quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Melhores da História (2014): Ápice da Campanha Negativa...












































Dilma Rousseff reelegeu-se a duras penas para a presidência da república em 2014... A insatisfação difusa dos protestos de junho de 2013 começava a ser canalizada para um voto conservador, especialmente nas eleições proporcionais... No primeiro turno, um fato excepcional - o acidente fatal de Eduardo Campos, candidato do PSB - impulsionou a candidatura de sua substituta, Marina Silva... Que perdeu fôlego devido à "campanha negativa" empreendida pelo PT e uma pregação de "voto útil" da parte do PSDB, que conseguiu levar Aécio Neves para o segundo turno... Enfrentar um adversário conhecido assegurou mais uma vitória à candidatura petista, apesar das primeiras repercussões do caso do "Petrolão", enquanto a postura de inconformismo com o resultado do candidato tucano seria transmitida para um Congresso mais reacionário... Em São Paulo, Geraldo Alckmin tirou proveito do avanço conservador e venceu a disputa para governador no primeiro turno com mais facilidade do que em 2010... Na campanha para o Senado, José Serra, derrotado pelo petista Fernando Haddad na disputa pela prefeitura paulistana em 2012, desbancou Eduardo Suplicy, que tentava o quarto mandato consecutivo, superando também um antigo aliado, o ex-prefeito Gilberto Kassab... Sendo que o competidor tucano seria o vereador paulistano... Andrea Matarazzo, enquanto Serra concorreria para deputado federal... A maior novidade foi a candidatura de um indígena, pelo PV...  Os reflexos das Jornadas de Junho na cidade de São Paulo, garantiram o primeiro lugar na votação para deputado federal a Celso Russomanno, também vencido por Haddad em 2012, e que concorria novamente pelo PRB, braço político da Igreja Universal do Reino de Deus... A votação de Russomanno e a participação simultânea nos governos de Dilma e Alckmin garantiram a eleição de uma considerável bancada na Câmara e na Assembleia para o partido... Ainda no pleito proporcional, o conservadorismo mostrou força com as expressivas votações do pastor Marco Feliciano e de Eduardo Bolsonaro... Até o PRTB poderia ter surfado essa onda se não tivesse realizado um programa tão sombrio...  Enquanto isso, Andrés Sanchez não conseguiu ser o puxador de votos que o PT esperava... Esta foi a última campanha em que foi permitido o financiamento empresarial e o horário eleitoral teve duração de 45 dias, com programas de 50 minutos diários a tarde e a noite... Depois dessa eleição prevaleceu a interpretação de que esses dois aspectos acabavam por aumentar o peso do poder econômico nos resultados eleitorais, levando a mudança no financiamento, vide fundo partidário, e no tempo do horário eleitoral... Embora o que se tenha visto nas campanhas posteriores seja a manutenção de velhos vícios na propaganda televisiva e um maior foco na "terra sem lei" das redes sociais para compensar a redução de recursos para campanha de rua, um problema mais sentido nos partidos e candidatos conservadores, ao mesmo tempo em que deu alguma vantagem ao campo progressista, vide militância voluntária... 



