segunda-feira, 8 de julho de 2024

RC Especial Modelo 1996 (off) : Roberto, Roberta, Rafael e os súditos do Rei do Gado...

Só mesmo Jorge Fernando para abrir o especial com Marcopolo Viaggio GV100 enfrentando o trânsito na Lapa...

 
















O “Roberto Carlos Especial” de 1996, que na ocasião a Globo apresentou em 21 de dezembro e o canal Viva mostrou em 2017, teve pelo segundo ano seguido a direção de Jorge Fernando, exceto no clipe dirigido por Rogério Gomes, que teve a participação especialíssima de Dona Hilda Rabello, a mãe do Jorginho, falando no diretor, sua agilidade característica se faz presente nos duetos, compensando os dez minutos de entrevista de Roberto com os jornalistas da Globo, versão ampliada a conversa com Glória Maria no ano anterior, o convidado chegava e já cantava em dupla, foi assim até com o amigo de fé e irmão camarada Erasmo Carlos, também cabe apontar o equilíbrio na “playlist” entre músicas consagradas do repertório do Rei e músicas do novo álbum, apesar de uma delas ser regravação, porém nesse caso tem “merchan” envolvido... Ops!!!... O programa começa com imagens aéreas da cidade de São Paulo, um rádio de carro sintonizando o instrumental de “Como é Grande o Meu Amor por Você”, e de um ônibus Marcopolo Viaggio GV1000, seguindo na direção da casa de espetáculos Olympia, na região da Lapa, levando Almir Sater e Sérgio Reis, quer dizer Pirilampo e Saracura, direto da novela “O Rei do Gado”, que a Globo exibia em 1996, apesar da multidão na entrada, da dupla passar por reproduções de discos de Roberto Carlos e uma vistosa árvore de Natal no “hall” de entrada, as cadeiras da pista ainda estão em cima da mesa, porém ambos os dois pensam um pouco e decidem ir ao palco, subindo degrau por degrau, para conferir o ensaio do Rei, como atesta a versão de “Quero que Vá Tudo pro Inferno” na voz do coral, Sérgio Reis, digo, Saracura, cumprimenta Roberto e apresenta a ele Almir Sater, ou melhor, Pirilampo – eles eram os amuletos de Benedito Ruy Barbosa em sua novela, assim como tinham sido em “Pantanal”, na Manchete, em 1990, e um fato tornava o encontro menos casual, Sérgio Reis, antes dos “hits” “Menino da Porteira”, “Panela Velha” e “Pinga Ni Mim”, fez parte da Jovem Guarda, como atesta o sucesso de “Coração de Papel”, composição que lançou em 1967, o Rei corteja o sertanejo desde “Caminhoneiro” e Serjão gravou a versão de doer o cotovelo e o joelho dessa canção, “Todas as Manhãs”... Ops!!!... Corta para o Rei pilotando helicóptero em “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, de 1967, “Rede Globo apresenta”, agora é “Quero Que Vá Tudo pro Inferno” no “Show do Dia 7” da Record, entra o logo do especial, “RC 96”, letras e números em contorno arco-íris, mais algumas cenas de “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, “participações especiais em ordem alfabética”, fãs no gargarejo, “Almir Sater”, o Rei de flor vermelha na lapela e cabelos curtos no palco e na capa do disco, “Djavan”, a orquestra vai de “Força Estranha”, “Erasmo Carlos”, o coral de “Olha”, “Glória Maria”, olha o Roberto no especial de 1990, “Ilze Scamparini”, o Rei em 1987, “Leilane Neubarth”, “Martinho da Vila”, jogando flores em 1980, “Pedro Bial”, outra vez no palco em 1987 e 1990, “Sérgio Reis”, recebendo prêmios e um disco de ouro – abertura em tom de retrospectiva, característica da gestão de Jorge Fernando, sinalizando que está inovando sem relegar o passado, digo... Aparece o palco, com luzes em formato de estrelas, “criação e direção Jorge Fernando”, a cortina se abre, revelando a orquestra de Eduardo Lages e um cenário feito com portas e janelas de madeira,  evocando a própria Lapa paulistana, um bairro industrial com muitas moradias simples de operários, a orquestra vai de “Como é Grande o Meu Amor por Você”, Roberto Carlos comparece vestindo uma túnica branca desabotoada na altura do colarinho, agradece a plateia, bate palmas para os músicos, cumprimenta Lages, e canta, com uma árvore florescendo e um por do sol no telão, “Como é Grande o Meu Amor por Você” – a balada romântica, incluída no disco “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”, em 1967, onde o “rock” predomina, foi regravada para o álbum de 1996 por uma excelente razão, um contrato de patrocínio firmado entre o Rei e a empresa de alimentos Nestlé, que patrocinou a turnê “Amor” realizada naquele ano e em 1997, o fã-clube não possui registros em vídeo desse show, enquanto o Rei comparecia e cantava a música nos comerciais dos Leites Nestlé, dois deles estão disponíveis  no YT, e não só apenas isso, a canção deixou de fora "Detalhes" do programa... A plateia aplaude, uma lua cheia aparece no