segunda-feira, 22 de abril de 2024

RC Especial Modelo 1985: De Verde e Amarelo, Entre a Atriz e a Modelo...

No Viva, especial começa com monólogo de Roberto Carlos; no Youtube (C), é bolinha na tela, Tiago Leifert (!!!)...
















O “Roberto Carlos Especial” de 1985, exibido no dia 27 de dezembro daquele ano, que estreou no canal Viva em 23 de abril de 2022, foi o primeiro produzido depois do fim da ditadura, apostando forte no patriotismo como algo atemporal (ou na proximidade da Copa do Mundo de 1986, que aconteceria no México, quem sabe...), o que é representado pela apresentação de uma das músicas do disco então recém-lançado, "Verde e Amarelo", num ginásio em Brasília, lotado de pessoas vestidas com as cores da bandeira nacional, tendo a frente a "conje" de então do Rei, Myriam Rios - naquele momento ninguém acampou na frente de quartel, cantou hino para pneu,  esperou 72 horas pelos ETs ou a prisão do Xandão, o que viesse primeiro, nem mesmo atacou os edifícios da Praça dos Três Poderes, mas já dava para ter uma ideia de onde isso ia parar - na embaixada da Hungria... Ops!!!... A exibição do especial no Viva começa com uma surpresa, pelo menos para quem viu antes a versão postada no Youtube ©, o tema de abertura, orquestrado pelo maestro Eduardo Lages, era o mesmo, porém enquanto no site de vídeos a introdução instrumental era tocada em estúdio e apareciam cenas dos feats. do especial, no Viva, antes da música, Roberto declama o poema "Inéditos", de Bruna Lombardi, “é sempre como se fosse a primeira vez, o nervosismo, as emoções, o barulho do público, o aplauso, é sempre como se fosse a primeira vez”, e os arranjos do maestro ilustram cenas de um show realizado em Brasília desde a montagem do palco até a chegada do público - a quem foi pedido para usar verde e amarelo, embora muita gente estivesse sem camisa, ao menos o show aconteceu, ao contrário da apresentação que marcaria a reinauguração do estádio do Pacaembu, em São Paulo, rebatizada como Mercado Livre Arena Pacaembu, que deveria acontecer na sexta, 19 de abril, porém foi cancelada por determinação da Prefeitura, tendo em vista que as obras de reestruturação do Paulo Machado de Carvalho estão visivelmente atrasadas, como estavam na época da final da Copinha, em janeiro, transferida para o Fielzão Genérico, o show, com ingressos a partir de 875 reais, aconteceria no ginásio, atrás de onde ficava o tobogã, onde está previsto um edifício que nem saiu do papel... No Viva, Roberto, de branco, com camisa, pulseira, parecida com a do VIP do BBB, e flor amarelas, começa cantando “Força Estranha”, de Caetano Veloso, vide Myriam Rios no gargarejo, emendando com um brinde (de uísque!!!) ao coral RC3,  "essa música é nova, absolutamente nova, eu acho que ela é nova porque tem servido para todos os dias, desde que eu gravei esta música em 1972, ou 1971, eu nem me lembro mais, é que ela tem sido nova todas as vezes que eu canto, acho que vou continuar cantando a mesma música, em todos os próximos", a interpretação indispensável de "Detalhes", que é do disco de 1971, e, por último, mas não menos importante, “Emoções”, com gemido no final e tudo, ao passo que a versão do YT vai direto para a música lançada em 1981 - não que Pancada tenha se incomodado, é mais material para preencher o DVD  que montou, mas, enfim... As duas versões do especial, com textos de Ronaldo Bôscoli, Daltony Nóbrega, Roberto Silveira e Stil, edição de João Henrique Schiller, edição geral de Antônio Carlos, direção de Ewaldo Ruy e direção geral de Augusto César Vannucci, voltando após longa ausência, começam a coincidir quando Roberto, ao olhar uma dália, aquele cartaz com o texto do show, e citar Quincy Jones, o próprio, não confundir com Presto Jones, "o maestro Quincy Jones, disse que a fome é na África, a fome é na África, né, não é bem só na África, mas ele disse que a fome é na África, mas a vergonha será de todos nós, a vergonha será de todos nós" - close em Myriam Rios - "e essa verdade subiu