O Prêmio Melhores do Horário Eleitoral recebe a partir desta sua sexta edição, o nome de Andrea de Cesaris... Em homenagem ao Mestre italiano do automobilismo que rendeu 45 pontos no Bolão Pé-na-Cova em 5 de outubro, dia de eleição no Brasil, vítima de um acidente de carro na região de Roma... Sua trajetória na Fórmula-1 – é o piloto que mais correu sem nunca ter vencido, com 208 grandes prêmios disputados - tem tudo a ver com aquela que é a principal função social do horário eleitoral... Fazer com que o conhecimento sobre o pequeno partido seja grande para o eleitor... Um papel que deve ser mantido como uma conquista da sociedade... Sem que sejam adotadas propostas como a do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro José Antonio Dias Toffoli, que pedirá ao Congresso Nacional a redução do tempo do horário eleitoral de 45 para 21 dias... De acordo com editorial do jornal “Metrô News”, publicado em 3 de outubro... “Toffoli também prega uma alteração completa no formato atual do horário gratuito. Ele deseja o fim dos efeitos especiais. O ministro considera que o tempo do horário eleitoral, além de menor, deveria ser restrito a apresentações e a debates ao vivo entre os candidatos”... A questão dos efeitos já foi objeto de restrições em outras campanhas, mas como veremos mais adiante, eles estão cada vez mais presentes... A questão não é essa, e nem a de substituir os debates, que já existem na programação televisiva... Ao contrário, a propaganda só perde quando se limita a exibir os trechos dos debates que interessam apenas aos candidatos... O horário eleitoral deve existir como forma de expressão ampla e democrática de todos os partidos políticos brasileiros, sem as restrições de acesso impostas pelo poder econômico... Em nossa análise do horário eleitoral deste ano, constatamos novamente que as campanhas para presidente, governador e senador estão cada vez mais parecidas... Fica difícil diferenciar candidatos e partidos em meio a tantas caminhadas com passos firmes e giros em 360 graus dos concorrentes, propostas ambiciosas com apresentação visual sofisticada, conversas com os eleitores em suas casas e cidades, apresentadores escolhidos a dedo em agências de “casting”, candidatos usando largamente o teleprompter... No caso da disputa presidencial, o modelo foi seguido até por pequenos partidos de esquerda, mais resistentes às práticas do marketing político... E o “vício” das edições de debates, então???... Entre os candidatos a governador, havia dias que Alckmin, Padilha e Skaf falavam do mesmo tema, como se tivessem combinado... A criatividade esteve mais restrita às campanhas proporcionais... Que apelaram menos para o exotismo e mais para ideias simples, mas de grande alcance...







































































Campanha de poucos recursos, mas de muita qualidade no aspecto visual, que valorizava as propostas econômicas liberais e de defesa da família do candidato, que seguiam o mote “Mais Brasil e menos Brasília”... O jornalismo da Globo começou assim... O candidato do PSC, apoiado por Silas Malafaia, terminou em quinto lugar na apuração, com 780.513 votos (0,75% do total)... Menção honrosa para Mauro Iasi, do PCB, um candidato professoral, que aposta na comunicação cara a cara com o eleitor... Sempre um ponto forte da chamada “esquerda ideológica”... Apesar dos programas de outros candidatos do setor estarem se sofisticando demais... Zé Maria falava em meio a inúmeros efeitos visuais, enquanto o PSTU se autoplagiava com o “16 contra o patrão”... Ruy Costa Pimenta do PCO se dava ao luxo de ter um apresentador – o mesmo que já fez os anúncios do Banco Cacique... Aspectos que os aproximam dos grandes partidos que tanto criticam... Luciana Genro tinha um discurso raivoso, tipo “Não vai ter Copa”... Não aprendeu com Marina Silva, embora não tenha sido como a candidata do PSB o alvo de uma vingança maligna do PT... Ao candidato do PV, Eduardo Jorge, faltavam os pés no chão...







































































Declarações em debates à parte, o programa tinha um visual soturno, com o candidato iluminado de baixo para cima em um fundo azul-escuro e berrando para o eleitorado... E o slogan que é um “sincericídio”... “Vamos endireitar o Brasil”... Afora um problema que apareceu em outras campanhas, mas se manifestou com mais força na programa do candidato do PRTB... A repetição de cenas de debates... Uma prática que passou a ser evitada pelas próprias emissoras que realizam os encontros, de modo a evitar acusações de edições tendenciosas... E cada candidato escolhe o trecho do debate que mais lhe convém... Levy Fidelix certamente não colocaria no ar as falas que foram tão criticadas pelos adversários... O pai de Livia Fidelix teve 446.878 votos – 0,43% do total – ficando em sétimo lugar entre 11 candidatos...





































