telão, Roberto Carlos diz o primeiro “stand-up” da noite, “que prazer estar nesse nosso encontro de fim de ano, nesse nosso show que se chama Amor e nós vamos falar do amor em todas as suas formas, ou pelo menos em quase todas as formas, ou pelo menos nas formas que Erasmo Carlos e eu falamos nas canções que fazemos, mas é claro que vamos falar do amor sem dúvida, na sua forma maior, que é o amor de Deus”, a plateia aplaude e assobia, e vamos falar também do amor, desse grande amor que existe entre nós, afinal de contas, nós nos amamos há um bocado de tempo, nós nos amamos há tanto tempo que a cada vez que a gente se encontra, eu sempre tenho vontade de perguntar a cada um de vocês, Como Vai Você”, cantando a composição de Antônio Marcos que gravou em 1972, solo de sax e “backing vocal” do coral incluído, tome pausa dramática no final, Roberto comenta com a plateia, “apesar da timidez, afinadíssimos, vamos juntos, como vai você”, no embalo das palmas, o Rei canta “Emoções”, 1981 – e o gemidinho no final é sempre o momento mais esperado do especial... Ops!!!... Entra a primeira vinheta de intervalo, com a dancinha e a regência em 1994, além do logotipo RC94, ao som de “Como é Grande o Meu Amor por Você”, na volta, Roberto Carlos anuncia, “é com muita alegria, é com muita honra, que eu chamo aqui meu parceiro, meu irmão, é, meu amigo de fé, meu irmão camarada, o meu amigo Erasmo Carlos”, apontando como nos tempos da Jovem Guarda, abraço ao vivo e no telão, exatamente para cantarem “Amigo”, de 1977, cuja aparição no especial daquele ano também entrou na tela, assim como outras imagens da dupla que ilustram a apresentação em dueto, inclusive para puxar palmas, o Rei dando a mão para quem ajuda na saída, indicando a mesma, o Tremendão tocando uma guitarra imaginária, os dois se apontando na parte do “mais certo nas horas incertas”, terminando com um toque de indicadores no melhor estilo Capela Sistina – com Jorge Fernando, a Jovem Guarda voltou a ser um momento importante do especial, porém neste ano, com a prioridade publicitária de “Como é Grande o Meu Amor por Você”, tivemos além da música apenas algumas cenas da abertura e o dueto do Rei e do Tremendão... E no “próximo stand-up”, com o palco estrelado e as portas e janelas iluminadas de vermelho, “na época da Jovem Guarda, Erasmo Carlos e eu jamais poderíamos ter feito essa canção, é, porque todas elas tinham dez, quinze, vinte anos, então a gente foi esperando, o tempo foi passando, e de repente hoje a gente sabe que todas aquelas que tinham dez, quinze, vinte anos, tem 35, 40, 45”, e canta “Mulher de 40”, lançamento do novo disco, “Não quero saber da sua vida, sua história, Nem do seu passado, Mulher de quarenta eu só quero ser, O seu namorado” – das canções “temáticas” sobre mulheres dos anos 1990 a mais romântica, sem a agitação de “O Charme de Seus Óculos” ou a autoparódia de “Coisa Bonita”, será que o Silvio curtiu???...Roberto Carlos não se esqueceu da dupla que compareceu ao ensaio do show, “agora eu quero apresentar a vocês esses dois grandes artistas, esses dois grandes cantores, esses dois grandes atores, e compositores também, que fazem um trabalho maravilhoso separadamente, e que juntos na novela ‘O Rei do Gado’ tem feito uma dupla que tem emocionado o Brasil inteiro, eu tenho a honra de apresentar Sérgio Reis e Almir Sater!!!, Saracura e Pirilampo!!!”, com suas respectivas violas, ouvindo a pergunta do Rei, aqui um súdito diante da estatura da dupla, “sempre que eu vejo vocês eu fico com vontade de cantar alguma coisa com vocês, mas alguma coisa que eu não canto”, Serjão olha de cima para baixo, “uma coisa que você nunca cantou, moda de viola”, Saracura ri, “isso é verdade”, o Rei duvida, “será que???””, Sergio Reis tem certeza, “vamos arriscar???, já que nós estamos aqui representando Saracura e Pirilampo do Rei do Gado, vamos cantar O Rei do Gado”, Roberto fica um pouco receoso, “vamos lá”, mas se junta à dupla para interpretar a canção de Teddy Vieira, que Tião Carreiro e Pardinho gravaram em 1961, relatando o confronto entre um cafeicultor e um pecuarista num bar região de Ribeirão Preto, praticamente o “plot” da novela, “Cada pé desse café, Eu amarro um boi da minha invernada, E pra encerrar o assunto eu garanto, Que ainda me sobra uma boiada, Foi um silêncio profundo, Peão deixou o povo mais pasmado, Pagando a pinga com mil cruzeiros, Disse ao garçom pra guardar o trocado, Quem quiser meu endereço, Que não se faça de arrogado, É só chegar lá em Andradina, E perguntar pelo rei do gado” – sertanejo raiz, caso cantassem o tema de abertura da novela, era bem capaz de hoje pensarem que se trata de uma homenagem ao Bozo... Ops!!!...
