aos céus na voz das maiores estrelas da música estadunidense, e se fez em um pedido mundial, um apelo, que se tornou um apelo de todos os artistas por aqueles que necessitam, onde quer que eles estejam, não importa", cantando então “We Are The World”, acompanhado pelo RC3 garantindo os agudos e a plateia agitando os braços, composição de Lionel Richie e Michael Jackson, com feat. de mais 43 cantores estadunidenses, em 28 de janeiro de 1985 e lançada em 7 de março do mesmo ano, dando início a campanha “USA for Africa” – Ucrânia, corre aqui (!!!), se bem que nosso cômico e catador de “Zorra Total” jura que a música que se tornou “Iarnuou” no BBB4 graças a interpretação muito peculiar de Solange, foi cantada pela primeira vez pelo próprio Roberto na primeira edição do Rock In Rio, acontecida entre 11 e 20 de janeiro de 1985 na região de Jacarepaguá, pouco depois do público dar um banhaço de areia em seu amigo Erasmo Carlos, vestido de metaleiro, pensando que ia bancar o Iron Maiden quando podia usar um bigode e fazer o Freddie Mercury dizendo que “I Want to Break Free” não é uma músic sobre gays, afora que Roberto deixou de participar de uma iniciativa similar em apoio às vítimas da secas no Nordeste, digo... O especial comemorou ao mesmo tempo os 20 anos da TV Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965, e as duas décadas da Jovem Guarda, cujo marco inicial é a estreia do programa apresentado por Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa na TV Record, em 22 de agosto de 1965, então é por isso que o Rei, de branco, depois do intervalo sem "break" com a vinheta quadriculada verde e amarela, apresenta Ariclenes Venâncio Martins, quer dizer, Lima Duarte, de preto, "circo, saltimbanco, contra-regra, já deu vida ao suave capitalista Salviano e ao irresistível Sinhozinho Malta" - então é por isso que o personagem de "Roque Santeiro", novela que estava em exibição e bombando, falou seu bordão "tô certo ou tô errado???" - "o longo caminho que sua arte percorreu", assegurando que o pessoal dele já mostrava os ouros no tempo da Jovem Guarda, e o ator respondeu que quem trabalha forte no balanço das pulseiras é Francisco Malta, fazendeiro na região de Asa Branca, dessa forma, Lima caprichou na gravatinha borboleta para declamar a música “Caminhoneiro”, lançada em 1984 - se arriscando na banguela, digo, na capela, com o Rei, reforçando as raízes sertanejas da música, posto que o ator apresentava o "Som Brasil" nos domingos de manhã... Jô Soares, também merecedor de uma saudação real logo após o bordão "e aproveita que eu tô calmo", "os gordos devem uma estátua  a esse cara, Lelé e Da Cuca, Dom Carmelo, Coronel Pantoja, eu faço igual Brasil, Viva o Gordo, talento do humor, arte e amor", bem sagaz, digo, preferiu mostrar um corrupto na gaiola, Roberto fica curioso, "e o que ele faz???", Jô explica, "o corrupto???, ele conta", o Rei não entendeu, "você quer dizer, ele canta", Jô ri, "quem canta é você que canta, ele ri, ele conta dólar, ele conta libra, ele conta marco alemão, franco suíço, a única coisa que ele não conta mesmo é cruzeiro, o resto ele conta", o corrupto engaiolado começa a arrulhar feito um pombo, Roberto questiona, "me diz uma coisa, você tá vendendo o bichinho???", não exatamente, segundo Jô, "que é isso, esse bichinho a gente não vende, ele é o único bichinho que ele mesmo se vende, e vende caro, mas se vende, eu só trouxe para você ver na gaiola, você nunca deve ter visto na gaiola, fora da gaiola, claro que você já viu de monte, né", o Rei nega, "acho que não", Jô tenta refrescar a memória de Roberto, "aonde você faz show, não, tem cantado na Suécia, na Noruega", o Rei argumenta, "aqui no Brasil mesmo", Jô volta a perguntar, "e onde você tem cantado", Roberto fala, "bom, eu fiz show em..." - "lá tem", corta Jô -  "há quinze dias atrás fiz um show em..."  - "lá tem, também", interrompe Jô de novo - "semana passada mesmo eu estive em..." - "eu vi, com as criancinhas, lá também tá assim, uma loucura", conclui Jô, mencionando o clipe de "Guerra dos Meninos" gravado na Praça dos Três poderes em Brasília, que aparece na chamada do especial, mas só foi ao ar no programa de 1986, explicaremos melhor mais adiante, Roberto continua curioso, "dá pra abrir a gaiola pra gente ver o bichinho???", Jô avisa que não dá, "você pode ver pelo buraquinho, se abrir a gaiola ele foge, é o único corrupto engaiolado que existe na história do Brasil, porque nunca ninguém conseguiu engaiolar um corrupto, nunca, o máximo que conseguiram é fazer ele molhar o dedinho, sujar o dedo, tocar piano, agora na gaiola é o único, né", é hora do lanche, "já tá com fome, tá na hora de dar comidinha pra ele, papai já vai dar de papar", Roberto pergunta, ainda curioso, "o que é isso aí que ele come???", Jô diz que é dólar, "no paralelo, toma, guloso, ai, o dedinho não!!!" - a redemocratização do país, acontecida na posse do  vice-presidente José Sarney após a internação do presidente Tancredo Neves, em 15 de março de 1985, permite mostrar um corrupto na gaiola, numa referência mais explícita aos descaminhos da política nacional, basta comparar com Jô fazendo uma caricatura do ministro Delfim Netto no especial de 1979, lembrando que a única temporada do "Viva o Gordo" mostrada pelo Viva é a de 1987, inclusive como homenagem pela saída de cena do humorista, em 2022... Roberto retorna a “Roque Santeiro” com Regina Duarte, a Viúva Porcina, com uma apresentação que dá medo, "olha aí a Luana Camará, a coerência de ser uma atriz representando duas personalidades numa só pessoa, Malu Mulher virou Porcina, e a namoradinha do Brasil virou amante nacional" - naquele ano de 1985, a eleição para prefeito em São Paulo, a primeira em vinte anos, dividiu os protagonistas de "Roque Santeiro", Lima Duarte e Regina Duarte apoiaram Fernando Henrique, do PMDB (hoje MDB), a atriz compareceu vestida de Porcina a alguns comícios, para a estranheza do futuro presidente, que não via a novela, José Wilker, o Roque Santeiro, declarou apoio ao petista Eduardo Suplicy, e a eleição foi vencida por Jânio Quadros, dizem que seguindo os conselhos de Roberto Matias, pelo menos foi o que Zé das Medalhas, interessado em ser prefeito de Asa Branca, acreditou... O terror só aumenta quando Regina sensualiza em cima de um piano, fazendo caretas à Hector Bonilla, enquanto o Rei, que se disse emocionado (atá!!!), tentava tocar e cantar “Olha”, do "disco do cachimbo" de 1975, ao mesmo tempo declamando uma adaptação mais sensual da letra, artes de Ronaldo Bôscoli, "tínhamos um olhar e umas olheiras, uma manha sensual e preguiçosa, um jogo de persona, e éramos lindos, cheios de malícia, íntimos de nosso íntimo, feras cúmplices, loucos delirantes nos amando de todas as maneiras, tínhamos um espírito inquieto, um peso e uma densidade, vontade de ultrapassar o teto", "e sabíamos demais de alguma coisa, todos os truques dos bastidores, e ríamos debochados, descompostos e extenuados, com uma atitude quase indecorosa, tínhamos uma pele gostosa, uma vida amorosa intensa, doidos por sexo, saíamos tão pouco daquele apartamento, a paixão é sempre escarlate gravada em videocassete, e nervosa, e espalhafatosa, seca de sede, e se repete através desses mesmos ruídos que atravessam as paredes" – assim não há imbroxável que aguente em pé em pé (ops!!!), em “Paraíso Tropical”, exibida pelo Viva entre 2021 e 2022 e reapresentada no "Vale a Pena Ver de Novo" da Globo entre 2023 e 2024, Chico Buarque usava só a voz para interpretar a canção, como lembra o Pancada, que preferia “Breezin’” e “Mon Manege a Moi”, da trilha internacional da novela, que apelidou de "Capitão Nascimento no Shopping", em alusão ao desenho que Chico Bento mostra o popozão na fonte do shopping center onde foi passear com o primo, digo... Diante de algo que nos dias de hoje fatalmente seria carimbado como “cringe”, um psicólogo é bem-vindo, ou como Roberto Carlos menciona depois do intervalo sem "break", em seguida a um "afe" do Painho, que não é o "aff" da internet, "já