O PSOL se destaca pela inventividade e a leveza que imprime aos seus programas (sempre que a pregação ideológica permite...), um estilo claramente inspirado nos programas que o PT fazia antes de 2002... As críticas do partido sobre assuntos como a repressão a protestos ou a crise no abastecimento de água são introduzidas com o quiz-show “Jogo Eleitoral”... Maringoni aparece depois das respostas dos “candidatos” Cleberson e Italina para explicar os pontos de vista e as propostas do partido sobre os temas introduzidos pelo apresentador do jogo... A experiência como jornalista e chargista ajuda muito o concorrente ao governo do Estado... Que diferença de outros candidatos do partido... A presidenciável Luciana Genro tem um discurso ranzinza, estilo “Não vai ter Copa”... Se não é o “mel” de Marina Silva, ao menos não atraiu o “fel” de petistas e tucanos... Os candidatos a deputado Ivan Valente e Carlos Gianazzi monopolizam os horários dos candidatos a Câmara dos Deputados e a Assembléia Legislativa... Ana Luiza, concorrente ao Senado, não conta, pois é de outro partido... Maringoni terminou em quinto lugar na eleição para governador, com 187.487 votos, 0,88% do total, o que não impediu que a disputa fosse para o segundo turno...








































































O partido adotou um visual limpo – que no caso do concorrente ao governo do Estado revelava as rugosidades do papel de parede branco aplicado no cenário... No entanto, para uma agremiação cuja base são os movimentos sindical e estudantil, a pouca desenvoltura do candidato ao ler os discursos de campanha é muito estranha... Não é um problema só dele, óbvio... Em 2010, Plínio de Arruda Sampaio, o presidenciável do PSOL, se destacava pela agilidade mental e o improviso nos debates, mas patinava no horário eleitoral com falas previamente redigidas... Uma dificuldade que a sensação dos encontros de presidenciáveis deste ano, Eduardo Jorge, não tem... Ainda que tenha a cabeça nas nuvens... Não para o PV copiar a TV Eymael, claro... Raimundo Sena ficou na última colocação entre os nove postulantes ao governo de São Paulo, com 11.118 votos... Apenas 0,05% do total...



































































O fato de um índio tapuia ser candidato ao Senado já é relevante... Mais ainda quando o candidato foge com sobras do que seria esperado ao não resumir sua campanha à defesa das populações indígenas, abraçando toda a proposta do partido para a população das cidades, como na questão do abastecimento de água... Sem contar a referência ao voto como o ato em que “com três toques do dedo indicador, o mesmo que aponta os erros dos políticos tradicionais”, é possível fazer mudanças... Uma boa novidade numa disputa com muito mais do mesmo, distante das emoções de 2010... Dois candidatos que basearam a campanha no elogio de suas atuações no Executivo, um deles vitorioso... Outro que contava com o elogio de sua própria figura para assegurar mais uma reeleição, a terceira, por fim frustrada... Gente nova como Kaká, ou nomes que já concorreram ao cargo, mas trazem variedade para a escolha do eleitor, como Ana Luiza, são muito bem-vindos... Quanto aos votos de Kaká Werá, a Justiça Eleitoral simplesmente indeferiu a candidatura, assim como no caso de Juraci Garcia, do PCO...





































































O candidato do partido de Levy Fidelix travou uma disputa acirrada com Fernando Lucas, do PRP, que por algum motivo que pode ser falta de recursos, quase sempre repetiu o mesmo programa... Aquele do “Como jovem, tenho pressa”... O desempate veio nas inserções durante a programação... Pois simplesmente picotavam a fala do concorrente do PRTB no horário eleitoral, fazendo com que seu discurso parecesse com o de um robô... Vale apontar a cópia da estratégia de Adhemar de Barros Bezerra em 2002 e Ciro Moura em 2010 na disputa para o Senado, usando um nome de urna conhecido - Senador Flaquer - para fisgar o eleitor desatento... Ainda que o alcance do homenageado pelo povo de São Bernardo com uma estátua em Santo André seja quase que limitado à região do Grande ABC... E embora esteja em outro extremo do espectro ideológico, pode-se dizer que o Juraci do PCO, apesar de ser mais magro, foi separado no nascimento... Ao menos a estratégia de Flaquer o levou a sétima colocação entre os oito candidatos ao Senado com candidaturas deferidas, num total de 14.833 votos (0,08%)...






































