Mas ao mesmo tempo, Jorginho colocou a horripilante, quer dizer, sua mãe, Dona Hilda, no clipe de "O Terço"...

































Uma entrevista com Roberto Carlos é a atração que entra logo depois do intervalo, só que desta vez Glória Maria tem a companhia de Ilze Scamparini, Leilane Neubarth e Pedro Bial, que inicia os trabalhos num cenário decorado por capas de discos do Rei, no estilo “liquidação das Lojas Americanas” consagrado por Jorge Fernando, “primeiro ele foi o namorado que toda garota papo firme queria ter, logo depois foi o filho ideal de toda mãe brasileira, foi o amigo de fé, irmão, camarada, e já é hoje a figura paterna, sempre muito amada” – muito antes de dar o resultado dos paredões do BBB – “vovô, quem sabe, logo, logo” – Roberto ri – “ele cresceu junto com o Brasil, permanece brilhando, é o Rei desta república, por falar nisso, no plebiscito da república você votou pela monarquia, Rei???”, o Rei, alegando que Bial tirou as palavras de sua boca, responde, baixando a cabeça, “não, não, não, não, eu não votei na monarquia não, alis, eu não entendo nada desse negócio de monarquia”, faz sentido, os descendentes da casa imperial brasileira se filiaram ao que há de mais retrógrado na política do país, o jornalista é sagaz, “você não gosta de política, né”, Roberto explica, “não é que eu não goste, eu não entendo de política com profundidade, procuro não falar, agora na intimidade sim”, Bial se dá por satisfeito, “quando foi a primeira vez que você cantou, e percebeu que todo mundo parou para ouvir”, o Rei conta, “eu acho que quando comecei a cantar em casa e as pessoas me pediam pra cantar, às vezes chegavam as visitas, aquele negócio que a minha mãe dizia, canta, meu filho, canta aí pro titio, e tal, não sei o quê, e aí ficava sem graça, então, aí eu resolvi cantar na rádio, aí eu cantei na Rádio Cachoeiro, e aí eu já achei, eu voltei da rádio dizendo pra minha mãe que não ia ser médico mais, que ia ser cantor”, ...a próxima pergunta é feita por Ilze Scamparini, a própria, “Roberto, do passado pra hoje, eu acho que as quarentonas nunca te amaram tanto, né, você fez essa música pra homenagear suas fãs da Jovem Guarda, ou você acha que as mulheres de 40 são um pouquinho desprezadas no Brasil???”, fala, meu Rei, “não, não acho que elas são desprezadas não, muito pelo contrário, acho que elas são muito amadas, né, só que eu acho que alguém de repente não cantou esse amor por elas”, Pedro Bial não perde tempo, “como foi a sua iniciação sexual, foi com uma prostituta ou com uma empregada???” – o Rei ri litros – “porque do brasileiro, das duas uma”, Roberto responde, “é, era uma moça que realmente, ahn, não era nem uma coisa nem outra”, risos, Leilane Neubath intervém, “uma namorada”, o Rei complementa, “uma mulher, entende”, Leilane é quem pergunta agora, “pegando esse assunto que o Bial falou, vamos falar de filhos dessas relações sexuais”, Roberto parte para a zoeira, “mas isso é coisa que se pergunte”, Bial reage com bom humor, “tudo é coisa que se pergunte, responder é outra história”, o Rei fica satisfeito, “já respondi”, o futuro apresentador do BBB indaga, “você é pudico, você tem pudor pra falar desses assuntos???”, o Rei garante, “não, não, não, não, não” – “discreto”, afirma Ilze – “sou de repente um pouco tímido para falar dessas coisas, mas não, não chego a ser pudico”, Leilane refaz sua pergunta, “filhos surgidos nessas relações sexuais, você tem quatro filhos reconhecidos, o Rafael, que você reconheceu recentemente, há cinco anos, é isso”, foca nas flores ao lado do Rei, “é isso, quatro ou cinco anos”, a repórter prossegue, “agora, existem outros ‘filhos’ do Roberto Carlos pelo Brasil, você faz teste de paternidade frequentemente, como é isso”, Roberto afirma, “quando solicitado, sim” – “e é solicitado muito”, quer saber Leilane – “depois do Rafael houveram duas solicitações, agora existe mais uma” – “e você não se incomoda, você faz, sem problema???”, insiste a repórter – “faço numa boa”, Ilze brinca, “depois desse programa vai ter uma fila, então”, o Rei ri, “não, eu faço numa boa, a gente tem que realmente, puxa, os filhos não são culpados, entende, de qualquer coisa, né, realmente, professor”, Leilane tem outra pergunta, “você fala muito de amor, reconhecer o Rafael como filho é um ato de amor???”, o Rei diz, “é um ato de amor e um ato de responsabilidade também, eu acho que a gente é responsável por todas as coisas que a gente fez na vida da gente, então o caso do Rafael e de qualquer outro filho que eu possa ter e que tenha que reconhecer eu vou reconhecer, inclusive”, Leilane corta com uma questão