho,  um dos filhos de Dona Lola na primeira versão da novela "Éramos Seis",  dirigida por Ciro Bassini, com capítulos exibidos duas vezes por semana... Nessa mesma época,  sua irmã Verinha Darcy também atuava na tela, e seu papel mais famoso foi o da protagonista da novela "Pollyana",  apresentada pela TV Tupi em 1956... Tempos depois, famoso como locutor esportivo, disse, conforme registra o livro:  "Mãe,  primeiro eu fui o filho da Elizabeth Darcy; depois o irmão da Verinha Darcy; então passei a ser o marido da Márcia; mas agora eu sou o Silvio Luiz"... Encarou o guarda-costas Gregório Fortunato para entrevistar o presidente Getúlio Vargas no Jóquei Clube, em 1953, registrou o palavrão dito pelo jogador corinthiano Luizinho ao ser expulso de campo, o primeiro da televisão brasileira, em 1955, foi o repórter da primeira transmissão direta do Rio para São Paulo em 1956, acompanhado de Hélio Ansaldo, testemunhou o Jogo das Garrafadas em 1957, foi gerente da Rádio Guarujá, arrendada pelo dono da Record, Paulo Machado de Carvalho e se escondeu dentro de uma escada de aeroporto para entrevistar os campeões mundiais de 1958... Um trabalho forte que rendeu nada menos que cinco prêmios Roquette Pinto seguidos como melhor repórter esportivo... Reconhecimento que não veio em forma de salário, fazendo Sílvio ir para a Rádio Bandeirantes em 1960 (na TV Record, foi substituído por Reali Júnior, que veio da Rádio Record) , integrando-se a equipe de Edson Leite, narrador e diretor artístico da emissora... Participou da reformulação da Rádio Guanabara, atuando ao lado de Jorge Cury e Oduvaldo Cozzi nas transmissões esportivas, vide termômetro dado por João Saldanha para medir a temperatura no gramado... Esteve em sua primeira Copa do Mundo em 1962, no Chile, com a equipe da Cadeia Verde Amarela, liderada pela Bandeirantes, vide painel luminoso representando a movimentação da bola no campo, instalado na região da Praça da Sé... Depois da final, vencida pelo Brasil, Edson Leite anunciou que deixaria a locução esportiva, dedicando-se apenas a direção da rádio - e a campanha de Adhemar de Barros ao governo do Estado, assessorado por Sílvio...























E em 1954, Silvio Luiz reclama das pessoas que entraram na sua frente quando iria entrevistar Humberto Tozzi...




























No final de 1962, Silvio Luiz deixa a Rádio Bandeirantes e é levado por Edson Leite para a TV Excelsior,  onde se tornou diretor de produção... Apoiado no dinheiro do empresário Mário Wallace Simonsen, Leite realizou inúmeras contratações de atores, atrizes, humoristas,  redatores e diretores e criou a grade de programação "sanduíche" - "novela das sete, jornal, novela das oito"... Simonsen,  devido ao apoio dado pela Excelsior a João Goulart para que tomasse posse em 1961, começou a ser perseguido pelos militares após o golpe de 1964, levando a Excelsior a mudar de dono várias vezes até seu fim, em 1970... Edson Leite, por sua vez, era muito ligado ao governador de São Paulo,  Adhemar de Barros,  inclusive sendo o marqueteiro da campanha,  vide Silvio Luiz maquiando Adhemar para gravar um pronunciamento após o golpe... Silvio dirigiu o "Show do Meio-Dia",  o "Festival de Bossa Nova",  o "Boxe no 9" - que tinha Edson Cury,  o Bolinha,  como mestre de cerimônias - os teipes de futebol narrados por Geraldo José de Almeida,  o show de Ray Charles... Produziu e dirigiu "Signo Show",  com o astrólogo Omar Cardoso,  levou o "loop" para "Últimas Esportivas"  e apresentou o "VT Show" em frente à máquina de videoteipe da empresa,  onde exibia cenas da programação da emissora e entrevistava os artistas da casa...  Silvio até se improvisou como assistente de palco de Walter Stuart,  atuando como "casaca de ferro" durante a apresentação circense do ator... Na direção de produção,  criou os relatórios de ocorrência para sanar falhas técnicas...  O ritmo de trabalho intenso o levou a contrair tuberculose,  que o afastou por quase um ano...  Na volta,  foi supervisionar a montagem dos cenários de novelas nas instalações que pertenciam a Companhia Cinematográfica Vera Cruz, na região de São Bernardo do Campo, coordenando o trabalho dos profissionais argentinos trazidos por Leite...  Foi em um desentendimento com o assistente de produção Ubirajara Guimarães, no set de gravação da novela "2-5499 Ocupado", a primeira com exibição diária no Brasil, montado no Teatro Cultura Artística,  que surgiu o apelido "iogurte"  - "branco, baixo e azedo"... No "Show do Meio-Dia",  conheceu a futura "sócia",  a cantora Márcia...  Que chegou a final do I Festival de Música Popular Brasileira,  em abril de 1965, produzido por Solano Ribeiro e com direção de TV de Silvio... Não na final,  pois no mês anterior,  Edson Leite brigou com ele devido ao esquema de cobertura das eleições municipais de São Paulo, que interrompeu várias vezes a programação normal... Quando Ubirajara Guimarães foi contratado pela Record, sugeriu a Paulinho Machado de Carvalho a contratação de Silvio para ser diretor de produção,  levando ao seu retorno para o Canal 7...  Silvio volta para a Record em 1966, como diretor de produção,  trazendo da Excelsior a prática dos relatórios de produção e relatórios de ocorrência,  feitos numa linguagem incisiva,  que valeu o apelido de "Ministro da Educação e Cultura"...  Foi diretor de TV, apesar de dizerem que seus dedos eram grossos como um maço de cenouras... No auge dos programas musicais e dos festivais de música,  foi diretor de TV do programa "MPB",  produzido por Alberto Helena Junior, e chegou a ser jurado do Festival de 1969... Os principais programas da emissora eram produzidos pela Equipe A - Antônio Augusto Amaral de Carvalho (Tuta), Manuel Carlos,  Nilton Travesso e Raul Duarte - e as demais atrações ficavam a cargo da Equipe B - Luís Carlos Miele,  Ronaldo Boscoli e, como diretor de TV, Silvio Luiz... Também assumiram o comando de algumas atrações da equipe A, como "O Fino da Bossa", "Show em Si... Monal", "Corte Rayol Show" e algumas edições do "Show do Dia 7"... Participou como convidado do "Esta Noite se Improvisa",  foi jurado do "É Proibido Colar Cartazes" e fez figuração nos programas de humor "Família Trapo", "Bronco Total"  e "Os Insociáveis"  - no "Chico Anysio Show", fez a direção de TV... Apresentou "Disque A para Acertar",  os programas de rádio "Silvio Luiz e a Nossa Turma" e "Eu e a Márcia", na rádio Jovem Pan (então do mesmo grupo da Record...), e uma criação sua, o debate esportivo "Na Boca do Tigre", reunindo jornalistas experientes e iniciantes...  Quando a Record entrou em declínio,  devido aos incêndios e a ascensão da TV Globo,  o diretor Carlos Manga, a pedido do de Paulinho Machado de Carvalho,  que comandava a emissora,  criou com Flávio Porto  e Mário Wilson "Quem Tem Medo da Verdade",  uma espécie de tribunal onde eram julgadas personalidades do mundo artístico... Silvio Luiz fazia parte do júri,  escalado por Manga para fazer o papel do jurado mau, impiedoso com os réus...  O programa,  feito numa época em que a repressão do governo militar era muito forte, dava 80 pontos de audiência,  com picos de 92 pontos... Silvio, embora recebesse um cachê maior que seu salário de produtor, chegou a deixar a atração duas vezes, após entrevistas com Carlos Imperial e Cidinha Campos... Mas sempre era convencido a voltar, já que seu tipo cruel era uma das razões do êxito do programa,  mesmo levando ao grande público a fama de "iogurte" que ganhara na Excelsior...  Terminado o "Quem Tem Medo da Verdade",  com o declínio acentuado da Record, Silvio foi produtor, diretor de TV e jurado de "A Hora do Bolinha", vide Edson Cury pagando os cachês do próprio bolso, e jurado da "Buzina do Chacrinha",  de novo como vilão,  mas em chave cômica,  vide foto ao lado de Vera Fischer e do boneco Brasilino,  mascote da Fábrica de Móveis Brasil,  a patrocinadora do programa de auditório... Silvio foi diretor de TV do "Tempo de Notícias", precursor do "Record em Noticias"  e assumiu o posto de encarregado geral das operações técnicas da emissora,  no período em que Silvio Santos se tornou acionista,  primeiro com um testa-de-ferro, e, em 1976, assumindo o controle da parte comercial,  administrativa e financeira - os setores técnico e artístico continuaram a ser controlados pela família Carvalho... Em 1974, foi a Copa do Mundo da Alemanha como repórter do pool SiBraTel - Sistema Brasileiro de Televisão - que reunia Record, Bandeirantes e Gazeta... De volta ao Brasil,  depois que a Seleção ficou em quarto lugar,  voltou a ser diretor de produção da Record e criou o programa de entrevistas "Cartão Vermelho"... Silvio Luiz começar a narrar futebol na Record em 1977... A emissora,  fortalecida pela entrada oficial de Silvio Santos como sócio, pretende transmitir a Copa do Mundo na Argentina,  no ano seguinte...   Paulinho Machado de Carvalho decide que ele e Hélio Ansaldo se revezarão nas funções de narrador e comentarista... Dois jogos depois,  Hélio abre mão do revezamento e Silvio é fixado na narração,  além de dirigir o departamento de Esportes...  Paulinho,  sem consultar o diretor, contrata Milton Peruzzi da TV Gazeta,  que traz consigo  o comentarista Galvão Bueno - o próprio - e o repórter Flávio Prado...  Que trabalharia pela primeira vez com Silvio Luiz na finalíssima do Campeonato Paulista de 1977, entre Timão e Macaca,  em que a vitória por 1 a 0 encerrou  um período de 22 anos sem o título regional...























