sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A Penha que o comercial com Paolla Oliveira não mostra...

Será que a atriz que cresceu na Penha já cortou caminho pela Rua Celestino da Cunha Alves???...






















































"Esse aqui é o bairro da Penha, Zona Leste de São Paulo, bairro onde eu cresci... E eu sempre tive orgulho de onde eu vim... E orgulho de como eu batalhei para chegar até aqui... Por isso que eu aprendi desde cedo a dar valor ao meu dinheiro... E isso eu faço até hoje... Até porque ficar maravilhosa sem gastar uma fortuna é mais fácil do que você imagina... Durante esse ano todo e as Pernambucanas vamos mostrar pra vocês como dá para ficar linda, maravilhosa e acontecer com ofertas que cabem no seu bolso... Pernambucanas, aqui você acontece!!!"... O comercial da rede de lojas Pernambucanas pode não ser tão marcante quanto o clássico anúncio do "Quem bate???... É o frio!!!", porém a peça publicitária criada pela agência J.Walter Thompson para anunciar as ofertas da coleção de outono e inverno da loja - vide link https://www.youtube.com/watch?v=7itRvfs0aws - mostra a atriz Paolla Oliveira como alguém muito humilde, trabalhadora e principalmente muito fiel às suas raízes... Tanto quanto Olavo Gosta de mandioca, digo... O anúncio até faz um certo sentido... No final do comercial, Paolla aparece saindo da filial das Pernambucanas localizada no Largo 8 de Setembro, região central do bairro... É verdade que o ponto de ônibus sempre repleto de gente existente no largo não aparece... Muito menos a Escola Estadual Santos Dumont... Nem tampouco os tantos camelôs que se espalham pela região, seguindo o rumo da Avenida Penha de França... Não há sequer um único boliviano trabalhando forte na flautinha para vender seus CDs de música folclórica... Claro que para não espantar a freguesia, a Danny Bond de "Felizes Para Sempre" desfila seu grande talento em ambientes descolados e até entra em um barzinho com cara de Vila Madalena ou, para não gastar muito com condução, de alto Tatuapé ou Jardim Anália Franco... O que nos lembra o comparecimento da atriz global nos anúncios dos shoppings Metrô Tataupé e Tatuapé Boulevard... Na verdade, de todos os shoppings sob a responsabilidade da respectiva administradora, pois bastava ir a Belo Horizonte para apreciar vários "busdoor" idênticos às peças publicitárias exibidas em São Paulo... Nesse caso, também fazia sentido seu comparecimento, pois Paolla fez o ensino médio em uma escola estadual na região do Tatuapé... Ou seja, o comercial das Pernambucanas já apresenta uma contradição, pois ela não estudou no Colégio Estadual da Penha - também conhecido como Escola Estadual Nossa Senhora da Penha - ou mesmo no Ateneu Ruy Barbosa ou no Colégio São Vicente de Paulo, conhecidas instituições particulares de ensino da região...


































Ou então Paolla já subiu a Rua Padre Antônio Benedito em um ônibus articulado "só no L"???...






















