importante, “e podem existir outros???”, o Rei não deixa por menos, “eu acho que pode, né???”, risos, Glória Maria entra em ação, “pelo que a gente tá vendo, vem vindo teste de DNA por aí???”, mais risos, Leilane cita Tim Maia, “réu confesso”, Ilze muda o rumo da conversa, “você pensa na velhice, você pensa em você velhinho, ou essa ideia te dá muito pânico???”, Roberto fala, “não, na verdade não me dá pânico, não, mas também não sei se eu penso na velhice, não é que eu penso na velhice, não, eu penso na velhice mas não me preocupo com ela”, Bial intervém, “e quando começa a velhice???”, o Rei responde, “não sei, nunca fui velho”, e ri, Ilze sugere, “quando você passa a ser o mais velho da turma e não o mais novo”, Roberto insiste, “não sei, não quando começa a velhice exatamente, não, mas não tenho medo da velhice, preocupação com a velhice, não”, Ilze questiona, “se sente a vontade com jovens???”, o Rei, “me sinto, me sinto sim bastante a vontade”, Glória Maria quer saber, “alis, por falar em ficar a vontade com jovens, a capa do seu último disco você deu um mudada geral” – Roberto olha a reprodução da capa pendurada no cenário – “você tá com um colete, que é uma coisa bem jovem, bolinhas, ‘pois’, uma coisa que você nunca fez, por que aconteceu essa mudança total???”, o Rei se explica, “em primeiro lugar, porque eu sempre visto jeans, tô sempre de azul-claro, essas coisas, aí nesse disco eu pensei, não, deixa eu fazer uma coisa um pouco diferente, eu vou continuar de jeans nas calças ou na camisa, mas o colete eu vou mudar um pouquinho”, Ilze parte para um assunto que domina, “você é muito religioso, isso você sempre deixou muito claro, agora você é super supersticioso também, é verdade”. Roberto aponta, “eu sou muito religioso, e um pouco supersticioso”, Ilze dá uma explicação, “sabe por que, é uma pergunta até meio óbvia, mas eu por exemplo tinha um tailleur marrom muito bonito que eu gostaria de vir ao teu programa” – “poderia ter vindo”, diz o Rei – “não é verdade, o que tem de verdadeiro por trás dessa sua rejeição às cores preta, marrom e roxa”, o Rei assegura, “não, eu não tenho nenhuma rejeição, eu não uso essas cores para me vestir” – “você acha que elas não dão sorte???”, indaga Ilze – “não, não penso por esse lado não, até eu digo sempre que algumas superstições que eu tenho são meio otimistas, né” – Glória Maria interrompe, “quais são???” – “por exemplo, quando eu penso numa coisa de forma supersticiosa, vamos dizer assim, eu penso de forma otimista, eu sempre digo assim, ah, isso é muito bom, eu vou fazer assim, essa roupa que eu vou vestir, por isso e por isso, entende, mas nunca digo, não vou fazer isso”, Ilze retoma seu ponto, “quer dizer que se a gente estivesse aqui de roxo ou marrom, essa entrevista já teria começado”, Roberto volta a garantir, “tudo bem”, Bial questiona, “talvez seja o momento de você esclarecer uma história que tá só no território de boato, de fofoca, qual foi o dia mais triste da sua infância”, agora vai, meu Rei, “o dia mais triste da minha infância, eu já me esqueci, eu já me esqueci assim, entente, porque eu sou extremamente otimista, eu gosto de pensar sempre de forma muito positiva, e um cara como eu não pode guardar tristezas”, Bial não se deixa intimidar, “como é que você fez pra esquecer???”, Roberto fala, “a minha vida, tudo o que Deus tem me dado, eu acabei de falar agora, é motivo suficiente para esquecer qualquer coisa que tenha me entristecido e você pode ter certeza de que algumas coisas podem até ter me entristecido mais do que outras, entende, mas eu tenho mais a agradecer, tanto a agradecer”, Leilane pergunta, “ e pras pessoas que sofrem, que passam por um problema, por uma dificuldade, o que você diria, o que você sugeriria que elas fizessem, pois nem todo mundo supera problemas, supera dificuldades???”, o Rei sugere, “que elas tenham fé, eu acho que a fé é uma coisa importantíssima, a fé dá aquela força, a fé dá coragem pras pessoas enfrentarem os problemas, pras pessoas irem” – bate no peito – “para peitar” – “não ficar com peninha de si mesmo, chorando”, observa Leilane – “não terem auto-piedade desse tipo de coisa, eu acho que a fé é uma coisa importantíssima, quem realmente tem fé em Deus não tem medo de nada não, da tristeza, a tristeza pode ter um momentinho às vezes, porque a gente não é de ferro, mas daqui a pouco elevou o pensamento, teve fé, é partir em frente, né”, e ri, Glória Maria tem mais uma pergunta, “como é que é essa coisa da inspiração, inspiração pinta, se trabalha, como é que funciona isso com você”, Roberto vai direto ao assunto, “ela pinta, a inspiração pinta, né, Deus é que dá a