A mesma cena foi repetida 70 anos depois, com Silvio Luiz sendo "cebolado" e soltando o verbo contra Carioca...






























O livro mostra que o narrador Silvio deixou de lado o estilo radiofônico de seguir a bola e introduziu "humor, a descontração,  o ‘nonsense’ e uma ácida ironia"  nas transmissões,  onde "passa a fazer brincadeiras, criar bordões e até a avisar que havia problemas técnicos na transmissão"... No decorrer da partida,  "ampliava os limites da tela,  cantando o lance seguinte,  pedindo narração e deslocamentos, apontando os jogadores em melhores para a sequência da jogada", o que fazia "gritando frases de arquibancada"... Isso sem contar os bordões... Wagner William faz uma pequena compilação dos bordões de Silvio Luiz, a começar por aquele que deu nome à biografia do narrador: “olho no lance!!!”; “pelas barbas do profeta!!!”; “acerte o seu aí que eu arredondo o meu aqui!!! (para o início da partida)”; “está valendo!!!”; “no pé da cajarana!!! (que era o título de um programa da Rádio Bandeirantes)”; “confira comigo no replay”; “o que só você viu??? (para o repórter destacar um lance que as câmeras não haviam mostrado durante o gol)”; “balançou o esqueleto!!!”; “o que é que eu vou dizer lá em casa???”; “todo mundo como Papai Noel”; “esse até a minha sogra fazia!!!”; “papai gostou!!!” (usado quando o goleiro Edinho, filho do Edson [OG] e ex-goleiro do Peixinho, fazia uma boa defesa); “foi, foi, foi, foi ele... o craque da camisa número...!!!”; “no gogó da ema!!!”; “manda o canudo!!!”; “ficou todo arrepiado!!!”; “de carrapeta!!!”; “na orelhinha da girafa!!!”; “pega a raspa do tacho!!!”; “onde a coruja faz o ninho!!!”; “olhando pelo buraco da fechadura!!! (para o goleiro que arruma a barreira)” “nhaaaaaaaaca!!! (uma expressão usada por Paulinho e que Silvio adotou para espantar o perigo da área da Seleção Brasileira). Utilizava também os gritos dos torcedores: “mete o bico nela!!!”; “no pauuuu!!!”; “sai, louca!!!”. E no encerramento da transmissão: muito obrigado pelo carinho da sua atenção, da sua sintonia, da sua simpatia, mas principalmente da sua grande amizade, porque, como dizia o poeta Eduardo Gudin, importante é que a nossa emoção sobreviva. E uma forma bem particular de avisar que os jogadores estavam brigando em campo: tem bacubufo no caterefofo”... Isso sem contar a expressão “serviço de bordo” para o lanche servido na cabine de transmissão, gritar "éééé, mais um gol brasileiro meu povo!!!" nas partidas da Seleção Brasileira, ou dizer que o comentarista Mário Sérgio “sabe porque esteve lá”, entre outras tantas expressões... Em 1978, Silvio faz a Copa na Argentina,  briga com o técnico Cláudio Coutinho para fazer uma entrevista e liga para o pai de Rivellino para conseguir falar com o jogador... Na volta, depois da Seleção ficar em terceiro lugar, Silvio estruturou a equipe esportiva se cercando dos melhores técnicos e equipamentos disponíveis na emissora, e continuava a introduzir novidades nas transmissões,  como os telefonemas durante os jogos ou os closes nos prédios em frente aos estádios,  como no caso do Urbano Caldeira em Santos...  Como Hélio Ansaldo era também diretor artístico da Record e estava sem tempo para as transmissões,  Silvio trouxe o experiente Pedro Luiz para ser comentarista... As transmissões da emissora se consolidam junto ao público e no Mundialito do Uruguai,  em 1981,  Silvio supera a Globo na transmissão do jogo Brasil 4 X Alemanha 1 (28 pontos contra 26), sinalizando que a competição era para valer, vide aumento do número de anunciantes e das ações de "merchandsing"... Incomodada,  a Globo cogita, por meio de Nilton Travesso (que se mudou para a concorrente),  colocar Osmar Santos para narrar a final do Campeonato Brasileiro de 1981, entre Grêmio e Bambi, apenas para São Paulo, ideia vetada pelo diretor de esportes da Globo, Ciro José,  que voa até Porto Alegre para comunicar,  na cabine do Estádio Olímpico,  que Luciano do Valle narraria a decisão para tido o Brasil... Silvio percebeu a movimentação e disse no ar que "está pegando fogo na aldeia"... Mais adiante,  Nilton tentou levar Silvio para a Globo,  para narrar a Copa da Espanha,  em 1982, mas a direção da rede não aceitou... A Record enfrentaria um problema para a transmissão do Mundial...  A Globo pagou sozinha a cota do Brasil na Organização de Televisão Ibero Americana (OTI),  que detinha os direitos de transmissão,  e decidiu exibir o torneio sozinha... Para contornar a situação,  Rui Viotti, assistente de Paulinho Machado de Carvalho,  sugere que Silvio transmita os jogos pela Rádio Record...  O diretor adquire os direitos e providência uma campanha publicitária: "Veja a Copa na TV,  mas ouça com o coração...  Pela Record"...  Ou seja, Silvio narraria exatamente como na televisão,  com a equipe esportiva ficando atenta às imagens das câmeras exclusivas da Globo... A transmissão,  mesmo com as tentativas da Globo de sabotar o esquema,  mudando jogos a serem transmitidos em cima  da hora, faz sucesso,  e Edson Leite,  o próprio,  tenta levar Silvio e Flávio para a Band,  que mesmo tendo melhores condições técnicas,  perdia no Ibope para a Record... Paulinho cobre a proposta milionária feita por Leite,  e segura o narrador e o repórter,  que ganharam o apelido de "Milionário e José Rico",  mas tiveram que fazer um programa esportivo diário e outro semanal - origem do "Record nos Esportes"  e do "Clube dos Esportistas"... Inspirado no programa "Sétimo Andar - Encontro Marcado",  onde Hélio Ansaldo recebia convidados num cenário que lembrava uma sala de estar,  Silvio imaginou uma casa (com latido de cachorro e tudo)  onde receberia os convidados da equipe esportiva da Record... Tudo sem script, e não necessariamente falando de esportes... A atração era "gravada ao vivo",  sem cortes,  às 19 horas, para exibição à meia-noite (Silvio chegava a adiantar o relógio para dizer as horas durante a gravação), e a duração da atração era determinada pela disponibilidade de fitas... Além do fliperama e da mesa de futebol de botão,  os convidados deparavam com passistas de escolas de samba,  aumentando a confusão em cena, pois eram orientadas a sentar no colo dos convidados... Também eram servidos pela garçonete Ferreirinha - uma ironia com o dirigente José Ferreira Pinto - e acabavam caindo em pegadinhas,  como tomar café quente com gelo, num estúdio sem ar-condicionado... Sem a menor cerimônia,  Silvio recebia o Edson (OG) e dizia que ele entrou pela cozinha...  O dirigente corinthiano Antoine Gebran foi apelidado de "Sinhozinho Malta"  - personagem de Lima Duarte na novela "Roque Santeiro", de 1985... O responsável por trazer o pior convidado ganhava o "Troféu Palhacinho"  e a maior bobagem dita no ar recebia o "Troféu Cavalinho" - Tadeu Schmidt, corre aqui...  Os dois prêmios são exibidos por Silvio Luiz na capa do disco em que gravou duas marchinhas de Carnaval,  compostas por Fernando Solera,  o próprio,  lançado em 1984: "Olho no Lance" e "Time Feio"... Depois de um período em que a Record abrigou as transmissões de esportes olímpicos da empresa Promoação,  de Luciano do Valle - vide jogo de vôlei entre Brasil e União Soviética no Maracanã,  em 1983 - e de acomodar os interesses da Traffic,  empresa de marketing esportivo que chegou a Record antes dos Jogos Olímpicos de 1984, colocando seus sócios, Ciro José e J.Hawilla,  como comentaristas, Silvio lidera a transmissão conjunta da Copa do Mundo de 1986, no México,  feita por SBT e Record,  idealizada pelo diretor Guilherme Stoliar,  e cujo slogan foi sugerido por seu tio, Silvio Santos,  dono da emissora: "Unidos Venceremos"... A equipe reunia talentos da Record - Silvio, Flávio Prado, Ciro José,  J.Hawilla,  Fábio Sormani - e do SBT - Juca Kfouri, Osmar de Oliveira,  Jorge Kajuru - e com uma infra-estrutura técnica muito superior ao que estava acostumado,  Silvio pode se dar ao luxo de mobilizar um link para mostrar ele sendo preso pela polícia em frente ao estádio Jalisco,  em Guadalajara,  por roubar a audiência da Globo...  Depois da Copa,  onde o Brasil foi eliminado nas quartas-de-final pela França,  a Record não se interessou mais em manter Silvio Luiz, já que os direitos de transmissão dos campeonatos tinham ficado muito caros,  e o retorno publicitário não cobria o salário do narrador... O próprio “Clube” saiu do ar antes do Mundial e nunca voltou... Assim, Silvio deixou a Record,  e depois de fazer narrações dos Jogos Pan-americanos de 1987 na garagem da TV Gazeta (a empresa Koch Tavares adquiriu os direitos e transmitiu a competição na emissora),  aceitou o convite de Luciano do Valle e foi para a Band, em 1987... Inicialmente,  fez o Campeonato Italiano,  onde trabalhou pela primeira vez com Juarez Soares,  e indicou Silvio Lancelotti para participar das transmissões como comentarista - e Luciano convidou o "restauranteur" Giovanni Bruno,  garantindo a resenha sobre culinária entre um "Carecone"  e outro...  Nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, Silvio volta a trabalhar com Osmar de Oliveira,  e o entrosamento da equipe leva a criação da mesa-redonda "Apito Final",  na Copa do Mundo de 1990, na Itália,  vide Silvio chamando o ex-jogador Mário Sérgio de "Cisco Kid", devido ao tiro que deu no vestiário quando era jogador, experiência repetida no Mundial dos Estados Unidos, em 1994, vide Silvio mostrando a nova nota de 1 real no ar e sendo recebido pelo presidente Itamar Franco... Apesar de alguns percalços,  como o processo movido por Edmundo (OG) em 1994, Silvio só deixou a Band quando soube que três colegas de trabalho - Ely Coimbra, Luciano Junior e Otávio Muniz - montaram uma empresa de agenciamento de jogadores... Assim,  em 1996, Silvio foi para o SBT... Além de fazer a Copa do Brasil,  o Torneio Rio São Paulo e a Copa Mercosul,  Silvio esteve nos Jogos Olímpicos de 1996, em Atlanta - vide narração da cerimônia de abertura com Osmar de Oliveira - na Copa do Mundo de 1998 na França - vide champanhe aberto aos pés da Torre Eiffel para comemorar seu aniversário,  depois da derrota do Brasil na final - e apresentou o game "Gol Show"... Depois do Mundial,  quando o SBT fechou o setor de Esportes,  Silvio retornou à Band, que tinha entregue o setor esportivo à Traffic,  em 1999... Um problema nas cordas vocais e um câncer de próstata o impediram de ter maior participação nas transmissões e o deixaram de fora do grupo que foi a Austrália para cobrir os Jogos Olímpicos de Sidney,  em 2000... No ano seguinte,  aceitou um convite para apresentar na Rádio Bandeirantes o "Esporte em Debate",  vide o quiz show "Desafio Bandeirantes"... Por fim, a  biografia também menciona a experiência de Silvio como árbitro e as duas candidaturas de protesto à presidência da Federação Paulista de Futebol,  em 1982 e 1985... Depois do livro ser publicado, em 2002, quando o Grupo Bandeirantes inaugurou o canal a cabo Bandsports,  apresentou o programa "Dois na Bola",  com Bárbara Gancia... Foi narrador da Bandsports na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha,  tendo como comentarista - e parceiro de caminhadas - Carlos Dunga (OG),  vide confirmação da indicação do ex-jogador para dirigir a Seleção Brasileira após a eliminação do torneio... Deixou a Rádio Bandeirantes em 2007 e a Band em 2008 - a alegação nos dois casos foi corte de gastos -  permanecendo apenas no canal pago Bandsports,  onde apresentava o programa "Por Dentro da Bola"... Em setembro de 2009, foi para a Rede TV!, narrando os jogos da Série B do Campeonato Brasileiro... Pouco antes da Copa de 2010, Silvio publicou na Internet a foto de uma cadeira quebrada no estúdio da Band Sports e foi cortado da equipe que iria para a África do Sul fazer o torneio... Silvio permaneceu na Rede TV!,  vide menção ao apelido de "iogurte" durante a Copa... O dono da emissora não o cedeu para a Fox Sports na Copa de 2014, e em 2020, a Band suprimiu a narração de Silvio nos jogos históricos da faixa "Você Torceu Aqui"... Nos últimos anos, Silvio trabalhava forte nas redes sociais, em comentários onde não escondeu seu voto nas eleições presidenciais de 2022, “dois patinhos na lagoa” (!!!) e acreditou, no final da Copa do Mundo do Qatar, a qual comentou nos programas da Rede TV!, que Messi jogará mais um Mundial pela Argentina...  Quando a Record voltou a transmitir o Campeonato Paulista em 2022, Silvio Luiz foi contratado para fazer a transmissão dos jogos ao vivo pelo portal R7, o site PlayPlus e no Youtube, acompanhado dos humoristas Bola e Carioca, num esquema que lembrava a transmissão alternativa da Copa do Mundo de 1982 pelo rádio, onde o público poderia ver as partidas com a imagem da Record, mas com a narração e os comentários do trio... Três dias antes do jogo decisivo entre Porcaria e Peixinho, Bola, Carioca e Silvio aproveitaram uma #tbt do Instagram da Record para reconstituir uma cena filmada em 1954, Silvio entrevistava o jogador Humberto Tozzi, do Verdinho, que integrava a seleção paulista que jogava o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais, “aqui chegaram os jogadores paulistas no aeroporto de Congonhas, incialmente” – nesse momento, passam dois homens na frente de Silvio Luiz, um de terno branco, outro de chapéu – “muito obrigado por ter passado na frente, vocês está todo inteligente, as palavras de Humberto”... Na versão feita 70 anos depois, Silvio Luiz é o entrevistado, “o que pode esperar dessa final, Peixinho e Porcaria”, Silvio, ao lado de Bola, tenta começar a responder, porém Carioca “cebola” a filmagem, ele reclama, “obrigado, hein, malandro???, uma passada inteligente, hein???”, e Bola ri litros... No domingo, Carioca acompanhou o jogo imitando a voz de Silvio Luiz, repetindo com ele o bordão “confira comigo no replay!!!” quando o argentino Aníbal Moreno marcou o gol do título do Verdinho, o último que narrou, aos 22  minutos do segundo tempo, pouco antes de sofrer o AVC...






















