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O Brasil estreou na Copa América jogando no SoFi Stadium, que nós vimos e fotografamos - da janela do avião... |
A Seleção Brasileira estreou na Copa América enfrentando a Costa Rica no SoFi Stadium, em Inglewood, na região de Los Angeles, em 24 de junho, conseguindo um empate sem gols, em nossa viagem aos Estados Unidos, há seis meses atrás, passamos pelo estádio, inaugurado em 2020 no lugar do antigo Hollywood Park Racetrack, um hipódromo, (o Ninho do Urubu na Ilha do Governador começou assim), com o nome de Los Angeles Stadium at Hollywood Park (LASED), o “naming rights” atual é de uma empresa da área financeira, recebe principalmente partidas de futebol estadunidense, inclusive um Superbowl, em 2022, mas assim como sediou jogos da Copa América, também receberá partidas da Copa do Mundo de 2026 e do torneio de futebol dos Jogos Olímpicos de 2028, que serão sediados em Los Angeles, comparecemos no local e fizemos fotos, tudo isso da janela do avião, pouco antes de desembarcar no aeroporto internacional da cidade da Califórnia, evidentemente o nosso interesse por estádio na viagem era o Rose Bowl, o local onde o Brasil conquistou a Copa do Mundo de 1994, “acabou, acabou, é tetra, é tetra, é tetraaaaa!!!”, antes já comparecemos em três estádios onde a Seleção Brasileira foi campeã mundial, no Yokohama Internacional Stadium em 2012, local do pentacampeonato em 2002, onde assistimos outro título mundial, o Timão, ainda hoje o último clube brasileiro a vencer o Mundial de Clubes da FIFA, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, palco da conquista do bi em 1962, duas vezes, antes e depois da inauguração da estação de metrô que leva o nome do estádio, em 2014 e 2019, e no estádio dos astecas, quer dizer, no Estádio Azteca, na Cidade do México, que viu o Brasil faturar o tri em 1970 e recebeu uma linha de “tren ligero”, ou seja, de VLT, pouco depois da Copa de 1986, transporte que usamos para chegar ao estádio, depois do final do horário de visitas, e que será útil quando o Azteca for o local do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2026, que o México realizará em conjunto com Canadá e Estados Unidos, na prática, com o Rose Bowl encerraríamos o percurso, porque o estádio Rasunda, em Solna, onde o Brasil venceu a Suécia em 1958 por 5 a 2 e ganhou sua primeira Copa do Mundo, foi demolido em 2012 para dar lugar a um condomínio de edifícios, destino similar ao do estádio Sarriá, em Barcelona, onde o Brasil saiu da Copa de 1982, ao perder para a Itália por 3 a 2, que se tornou um conjunto residencial...
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E a nossa visão do palco do tetra foi essa, por trás dos canteiros de rosas, das grades e de um portão patrocinado... |
A oportunidade de ver o Rose Bowl mais de perto surgiu quando visitamos o Cata Zorra, quer dizer, o estúdio da Warner na região de Burbank, onde foram filmadas várias das séries que o Pancada tem resgatado em nosso arquivo de fitas VHS, e também “Friends”, que ele nos ofereceu muitas vezes e a gente nunca comprou, consultamos o celular e vimos que Burbank estava a uma pequena distância de Pasadena, onde foi construído o estádio, mais precisamente os 25,96 dólares da viagem de Uber, conduzida pelo motorista Pedro, num Honda Insight Cinza, nós não sabíamos ainda, mas a montadora japonesa de automóveis agregou seu nome ao Rose Bowl, minha mãe queria almoçar, eu estava certo de que haveria algum lugar para comer nos arredores do estádio (eu estava errado, perceberia já no local...), outra conexão entre as duas regiões era que a Warner foi uma grande incentivadora do “soccer” nos Estados Unidos, um processo impulsionado pela contratação do Edson (OG) pelo New York Cosmos, clube de sua propriedade, em 1975, e que culminou na realização da Copa do