inspiração, agora, logicamente, depois disso, a gente tem que trabalhar  forte, porque Ele disse, faça que Eu Te ajudarei” – Ilze quer falar, “existe algums coisa”, porém o Rei continua falando – “então a gente tem, a inspiração vem em qualquer lugar, em qualquer momento, no avião, no carro, daqui a pouco” - Leilane pergunta, “como é que você faz, você para e escreve, um guardanapo???” – “eu gravo, eu tenho sempre um gravadorzinho na bolsa, quando pinta uma coisinha, no avião mesmo, em qualquer lugar, gravo e depois eu vejo se é bom”, Glória quer falar, Bial pede a palavra, “só mais umazinha, Roberto, você é a favor da legalização do aborto”, a resposta é direta, “não!!!”, o questionamento de Leilane também, “por que???”, Roberto se justifica, “eu acho que o aborto é realmente crime”, Ilze pergunta, “você não gosta de política, mas acha que um presidente deve exercer quatro ou cinco anos de mandato???”, o Rei diz, “depende do presidente” – “nosso país”, acrescenta a repórter – risos, depende do presidente, quando a gente está satisfeito com o presidente, a gente tem vontade que ele continue, quando a gente não tá satisfeito, a gente quer que ele pare até antes dos quatro anos, em geral, hã, eu acho que a reeleição é uma coisa bastante sensata, talvez um presidente não tenha realmente tempo de trabalho em quatro anos, professor”, Bial pega o embalo, “o que mais revolta no Brasil, o que te deixa indignado???”, Roberto Carlos diz, “ a falta de atitudes realmente eficazes, professor, a falta de um trabalho, de uma preocupação realmente séria em relação a pobreza, a pobreza mesmo, entende, eu acho que muito pouca coisa tem sido feita em relação aos pobres, eu acho que a pobreza no Brasil é muito grande realmente, professor, porque não houve alguma coisa, um programa, que alguém chegasse e dissesse, quando eu digo alguém, com poder mesmo, que dissesse, o meu objetivo principal e a prioridade,  é, é, é, diminuir ou acabar com a pobreza no Brasil, e eu também não sei qual é a solução, mas acho que um presidente com sua equipe, se ele realmente pensar nisso, professor, de forma séria, de forma realmente, professor, com amor, com Deus, com fé, ele pode chegar a conseguir muito disso e atingir quase que totalmente esse objetivo”, Bial conclui, “palavra do Rei”- Roberto Carlos foi entrevistado pela primeira vez no especial de 1983, a ideia foi retomada fora dos especiais, em 1991, no “Globo Repórter” sobre os 50 anos do cantor, reaparecendo em 1995 com a mesma entrevistadora de quatro anos antes, Glória Maria, que mais uma vez falou com Roberto, agora na companhia de seus colegas de redação globais, numa entrevista bem mais incisiva, refletindo até a transformação do jornalismo da emissora, a troca de comando, com Alberico de Souza Cruz sendo substituído por Evandro Carlos de Andrade, o setor tentava apagar uma imagem “chapa-branca” com uma prática jornalística a princípio mais crítica e questionadora, “mais Brasil e menos Brasília” (Bozo, corre aqui...) o que se reflete nas perguntas sobre o mandato do presidente, e em 1997, Fernando Henrique Cardoso conseguiu aprovar a emenda da reeleição, e a pobreza, o Bolsa Família, surgido como Bolsa Escola na segunda gestão de FHC, em 2001, ganhando maior efetividade em 2003 com o Luís Inácio, que teve de trabalhar forte na retomada em 2023, até chegaram na questão do acidente, porém o Rei se esquivou com destreza, jornalistas e escritores já foram impedidos de abordar o tema pela justiça, o experiente Nelson Motta conseguiu, ia virar minissérie, porém o diretor saiu de cena inesperadamente e o projeto foi engavetado...Corta para a mão que acende uma vela antes da reza do terço diante do altar de uma igreja, a mão em questão não é outra “sino” a de Hilda Rebello, a mãe de Jorge Fernando, trabalhando forte em mais uma produção dirigida pelo filho, enquanto isso, Roberto Carlos comparece no altar e canta “O Terço”, lançamento do disco de 1996, não confundir com a banda de rock da década de 1970, foca na imagem de Nossa Senhora, “Com o terço na mão, Peço a vós minha Virgem Maria, Minha prece levai a Jesus, Santa Mãe que nos guia, Com o terço na mão peço a vós, Minha nossa Senhora, Por nós todos rogai a Deus Pai, Vos pedimos agora”, mais closes nas velas e no terço, “Santa Maria rogai por nós, Que recorremos a vós” – clipe dirigido por Rogério Gomes, o próprio, o que não isenta Jorge Fernando de ter culpa, digo, depois de “Nossa Senhora”, a religiosidade nas músicas de Roberto ficou mais católica, lembrando que nos domingos de manhã, a Rádio América de São Paulo, vinculada à Igreja Católica, tinha um programa somente com músicas do Rei... Voltando do intervalo, a