O partido de Paulinho da Força se destaca pelo cenário... Um galpão de fábrica com o nome do partido... O que remete facilmente à suas origens sindicais, sem fazer uma simples cópia do Solidariedade original, do país que é o atual campeão mundial de vôlei masculino... O programa não se limita a mostrar Paulinho e apresenta boa variedade de candidatos, com vez e voz e sem abusar do exotismo... Menção honrosa para a vinheta do PROS, cujo estilo, com brilhos coloridos em fundo “estrelado” lembra as animações em Scanimate comuns nas televisões das décadas de 1970 e 1980 – a maioria das primeiras aberturas do SBT eram assim... Entre os 32 partidos que concorreram em São Paulo, o SOLIDARIEDADE ficou em 14º lugar... Conseguiu um total de 501.003 votos, sem coligar com ninguém... Elegeu um único deputado, ele mesmo, Paulo Pereira da Silva... “7777 é Paulinho da Força, 7777, o Paulinho é do bem”...






































































Um “feudo” de Miguel Manso, que apesar de ter aparecido bem nas eleições de 2012, como candidato a prefeito, este ano quase não abriu espaço para outras candidaturas de seu partido... Ainda que sejam apenas duas... Não satisfeito, ainda apresentava o programa dos candidatos a deputado estadual, eventualmente deixando-os falar... Embora programas de "um candidato só" sejam até comuns no horário eleitoral (infelizmente...), o do PPL se destaca por um vídeo em que Miguel é recomendado por Eduardo Campos... Que apareceu a campanha inteira, enquanto o PSB lutava para mostrar que Marina Silva não decolou apenas por causa do acidente com o antigo cabeça de chapa... Um monopólio que custou caro, pois o PPL, sozinho na disputa, teve 25.138 votos, 30º colocado entre 32 partidos... Miguel Manso teve 14.960 votos, um pouco mais que os 9.205 concedidos a legenda e muito acima dos 973 votos de Marli Ogunlade Barbosa... O terceiro candidato da chapa, Roberto Prebill, teve a candidatura impugnada...










































































Não há problemas em repetir ideias utilizadas em outros anos quando são executadas de modo competente... Assim, as propostas dos candidatos do PR eram apresentadas em forma de debate... Uma dinâmica já usada, por exemplo, pelo PV em 2008... Mesmo quando só aparecia o nome e número dos candidatos, o partido lançava mão da consagrada “viradinha”, com a qual inovaram na campanha de 2006... O espaço dos candidatos a deputado federal seguia o mesmo estilo... O problema é que metade do tempo era reservado para o “solo” de Tiririca... Deve ser por isso que Roberto Carlos reclamou... Na disputa para a Assembleia Legislativa, o PR foi o nono colocado, com 615.025 votos e elegeu três deputados... André do Prado, ex-prefeito da Guararema, Marcos Damásio, vereador e secretário municipal em Mogi das Cruzes, e Ricardo Madalena, ex-superintendente do DNIT em São Paulo, de Santa Cruz do Rio Pardo e região...





































































Um partido que já mostrou muita personalidade, mas que desta vez escondeu seus candidatos a Assembleia (e a Câmara também...) exibindo diariamente as falas do candidato a governador , Laércio Benko... Sinceridade? Caiu com o pente do careca no chão... Uma cópia genérica do discurso sobre “nova política” de Marina Silva... Como a presidenciável do PSB se tornou o alvo a ser batido, Benko dificilmente foi levado a sério... O contraste era evidente até com o outro partido da coligação, o PRP, em que seus concorrentes tinham espaço, apesar da agremiação de Ovasco Rezende ser adepta fervorosa da “Lei Falcão” – retratos dos candidatos com nome e número lidos em “off” por um locutor, como foi exigência da legislação entre 1976 e 1982... Benko ainda tinha a capacidade de perguntar... “Você também está cansado dos mesmos?”...












































