Mundo de 1994, e apesar do tempo que a Major Soccer League demorou para se consolidar, a presença estadunidense nos mundiais é uma realidade, mais ainda no torneio feminino, também no caso do Canadá, e espera-se que a Copa de 2026 coloque os canadenses com mais frequência nos mundiais de seleções, isso e o torneio com 48 equipes, digo, outro estímulo veio do Secretário de Estado Henry Kissinger, que havia saído de cena dois dias antes de nossa ida ao Rose Bowl, o qual se gabava de ter descoberto bases de lançamentos de mísseis soviéticos em Cuba ao ver campos de futebol nas imagens dos aviões-espiões, João Saldanha o considerava um “pé-frio”, por ter comparecido ao jogo em que a Holanda derrotou o Brasil na Copa do Mundo de 1974, na então Alemanha “Occipital”, faz sentido, alguns documentos que produziu, retirada a confidencialidade, provaram que o governo militar brasileiro consentia e permitia torturas aos opositores, uma situação bem mais tensa que a viagem tranquila do Uber, onde o carro serpenteava por uma “highway” construída entre montanhas arborizadas, que minha mãe tentava fotografar da janela do carro, enquanto eu lembrava a trajetória da Seleção Brasileira na Copa de 1994, o primeiro jogo aconteceu em San Francisco, no Stanford Stadium respondi a ela que Los Angeles está a 370 quilômetros de Frisco, não confundir com o refresco da Arisco, 2 a 0 na Rússia, a revista “Caras” colocou Regina Duarte secando os russos em plena Praça Vermelha, e o SBT, com o patrocínio da Brahma, Roberto Justus, corre aqui, conseguiu, mediante cachê, fazer Mikhail Gorbachev erguer o indicador como nas ostensivas publicidades da cerveja, em campo, a vitória veio com gols de Romário e Raí, de pênalti, ao preço da lesão de Ricardo Rocha, também em Stanford, em pleno campus da universidade, os brasileiros venceram Camarões por 3 a 0, gols de Romário, Márcio Santos e Bebeto, então aconteceu o terrível empate em 1 a 1 com a Suécia no hoje Pontiac Silverdome, em Detroit, o primeiro estádio totalmente coberto da história das Copas, fechado entre 2001 e 2010 e demolido em 2017, os suecos abriram o placar com Kenneth Anderson e os brasileiros empataram com Romário, de volta a Stanford nas oitavas-de-final acontece o jogo com os Estados Unidos em pleno 4 de julho, um 1 a 0 chorado – literalmente, ainda mais porque Bebeto fez o gol por insistência de Galvão Bueno – e quando chegamos nas quartas-de-final, 3 a 2 na Holanda no Cotton Ball, em Dallas, minha mãe pensou que fosse a final, a qual acompanhou em Descalvado, no interior de São Paulo, onde estava para o enterro de um tio, porém expliquei que ainda não era a decisão, que a Seleção Brasileira venceu com gols de Romário, Bebeto – que comemorou com um “nana nenê” em homenagem ao filho recém-nascido, vide anúncio da Volkswagen estrelado por Mattheus Oliveira, que atuava no Farense, em Portugal, e acabou de acertar com o Khorfakkan, dos Emirados Árabes – e, depois de Dennis Bergkamp e Aaron Winter empatarem a partida, de Branco, cobrando falta, o famoso “gol cala boca”, um lance tão memorável quanto o beijo que ganhou de Gisele Fraga, a Priscila de “Palhação.Com”, quando foi jogar futevôlei na academia em 1998, despertando os ciúmes do Mu, quer dizer, de seu namorado Romão, papel de Luigi Barichelli, esclareci para a minha mãe que depois desse jogo, teve a semifinal com a Suécia, também jogada no Rose Bowl, 1 a 0 para a Seleção Brasileira, gol de Romário, de cabeça, e só então aconteceu a final, em 17 de julho de 1994, que vimos com meu pai e meu irmão na casa que morávamos na região de Itaquera, 0 a 0 no tempo normal, o corinthiano Viola (OG) entrando na prorrogação e carimbando a trave, 3 a 2 nos pênaltis, o italiano Baggio chutando a bola longe e Galvão Bueno gritando, abraçado ao Edson (OG), "acabou, acabou, é tetra, é tetra, é teeetraaaa!!!"...