plateia aplaude, inclusive Roberto Justus, o próprio, Roberto Carlos se acerta com o maestro Lages e começa a batucar com as mãos, embora os acordes da orquestra lembrem mais “Coisa Bonita”, que lembra o ritmo do forró, cantando “Cheirosa”, outro lançamento do disco de 1996, “Por que você tá tão cheirosa desse jeito, Parece que saiu do banho pra me ver, Você sabe que toda causa tem efeito, E eu tenho milhões de coisas pra fazer, Cheirosa, cheirosa, Meu bem, isso não se faz com quem trabalha, E já vai sair pra cumprir o seu dever, Esse perfume a cabeça me embaralha, De terno e gravata o que é que eu vou fazer, Cheirosa, cheirosa”, olha o Dedé pegando no ganzá, Roberto põe as mãos na cabeça para simbolizar a confusão mental, o refrão “cheirosa, cheirosa” é de revirar os olhos (!!!), antes que comecem a desconfiar que o Rei “cometeu” mais um samba, surge uma sanfona no meio da orquestra, sendo o solista devidamente apresentado pelo cantor, “Wanderlei, na sanfona solo!!!”, agora a música ficou com cara de sertanejo, e vem mais “cheirosa, cheirosa, cheirosa, cheirosa”, um aperto de mão pelo solo de acordeão, Roberto Justus aplaudiu, agora sim Roberto canta um samba, “Feitiço da Vila”, não confundir com “Petisco da Vila” e nem com “Petisco da Velha”, “lá em Vila Isabel, quem é bacharel, não tem medo de bamba, São Paulo dá café, Minas dá leite e Vila Isabel dá samba”, uma releitura de outra “Feitiço da Vila”, que Noel Rosa compôs em 1934,  feita pelo próximo convidado, “dá samba e dá Martinho da Vila!!!”, que vem perguntando, “e aí, o que vamos fazer agora”, Roberto responde, “bicho, cantamos, né”, Martinho quer saber, “um sambinha ou um sambão”, o Rei diz, “sambão”, Martinho completa, “sambão, Ary Barroso”, Roberto fala, “já que eu vou passear na sua praia”, o pai de Mart’nália está de acordo, “então vamos passear, vamos cantar o Brasil, você começa”, e a dupla começa o dueto para “Aquarela do Brasil”, de 1939 – detalhe, com o mesmo arranjo usado no dueto com Gal Costa no especial de 1986, e quanto Roberto interpretava a música em shows, como na apresentação mostrada pelo “Globo Repórter” em 1991, ou seja, ao invés de compor um sambinha, como fez com “Nega” e “Só Você Não Sabe”, Fatinha, corre aqui, ele deixou por um sambão com um Mestre no assunto, digo...












Roberta Miranda, aquela que ensinou o Repórter Vesgo a dar selinho, foi dar umas aulinhas para o Rei... Ops!!!...



































O “stand-up” não pode parar, “eu tenho o prazer aqui de receber esta cantora fantástica, maravilhosa,  que dá a todas as cantoras que canta uma interpretação especial, gravou uma canção minha e do Erasmo de forma simplesmente sensacional, sucesso, Roberta Miranda!!!”, que também comparece de branco, sendo abraçada e cantando de pronto a música citada pelo Rei, “De Tanto Amor”, que o próprio gravou no disco de 1971, “Ah!!! Eu vim aqui amor só pra me despedir, E as últimas palavras desse nosso amor, você vai ter que ouvir”, Roberto entra no dueto, “Me perdi de tanto amor, ah, eu enlouqueci, Ninguém podia amar assim e eu amei, E devo confessar, aí foi que eu errei”, ela de novo, “Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus, Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus, nos olhos seus”, ele outra vez, depois de um afago no rosto, e de dar um abraço,  “A saudade vai chegar e por favor meu bem, Me deixe pelo menos só te ver passar, Eu nada vou dizer perdoa se eu chorar”, Roberta completa, “Vou te olhar mais uma vez, na hora de dizer adeus, Vou chorar mais uma vez quando olhar nos olhos seus, nos olhos seus”, Roberto acrescenta, “A saudade vai chegar e por favor meu bem, Me deixe pelo menos só te ver passar, Eu nada vou dizer perdoa se eu chorar” – um excelente reconhecimento à compositora de “A Majestade O Sabiá” e “Vá Com Deus”, dois grandes sucessos do sertanejo nos anos 1980, muito antes de Roberta ficar conhecida como a mulher que deu um beijo de língua no Repórter Vesgo nos primórdios no “Pânico na TV”, em 2003, da participação no projeto “Emoções Sertanejas”, com o lançamento de um DVD do show no Ibirapuera em 2010, e do apoio decisivo dado a Juliette Freire no BBB21, liderando a torcida no meio artístico com Chico César e Selton Melo, afora o beijaço no totem de Cauã Reymond no “Encontro”, em julho de 2023... Depois do intervalo, as portas e janelas do cenário são iluminadas e Roberto Carlos canta “Tem coisas que a gente não tira do coração”, do disco de 1996, a orquestra trabalhando forte no “country”, “Que bom te encontrar, E ver que você está feliz, Um lindo sorriso que diz, Que tudo está muito bem pode-se ver!!!, Você em nada mudou o tempo