imaginaram Chico Anysio no psicanalista, como alguém conseguiria interpretar tantos tipos que são ele mesmo, taí uma usina de talento brasileiro", então é por isso que um desses personagens, o Bozó pergunta se o Rei precisa de alguma coisa, Roberto pergunta se ele trabalha na casa, mais que isso, Bozó afirma, "eu praticamente sou a casa, porque eu dirijo os meninos, eu que oriento, eu sou o Bozó, Bozó Marinho"  - "Marinho???", estranha o cantor - "é, fala baixo, que eu não gosto que o pessoal saiba que eu sou parente do homem, eu prefiro que entendam a verrdade, eu me fiz por mim mesmo", Roberto entende, "ah, claro", Bozó prossegue, "eu não sou muito chegado a um homem, mas com você eu abro uma exceção, pode falar qual é o problema", o Rei agradece, "obrigado, obrigado", mas é interrompido novamente, "você veio aqui dar uma caitituada no disco, eu entendo, eu posso te ajudar, eu posso falar com o pessoal da Som Livre, porque eu que coloquei todo mundo lá, João Araújo, aquele pessoal todo, eu posso falar com o Vannucci, o Augusto César, e ele faz um musical pra você lançar agora no fim do ano as suas músicas lá, eu posso colocar você no meu programa do domingo, o Fantástico, então eu te dou uma força, você é meu xará, você é Rei e eu também sou, o Rei da paquera, inclusive a galera toda ta aí, se você se interessar por alguma é só dar um toque, aponta, aponta que eu trago aqui, com exceção naturalmente da Cláudia Raia, que essa é gente minha", o Rei se empolga, "tu tá com aquilo tudo, bicho???", Bozó confirma, "eu tô dando casa, comida, roupa lavada e um troco no fim do mês para ajudar ela a comprar as coisinhas dela, esse vestido eu comprei pra ela, é pra um show que eu estou escrevendo pra ela, não é muito chique, mas se você quiser. pra alguém, a dispor..", nesse momento, a resenha é interrompida por Chico Anysio em pessoa, que comparece vestido a rigor, num show de efeitos especiais, "ô Bozó!!!", irritando-o, "ô, rapaz, o que tu tá fazendo aqui, não vê que eu tô conversando com o Roberto, cara???", Chico reclama, "o pessoal do camarim tá reclamando do vestido do desfile que sumiu", Bozó se revolta, "tu tem coragem de falar assim comigo, olha aqui, palhaço, eu nunca te vi mais magro, tá legal", Chico pede ao Rei, "desculpa, Roberto", Bozó segue pistola, "desculpa não, esse aí é bico", Roberto intercede, "pô, pera aí, deixa eu bater um papinho com o Chico", Bozó, avisa, "vais perder o teu tempo", Chico fala, "e aí, Roberto???", o cantor responde, "tudo bem, Chico, curtindo essa gente maravilhosa da televisão", Bozó intervém, "eu por exemplo sou um", o Rei prossegue, "gente como você, né, Chico, como é que alguém pode criar tantos tipos???", lá vai o Bozó de novo, "isso é fácil, qualquer um faz, qualquer um faz", Roberto ignora, "todos eles cheios de verdade, às vezes a gente tem certeza que já viu um desses tipos na rua, Véio Zuza, Coalhada, todos eles são reais", Bozó entra de sola, "sou muito mais o Jô, e aproveita que eu tô calmo", Chico se aborrece, "ô Roberto, não me leva a mal, não tá dando pra conversar, depois a gente leva um papo", Bozó está virado no Jiraya, "tu já vai tarde, ô trôxa, tu é um palhaço, ô palhaço", o Rei se queixa, "ô bicho, tá vendo o que você fez" - "fiz o que, xará???", pergunta Bozó - "Chico Anysio foi embora!!!", Bozó explica, "Chico Anysio, você acredita???, Chico Anysio é um dos tipos que eu criei, e toma o vestido, porque eu sei que tu tem pra quem dar" - em 1979, Salomé já dava o nome aos bois em matéria de política, pedindo a cabeça do João Baptista (o presidente Figueiredo, último do regime militar, ainda com censura oficial), com a volta do governo civil, Chico partiu para a gozação com a Globo, metalinguagem sim, um tanto quanto tautista, porém até um pouco reveladora dos bastidores da emissora, Maria Zilda, corre aqui, sem contar que o arranca-rabo de criador e personagem pode explicar a atual disputa entre os herdeiros do humorista, digo, pelo menos a Som Livre foi vendida... Ops!!!...