Ao dizer no início do comercial que cresceu na Penha, é possível perceber que Paolla não veio ao mundo no Hospital Nossa Senhora da Penha - hoje chamado de Hospital Santo Antônio - muito menos foi registrada no cartório que ficava na Avenida Penha de França... Pode ser até que seus pais sequer tenham se casado ali... E muito menos tenham mantido uma caderneta de poupança para ela na Caixa Econômica Federal, na Rua Comendador Cantinho... Algum dia teria assistido a missa na Igreja de Nossa Senhora da Penha, ou na igreja do Largo do Rosário???... Será que ela fazia companhia aos pais quando iam fazer compras na Loja das Bagunças - muito frequentada pela família do Doutor Kenji - ou no Ao Barulho da Penha... Ou até quando iam abastecer a dispensa de casa no Super Varejão Saúde, na Avenida Penha de França... Nesse mesmo endereço, seria possível imaginar a pequena Paolla atravessando a rua sozinha para satisfazer sua curiosidade de ver as vitrines do outro lado da via???... Sendo parte de uma família simples, ela teria acompanhado o pai ou a mãe no dia em que foram levar sua panela de pressão - em outros tempos, um autêntico bem de raiz - no Hospital das Panelas, localizado no chamado Abrigo Rodoviário da Penha... Na realidade, uma parada de ônibus de onde saíam os carros das linhas para Itaquera, Guaianazes e Jardim Nordeste, na Rua Doutor João Ribeiro... No mesmo local onde hoje está a entrada principal do Shopping Center Penha... Todas elas operadas pela Viação São José, pois a atriz não é tão experiente assim para lembrar da antiga Viação Leste-Oeste... Alis, por falar em hospitais, será que as bonequinhas de Paolla ficaram alguma vez sob os cuidados do Hospital das Bonecas, na Rua Capitão Avelino Carneiro???... Porque brinquedos também eram heranças valiosas em épocas passadas... Quem sabe adorava saborear os doces da Modelo ou da Marcella... Ou ainda bem pequenina era levada para ver filmes dos Trapalhões ou da Xuxa no cine São Geraldo... Pois só os pais devem ter frequentado os cinemas Júpiter - hoje uma filial das lojas Besni - e Penharama - atualmente Torra-Torra...  Ou quando cresceu, a garota pegava os ônibus da Penha-São Miguel para fazer faculdade da Unicsul... Teria acontecido em alguma oportunidade o fato dela ter demorado duas horas e meia em um trólebus para ir até São Mateus... Ops!!!...

























Quem sabe já comprou alguma capa de celular nos camelôs da Avenida Penha de França???...


























































O anúncio não mostrou Paolla cortando caminho pela Rua Celestino da Cunha Alves, uma viela estreita que dá acesso à Rua Capitão Avelino Carneiro... De onde se pode ver a fachada sobrevivente de um antigo cinema, o Penha Theatro... Comprar no Torra-Torra, ao lado da travessa, está fora de cogitação, para não dar uma forcinha ao concorrente das Pernambucanas... A mesma precaução é tomada ao se passar batido pela Besni ou pelo Lojão Roupadada da João Ribeiro... Também não ficou paquerando os vestidos de noiva nas lojas especializadas na Rua Caquito...  Mesmo um lanche na padaria Nova Yara, também na Capitão Avelino Carneiro, soaria prosaico demais para o visual estiloso do comercial... Idem um almoço ou jantar na churrascaria Espeto e Bombacha, na Rua Rodovalho Júnior...  Comprar capa para celular nas bancas de camelôs da Penha de França, nem pensar... Livros no Sebo César, tampouco... Um pulinho no Mercado Municipal, menos ainda... O comercial exibe os vistosos trólebus Millenium BRT da Ambiental, mas não faz nenhuma menção as lotações que vão para a estação Penha do Metrô e que passam pelo ponto atrás do Shopping Penha, na Rua Betari... Quem já foi garota-propaganda da Fiat, ao lado de Pedro Bial, não vai se sujeitar ao transporte coletivo, não é...  Ou nem a condução gratuita que o shopping oferecia alguns anos atrás... A estação do Metrô fica nas proximidades da Rua Guaiauna, onde a antiga fábrica da encarroçadora de ônibus Caio deu lugar a um conjunto de prédios de apartamentos... Que certamente a atriz nunca anunciou... Os prédios, não a Caio, Ellen Rocche... Será que ela já empurrou seu carrinho na feira que acontece aos sábados no estacionamento do Metrô???... Alguma vez ela pegou o trem da CPTM na antiga estação Carlos de Campos, que tem esse nome por causa do governador paulista que se refugiou na estação quando explodiu a revolta tenentista de 1924???... Ou pelo menos reparou nas plataformas abandonadas quando estava a caminho de pegar o ônibus para a Cidade Tiradentes, do outro lado da Rua Conde de Frontin???... Alis, o que ela ia fazer na Cidade Tiradentes???... A poprósito, o que a música "Mulher", de Erasmo Carlos, um carioca criado na Rua do Matoso, na região da Praça da Bandeira, teria a ver com o bairro paulistano que serve de cenário para o comercial das Pernambucanas???...























Talvez já tenha esperado algum ônibus na rua atrás do shopping, por que não???...

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