bem te tratou, E com certeza um alguém”, corações em 3D voam pelo telão, segurando o pedestal na hora do refrão, “Tem coisas que a gente não tira do coração, Amores passados que ficam na recordação, Que bom te encontrar outra vez, Encontros são mesmo assim, Um filme que a gente rever, E vai embora no fim”, tome solo de guitarra de Aristeu e Paulinho, devidamente apresentados pelo Rei, “Que bom te encontrar e dizer, Que também sou feliz” – faz sentido, apesar da Wikipédia mencionar Myriam Rios, têm coisas que só podem ser explicadas pelo Instituto TDC... Ops!!!... Agora o cenário é um céu estrelado, Roberto Carlos inicia outro “stand-up”, “eu admiro muito o trabalho desse artista, deste cantor, deste compositor, fantástico, sou fã incondicional, de Djavan”, que com seu displicente casaquinho azul, interpreta “Correnteza”, de 1996, o tema da sem-terra Luana, interpretada por Patrícia Pillar em “O Rei do Gado”, “A correnteza do rio, Vai levando aquela flor, O meu bem já está dormindo, Zombando do meu amor”, é a vez do Rei, “Na barranceira do rio, O ingá se debruçou. E a fruta que era madura, A correnteza levou”, os dois, A correnteza levou, A correnteza levou”, de volta para Djavan “E choveu uma semana”, agora com Roberto,  “E eu não vi o meu amor”, mais Djavan, “O barro ficou marcado, Aonde a boiada passou”, e vai o Rei,  “Depois da chuva passada, Céu azul se apresentou, Lá à beira da estrada, Vem vindo o meu amor”, novamente os dois, “Vem vindo o meu amor, vem vindo, vem vindo”, Djavan outra vez, “A correnteza do rio, Vai levando aquela flor, E eu adormeci sorrindo”, olha o dueto, “Sonhando com o nosso amor, Sonhando com o nosso amor, Sonhando... Ô Dandá”, os dois vocalizando, o dueto é um bate-bola de versos, “Ô Dandá”, e tem abraço no final – a participação anterior de Djavan aconteceu no especial de 1983, o último em que a MPB predominou na lista de convidados do programa, o retorno aconteceu em grande estilo, potencializado pelo providencial dueto... Roberto Carlos conta para a plateia,  o cenário com luz azul, “um dia, um advogado me procurou, dizendo que havia um pedido de reconhecimento de paternidade, eu falei, é, tudo bem, não há nenhum problema, desde que seja comprovado realmente, professor, não há nenhum problema, quantos anos tem a criança???, 26 anos”, o público se agita, “tudo bem, ficou comprovado, tudo ficou comprovado e passou a assinar Braga, e eu que tinha três filhos maravilhosos, Ana Paula, Luciana e Dudu, ganhei mais um filho, é, e aprendi a amá-lo”, palmas, “e não é que um dia esse menino me liga e diz assim, pai, eu gravei um disco, ué???, mas você é cantor, agora sou, ah, tá bom, ele fez tudo sozinho, eu não tive a menor participação no disco dele, ele batalhou realmente sozinho, professor, e fez um disco, ele hoje está aqui, só que hoje ele não está sozinho, ele está comigo”, mais palmas, “quero apresentar a vocês meu filho cantor, Rafael Braga!!!”, comparecendo de blazer cinza, ganhando um aperto de mão e um abraço do papi, que explica, “quando eu fiz essa canção que eu vou cantar agora, eu tinha a sua idade” – “legal’, responde Rafael – “e tinha mais ou menos a sua cara” – “bacana, mais legal ainda”, afirma o filho do Rei, que canta com o papi “As Curvas da Estrada de Santos”, do “disco da praia” de 1969, “Se você pretende saber quem eu sou, Eu posso lhe dizer”, vai, Rafael, “Entre no meu carro na Estrada de Santos, E você vai me conhecer”, de novo, Roberto, “Você vai pensar que eu, Não gosto nem mesmo de mim”, Rafael aponta para si mesmo, “E que, na minha idade, Só a velocidade anda junto a mim, Só ando sozinho e no meu caminho, O tempo é cada vez menor”, corta para o coral RC3, o Rei de novo,  “Preciso de ajuda, por favor, me acuda, Eu vivo muito só, Se acaso numa curva, Eu me lembro do meu mundo”, os dois, “Eu piso mais fundo, corrijo num segundo, Não posso parar”, a bola está com Roberto, “Eu prefiro as curvas da Estrada de Santos, Onde eu tento esquecer”, agora é com Rafael, “Um amor que eu tive e vi pelo espelho, Na distância se perder”, olha o Dedé trabalhando forte na bateria, e o Rei só vem, “Mas se o amor que eu perdi, Eu novamente encontrar”, pai e filho,  “As curvas se acabam e na Estrada de Santos, Eu não vou mais passar, Não vou mais passar, As curvas se acabam, na Estrada de Santos, Eu não vou mais passar”, pausa dramática, “na estrada de Santos”... “eu não vou mais passar”, risos e abraço para terminar, olha o Roberto Justus no gargarejo - como lembra Jeff Benício, que mencionou no portal “Terra” o nome da mãe, a ex-modelo Maria Lucila Torres, que saiu de cena devido a um câncer meses depois da confirmação da paternidade, época em