E Silvio Luiz nunca trabalhou na Globo, entretanto podia ser visto no intervalo de "A Festa é Nossa" em 1983...


Lançadas do Gugu que Não Conhecia a Turma do Chaveco...

Chaves mandou beijo só para as meninas do Brasil, porém rolou aquela cena do "Ai Chavinho"... 

 


















Gugu disse que o Professor Girafales estava "vestido de guarda" - desconhecia o sargento Refúgio...
























Capa do Site – “Cássio chega a acordo e acerta saída do Timão para o Cabuloso”.  Vai assinar com o time mineiro até o final de 2027, e para sair da equipe corinthiana, ele e seu agente, Carlos Leite, o próprio, abriram mão de cobrarem do clube uma dívida de 10 milhões de reais, entre direitos de imagem e comissões... Alis... “Olheiro Lance!: seis goleiros para o Timão substituir Cássio”. Sobrou para Marcelo Grohe, Tiago Volpi, Diego Alves, Hugo Souza, Neto e De Gea... Ah, sim, avisem o Carlos Miguel... Alis... “Coletiva de despedida de Cássio no Timão: onde assistir e horário”. Sábado, meio-dia, no CT... Agora vai...


Numa noite de terça-feira em 2007 tivemos o privilégio de acompanhar ao vivo o programa "Esporte em Debate", da Rádio Bandeirantes, conduzido por Silvio Luiz, o Mestre dos Mestres... O programa foi transmitido diretamente do Aquário, o auditório do prédio onde fizemos nosso curso de Jornalismo... Sabemos porque estivemos lá!!!...


Antes do programa, quando Silvio folheava um livro sobre jornalismo esportivo oferecido por um professor do curso, cumprimentamos o supracitado narrador e pedimos um autógrafo na biografia escrita por Wagner William... Ele assinou com uma de suas duas canetas e aproveitou para conferir a data de sua primeira carteira de trabalho, reproduzida no livro, ele foi admitido em 23 de março de 1952 e a emissão do documento aconteceu em 22 de abril... Depois, procurou uma foto feita dentro de um avião. Queria ver quem já tinha saído de cena Doalcei Camargo, Jorge Curi, Waldir Amaral...



Vendo outras fotos, lembrou de Carlos Valadares, Ruy Viotti, Eli Coimbra... "Falcão ainda tinha cabelo", comentou... Osvaldo Brandão no hotel em Acapulco (não era o do Chaves)... Ronny Hein... "Hoje ele trabalha numa revista chamada Próxima Viagem"... Ao ver a capa do disco com as músicas "Time Feio" e "Olho no Lance", gravado na época do "Clube dos Esportistas", disse: "Uma palhaçada!!!"... Durante o programa, definiria sua outra incursão no mundo musical - uma participação no CD do Doctor Sin - como parte do folclore brasileiro...



