quarta-feira, 21 de junho de 2017

Copa 2013 (VIII): Se Minas é Liberdade, Japão se sentiu em casa...

Maior talento da equipe japonesa, Shiku Kagava manifestou-se a favor do passe livre... Para os ônibus da Cometa...























































A passagem de Shiku Kagawa, maior talento japonês, por Belo Horizonte é o tema da oitava parte da série de textos originais do seu Bloquinho Virtual sobre a Copa das Confederações da FIFA ™... A seleção japonesa compareceu a Belo Horizonte, sendo recebida por um torcedor com camisa do Chapolin Colorado e chimarrão na mão, o típico mineiro, digo, para a partida com o México, em 22 de junho, já eliminada do torneio – Brasil e Itália já estavam classificados por antecipação, depois de derrotarem japoneses e mexicanos, nas duas primeiras rodadas do Grupo A... Três dias antes, os “Samurais Azuis” chegaram a sair na frente no jogo contra a Itália, na Arena Pernambuco, com os gols de Honda (pênalti, 21/1º) e do próprio Kagawa (33/1º)... Entretanto, a “Azzurra” reagiu e alcançou a virada com De Rossi (41/1º), Uchida (contra, 5/2º) e Balotelli (pênalti, 7/2º)... O Japão chegou a empatar com Okasaki (24/1º), mas a Itália assegurou a vitória graças a Giovinco (41/1º)... Mesmo com sua seleção sem qualquer chance de seguir na Copa, Kagawa não facilitou a vida do México no Mineirão e endureceu até com a bonita, formosa e bem-feita repórter da Televisa... Ops!!!... Se bem que... “La Tri” também estava fora da competição... O jeito era seguirem juntos para o aeroporto de Confins - não pelo corredor da Avenida Antônio Carlos, que ainda estava em obras, e o único BRT à disposição era o do banner da Marcopolo no aeroporto - e pegarem o voo para se despedirem do Brasil, sem se esquecer de tirar o casaco para passar pela revista antes do embarque, digo... Mais rigor, só o da polícia reprimindo os manifestantes, que conseguiram reunir 80 mil pessoas no sábado na capital mineira, enquanto o jogo da Copa das Confederações teve 50 mil pessoas no Mineirão. o que ficava evidente nos vários "claros" nas arquibancadas do estádio... 







Quando o avião que trazia a seleção do Japão para o jogo com o México pela Copa das Confederações da Fifa ™ sobrevoou as terras de Minas Gerais, o maior talento e ídolo japonês, Shiku Kagawa, se viu diante de cenários muito familiares... As tantas pedreiras e áreas de mineração que passavam pela janela da aeronave lembraram a ele das séries de super-heróis tokusatsus, de quem sempre foi um grande fã... Nesse ponto, Kagawa inveja a torcida mexicana... Que sempre comparece aos jogos de sua seleção com um grande contingente de torcedores vestidos de Chapolin... Isso a Globo não mostra... Enquanto isso, apenas um garotinho com a camisa da equipe japonesa levava um singelo boneco do Ultraman... Nada de homens vestidos de Jaspion, ou de mulheres trajadas como a Change “Marmeide”... Ao desembarcar no aeroporto de Confins, o vermelho da bandeira de Minas lembrou o do Japão... Só que ao centro do pavilhão está um triângulo, e não um círculo... E nem os japoneses tem um slogan como o “Libertas quae sera tamen”, Millôr... Alis, o busto de Tancredo Neves, que dá o nome ao terminal aéreo, tem outra frase marcante... “Liberdade é o outro nome de Minas”... Se é assim, pensou Kagawa, o Japão está em casa, se ela também pode ser chamada pelo nome do bairro oriental de São Paulo, que também é o ponto final dos veículos da Sambaíba com destino à Vila Medeiros... Ainda que a loja de artesanato do aeroporto manifeste uma discreta simpatia pelos mexicanos, vendendo aqueles bonecos da turma do Chaves... Kagawa elogiou os translados nos carros da Cometa, que também serviram ao staff da Fifa e os voluntários à serviço da produção do torneio – como o Doutor Kenji e seu pauzinho – mas assim como os uruguaios, também tem críticas à organização da competição... Principalmente porque a seleção do Japão também teve negado o seu pedido para treinar na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, o que seria também uma homenagem ao ilustre mineiro Zacarias Suzuco Cotonete... Por isso ele apoia as manifestações que tem acontecido por todo o Brasil, entendendo que não é só 20 centavos...



