que Ratinho apenas apresentava o “190 Urgente” na CNT e nem imaginava fazer testes de DNA, os outros filhos de Roberto, especialmente Dudu Braga, eram presença obrigatória nos especiais do pai durante a década de 1970, cantando com ele, a primazia é de Rafael, que trocou a carreira musical pelo trabalho forte nas empresas do papi, assumir o filho publicamente foi extraordinário, motivado talvez pela relutância do Edson (OG) em aceitar a paternidade de Sandra Regina Machado, e pensar que o mesmo Roberto interditou duas biografias escritas sobre ele na justiça, faltou um filho om Maria Gladys, hoje o Rei poderia dizer que é avô da Mia Goth, digo... Voltando ao intervalo, uma árvore de Natal ganha luzes, qualquer semelhança com a vinheta “Luz que traz o Natal” do SBT é mera coincidência, a árvore surge no telão, Eduardo Lages rege a orquestra e Roberto Carlos interpreta “Natal Branco”, que é nada mais nada menos que a versão em português da clássica canção natalina estadunidense “White Christmas”, que Bing Crosby consagrou muito antes de Mariah Carey dominar as paradas de final de ano nos Estados Unidos com “All I Want In Christmas Is You”, “Lá, onde a neve cai, Sinos festejam a noite de Natal, E os pinheiros brancos de neve, São como torres de uma catedral, Lá, onde a neve cai, Sempre por sobre a lua tropical, O Natal é sempre oração, Oração de paz universal”, entra o “stand-up”, “já estamos vivendo as emoções do Natal, mas não nos esqueçamos nunca que o Natal, é acima de qualquer coisa, a festa no nascimento de Jesus, Jesus que é o caminho, a luz e vida, que Ele nos mostre o caminho, que ilumine o nosso coração” – a imagem de Cristo aparece no telão, “e nos abençoe”, segue a canção, “Lá, onde a neve cai”, a pausa é ligeira, “um Feliz Natal, um Ano Novo maravilhoso, com muita saúde, muita paz, muito amor”, agora a árvore é de verdadinha, “e que Deus proteja e abençoe a todos”, voltamos a música, “O Natal é sempre oração, Oração de paz universal”, emendando com “Nossa Senhora”, de 1993, “Nossa Senhora me dê a mão,  Cuida do meu coração, Da minha vida, do meu destino, Nossa Senhora me dê a mão, Cuida do meu coração, Da minha vida, do meu destino, Do meu caminho, Cuida de mim” – só mesmo “Imagine” de John Lennon o Rei não teve coragem de interpretar em versão traduzida para o português, no final do programa ela é creditada apenas ao seu compositor original, Irving Berlin... Jesus permanece no telão, a orquestra parte para o canto gregoriano e Roberto Carlos canta “Jesus Cristo”, de 1970, no palco estrelado, puxando palmas para o refrão, olha o canto gregoriano de novo, foca na plateia, Roberto agradece ao público, a orquestra toca “Como é Grande o Meu Amor por Você”, palmas, “obrigado, obrigado, obrigado, obrigado, Feliz Natal, um Ano Novo maravilhoso, muita paz, muito amor, muita fé, muita saúde”, o Rei ergue os braço, “que Deus abençoe a todos, obrigado, obrigado, obrigado, obrigado!!!”, a plateia levanta as mãos porque chegou a hora de oferecer flores, sobem os créditos, 13 músicas tocadas, "diretor convidado Rogério Gomes”,  a plateia no gargarejo disputa as flores, “produção musical Ruban Barra”, lá vai mais uma rosa, “direção artística Jorge Fernando”, Roberto sorri, é Maria Rita no meio da muvuca, o casamento aconteceu em abril de 1996, embora o "novo" filho não tornasse a presença dela muito recomendável, o público implora pelas flores, o Rei se vira e deixa o palco, bolinha na tela, “Realização Central Globo de Produção” - "Como é Grande o Meu Amor por Você" foi resgatada devido a inclusão na campanha publicitária dos Leites Nestlé, Roberto Justus apareceu várias vezes focalizado na plateia, porém a campanha não era de sua agência, que cuidava da conta da Brahma, e quem disse que o homem anuncia bebida alcóolica???, ah, sim, era essa música que Roberto tentou cantar, foi interrompido pela plateia - segundo a G1, uma pessoa teria dito, "Mas a minha mãe tá aqui, hein!!! Ela quer casar contigo!!!", e começou a xingar o público, num show acontecido no Qualistage, no Rio, em 13 de julho de 2022, mesmo local em que deu um aviso importante uma semana depois, “Quero falar um negócio: depois do que aconteceu semana passada, para quem vier pegar as rosas, espera acabar a canção 'Jesus Cristo'. É que se não, eu posso estar nervoso. E quando eu fico nervoso, p*. Saiu sem querer, viu???!!! Meu negócio não é falar não, é cantar. Quero cantar falando tudo o que sinto”... Ops!!!... 







































E todo ano Roberto Carlos mostra suas novas músicas, entretanto desta vez ele apresentou... Um filho novo!!!... 


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