Silvio Luiz comentou que procurou para colocar no livro uma fotografia em que entrevistava Elis Regina no aeroporto... "Nem sei quanto tempo faz, eu ainda era solteiro" - casou-se com outra cantora, Márcia, em 20 de maio de 1969... Só encontrou a foto recentemente, embora Elis apareça no livro como uma das madrinhas do casamento, ao lado de seu marido na época, Ronaldo Bôscoli... E Silvio quase viu um extrato bancário que deixamos no meio do livro... O Mestre dos Mestres foi esperar o início do programa na sala de um professor do curso (não aquele, realmente...), na qual estava posicionado o "serviço de bordo"... Ficou navegando na internet, procurando notícias sobre futebol...



O "Esporte em Debate" teve a participação do repórter Leandro Quesada, dos internautas-universitários Renato B. e Charlitos Nisz e de dois convidados que chegaram depois do programa começar - o jogador Daniel, do Poderoso Timão, e o músico Dodô, do grupo Pixote. Não, o internauta Pedro Henrique não estava na fila do gargarejo... Quem abrilhantava a plateia, ao lado de alunos de jornalismo, engenharia e filosofia era Luis Barco, o segundo mais famoso professor de matemática e estatística do país...



Silvio conduziu o programa em grande estilo... Computou os votos da enquete sobre quem vai desequilibrar nas finais do Paulistão entre Azulinho e Peixinho - Zé Roberto e a chuva foram os nomes mais citados... Perguntou ao repórter Leandro Manso (OG), que passou por telefone o boletim do Peixinho, como ele iria dormir... Rascunhou a tática do WM com outra de suas duas canetas para Daniel e Charles... Puxou o coro da plateia para acompanhar Dodô quando ele cantou Frenesi, um dos maiores sucessos do Pixote... Ao ser convidado para tomar uma cerveja depois do programa, proclamou: "Hoje é Silvio-Feira !!!"...



Conversou com Carolina, a internauta-estudante que na primeira fila do auditório lia um livro de semiologia (Silvio achou que era de matemática...) e o catálogo da exposição de Goya no MASP enquanto o programa era apresentado... Para outro espectador, pediu uma banana e a saboreou diante do público, lembrando que fez a mesma coisa em uma das fotos de sua biografia, feita por Alexandre Sardá, que tem como legenda "Aos inimigos e desafetos!!!"... Alis, Silvio disse que mandou emoldurar o último cheque de direitos autorais que recebeu: dois reais...



Enfim, um pezinho de respeito... As declarações mais contundentes da noite, no entanto, foram feitas por outro Mestre, o nosso internauta-mor... Ele compareceu, mas não ficou no palco... Cumprimentou Silvio, lembrando o recorde que estabeleceu no Desafio Bandeirantes, um "quiz" onde ele foi apresentado como morador da "Rua das Cobras", e foi sentar... No fundo do auditório... Foi ali que pronunciou duas frases de impacto... A primeira... "Na imprensa, o Poderoso Timão aumenta tudo e o Tricolorzinho atenua tudo... A segunda, disse para o microfone de Leandro Quesada... "Maldonado vai fazer a diferença nas finais do Paulistão"... De fato, a equipe de Vila Belmiro conquistou o bicampeonato paulista na decisão com o Azulinho, no primeiro jogo, realizado no então denominado Morumbi, a equipe do ABC venceu por 2 a 0, e na segunda partida, também no Cícero Pompeu de Toledo, a Peixaria ganhou de 2 a 0, conquistando o Paulistão não pelo mérito de Maldonado, mas por ter a melhor campanha na primeira fase - foi o primeiro colocado, enquanto o Azulinho foi o terceiro, atrás do Tricolorzinho, que eliminou nas semifinais... 




















Marzagão, Corre Aqui...

Gugu conversou com Botijão depois dele e Chaveco pararem de roubar - por ordens da Televisa...




































Gugu chamou Chimoltrúfia de "Dona Banguela", mas ela revelou: "sou casada com o Chaves"...


quinta-feira, 16 de maio de 2024

Lançadas do Doutor Adão e da Pera do Paraíso...

Mas nem o Nelsinho Motta lembra que Marília Pera foi a Eva do Doutor atrapalhando o Paraíso...

 

















Expulso do Éden, Doutor Adão foi forçado a levar televisor de pedra para Flinstones consertarem...
































Capa do Site – “Menguinho: foto de Gabigol (OG) com camisa do Timão não é verdadeira, diz assessoria”. Nem o próprio acreditou, alis... “Gabigol (OG), do Menguinho, dá indireta após aparecer com camisa do Timão: ‘Fake news tá ficando forte’”. Faz sentido...  “Cássio toma decisão sobre futuro e planeja último ato pelo Timão”. A um passo da rescisão para ver se dá para sair na janela de meio de ano rumo ao Cabuloso...  “CBF suspende Brasileirão por conta de tragédia no Rio Grande do Sul”.  Por duas rodadas, até 27 de maio, atendendo o pedido de 15 dos 20 clubes da Série A – e o Timão não está entre eles... Alis... “A Copa do Brasil será paralisada após a suspensão do Brasileirão???” A resposta é, não, volta da terceira fase rola entre 21 e 23 de maio (Timão recebe o América de Natal dia 22...). exceto para os times gaúchos... 


















Toca Deodato...

Adão tentou reverter a expulsão e conseguiu, entretanto, já percebeu que o Paraíso mudou muito...













































































E diante da especulação imobiliária no Rio de Janeiro dos anos 1970, o Doutor desistiu do paraíso...


quarta-feira, 15 de maio de 2024

Lançadas do Pereio Fazendo "A Viagem", Pô!!!...

E não há homenagem melhor ao Pereio que lembrar quando foi o obsessor do Alexandre... Pô!!!...


























 

Ele não estava sozinho na função de encosto, Anselmo o acompanhava, Tonico Pereira, corre aqui...


























Capa do Site - "Yuri Alberto brilha, Timão massacra Argentinos Juniors e segue vivo na Sulamericana". 4 a 0 no Fielzão Genérico (40.049 torcedores), gols de Yuri Alberto (OG, 9/1º) - vide cabeceio da falta cobrada por Fagner e comemoração com "cosplay" de Seu Boneco, quer dizer, o atacante mostrando que vai ser pai de gêmeos -  Wesley (40/2º) - vide bola roubada do goleiro Rodriguez por Romero de cabeça - Yuri Alberto de novo (OG, 42/1º) - vide pressão na saída de bola logo após o time argentino reiniciar o jogo após o gol de Wesley - Fausto Vera (49/2º) - vide Fagner cruzando... Ops!!!...























Martina Começou Assim...

Beiçola queria refazer a cena do "Esse batom é meu, Floriano!!!", de "A Grande Família", digo...































Nesse time de obsessores, não pode faltar o detento cantando "Solidão", de Sandra de Sá... Ops!!!...


terça-feira, 14 de maio de 2024

Lançadas do Disclaimer de Decadência dos Dias de Diretas Já...

Globo sabia que "Decadência" ia precisar de "disclaimer" no futuro e colocou Celulari para falar...

 




















E a gente pensou que o único papel de Rubens Corrêa fora da Manchete foi em "Mundo da Lua"...






























Capa do Site - "Timão terá retorno de lesionados contra Argentinos Juniors; veja provável escalação". Nesta terça, às 21h30, no Fielzão Genérico, sobrou para Fausto Vera, Michel Araújo e Raniele,  possivelmente com Carlos Miguel; Fagner, Gustavo Henrique (OG), Félix Torres e Hugo; Breno Bidon, Raniele e Garro; Romero, Yuri Alberto (OG) e Wesley... "Saiba por que Cássio planeja trocar o Timão pelo Cabuloso". "Três anos de contrato e salário elevado" - literalmente cabuloso, digo... 













Direto nas Diretas...

Carla comparece no comício da Candelária, onde o pai fica no gargarejo do Sobral Pinto... Ops!!!...

































E nos tempos em que era a Tininha dos "Trapalhões", Carla já conhecia Muriel muito bem, digo...

segunda-feira, 13 de maio de 2024

RC Especial Modelo 1988: O Auge de Rosana, Senna, Luiza, Isabela e Kátia...

E no especial de 1988, Roberto Carlos até ficou meio sem jeito diante do amor, do poder e dos agudos de Rosana...