Quando cantou "A Atriz", Roberto ficou fazendo ceninha de ciúmes da "sócia" com os próprios punhos...


































Roberto, com o vestido na mão, tem a deixa para, a maneira do próprio Chico Anysio, ou do Bozó colocar a própria “sócia” na época em cena, e dessa forma, Myriam Rios grava cenas românticas com Paulo Castelli para a novela “Ti Ti Ti”, ambos os dois nos papeis de Gabi e Pedro, com direito a cenas de bastidores musicadas com o instrumental do tema da personagem, "Não Diga Nada", enquanto o Rei vai de “A Atriz”, lançamento do disco de 1985, lamentando que as gravações da trama tomem todo o tempo que teriam a dois, “vejam só vocês o que foi que eu fiz, fui me apaixonar por uma atriz” – menos, bem menos, acabou-se tudo entre ele e a atriz em 1989 e o próprio Paulo Castelli deixou a carreira artística, assim, não era necessário aquele psicodrama todo com luvas de boxe por razões de ciúmes, que deixou o musical com cara de Trapaclipe, ela até mandou flores e partiu para o abraço, sem contar que o resultado ficou muito parecido com a "novelinha" que Roberto fez com Cristiane Torloni no especial de 1979, a diferença é que naquela ocasião quem ficou esperando foi ela, de sorte que "Ti Ti Ti" vai entrar no Projeto Resgate da Globoplay, com a versão internacional, mas vai... O especial tem um momento de transição quando Roberto, após abraçar Myriam em sonho, lembra que 1986 será o Ano Internacional da Paz, “o amanhecer de 86 nos encontrará iluminados por uma luz intensa, a luz da razão, e armados apenas de amor, uniremos os continentes numa festa de paz” – ou será que ele estava pensando na Copa do Mundo do México, vide hino tocado no programa Chespirito, “somos unidos por um balón”???... O fato é que depois dessa frase bonita, como que lida num livro – já dissemos que Dado é o personagem preferido do Pancada em “Palhação”, nas temporadas entre 1995 e 1997, sim, até aquela que o Bofinho quase acabou com a novelinha – o Rei cantou “Paz na Terra”, lançamento do ano, em um cenário futurista, muito parecido com os especiais infantis que o mesmo Augusto César Vannucci dirigia na própria Globo, nos quais brilhavam seus filhos Aretha e Rafael - bem, na prática, só o Rafael, futuro vencedor da “Casa dos Artistas”, o pai de Aretha é o  cantor Antônio Marcos - exceto é claro pelas imagens de explosões nucleares em “chroma-key”, Oppenheimer, corre aqui, e crianças nuas correndo na praia (!!!), efeito que ressalta os cabelos de Roberto, isso e o medalhão escondido atrás da camiseta... Um pretexto para lembrar de tempos mais amenos depois do intervalo com "break", o que explica o time de cantores da Jovem Guarda reunidos para cantar com Roberto “Jovens Tardes de Domingo”, do disco de 1977, Erasmo Carlos, Wanderléa, Rosemery, Martinha, Cleyde Alves, Valdirene, Ed Wilson, Ed Carlos, Jerry Adriani, Wanderley Cardoso, Jorge Ricardo, Ary Sanches e Márcio e Ronaldo dos Vips, todos confraternizando-se no final ao som de “Festa de Arromba”, na voz de Erasmo Carlos, música que lançou no disco "A Pescaria", de 1965, servindo anos depois de base para Rita Lee fazer "Arrombou a Festa", faixa do LP "Refestança", o qual era uma alusão a "Refazenda", de Gilberto Gil, de 1975. - parte desse grupo participou do especial pela primeira e última vez, e pensar que Pancada prefere “Jovens