Temas musicais de campanha não precisam ser louvações exageradas aos candidatos –vide “Coração Valente” de Dilma – nem recorrer a trocadilhos forçados, como a versão para “Lepo-Lepo” de Paulo Skaf, o “Bota Pilha Padilha” ou o “Tô de Benko São Paulo”... Basta ter uma letra simples e uma melodia que se fixe na cabeça do eleitor... Como é o caso do tema do programa dos candidatos a deputado do PSDC... Que se abriu mão do famoso tema do presidenciável José Maria Eymael, soube inovar novamente... "Vota, confirma, repete, deputado é 27"... Menção honrosa para o PT, que reciclou o “P de Paulista, T de Trabalhador” da campanha de 2010 com uma música mais agitada e envolvente para a campanha dos candidatos a deputado... Na eleição para a Câmara dos Deputados, o partido ficou em 28º lugar (30.083 votos) e para a Assembleia Legislativa, conseguiu o 30º lugar (30.966 votos)... Sem coligar, ficou longe de eleger seus representantes, mas teve personalidade na campanha...










































































As campanhas tucanas vêm se especializando em fazer músicas infames... Desta vez em todos os níveis... A começar pelo “Aé, Aé, Aécio”, passando pelo “Andou Geral, Andou Geraldo” e chegando ao premiado “Serra Serra Senador”... Todos trabalhando forte na sonoridade do nome dos candidatos, embora o resultado esteja longe de ser satisfatório... Ao menos não houve interferência nos resultados... Aécio foi para o segundo turno, Alckmin se reelegeu no primeiro turno e Serra conseguiu uma vaga no Senado - podendo pedir música no "Fantástico", já que é a terceira vez que vence como pior jingle, repetindo as conquistas de 2004 e 2012...












































































Levar cachorros para o horário eleitoral se tornou uma sacada “cassetizada”... Defender a proteção animal com uma única frase é tarefa mais difícil... Não para o empresário Alexandre Gasparini Júnior, candidato pelo PSB... Que ainda agrega um toque de informalidade com o “olha”, antes do slogan... "Para quem gosta de animal, Gasperini é sem igual"... Tigueis Maciel do SOLIDARIEDADE tinha o “Já que ninguém fez, vote no Tigueis”, que podia ser apreciado até no Youtube... https://www.youtube.com/watch?v=mkX-L7zJu4M... Vale mencionar Tati Braga, candidata a deputada estadual pelo PMDB, com... “A pior violência é a amarra do silêncio”...Frase dita após remover uma mordaça da boca... Também no PMDB, o experiente Jorge Caruso ia de... “Não fique confuso, vote Caruso”... Candidato a deputado federal, Gasparini teve 2.563 votos, sendo o 28º colocado do PSB – que elegeu dois deputados (Luiz Lauro Filho e Flavinho) e reelegeu outras duas parlamentares (Erundina e Ota)... Dono de agência de publicidade, empresa de elevadores, hospital e gráfica, Gasparini foi um dos empresários convencidos a se candidatarem pelo partido - para obter recursos de campanha em troca da redução da carga tributária das empresas - articulação feita por Eduardo Campos e Márcio França, vide "Valor Econômico"... Se bem que... Muitos dos santinhos de candidatos do PSB ainda tinham a foto de Campos no espaço do candidato à presidente... Vide a propaganda do ator Tadeu Menezes - o melhor amigo do Tomás de "Peróla Negra", a primeira das cinco novelas que fez no SBT - que teve 576 votos concorrendo a uma vaga de deputado estadual...










































