 
























O "Roberto Carlos Especial" de 1988, inédito no Viva, tem um novo diretor que é o mesmo, de volta a Globo após passagem pela Band, Augusto César Vannucci trabalha forte na direção geral do especial seguindo seu próprio estilo, surgido nos primórdios do “Fantástico”, em 1973, quadros variados, “actually”, clipes variados no estilo do “Show da Vida”, especialidade do outro diretor do programa, José Mário, elenco da Globo em peso, Roberto Carlos vestido de Papai Noel, musicalmente falando, o Rei segue a reviravolta que veio com "Caminhoneiro" em 1984, com músicas e letras mais inventivas, com forte apelo "pop" e convidados no topo do "hit parade", nesse caso Rosana e Kátia,  sua afilhada artística, e também no apogeu em outros meios, casos de Ayrton Senna, Isabela Garcia e Luiza Brunet, no ano que nasceu sua filha Yasmin, a própria... No YT, o especial tem início com uma dedicatória de Roberto Carlos, “esse programa eu dedico a todos vocês, todo mundo é alguém para si e o seu semelhante, debaixo desse céu, sob a luz do mesmo Sol, somos todos iguais nesse Universo regido por Deus, com sabedoria, equilíbrio e amor” – a mensagem também faz referência à musica “Todo Mundo é Alguém”, do disco do ano, cantada no encerramento do programa... No Viva, entretanto, o programa começa com um avião pousando ao som de uma versão instrumental de “Detalhes”, “Rede Globo Apresenta Roberto Carlos Especial”, aparece o palco, “Um Programa Augusto César Vannucci”, orquestra e coral em ação, “edição Antônio Carlos”, foca no maestro Eduardo Lages e no baterista, “Direção de Imagens Vicente Burger”, o próprio, muito citado no quadro do Severino no “Zorra Total”, que o Viva exibiu entre 2016 e 2021, sax e violinos trabalhando forte, “Produção Executiva Anthony Ferreira”, entra o cartaz do show de Roberto Carlos em Atlantic City, nos Estados Unidos, “Coordenação Nova Iorque Orlando Moreira”, o próprio também, repórter cinematográfico veteraníssimo de coberturas internacionais do jornalismo da Globo, Roberto se introduz no palco, o coral vai de “As Curvas da Estrada de Santos”, “Redação Ronaldo Bôscoli Eloy Santos”, vista aérea de Nova Iorque, olha o Rei chegando, “Direção de Fotografia Jorge Luiz Queiroz”, trabalho forte no teclado, “Cenografia Federico Padilla”, olha a patinadora e os skatistas de Atlantic City, “Direção Musical Eduardo Lage”, erraram o nome do maestro, Roberto oferece flores, bate palmas, aponta para o alto, “Assistente de Direção Álvaro Osório”, o coral canta “Se Você Pensa”, uma fã sai da plateia para abraçar o Rei no palco (lembra um pouco uma tiete ilustre do cantor, a ex-presidenta do Timão, Marlene Matheus...), mas flores, mais abraços de fãs, sinal fechado, “don’t walk”, sem alusões ao Paulinho da Viola, Roberto deixa para lá e sai do palco, o policial ajeita o colarinho do uniforme, o Rei continua deixando para lá, o barbudinho patina no parque levando um carrinho de bebê, Roberto não liga, corta para as ruas de Nova Iorque cheias de pedestres, foca no local do show, flashes da orquestra, do cantor, de Nova York, close no sax, a imagem do palco se multiplica, o Rei, todo de preto, entra no helicóptero, um fetiche desde aquela cena do túnel no filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, foca na entrada do show, “Circus Maximus”, que também se replica na tela, a orquestra toca “Amigo”, as fãs abraçam Roberto, que recebe presentes, uma garota beija a flor que o Rei lançou do palco, segue o letreiro, “Caesars Atlantic City Presents Roberto Carlos In Concert”, que faz pose com a ponte do Brooklin ao fundo, carinha que mora logo ali, corre aqui, tudo isso com o instrumental de “Emoções” tocando,  o Rei pega o microfone, o público comparece para o show, mais sax, foca no palco, Roberto faz o sinal da cruz antes de entrar, aplausos das mesas de pista, um cumprimento ao Maestro, uma reverência à plateia, imagens aéreas de Atlantic City, inclusive o cassino onde acontece a apresentação, e Nova Iorque, com Torres Gêmeas e tudo, Celso Portiolli, corre aqui, surgem com a introdução de “Emoções”, que o Rei canta em seguida – “Roberto Carlos In Concert”, além de ser o nome da turnê que o cantor realizava em 1988, também batiza um especial exibido pela Globo em 19 de setembro daquele ano, com direção de José Mário e Roberto Talma, em que antes das músicas serem apresentadas no palco, Roberto, entrevistado por Léo Jaime, fazia comentários usando na entrevista o mesmo boné com que irá aparecer fazendo o motorista particular de Ayrton Senna, de sua revenda de automóveis, Horizonte Veículos, porém isso comentaremos mais adiante... Usando terno branco com ombreiras e as mangas arregaçadas (!!!), Roberto Carlos faz sua indispensável saudação, meio sussurrada, “boa noite, boa noite, é uma honra muito grande estar aqui, com vocês aqui, em Atlantic City, pela primeira vez, pela primeira vez em Atlantic City, pela primeira vez no Caesar’s Palace” – aplausos, o Rei eleva a voz – “muito obrigado, estou realmente muito feliz”, falando em seguida em espanhol, “esta canción é de Roberto Livi, compositor argentino que realizo esta canción com Bebu Silvetti”, prosseguindo em português, “Roberto Livi é um grande amigo meu, e além de tudo, um compositor de muito talento, me deu essa canção que de repente, graças a Deus, é um êxito em todos os lugares onde foi lançada, isso me dá uma alegria muito grande e um agradecimento maior ainda a Livi por isso”, então é por isso que ele canta “Si El Amor Se Vá”, do disco em espanhol “Volver”, lançado em 1988, com uma interpretação discreta - mais adiante no especial teremos a versão em português, “Se o Amor Se Vai”, traduzida e adaptada por Roberto, Erasmo Carlos e Carlos Colla... Close no piano porque Roberto Carlos vai cantar “Cavalgada”, a parte instrumental no meio da música é caprichada, toca a bateria, força no tecladinho, é permitido fazer fotos com flash, close no coral, maestro Lages na regência, mais teclado, mais bateria, fumaça no palco, sax, coral, luzes piscando, tome tecladinho, close na batera e no trompetista, e tem os violinistas, tudo na espera de que a NASA venha para analisar o fenômeno das estrelas que mudam de lugar (!!!), vide agradecimento especial ao “meu amigo, meu irmãozinho, meu compadre, meu maestro Eduardo Lages!!!” – o curioso aqui é terem colocado “Cavalgada” no show, deixando de lado outras músicas do final da década de 1970 que o Rei gravou em inglês, como “Os Seus Botões”, “Na Paz do Seu Sorriso” e “Falando Sério”, tem a precedência do público latino na plateia, mas, enfim... Entra a vinheta de intervalo sem "break", na ida um metalúrgico trabalhando forte no torno à esquerda e o logotipo do "R" estrelado à direita, na volta, a imagem a esquerda, uma operária na base da prensa, ambas as duas tem como fundo uma tela preta estrelada em cima e com listras vermelhas embaixo, parece vinheta de telejornal,  Roberto Carlos vai do cassino ao Kasinão (!!!) e anuncia no Teatro Fênix, no Rio, “o maior sucesso de 1987, 1988, é um prazer que eu tenho em receber no nosso programa, Rosana, aplausos, beijo na cantora, que usa um vestido branco longo, rendado, e interpreta, do alto de seu célebre cabelo “mullet”, a música “Custe o Que Custar”, de 1988, composição de Michael Sullivan e Paulo Massadas, não confundir com a canção feita por Edson Ribeiro e Hélio Justo, que o próprio Roberto gravou em 1969, “custe o que custar, só quem ama não se cansa de esperar” – também não pensem que “Custe o Que Custar” inspirou o nome do programa “CQC”, que é uma adaptação de um original argentino, “Caiga Quien Caiga”...  O Rei retorna ao palco para uma resenha bem intimista, “que prazer ter você aqui’, Rosana responde, “não, eu é que tô emocionada”, Roberto insiste, “que maravilha, parabéns por esse sucesso maravilhoso, isso é uma maravilha, o reconhecimento do seu talento, não é”, a cantora diz, interrompendo o Rei, “e que está sendo uma emoção imensa estar aqui com você, meu presente, meu presente, meu presente de Natal!!!”, Roberto entende, “nosso, vai lá, você tem sempre cantado o amor”, Rosana concorda, “sim, o amor, custe o que custar, nem que leve a vida inteira para ter você”, o Rei pergunta, “vai continuar sempre cantando o amor”, a cantora confirma, “é bom, o amor é a melhor coisa do mundo” – “é verdade, é verdade”, repete Roberto – “você mais do que ninguém sabe disso”, o Rei brinca, “não, eu tô começando nesse negócio, é, pode crer”, Rosana ri, a plateia também, “podemos falar desse assunto”, a cantora está de acordo, “melhor, podemos cantar”, só se for agora para Roberto, “então vamos lá, então cantamos, vamos cantar alguma coisa do amor, vamos bater um papo cantando sobre o amor, certo”, Rosana se anima, “antes que o coração exploda”, e o dueto para cantar “Olha”, de 1975, só vem, "olha, você tem todas as coisas que um dia eu sonhei pra mim, a cabeça cheia de problemas, não me importo, eu gosto mesmo assim, tem os olhos cheios de esperança, de uma cor que mais ninguém possui, me traz meu passado e as lembranças, coisas que eu quis ser e não fui", em seguida, quase como em uma batalha de rimas, a cantora veio com "Você em Minha Vida", de 1976, "você foi a melhor coisa que eu tive, mas o pior também em minha vida, você foi o amanhecer cheio de luz e de calor, em compensação o anoitecer, você foi o meu sorriso de chegada, e a minha lágrima de adeus",  o cantor retribuiu com "Outra Vez", de 1977, "você foi o maior dos meus casos, de todos os abraços, o que eu nunca esqueci, você foi dos amores que eu tive, o mais complicado e o mais simples pra mim, você foi o melhor dos meus erros, a mais estranha história que alguém já escreveu, e é por essas e outras, que a minha saudade faz lembrar de tudo outra vez", Rosana chega com "Falando Sério", também de 1977, "falando sério, é bem melhor você parar com essas coisas, de olhar pra mim com olhos de promessas, depois sorrir como quem nada quer",  Roberto traz "Um Jeito Estúpido de Te Amar", escrita pelos irmãos Isolda e Milton Carlos, de 1976, "palavras são palavras e a gente nem percebe o que disse sem querer e o que deixou pra depois mas o importante é perceber que a nossa vida em comum depende só e unicamente de nós dois", e a dupla encerra a rinha romântica com "Proposta", de 1972, "eu te proponho, não dizer nada, seguirmos juntos a mesma estrada que continua, depois do amor, no amanhecer, ao amanhecer, no amanhecer,  repartindo o último "eu te proponho" – os agudos de Rosana vieram numa excelente hora para compensar aquela interpretação de “Olha” com Regina Duarte em cima do piano no especial de 1985, nesta que foi a segunda participação da cantora no programa, a primeira aconteceu em 1981, cantando “Let It Be” na homenagem a John Lennon, agora ela estava no auge do sucesso graças a “O Amor e O Poder”, a versão de “The Power Of Love” que ela pediu uma nova tradução porque não aprovou a versão feita pela gravadora, parte da trilha da novela “Mandala”, de 1987, presença constante nos programas do “Globo de Ouro” exibidos pelo Viva, com um rosto mais arredondado que na aparição anterior no especial, e bem longe do visual que os “haters” chamam de “Fofão da Paulista”, Orival Pessini, corre aqui... Ops!!!...


