Tarados”, digo, “Jovens Tardes”, aquele programa com o KLB, Pedro e Tiago e Wanessa Camargo  que Marlene Mattos fez quando se separou de Xuxa, muito antes de Wanessa ter entrado como Camarote no BBB24 e ser expulsa por agressão a Davi... Ops!!!... Falando nos “velhos tempos, belos dias”, Roberto e Erasmo Carlos trabalham forte compondo com o violão e o piano quando o Rei lembra da “Flag Square”, do conjunto “Sputniks” e de um de seus integrantes, “o gordinho cantava, bicho!!!”,“Flag Square” é a Praça da Bandeira, no Rio de Janeiro, onde está localizada a Casa dos Lunáticos, “Sputniks” é o grupo que Roberto fez parte com outros rapazes da região da Rua do Matoso, perto da praça, e o “gordinho” é, como disse Erasmo, “o grande Tim Maia” -  nada de Babu Santana e Tiago Abravanel, resta então ao Rei cantar com ele a canção de Ed Wilson e Carlos Colla, “Pede a Ela pra Ligar pra Mim” - assim foi  única aparição em especiais daquele que é considerado a pessoa que ensinou quase tudo o que Roberto sabe de música, e nem é preciso escrever uma biografia que será proibida para saber disso, Paulo César de Araújo, digo, numa chamada do especial postada no YT, Roberto e Tim aparecem cantando "Não Vou Ficar", composta por Maia e gravada pelo Rei no chamado "disco da praia", de 1969, numa fase altamente criativa, fortemente trabalhada no rock e no soul, da qual Régis Tadeu não tem do que se queixar, ao contrário, a mesma chamada revela que a apresentação do Roberto na rampa do Congresso Nacional, cantando "A Guerra dos Meninos", também ficou de fora da montagem final do programa, em compensação ela acabou incluída no especial de 1986... 












Mas no clipe de "Símbolo Sexual" o Rei fez filhos em escadinha em Luiza Brunet, se bobear, até a Yasmin, digo...































A dupla de compositores retoma seu trabalho forte, porém Erasmo cisma com o pessoal que “insiste em pichar o trabalho da garotada” – Régis Tadeu, corre aqui – Roberto responde que eles não entendem suas “sacadas incríveis” e vai dar uma forcinha para o Ultraje a Rigor, muito antes do Mingau, cantando com a banda “Ciúme”, do disco "Nós Vamos Invadir a Sua Praia", de 1985 – apesar de Ritchie continuar esquecido no churrasco, Lobão deve estar certo quando dizia que por trás do rock brasileiro da década de 1980 estavam produtores que haviam sido cantores na época da Jovem Guarda, e no que diz respeito ao Roger Moreira, não dá para entender o silêncio de Olavo de Carvalho sobre ele... Ops!!!... Retomando a composição, Erasmo defende a levada de “Símbolo Sexual”, lançada no disco do ano, que Roberto canta num restaurante italiano, vide close na macarronada, onde senta para sentar uma massa ao lado de Luiza Brunet, a própria, vide escadinha de filhos e polegar e indicador nos lábios a maneira de Didi Mocó, e para quem sentia tanto ciúme da “conje” atuando nas novelas, não deixa de ser estranho a presença entre as mulheres que passeavam pelo clipe de uma garota chamada Lilian Talarico (!!!) - na verdade, como telespectador assíduo do BBB, Roberto Carlos queria ser o pai da Yasmin Brunet, da mesma forma que todo mundo acha que o Fuik é seu filho (Ops!!!), logo, tirou a mãe da Xepa, evitando chamar ela de inútil, Davi Brito, sem contar a impressão de que "Símbolo Sexual" é uma versão de "Close" feita para Roberto cantar, consideraram a