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Nas paredes da entrada principal, há placas do arquiteto do estádio e o "Jogo das Rosas", mas nada sobre 1994... |
O motorista nos deixou às 15h10 no portão H do estádio, “H de Honda, aquela moto”, como diria o Chapolin no episódio perdido do planeta Vênus, não demorou para percebemos que o Rose Bowl, assim como o salão de beleza frequentado pela Dona Florinda, estava fechado, apesar da profusão de equipamentos em frente a entrada, restando a mim e a minha mãe observarmos mais atentamente os arredores, que me lembraram a Praça Charles Muller e o estádio do Pacaembu, o estádio é localizado no fundo de um vale, com casas de alto padrão nos morros que o cercam, a movimentação também é parecida com a do Paulo Machado de Carvalho nos dias sem jogos e na atual fase de reformas intermináveis, vide show cancelado de Roberto Carlos em abril, pouca gente, a maioria pessoas correndo e passeando com o cachorro, a diferença é que não há uma linha de trólebus como a 408A-10, Machado de Assis-Cardoso de Almeida, e nem a barraca de pastel funcionando diariamente, ou seja, minha mãe não teria onde comer, o vazio da região contrasta com as fotos no dia da final de 1994 postadas nas redes sociais, que mostram as arquibancadas completamente lotadas, o estádio tem capacidade para 92.452 espectadores, ali onde um dos filhos de Maurício de Souza dormiu em seu colo exatamente na hora dos pênaltis, eu me aproximei do portão A, onde está fixada a placa de patrocínio da Honda, insistimos, marca do carro que nos trouxe até aqui, e quando vi a mãe fotografando os canteiros de rosas que inspiram o nome do estádio, pedi o celular dela emprestado para registrar a rosa mais importante de todas, a da fachada, ...na medida em que as grades do portão nos permitiam, nas paredes em frente à entrada principal temos referências ao arquiteto que projetou o Rose Bowl em 1921, Myron Hunt, inaugurado com uma partida de futebol estadunidense em 1º de janeiro de 1923, Penn State contra USC, Will Smith, corre aqui, também ao “Jogo das Rosas”, anterior a construção do estádio, hoje uma partida de futebol estadunidense universitário tradicionalmente disputada no começo do ano, uma versão do Super Bowl (que sediou cinco vezes), disputada pelos campeões da Big Ten Conference, da Costa Leste, e da Pac 12 Conference, na Costa Oeste, na praça em frente ao portão A, chamada de The Rose Plaza, também pelos canteiros de rosas, recentemente reformada com doações registradas em tijolos e tudo, e nos demais portões do estádio, há estátuas de Jackie Robinson, o primeiro negro a jogar na Major League Baseball (MLB) estadunidense, em 1947, aqui retratado como jogador de futebol estadunidense, esporte em que atuou durante o colegial na própria Pasadena, onde sua família radicou-se vinda da Geórgia, e na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, a famosa UCLA, do “coach” da equipe da mesma instituição de ensino superior, Terry Donahue, não confundir com sua homônima, a jogadora de beisebol canadense que manteve um sigiloso relacionamento com a colega de equipe Pat Henschel, retratado no documentário da Netflix, “Secreto e Proibido”, além de uma homenagem a conquista da Copa do Mundo – feminina, pelos Estados Unidos, em 1999, na partida com a China, que a exemplo da decisão masculina em 1994, registrou um 0 a 0 no tempo regulamentar e acabou decidida nas cobranças de pênaltis, vitória estadunidense por 5 a 4, a escultura, inaugurada em 2019, representa a comemoração da jogadora Brandi Chastain, que converteu o último pênalti da série, de joelhos e segurando sua camisa (naturalmente, ela usava um top...), o Rose Bowl foi palco de quatro partidas da Copa do Mundo Feminina de 1999, um deles o melhor jogo do torneio, a decisão do terceiro lugar, em que o Brasil venceu a Noruega nos pênaltis, após um empate sem gols no tempo normal, por 5 a 4, Formiga fez o gol