Na entrevista com Ayrton Senna, o Rei não se esqueceu de "merchan" da Horizonte Veículos, na região de Mogi...






































Roberto Carlos cai na estrada dirigindo um Escort XR3 conversível branco, quem sabe o mesmo usado por Myriam Rios quando ele cantou “Tô Chutando Lata” no especial do ano anterior, dando carona a..., bem, o próprio Rei apresenta, “Ayrton Senna, campeão mundial de Fórmula-1, uma cena indescritível, Senna no pódio”, foca em Roberto ao volante dizendo ao piloto, “muito obrigado, meu irmão, o Brasil inteiro te agradece, prazer ter você aqui”, Senna sorri e pergunta, “mas e aí, Roberto, eu me lembro, engraçado, eu me lembro dos filmes, das suas corridas, das duas charangas, você realmente gosta de corridas, de velocidade???”, o Rei responde, “gosto, principalmente nos filmes acelero tanto quanto você”, risos, “nos filmes, nos filmes, alis, quem deveria estar dirigindo era você, não eu”, Ayrton comenta, sério, “mas na estrada eu prefiro ficar na direita e com motorista”, Roberto fica surpreso, “é, também é humorista, é”, risos, “então canta um pouquinho agora, também gosto de dirigir com alguém cantando”, mais risos, “agora, sem brincadeira, tem perguntas que nós sempre temos vontade de fazer a pessoas como você, por exemplo, Senna, eu sei que a corrida, é um momento de muita tensão” – ele disse tensão (!!!) – “existe algum momento, alguma reta, algum pequenino relax em que você pensa em alguma coisa que não seja exatamente com relação a corrida”, o piloto explica, “veja só, são duas horas de corrida, muita tensão” – Senna também disse tensão (!!!) – “muita ansiedade, incerteza, dúvidas, e muita coisa acontecendo, e você  vai controlando tudo, vai assimilando, vai reagindo, mas embora seja tão complicado, acaba tudo acontecendo normalmente, de uma forma natural, porque vai tudo fluindo, e aquilo faz parte de você, você faz parte daquilo, e você vai em frente”, o Rei engata a marcha e a próxima pergunta, “me diz uma coisa, me fala assim, de um instante de dúvida, se é que existe, né”, Ayrton pensa um pouco, “a dúvida, eu me lembro de uma corrida na Inglaterra, como sempre chovendo, é, eu entrei numa nuvem d’água, o carro que ia na minha frente, tava em primeiro, eu tava em segundo, e naquela vontade, naquela ansiedade de fazer a ultrapassagem e pegar liderança da corrida, naquela nuvem d’água eu não via nada, apenas estava num voo cego ali, eu fui, fui, fui, e aquilo parecia durar horas e horas, foi uma questão de dois, três segundos” – entram imagens do Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1988 – “e de repente eu vi um vulto, um brilho, meu instinto disse, sai fora, que está em cima, eu saí fora e saí na pista limpa, fiz a ultrapassagem do carro tava na frente, a pista limpa, fiz a ultrapassagem, peguei a porta da corrida e fui que fui”, risos – de fato, Senna venceu a prova realizada em Silverstone, em 10 de julho de 1988, com Nigel Mansell da Williams em segundo e Alessandro Nannini da Benetton em terceiro – “então nessas horas realmente, professor, pinta a incerteza, a dúvida, muito forte”, o carro desce a serra e chega a praia, o Rei continua curioso, “o que você pensa no momento da vitória???”, Senna comenta, “bom, depois daquelas duas horas de tensão e dúvidas, incertezas e ansiedades, é uma mistura de raiva e de amor ao mesmo tempo, porque você extravasa naquele momento da vitória e você pode relaxar um pouquinho” – entram imagens do piloto vibrando ao receber a bandeirada final do Grande Prêmio do Japão, em 30 de outubro de 1988, vitória que garantiu seu primeiro título mundial – “então extravasa todas aquelas situações que tem ali de você acelerando e te diminuindo, fazendo você crescer, é um momento especial, é o que vale todo desempenho pela determinação, pela vitória, pelo futuro” –  as imagens da prova congelam num close de Ayrton no “cockpit” da Mc Laren Honda – “o futuro é minha vida, Roberto, é o passado, é tudo aquilo que eu passei, tudo aquilo que eu cresci, eu apenas espero continuar no mesmo ritmo, o mesmo entusiasmo, o mesmo amor nas corridas e em tudo aquilo que eu faço, vamo que vamo”, Roberto concorda, “é isso aí”, passando para a próxima questão, “me fala um instante seu com Deus”, Senna baixa e levanta a cabeça para responder, “é muito difícil falar de Deus, é muito difícil sentir Deus, e eu tive o privilégio de ter essa experiência, e pra ser prático, no mundo que a gente vive, pra sentir Deus tem que ser a realidade, eu tive essa experiência, isso aconteceu no Grande Prêmio do Japão, mais claramente pra mim, na última volta da corrida, na volta que ia me dar a vitória, finalmente, do campeonato, eu comecei a agradecer, eu tava fazendo a última volta, eu tava começando a agradecer, que eu não conseguia nem acreditar que eu ia vencer finalmente o campeonato, a corrida, então naquela ansiedade tremenda, naquela tensão” – tensão, ele disse tensão (!!!) – eu senti a presença Dele e visualizei, eu vi, foi uma coisa especial na minha vida, foi uma sensação enorme, é uma coisa que eu tenho gravada na minha memória e eu tenho como parte de mim, e eu acho que foi um privilégio que eu tive que pouca gente tem ou teve, eu prezo muito isso”, o Rei elogia, “que bonito, que bonito ouvir isso” – lembrando que Roberto é católico, Senna frequentava uma igreja evangélica, a Renascer em Cristo, e o diretor geral do especial, Augusto César Vannucci, era espírita, inclusive dirigiu programas com essa temática no período que esteve na Band, em 1987 – segue-se a narração de Galvão Bueno, “aí vem Senna, no Grande Prêmio do Japão, apontando para a vitória, vai frear pela última vez para passar pela chicane, o diretor de prova aguarda, o Brasil inteiro aguarda, Ayrton Senna, ergue o punho, vibra, é a vitória, Aytron Senna do Brasil!!!” – o “Tema da Vitória” só vem – “campeão mundial de 1988, Ayrton Senna do Brasil, aí vem Senna, a oitava vitória no ano, a explosão Senna” – com certeza essa é uma das corridas de Senna que Davi Brito, o campeão do BBB24, assistiu ao vivo pela televisão, mesmo tendo nascido em 24 de agosto de 2002, ele com certeza não vai confundir com a prova de 1991, em que Senna cedeu a vitória na reta final para o companheiro de Mc Laren, Gehard Berger, fazendo Galvão encher os pulmões e bradar, “eu sabia!!!”, levando em seguida uma bronca do Bofão, pai do Bofinho, pelo retorno do áudio da cabine de transmissão, “se sabia, por que não falou antes, pô???” – logo depois, o piloto reafirma, conversando com o cantor na beira da praia,  “é muito difícil falar de Deus, é muito difícil sentir Deus, e eu tive o privilégio de ter essa experiência de sentir a presença dele, eu visualizei, foi uma coisa muito especial na minha vida, uma sensação enorme, é uma coisa que eu tenho gravada na minha memória e eu tenho como parte de mim, e eu acho que é um privilégio que eu tive, que pouca gente tem ou teve, e eu prezo muito isso”, Roberto deseja, “Senna, que Deus te abençoe, sempre”, Ayrton retribui, “você também, sempre”, os dois dizem, “amém” – o primeiro título mundial de três conquistados, os outros foram em 1990 e 1991, marca o inicio do apogeu de Ayrton Senna na Fórmula-1, coincidindo com a ascensão de Galvão Bueno como principal narrador esportivo da Globo, a frente da transmissão com a maior rentabilidade publicitária da emissora, de quebra, Senna namorava com a principal apresentadora global de então, Xuxa, pena que o Viva ficou devendo o programa em que ela enche o rosto do piloto de marcas de batom no ciclo que comemorou seus 60 anos de vida em 2023, uma das razões para o canal pago não ter exibido especiais de Roberto Carlos naquele ano, hoje, a Fórmula 1 é transmitida pela Band, Senna saiu de cena, com alusões aos presentes, em 1994, Xuxa deixou a Globo em 2015 e atualmente está fora da televisão, Galvão Bueno saiu da emissora depois da Copa do Mundo de 2022, deve voltar para uma despedida definitiva nos Jogos Olímpicos de Paris, em julho, e Roberto Carlos, em meio a rumores do fim de seu contrato com a emissora, continua cantando, dirigindo e presenteando carrões, Tom Cavalcante, corre aqui, alis, esta parte do especial é perpassada pelo “merchan”, o Rei dirigiu e conversou com Ayrton usando um boné da Horizonte Veículos, uma revenda da Ford, o que explica o Escort usado em cena, também com alusões aos presentes, nome inspirado em “Além do