irreverência de Erasmo mais adequada para falar de uma trans que se tornou a mulher mais cobiçada do Brasil, poupando o Rei da bola dividida, apesar de ter participado da composição de ambas as duas músicas, pensaram que não ia ficar bem para um católico fervoroso, mas, enfim... O “plot twist” do especial acontece após o intervalo com "break" quando o Rei fala da “longa travessia pelos bares da vida” com Milton Nascimento, não só para pedir o boné emprestado, e Wagner Tiso, “dois mineiros de Três Pontas”, “mesma cidade, mesma rua”, acrescenta Milton, que responde, quanto a “Canção da América”, que ela é uma canção de amor, que traz tudo aquilo que se quer falar sobre amizade, “amizade é amizade”, e ele próprio canta - muito antes da música ser associada a Ayrton Senna, que venceu pela primeira vez na Fórmula 1 naquele ano, Grande Prêmio de Portugal, no Estoril, no dia em que Tancredo Neves saiu de cena, e de fazerem o meme dos "Sete Chaves"... Alis, “Coração de Estudante” foi reservada para o dueto entre o Rei e Milton – este num inspirado “backing vocal”,  afinal, a canção, composta para o documentário “Jango” virou tema das Diretas Já, que não passaram, e da eleição de Tancredo, que não foi empossado, e antes disso, tocou uma vez nas cenas dos próximos capítulos de “Amor com Amor se Paga” - novela que o Viva apresentou entre 2021 e 2022, Pancada não se conforma que a doce Elisa, filha do muquirana Nonô Corrêa, ficou com o canalha do Gustavo, digo... Então é por isso que Roberto teve a ideia tão patriota de terminar o programa, cantando outro lançamento do disco de 1985, “Verde e Amarelo”, acompanhado do coral da Universidade Santa Úrsula, no ginásio em Brasília, o que explica a citação prévia da profecia de 1883 de São João Bosco que é considerada uma antevisão da futura capital do Brasil, a plateia, trabalhando forte nas cores da bandeira nacional, iluminada por feixes de raio laser que fariam a alegria de Rogério Ceni curtiu muito, demonstrando que vinte anos de ditadura não tinham tornado o patriotismo uma forçação de barra, claro, ainda não se falava em minions, ou então as pessoas ainda se animavam em torcer para a Seleção Brasileira na Copa do Mundo, que como já dissemos, aconteceria no México no ano seguinte, mas enfim - Roberto não cantou hino para pneu nem pediu para esperarem 72 horas, no entanto,  Myriam Rios, futura bolsominion, estava lá, de verde e amarelo, com flor no cabelo, vai que não sobra nenhuma daqueles que o Rei distribui no final do show... Depois do "break" ainda tem mais um bloco, com os créditos, começando pelos aplausos de Myriam Rios e a distribuição de flores no show brasiliense, "Rede Globo Apresentou Roberto Carlos Especial", mencionando os convidados, inclusive as modelos que contracenaram com Luiza Brunet no clipe de "Símbolo Sexual", Llilian Talarico (!!!), Fátima Ferreira e Vera Guimarães, nessa ordem, e as canções, sem esquecer de "We Are The World", "Agradecimentos Íris Montagem de Projetos de Iluminação, Celina Modas SP, Moda Um Rio, Cenário e Figurino Rio"  - a tentativa de golpe ocupando o Congresso, digo,  "Guerra dos Meninos" ficou para 1986 mesmo... Ops outra vez!!!... 


















Myriam Rios aproveitou apresentação de "Verde e Amarelo" para fazer treino forte de bolsominion... Ops!!!...


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