A campanha de Marina Silva queria evocar a memória de Eduardo Campos sem forçar na exploração do acidente... Resolveu pinçar uma frase dita na entrevista de Campos ao “Jornal Nacional”... "Não vamos desistir do Brasil" Vagamente parecida com outro slogan de campanha... “Coragem para mudar o Brasil”... Só que com uma carga dramática muito maior... E um tom imperativo que lembra, conforme alguns internautas, o “Brasil ame-o deixe-o” da propaganda dos governos militares – os mesmos que tanto prestigiaram o avô de Campos... Talvez por isso os petistas tenham dito que Marina era a preferida das Forças Armadas... E a candidata da Rede Sustentabilidade que concorreu pelo PSB acabou sendo uma bolha que estourou no dia da eleição, ficando apenas em terceiro lugar (22.176.619 votos), e fora do segundo turno... Em termos de originalidade, só não supera o mote de Aécio Neves, que reeditou o “Muda Brasil” da campanha do avô, Tancredo Neves, em 1985... Os adversários do tucano, por sua vez, lembraram do “Tancredo Never” criado por alguns setores do governo militar na época e criaram o “Aécio Never”... Criatividade total... Eduardo Jorge destacava um trecho de seu jingle... “Salve Jorge”... O PV não deve ter pensado na novela, mas é o que certamente vem primeiro na cabeça do eleitor... Eduardo Suplicy começou assim... Tanto que desta vez o senador exibiu o vídeo “Um homem de bem”, com visual copiado da novela “Meu Pedacinho de Chão”... Pior, embora já tenha usado a mesma referência ao “bem” na campanha de 2006 (imitando a abertura de “Páginas da Vida”...), impossível não associar ao “Serra é do bem” de 2012... Na mesma linha, Gilberto Natalini aparecia como “um homem bom” e Paulinho da Força tinha o jingle “O Paulinho é do bem”... Bem criativos...










































































Da mesma forma que o PSDB tem se especializado em jingles infames, o PT a cada eleição se aprimora na arte de fazer promessas inverossímeis... Em especial quando não é governo... Assim, tivemos em São Paulo propostas como a “Força Paulista de Segurança”, o “Poupatempo Empresarial”, o “Mais Médicos Especialistas”, o “Pronatec Paulista”, o “CEU da Juventude”, a “Academia do Professor”, o “Bilhete Único Metropolitano” – rara aparição do prefeito Fernando Haddad na campanha... Na tentativa de evidenciar a lentidão das obras de transportes sobre trilhos da administração estadual, Padilha veio com o “Agiliza Obras”... Uma super-equipe de advogados e técnicos que agilizaria a emissão de licenças ambientais e desapropriações... Isso se ninguém lembrar que no Brasil, o que agiliza mesmo as grandes obras são aumentos nos valores a serem pagos para as construtoras... Uma ideia bem-intencionada, porém com uma perigosa ambiguidade... Assim Padilha foi apenas o terceiro colocado na eleição para o governo do Estado, com 3.888.584 votos (18,22%), mais do que as pesquisas divulgadas na véspera da eleição, porém menos que o levantamento de boca de urna... O candidato a deputado estadual Peterson Pepe, do PRB, propôs uma “Virada Cultural Gospel”, seja lá o que isso for...










































































Candidato a deputado federal, o comerciante Anderson dos Santos é um daqueles casos em que o internauta Pedro Henrique – único e exclusivo responsável pela escolha nesta categoria – vê o horário eleitoral e já quer dar... O prêmio... Ainda mais porque o candidato apareceu com uma bengala... E nosso colega de rede é um entendido... Em mensagens subliminares... Além de ser um critério de desempate diante de nomes como Fernando Negrete (PMDB), Ricardo Cosme Seedorf do ABC (PDT), André (PC do B), Tony Hill (PMN), Jairzinho (PRP)... Na mesma linha, Benê Indio, do PSC, dizia... “Vou lutar pelo crescimento de Perus e região”... E nosso companheiro de web entendia tudo... Anderson teve acesso ao 9º lugar entre os 18 candidatos a deputado federal do PTN, com 850 votos... Lembrando que o partido teve a campeã de votos da coligação “Projeto Vitória”, Renata Abreu, única representante paulista do grupo formado por PSL, PTN, PMN, PTC e PT do B...









































