Kagawa não entendeu porque presidente Figueiredo era contra Copa no Brasil e inaugurou aeroporto de Confins...






























































Sem medo de lidar com a rivalidade entre Atlético e Cruzeiro, o maior talento japonês se dirigiu aos brasileiros falando as duas palavras em português que aprendeu no ano passado... “Vai, Timão!!!”... Conhecidas até pelos grupos de torcedores japoneses que se dirigiam ao Mineirão... Parte deles nos ônibus de linha de Belo Horizonte, inclusive as Volares do “Suplementar”... A propósito, é preciso registrar que Kagawa foi o maior defensor da realização da visita da equipe japonesa ao CT do Timão, acontecida no dia seguinte ao jogo com o México... Se a decisão dependesse apenas dele, o time teria dado uma esticadinha até as obras do Fielzão... Alguns veículos da frota regular belorizontina eram azuis, mostrando que a torcida mineira estava ao lado do time dos Samurais... Isso se não for coisa de cruzeirense... Agora, fazer BRT com carros de motor dianteiro parece um pouco incoerente, não???... O grande número de Chapolins que compareceram ao estádio deve se explicar pelo fato da TV Alterosa, afiliada do SBT em Minas, exibir o Chapolin mesmo quando ele não está passando na cabeça de rede... A passagem do experiente Marcopolo San Remo da Polícia Militar de Minas Gerais mostrou que mesmo os policiais mineiros tem muito a reivindicar no que diz respeito à mobilidade... Embora a quantidade de feijão tropeiro que adquiriram no estádio mostre que infelizmente não vai faltar gás para reprimir manifestações, algo que vai muito além de um simples “Teje preso”... Alis, onde estavam os hashis para os japoneses poderem saborear a especialidade culinária do Mineirão... Que poderia ter um preço menor do que R$ 12... Será que isso é padrão Fifa, também???... Mesmo com o assédio de uma insinuante repórter da Televisa mexicana, Kagawa preferiu não falar sobre o jogo, seguindo mais uma vez o exemplo dos brasileiros da J-League, preferindo dar... Sua resposta dentro de campo... 





























Astro japonês simpatizou com as cores dos veículos da frota do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte...






























































O apoio da torcida mineira ao Japão foi total... Cada vez que a galera gritava “Japão!!! Japão!!!”, Kagawa se sentia mais solto em campo... Ops!!!... Por isso não perdoou a arbitragem alemã, mais uma vez dirigindo suas críticas ao comando da Fifa... Nada que a torcida não pudesse compensar com seu incentivo, gritando “Ô, o gigante acordou!”... Uma referência direta a um personagem importante dos seriados japoneses, o Gigante Guerreiro Daileon... Só faltou cantarem a música do “cara tossiu”... Um estímulo que se manteve mesmo quando Chicharito Hernandez fez os dois gols do México, no segundo tempo... E levou ao despertar dos Samurais Azuis no gol de Okasaki e no pênalti defendido por Kawashima... Que certamente se inspirou em outro gigante que está sempre de prontidão, o goleiro Cássio, do Timão... Que fez jus ao apelido de “Monstro” quando compareceu ao jogo com o Chelsea em Yokohama... E chupa, Chicharito!!!... Faltou muito pouco para o empate japonês... E em reconhecimento ao poder de mobilização da torcida, Kagawa sugeriu aos seus companheiros que fossem agradecer aos mineiros... Bem perto da faixa da torcida corinthiana, é claro... Terminada a partida,Kagawa se preocupou com a segurança... Não que ele temesse pelos protestos, já que dá o maior apoio aos manifestantes, mesmo que o Japão atualmente seja governado por um primeiro-ministro de direita... O problema é que aquela repórter mexicana poderia pedir pão de queijo velho para ele e ele queria dar umas voltas na Lagoa da Pampulha em paz - mesmo que a região da UFMG tivesse como se tivesse sido varrida por um tsunami, devido à repressão aos protestos - apreciando as construções de Oscar Niemeyer erguidas quando Juscelino Kubitschek era o prefeito de Belo Horizonte... Alis, a Maria Estela não vai comparecer, não???... Afinal, com o Japão já eliminado, o jeito é arrumar as malas e voltar para casa, mas não sem antes de dar... Uma conferida nas instalações sanitárias do CT do Timão... Afinal, o time de Kagawa já está classificado para a Copa do Mundo de 2014, e é preciso escolher com muito cuidado o local dos treinamentos... 


































Com o corredor da Avenida Antônio Carlos em obras, Kagawa só viu o BRT em um banner da Marcopolo no aeroporto...

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