decisivo, cinco anos antes, em 1994, o estádio foi o local de oito partidas da Copa do Mundo masculina, além da final, aconteceu ali o melhor jogo da Copa, a decisão do terceiro lugar, em que a Suécia goleou a Bulgária por 4 a 0, na primeira fase, a espetacular vitória por 3 a 1 da Romênia que fez o favoritismo da Colômbia virar pó, sem alusões aos presentes, por aqui registraram o torcedor que gritava “Colômbia, Colômbia, Colômbia” enquanto andava de marcha a ré, uma das cenas mais memoráveis do filme “Todos os Corações do Mundo”, documentário oficial da Copa de 1994, e o Rose Bowl é seu principal cenário, ali os romenos liderados por Geroghe Hagi também ganharam dos Estados Unidos por 1 a 0 e venderam caro a derrota por 3 a 2 para a Argentina nas oitavas de final, os estadunidenses ganharam da Colômbia por 2 a 1, quando aconteceu o gol contra que custou caro demais para o colombiano Andrés Escobar, e a Suécia empatou com Camarões por 2 a 2 na primeira fase e perdeu por 1 a 0 para o Brasil na semifinal, nada disso está registrado na entrada do estádio, seja por uma estátua ou por uma simples placa, todos esses fatos tivemos que pesquisar na internet ou puxar pela memória enquanto observávamos o estádio pelas grades dos portões, sonorizando mentalmente com "Coração Verde-Amarelo" ou "Gloryland", recordando ainda os plantões do "Casseta e Planeta na Copa", a começar pela vinheta narrada por Francisco Milani, os humoristas entrevistando Jorge Kajuru quando concentrava sua atuação no rádio, Bussunda imitando Maradona e cantando a "Era de Romarius", opa, isso foi em São Francisco, na praça em frente ao Rose Bowl há até uma estátua homenageando o locutor esportivo Keith Jackson, da rede de televisão ABC, que apelidou o “Jogo das Rosas” de “o avó de todos nós”, pelo seu pioneirismo no futebol estadunidense, não que esperássemos uma escultura representando Galvão Bueno abraçado a Ciro José e ao Edson (OG) bradando a conquista do penta, ou de Carlos Dunga (OG) erguendo a Copa FIFA e bradando em alto e bom som, “essa p... é nossa!!!”, mas, enfim, o calor era intenso no dia que o Brasil ganhou o tetra, verão nos Estados Unidos, naquela sexta-feira em que comparecemos ao Rose Bowl, fazia sol, o céu era azul, sem nuvens, e um vento frio de outono ressaltava o vazio de um dia sem jogo, de portões fechados, e com o sol se pondo às 17 horas, ficar por ali não era recomendável, tivemos que baixar o Uber no celular da mãe, para chamar o Lexus ES Preto do Rolo, que não era o da Turma da Mônica por ser careca, o qual nos levou até Anaheim, onde estávamos hospedados, ao sul do centro de Los Angeles, Pasadena está ao norte da região central da cidade, uma congestionada viagem de uma hora e meia que custou 81,90 dólares, não faça a conversão senão acaba a diversão, falando nisso, em nossa viagem a Califórna faltou uma ida ao Los Angeles Memorial Coliseum, o estádio que recebeu os Jogos Olímpicos de 1932 e 1984, neste último sendo o cenário da medalha de ouro de Joaquim Cruz nos 800 metros do atletismo, a primeira vez em que um título olímpico foi transmitido para o Brasil, narrado por Álvaro José na Band e por Osmar Santos na Globo, como atesta aquela fita VHS que compramos por um real num sebo, mas tudo bem, há tempo até 2028, quando Los Angeles voltará a receber os Jogos Olímpicos, entregamos os pontos quanto a Paris porque a capital francesa, habitualmente cara para visitantes em situações normais, está oferecendo um pacote de cinco dias para assistir uma única competição por 60 mil reais, sendo que toda nossa viagem para assistir eventos em todos os 15 dias dos Jogos Olímpicos de Tóquio sairia, não fossem as restrições impostas pela pandemia, por 30 mil reais...
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Locutor esportivo homenageado não é Galvão Bueno, "sino" Keith Jackson, narrador de futebol estadunidense... |
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