A categoria preferida do Mestre premia o defensor do pensamento positivo, o primeiro oriental premiado nesta categoria... Ele, que é filho de um chinês de Taiwan e de uma japonesa – e casado com uma coreana... Engenheiro e policial civil, foi o vereador mais jovem eleito em São Paulo nas eleições de 2000... Reeleito em 2004, chegou a Câmara dos Deputados em 2006... Não conseguiu a reeleição em 2010 e neste ano conseguiu a primeira suplência do PV, que elegeu três deputados, com 54.186 votos... Defensor da classe dos surfistas, o autor do livro “O poder da ação positiva – Descubra como atingir seus objetivos e ser mais feliz” ressaltava em sua fala no horário eleitoral... “O futuro depende de nós... Para mudar o Brasil, para transformar a nossa vida, é preciso participar... A esperança faz a mudança”... Vale lembrar também Rafael Silva, do PDT, com um número fácil de memorizar (12345), deputado estadual há quatro mandatos, funcionário aposentado do Banco do Brasil, defensor dos portadores de deficiência – ele próprio perdeu a visão em 1986 – autor de projetos proibindo o cerol e as queimadas em canaviais, que ainda encontrava tempo para aparecer na campanha de seu filho, Rafael Silva, para deputado federal...












































































“A candidata da família”, imbatível no estilo “esposa e mãe”... Tem a vantagem de contar com o sobrenome de um mito dos processos eleitorais, seu marido Antônio Campos Machado, deputado estadual ... Além de ser a primeira postulante a um cargo majoritário premiada nesta categoria... Na disputa para o Senado, Marlene foi a quarta colocada, entre dez concorrentes (dois impugnados), com 330.372 votos (1,74%)... Menção honrosa para Pollyana Gama, do PPS, que conseguiu inclusive ser mais votada que sua companheira de partido, Soninha “Francini”...









































































“Lau-ro-Mo-ra-es-três-meia-sete-oito”... Assim se apresentava o experiente candidato, ex-presidente da Ponte Preta, em três mandatos, e candidato de oposição derrotado em 2011, que comandava a equipe em 1977, ano em que o time conquistou o vice-campeonato paulista... Ou seja, veio de tempos imemoriais para a campanha... E pensar que ainda encontra disposição para tentar novamente a presidência do clube campineiro no final do ano... Menção honrosa para Tio do Doce, do PMDB, uma voz – embargada – em defesa dos aposentados, com a cabeça pendendo para o lado direito da tela... Com 1.439 votos, Lauro foi o sétimo candidato mais votado do PTC para a Câmara... Talvez tenha mais sorte na Ponte Preta...








































































O partido de Paulo Skaf tradicionalmente oferece candidatos inspirados ao eleitorado e fortes concorrentes nesta premiação, ainda que o próprio Skaf não seja exatamente o “outro caminho” que se proclama... Na disputa para a Assembléia Legislativa, a assistente social da região de Rio Claro abriu mão de qualquer formalidade, mandando um “Oi, lindinhos” para os telespectadores... Maria do Carmo Guilherme teve 14.053 votos... Sendo a 17ª colocada do partido, que elegeu cinco deputados (Caruso, Itamar Borges, Léo Oliveira, Jooji Hato e Cássio Navarro)...











































































Apesar do candidato a deputado estadual fazer um gesto com a mão típico de surfistas, o nome já denuncia que o vendedor Erique Jonatas dos Santos é de outro departamento... No mesmo partido, o filho de Luiz Flavio Borges D’Urso se revelou um sósia de Bruno Astuto, o afetado colunista de amenidades do “Mais Você”... Maurílio Romano no PP e Zé Gustavo no PSB também representavam a classe... Erique teve 547 votos, pouco menos que os 613 de uma figura muito mais conhecida, Marcos Manzano, da novela “Vale Tudo” e do “Clube das Mulheres”...




























































































Entre tantos candidatos que tentam seguir a carreira dos pais, ela é sucessora de um nome respeitável... Ninguém menos que José de Abreu, fundador da Rádio Atual, do Centro de Tradições Nordestinas, presidente regional do PTN e sempre lembrado pela memorável campanha para a prefeitura de São Paulo em 2000... Um impulso e tanto para a pretensão da filha de chegar ao Congresso Nacional, exatamente como ele já conseguiu... Com direito a uma pregação contra o voto nulo... O que certamente ajudou Renata a ser eleita com 86.647, a campeã da coligação “Projeto Vitória”, que o PTN integra com PSL, PMN, PTC e PT do B...






































