Horizonte”, que o cantor abriu na região de Mogi das Cruzes, inclusive Senna esteve na inauguração da concessionária na Mogi-Dutra, enquanto o habitual deveria ser Ayrton falando com o boné do patrocinador, mostrando que desde então Roberto trabalhava forte em colocar os nomes de suas músicas nos respectivos empreendimentos, tivemos a Amigo Records e quando o Rei entrou no ramo imobiliário, criou  Incorporadora Emoções, que entre outros empreendimentos, construiu os edifícios Horizonte Vital Brasil, na região do Butantã, Horizonte JK, na região do Itaim Bibi, e Coletânea Office Square, na Vila Carrão (!!!), todos em São Paulo... Virando a página da revista eletrônica, Roberto Carlos está agora em um estúdio de gravação, com orquestra e pianista, e, depois de mostrarem que o local é decorado com fotos em preto-e-branco de Luiza Brunet, a própria, ao sinal do técnico de som, começa a cantar “Se Diverte e Já Não Pensa em Mim”, faixa do disco de 1988, enquanto Luiza em pessoa sai de seu prédio num Escort conversível (este azul-metálico), trabalha forte num escritório a beira-mar, "agitando todo dia, me deixando cada vez mais esquecido, usa o fax e o telex, movimenta-se sensual no seu vestido", combina um “date” pelo telefone enquanto examina desenhos de vestidos,  foca nela a esperar pelo contatinho, e depois só observando o Rei cantar no estúdio, usando um tomara que caia preto,  “se diverte e já não pensa em mim, não pensa em mim, não pensa em mim, se diverte e já não pensa em mim, não pensa em mim, não pensa em mim” – com duas participações da modelo, atriz e empresária nos especiais de final de ano, não resta mais dúvida, Roberto Carlos é o papi da Yasmin Brunet, que nasceu alguns meses antes do especial, em 6 de junho de 1988 (Ops!!!), não é porque Luiza contracenou com o Doutor Renato em “Os Trapalhões e o Rei do Futebol”, de 1986, que a paternidade é coisa do Didi (Ops de novo!!!), sobre o clipe, a presença de José Mário, diretor de clipes do “Fantástico” se faz sentir no musical, e não adiantou disfarçar com aplausos de claque no final, nesse e em outros "videoclipes do programa", neste caso nas cenas que a beleza da mami da Yasmin ilustram a desilusão amorosa contada na canção do Rei (essa Davi jamais chamaria de inútil, digo...), porque Julio Iglesias começou assim com “Coração Apaixonado” em 1985, a diferença é que o diretor era Carlos Manga, a musa do clipe era Luma de Oliveira e o cantor andou de charrete pelo Rio de Janeiro para se encontrar com a mami do Thor Batista, cena copiada por Helen Ganzarolli e Silvio Santos passeando de carrinho elétrico pelos arredores do Complexo Anhanguera do SBT (Ops outra vez!!!)... Vinheta de intervalo sem "break", a moça da prensa na ida, os trabalhadores portadores de deficiência visual na volta, close no globo de discoteca porque chegamos a um bailinho estilo anos 1950, onde Roberto Carlos é o “crooner” da orquestra, todo de branco, e vai de “Se Você Disser Que Não Me Ama”, outro lançamento do ano, com uma levada de bolero, agora a personagem principal do clipe é Isabela Garcia, que dança devidamente acompanhada, vide vestido vermelho, mesma cor da flor na lapela de seu “partner”, ela olhando para ele o tempo todo, “tem que disfarçar o seu desejo, e não se excitar quando eu te beijo, porque qualquer pequeno gesto seu, é um bom motivo pra eu ficar”, até o momento que ela larga o cara com flor no “smoking”, retoca o batom e espera sentada o fim do baile, um drinque, por favor, o “crooner” é aplaudido e recebido pela dama de vermelho (!!!) com duas taças na mão, que diz depois do brinde, “se você disser que não me ama, tem que me dizer mais de uma vez, tem que me fazer acreditar em coisas que eu não quero ouvir, tem que dizer tudo o que eu detesto, que você não suporta, que não presto, tem que dar para repetir por várias vezes que já não quer saber de mim”, e apesar dela somente ter repetido a letra da música, o Rei deixa por dar as mãos e dançar de rostinho colado – melodia decalcada de “She” à parte, Charles Aznavour, corre aqui, Isabela Garcia estava numa excelente fase como atriz, além do clima do clipe remeter a “Anos Dourados”, de 1986, na época do especial ela protagonizava a novela “Bebê a Bordo”, que 30 anos depois, em 1988, causou a situação mais traumática da história do próprio canal Viva, quando a rejeição do público das redes sociais a trama de Carlos Lombardi, levou a emissora da Globosat a editar a  novela para apressar seu encerramento, algo que jamais havia feito antes (e depois), Isabela, que começou como atriz mirim, junto com a irmã Rosana, a primeira Narizinho global no “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, reinava soberana nas novelas das seis e das sete, sem ter conseguido o mesmo protagonismo às oito, mesmo com sua presença constante nas tramas de Gilberto Braga, mas, enfim, protagonismo feminino jovem na principal faixa de novelas da Globo só aconteceu de fato no final dos nos 1990, depois que o furacão Thalia arrasou a televisão brasileira, digo, falando em atrizes, este é o primeiro especial em muitos anos que Myriam Rios não comparece, que coisa, não... Que o “stand-up” comece, “pra mim, Katinha cabe em qualquer modelito de amor, é, ela pode ser a irmãzinha, a sobrinha, de repente a menininha, a namoradinha, qualquer desses modelitos ela veste perfeito, e olha, desde o meu primeiro encontro com a Kátia que eu apostei nela, é, apostei na Katinha seguro, pra valer”, com a palavra, a cantora Kátia, a própria, usando um vestido branco marcado na cintura e óculos escuros, “e eu também apostei, apostei graças a tantas pessoas que me deram aquela força, principalmente a você, Roberto”, que fica envaidecido, “que nada, Katinha, o que é isso, você hoje é a primeira artista de sua gravadora, entende, troféu, troféus, disco de ouro, todas essas coisas na sua estante, e tudo isso às suas custas”, Kátia responde, “ah, Roberto, eu acho que essa coisa de sucesso, sucesso é como uma corrida de automóvel, sem carro não existe piloto, e você e Erasmo me deram um carro, Lembranças”, o Rei confirma, “Lembranças”, logo, Kátia recorda de um trecho da música que gravou em 1979, Roberto elogia, “puxa, que maravilha”, a cantora destaca, “e foi assim que tudo começou”, o Rei é modesto, “nós não demos um carro, a gente só preparou o carro, e você ganhou a corrida, o piloto é muito bom”, Kátia acrescenta, “estamos ganhando”, Roberto está de acordo, “o piloto é muito importante, o piloto é importantíssimo”, a cantora diz, “estamos juntos nesse barco, então”, novamente o Rei concorda, “é isso aí, que bom, né, Kátia, Lembranças foi um grande sucesso, o sucesso mudou a sua vida em que, ou não mudou”, Kátia responde, “olha, eu acho que o sucesso mudou no sentido que a responsabilidade que a gente tem de transmitir uma mensagem, essa mensagem de amor que você e o Erasmo ensinam, acho”, Roberto fica encabulado, “a gente também tem aprendido muito com você, Katinha, você pra mim é como o Sol, tem brilho próprio”, a cantora diz, “sabe, Roberto, existem pessoas que eu posso ver claramente e outras não, você eu posso ver claramente”, Roberto agradece com um abraço e um beijo no rosto de Kátia, “ah, obrigado”, e os dois cantam em dueto, “De Qualquer Jeito”, de 1987, versão do próprio Rei e de Erasmo Carlos para “It Should Have Been Easy”, do compositor estadunidense Bob Mc Dill, “não está sendo fácil, não está sendo fácil, não está sendo fácil viver assim, você está grudado em mim” - não que a metáfora do carro seja adequada a uma portadora de deficiência visual, mas, enfim, a música é conhecidíssima do público do Viva, a cantora  compareceu várias vezes ao “Globo de Ouro” para interpretá-la, curiosamente o padrinho artístico de Kátia só pode trazer ela no especial nove anos depois do lançamento de “Lembranças”, o que se explica porque os feats. do programa priorizavam a MPB, situação que mudou apenas com os especiais dirigidos por Aloysio Legey e Walter Lacet na metade dos anos 1980, em que a lista de convidados ganhou uma cara mais “pop”, com pagode, rock e sertanejo, fazendo a primazia do apadrinhamento ser de Gabriela, que cantou “Imagine” no programa de 1987, iniciando uma tradição de comparecimento de afilhadas do Rei, algumas nem tanto, que seguiu com a própria Kátia, Cláudia Leitte, Paula Fernandes, Tatá Werneck, Ana Castela... Ops!!!...
