Presidente de partido no horário eleitoral geralmente rouba o tempo dos candidatos... Para não ocultar os candidatos da coligação “Projeto Vitória” – um nome bem intencionado, porém genérico demais – Roberto Siqueira, José de Abreu, Lucas Albano, Ciro Moura e Tony Rodriguez apareciam juntos... Presidentes estaduais do PSL, PTN, PMN, PTC e PT do B... Nenhum deles candidato... Uma reunião de Mestres coroada por um discurso memorável de Ciro Moura... “Valeu a pena tentar. Nós tentamos e conseguimos!”... Palavras que lembram o “Cultura. Eu apoiarei” usado pelo próprio Ciro em 2008... E Roberto Siqueira ainda completou... “Unidos para fazer história!!!”... De fato, os cinco partidos da coligação conseguiram 350.186 votos para deputado federal – elegendo Renata Abreu, filha do presidente do PTN – e 555.300 votos para deputado estadual – elegendo Igor Soares, vereador em Itapevi, e Gileno, também vereador, só que em Guarulhos... Entre os não-políticos, cabe mencionar Priscila, a apresentadora dos programas dos candidatos a deputado do PT – que ao contrário de 2010, apareceram e falaram, inclusive Geraldinho, O Iluminado e Soninha do Meio Ambiente... E Priscila sempre sorridente ao elogiar o partido e raivosa ao atacar os opositores, mantendo uma impecável escova no cabelo...









































































Quem poderia imaginar que um dia a Doutora seria contemplada em alguma categoria desta premiação???... Assim que ela apareceu no horário dos candidatos a deputado federal pelo PRTB, surgiu a questão... Em 2012, ela foi candidata a vereadora em qual partido? PSD... E em 2010, em que legenda tentou uma vaga na Câmara dos Deputados? PRB... E antes, qual era sua agremiação na eleição municipal em 2008? PTC... E em 2006, onde ela tentou a reeleição para a Assembléia Legislativa???... No PRONA, de seu Mestre na política, Enéas Carneiro... Em resumo... Cinco eleições, cinco partidos... Haja fidelidade partidária... Vale lembrar que Anaí Caproni, do PCO, não deixou a legenda de seu marido Rui Costa Pimenta, porém não se candidatou ao governo do Estado, preferindo tentar uma cadeira na Câmara dos Deputados... Havanir foi a candidata a deputada federal mais votada do PRTB, com 10.668 votos, sem no entanto se eleger...





































































































O PCO cresceu muito quando Natália Costa Pimenta começou a se candidatar pelo partido... Nessa mesma trilha, o PCB oferece como opção de voto para deputado federal uma professora de 28 anos cujo nome homenageia uma das grandes figuras do comunismo, Lenina Vernucci da Silva... E ela não está sozinha... Pela mesma legenda também concorre a estudante Ligia Fernandes, 22 anos... Duas mulheres entre os seis candidatos do partido a Câmara dos Deputados... Lenina foi a mais votada do partido, com 1.849 votos... Lígia foi a terceira colocada, com 536 votos...







































































O professor e escritor vinha em trajetória ascendente desde as eleições de 2008... Quando recebeu 102.048 votos e se tornou vereador em São Paulo pelo PSDB, depois de ser secretário estadual de Educação... Em 2010, já no PSB, teve 560.022 votos, sendo o segundo candidato a deputado federal mais votado no Estado de São Paulo... Em 2012, obteve 833.255 votos como candidato a prefeitura paulistana pelo PMDB, chegando em quarto lugar... Pensou em seguir a trajetória do vencedor daquela eleição, Fernando Haddad, e tentou ser ministro da Educação... Sem sucesso... Em meados deste ano, anunciou que não iria tentar a reeleição, tirando a possibilidade de dar aquela forcinha para seu companheiro de PMDB, Paulo Skaf... Preferiu autografar algumas de suas obras – entre as quais se inclui uma biografia de Lu Alckmin, “Seis lições de solidariedade” – na Bienal do Livro...

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