O clipe de "Se Diverte e Já Não Pensa em Mim" não deixa dúvidas: Roberto Carlos é o papi da Yasmin Brunet... 







































Intervalo com "break",  torneiro mecânico na ida, gari da Comlurb na volta, Roberto Carlos volta ao barzinho da sala e comenta, “Gardel e Le Pera, o cantor e o compositor da nostalgia, do retorno e da saudade”, as paredes atrás do bar se abrem, mostrando um cenário portuário que evoca a região da Boca, em Buenos Aires, foca no bandoneón ali do lado do sofá, que o Rei vai cantar ali mesmo na sala “Volver”, tango composto em 1934, aplicando o gestual com que pontua suas composições, close no acordeom – lembrando que Alfredo Le Pera foi um grande parceiro musical do Patropi da Escolinha do Professor Raimundo, vide “eu não sabia, que você sabia”... Ops!!!... Aplausos, a parede se fecha, Roberto Carlos assiste televisão, imagens de brinquedos e crianças a brincar, sem referências aos presentes, o Rei passeia pelo shopping, o mesmo da sambista Fátima no especial de 1986, vê uma árvore de Natal na vitrine e canta “Como as Ondas do Mar”, do disco de 1988, composição de Carlos Colla e Marcos Valle, “você foi a paixão que esqueci de esquecer”, uma mulher mexe com enfeites de Natal, close no Papai Noel enfeitando a árvore, olha a mulher de novo, Papai Noel posa para fotos e anda pelo shopping com a garotada amiga, o bom velhinho, nesse caso, é o próprio Roberto, a mulher continua montando sua árvore, o Rei assiste ela passear com a filha no shopping, sim, a mulher já é mãe, apontando para ele próprio como Papai Noel fazendo fotos, Santa Claus é beijado por dois gêmeos com traços indígenas, um para cada bochecha, mãe e filha entram na loja, o Papai Noel continua dando um rolê no shopping, uma criança loira vê o marido de Mary Christmas posar com uma sorridente menina negra, a criançada amiga se acaba nos brinquedos do shopping, a mãe compra presentes na loja e leva a filha para fazer uma foto de Polaroid com o Papai Noel que é Roberto, o olhar triste é inconfundível, a mulher sorri e vai embora com a filha, o Rei tira a fantasia – aquela levada de clipe do “Fantástico”, que caiu em desuso com o surgimento da MTV brasileira em 1990 e as mudanças na linha editorial do “Show da Vida”, que ganhou um perfil mais “hard News”, Carlos Amorim, corre aqui... Mais um intervalo com "break", homem na máquina na ida, gari varrendo na vola, a orquestra de Eduardo Lages comparece com aquele arranjo de “A Guerra dos Meninos” para assinalar a entrada de Roberto Carlos no palco do Teatro Fênix, de blazer azul bebê, aplausos, close no tecladinho e na batera, mais aplausos, o Rei pega o microfone e vai de “Amigo”, o clássico de 1977, na base da capela, entra a orquestra, o coral RC3 faz “backing vocal”, indicador ao alto, outros aplausos, e claro que a canção serve de deixa para a introdução do homenageado, “o meu amigo, o meu amigo Erasmo Carlos, hahaha!!!” – a primeira apresentação de “Amigo”, no especial de 1977, foi repetida nos dois anos seguintes, porém ela andava fora da “playlist” do programa há mais de meia década, apesar de Erasmo ter batido cartão em todos esses anos nessa indústria vital, que coisa, não... Recebido com risos por Roberto, o Tremendão manda beijinhos para a plateia, cumprimenta o rei, e parte para o dueto de “Papo de Esquina”, mais um lançamento do ano, “que bom te ver aqui com essa cara de contente faz tempo que eu não vejo você, a mesma impressão eu tenho do amigo sorrindo pra tudo que vê”, a resenha se muda para um orelhão a beira da estrada, onde os amigos, de moto e chapéu de caubói, falam da garota que corre na chuva a quem Erasmo oferece o casaco, olha ela tomando banho de mar, “toda a razão dessa felicidade, é uma gata chocante que eu conheci na cidade”, na verdade duas, que pegam carona nas motos do Rei e do Tremendão, a de Roberto põe a cabeça no pescoço dele, mais moto, a gata de Erasmo já pediu batata frita e ganha flores, voltamos a praia, corrida com biquíni amarelo, dança de rosto colado com o Tremendão, close no rosto dela, o Rei toca sua gaitinha, até passeando de moto, Roberto não dispensa o boné da Horizonte Veículos (e o capacete pô???), chegam as garotas, são gêmeas, abraçadas pelo Rei e por Erasmo, que se abraçam no Teatro Fênix - um “country” assumidíssimo, vide gaita trabalhando forte, com pitadas de rap, ilustrado por cenas de praia típicas do concurso “A Garota do Fantástico”, agora vai... Novo intervalo com "break", o homem da máquina na ida, costureiras na volta, próximo número é solo, com um “stand-up” de Roberto Carlos gravado previamente, “quem é quem, somos todos componentes desse rosto chamado Brasil, somos o rosto da Pátria, somos a fé, o amor”, no palco, o Rei vai de outra faixa do disco de 1988, “Todo Mundo é Alguém”, “todo ser humano é importante naquilo que ele faz às vezes por caminhos distantes, mas todos são iguais”, Seu Mundinho, corre aqui, entram cenas de operários esmerilhando nos tornos, de colhedores de frutos na mata, uma família de agricultores, operários portadores de deficiência visual, “dentro de um castelo ou de um barraco, ele é alguém, com o que tem”, trabalhadores sem camisa, trepam na palmeira (!!!), perfuram o asfalto com britadeira, pescam com rede, operam escavadeira, serram madeira, mulheres fazem renda, artesanato, melhor dizendo, olha o mestre-sala e a porta-bandeira da Unidos de Cabuçu no Sambódromo do Rio, diretamente do especial de 1986, o Rei segue o coral feminino com palmas, imagem fundida com a plateia (!!!),  “quem é quem??? (quem é quem???), quem é quem??? (quem é quem???), nesse mundo todo mundo é alguém” – Roberto andou ouvindo Pink Floyd demais, essa música é muito "Another Brick In The Wall",  e pensar que na entrevista com Léo Jaime no "Roberto Carlos In Concert Em Detalhes", ele disse que se amarrava na Tracy Chapman, especial com final meio diferente, sem oferta de flores, como o show que abre o programa reuniu grandes “hits” do Rei, além do "pout-pourri" de "love songs" com Rosana, deixaram as faixas do novo disco por último, não só apenas por isso, olhando hoje, Roberto Carlos foi mais de “Papo de Esquina”, vide “Arrasta uma Cadeira”, de 2005, aqui puxando para o sertanejo “raiz”, do que do papo-cabeça de “Todo Mundo é Alguém”, exceto pelas canções ecológicas da virada dos anos 1980 para a década de 1990...  Aplausos no Teatro Fênix, a mensagem de Roberto Carlos vem em sua imagem congelada, já guardada para o próximo especial (!!!), “Feliz Ano Novo, e que Deus abençoe a todos”, os créditos sobem em meio a uma seleção de cenas do programa com um instrumental de “Amante a Moda Antiga” e "Se Você Pensa"  na trilha sonora, o papo de esquina esperando as gêmeas, “Camareiro Roberto Carlos Marcos A. Negreiros”, o dueto com Rosana, “maquiagem Roberto Carlos Neide de Paula”, “Amigo” na flauta, Luiza Brunet com o Rei ao fundo, “supervisão de ballet Elizabeth Oliosi”, um beijo na bochecha de Kátia, “Primeira Câmera Atlantic City-NY Orlando Moreira”, Roberto fazendo o Papai Noel no shopping, “Direção José Mario, Direção Geral Augusto César Vannucci”, a bolinha da Globo se introduzindo entre Ayrton Senna e o Rei, com tempo de segurar a vela de Roberto e Isabela Garcia... Em tempo: o especial de 1988 foi o primeiro do inéditos mostrados pelo Viva neste ano que teve derrubados os vídeos postados no YT, inclusive os de fãs-clubes, autorizados pelo próprio Roberto Carlos, e o motivo é a entrevista que o Rei fez com Ayrton Senna a bordo de um Escort XR3 conversível, usando um boné da Horizonte Veículos, que foi incluída na série documental "Senna por Ayrton", lançada pela Globoplay no último dia 1o de maio...































Katia foi a primeira afilhada, mas apareceu depois de Gabriela, e antes de Paula Fernandes, Tatá, Ana Castela...